Reconhecimento de imaturos e ootecas em Latrodectus geometricus C. L. Koch (1841) (Araneae: Theridiidae) com base no perfil de Hidrocarbonetos cuticulares. Discente: Ingrid de.

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Transcript Reconhecimento de imaturos e ootecas em Latrodectus geometricus C. L. Koch (1841) (Araneae: Theridiidae) com base no perfil de Hidrocarbonetos cuticulares. Discente: Ingrid de.

Reconhecimento de imaturos e ootecas em
Latrodectus geometricus C. L. Koch (1841)
(Araneae: Theridiidae) com base no perfil de
Hidrocarbonetos cuticulares.
Discente: Ingrid de Carvalho Guimarães
Orientador: Prof. Dr. William Fernando Antonialli Junior
Co-orientadora: Prof. Dr. Claudia Andrea Lima Cardoso
1. Introdução
2. Objetivo Geral
3. Objetivos Específicos
4. Materiais e Métodos
5. Resultados Parciais
6. Conclusão
1. Introdução
• Latrodectus geometricus:
 Reino Animalia
Filo Arthropoda
Classe Arachnida
Ordem Araneae
Família Theridiidae
Gênero Latrodectus (viúvas-negras)
1. Introdução
• Latrodectus geometricus (Viúva-marrom)
Ampla distribuição
Período de agregação
Sinantrópicas
Abdômen globoso
e pernas finas
1. Introdução
Foto: Guimarães, I.C.
Latrodectus geometricus vista ventral.
1. Introdução
Fonte: http://cisr.ucr.edu/brown_widow_spider.html
Latrodectus geometricus vista dorsal.
1. Introdução
• Poucos trabalhos com L. geometricus
número de acidentes.
baixo
• Estudos recentes:
Análises bioquímicas da toxina e sua distribuição
geográfica (GARB et al., 2004; ALBUQUERQUE et al., 2005; BROWN et al.,
2008, VINCENT et al., 2008)
Desenvolvimento embrionário (LIU et al., 2009)
Canibalismo sexual e Importância do comportamento
de agregação (SEGOLI et al., 2008; GUIMARÃES et al., 2012)
• Sem registros de sistemas de reconhecimento.
1. Introdução
• Distinção
fator crucial da evolução social:
 Limita a possibilidade de não-parentes explorarem
ou dominarem determinado local de recursos.
• Em espécies solitárias:
 Reconhecer parceiros sexuais;
 Feromônios superficiais (Hidrocarbonetos cuticulares
HCs)
comportamento de corte de machos de
várias espécies (KASTON, 1936; SUTER & RENKES, 1982; SUTER &
HIRSCHEIMER, 1986; TRABALON et al., 1997)
1. Introdução
• Trabalon et al. (1996); Pourié & Trabalon (1999):
 Identificaram os componentes cuticulares de
Tegenaria atrica;
 Após período de agregação dos imaturos há variação
nos componentes cuticulares
comportamento
agonístico;
 Tolerância relacionada com o estágio reprodutivo da
fêmea e compostos cuticulares.
1. Introdução
• Grinsted et al. (2011):
 Imaturos de Stegodyphus lineatus tem perfis de
hidrocarboneto cuticular específicos entre grupos
com relação de parentesco;
 Diferenciam estímulos cuticulares de parentes e
não-parentes;
 Autores sugerem que os sinais de reconhecimento
de parentesco podem ser alcanos ramificados.
2. Objetivo Geral
Avaliar se há um mecanismo de reconhecimento
de parentesco entre os indivíduos imaturos e
fêmeas adultas, permitindo assim uma relativa
tolerância no período reprodutivo.
3. Objetivos Específicos
• Avaliar se há um mecanismo comportamental e
químico de reconhecimento entre fêmeas adultas e
imaturos.
• Analisar a composição cuticular de L. geometricus a fim
de avaliar se há diferenças entre o perfil de
hidrocarboneto de indivíduos com e sem relação de
parentesco.
• Investigar se fêmeas adultas são capazes de distinguir
suas ootecas de ootecas de co-específicas.
4. Materiais e Métodos
• Espécimes de L. geometricus serão coletados em
diversos locais;
• Individualizadas em potes circulares 5x7cm;
• Umidade relativa
• Alimentação
algodão umedecido;
larva de Tenebrio molitor.
4. Materiais e Métodos
• Identificação
através das ootecas
Foto: Silva. H.M.
Detalhe estrutural de uma ooteca de L. geometricus.
4. Materiais e Métodos
• Comportamento agonístico entre fêmeas adultas
e imaturos sem parentesco (POURIÉ & TRABALON, 1999).
• Virgem
• Incubando
• Parental
• Pré dispersão 5 e 20 dias
• Pós dispersão 40 e 80 dias
4. Materiais e Métodos
• n=10 para cada grupo;
• Alimentadas 24h antes do teste;
• Avaliadas apenas uma vez;
• Observação
15 minutos e após 24h;
• Resposta comportamental:
 Aceitar
 Evitar
 Atacar
4. Materiais e Métodos
• Perfis de Hidrocarbonetos cuticulares:
 Espectroscopia Óptica por Transformada de Fourier
no Infravermelho Médio por Detecção Fotoacústica
(FTIR-PAS);
 Cromatografia Gasosa com Detector de Ionização de
Chama (CG-DIC).
4. Materiais e Métodos
• FTIR-PAS:
 Aranhas
congeladas;
 Partes do corpo separadas e pesadas;
 Secas a vácuo por 48h antes dos testes;
4. Materiais e Métodos
• FTIR-PAS:
 Espectrofotômetro
Thermo-Nicolet Nexus 670
com detector fotoacústico (MTEC-300)
Foto: Izida, T.
4. Materiais e Métodos
• CG-DIC:
 Extração: 1mL de hexano + ultrassom por 30 min (3x)
 Extratos secos e redissolvidos em 100µL de hexano
 Injeção 1µL
 Focus, GC, Thermo Scientific
4.Materiais e Métodos
• Reconhecimento de ootecas:
• Fêmeas separadas das ootecas
48h antes
Foto: Guimarães, I.C.
Fêmeas acasaladas em período de
incubação
• Resposta após 24h:
 Aceitar
 Rejeitar
Ooteca de co-específica
4.Materiais e Métodos
Foto: Guimarães, I.C.
Fêmeas acasaladas em período de
incubação
• Resposta após 24h:
 Aceitar
 Rejeitar
Ooteca própria
5. Resultados parciais
• Comportamento agonístico entre fêmeas adultas
e imaturos sem parentesco
 Fêmeas virgens
 Fêmeas parentais
Aceitaram imaturos
de 5 dias
 Fêmeas virgens
 Fêmeas parentais
Aceitaram imaturos
de 20 dias
5. Resultados parciais
• Perfis de Hidrocarbonetos cuticulares:
• FTIR-PAS:
 Parece não haver diferença na composição das
diferentes partes do corpo;
 Há pequenas diferenças entre os espectros de
imaturos de 5 e 20 dias;
 Há diferença nos espectros de imaturos com relação
às fêmeas adultas.
5. Resultados parciais
Espectros médios das diferentes partes do corpo de fêmeas adultas de L. geometricus.
5. Resultados parciais
Espectros médios de imaturos de 5 e 20 dias de L. geometricus.
5. Resultados parciais
Espectros médios de fêmeas adultas e imaturos de 5 e 20 dias de L. geometricus.
5. Resultados parciais
• Perfis de Hidrocarbonetos cuticulares:
• CG-DIC:
 Entre os carbonos C7-C28 todos estão presentes em
todas as amostras;
 Há diferenças na quantidade de HCs nas diferentes
partes do corpo: pernas < prossoma < opistossoma;
 Aranhas adultas apresentam teores muitos maiores
do que imaturos.
5. Resultados parciais
• Reconhecimento de ootecas:
 De 17 fêmeas testadas 13 aceitaram uma ou mais
ootecas de co-específicas;
 De 16 fêmeas testadas 14 aceitaram suas próprias
ootecas;
 Ootecas abertas ou danificadas foram rejeitadas em
ambos os testes.
6. Conclusão
• O comportamento agonístico com relação aos
imaturos em pré-dispersão parece não existir
em Latrodectus geometricus independente do
estágio reprodutivo da fêmea.
• Há distinção entre os perfis de HCs de fêmeas
adultas e imaturos;
• Fêmeas adultas incubando parecem não fazer
distinção entre suas ootecas e de co-específicas.
Agradecimentos
Obrigada!