Aulas 44 a 48 - Mercantilismo, Expansão Ultramarina e Absolutismo

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LISTA DE EXERCÍCIOS
Disciplina: História
Professor: Glédio
9
Série: 1ª Ensino Médio
Aulas 44 a 48
Mercantilismo / Expansão Ultramarina /
Absolutismo Monárquico
241. (FUVEST/SP) Da armada dependem as colônias, das colônias depende o comércio, do comércio, a capacidade de
um Estado manter exércitos numerosos, aumentar a sua população e tornar possíveis as mais gloriosas e úteis
empresas.
Essa afirmação do duque de Choiseul (1719-1785) expressa bem a natureza e o caráter do:
a) Liberalismo.
b) Feudalismo.
c) Mercantilismo.
d) Escravismo.
e) Corporativismo.
242. (PUC/SP) Quanto à conquista da América por espanhóis e portugueses, na passagem do século XV ao XVI, podese dizer que:
a) No caso português o objetivo principal era buscar minérios e produtos agrícolas para abastecer o mercado europeu, e
no caso espanhol pretendia-se apenas povoar os novos territórios e ampliar os limites do mundo conhecido.
b) Nos dois casos ocorreram encontros com vastas comunidades indígenas nativas, porém na América portuguesa a
relação foi racional e harmoniosa, resultando num povo pacífico, e na América hispânica foi violenta e conflituosa.
c) No caso português foi casual, pois os navegadores buscavam novas rotas de navegação para as Índias e
desconheciam a América e no caso espanhol foi intencional, porque o conhecimento de instrumentos de navegação lhes
permitiu prever a descoberta.
d) Nos dois casos foi violenta, porém na América portuguesa o extrativismo dos dois primeiros séculos de colonização
restringiu os contatos com os nativos e na América hispânica a implantação precoce da agricultura provocou maior
aproximação.
e) No caso português foi precedida por conquistas no norte e no litoral da África, que resultaram em colônias
portuguesas nesse continente, e no caso espanhol iniciou a constituição de seu império ultramarino.
243. (UNESP/SP) O soberano não é proprietário de seus súditos. Deve respeitar sua liberdade e seus bens em
conformidade com a lei divina e com a lei natural. Deve governar de acordo com os costumes, verdadeira constituição
consuetudinária [...]. O príncipe apresenta-se como árbitro supremo entre as ordens e os corpos. Deve impor a sua
vontade aos mais poderosos de seus súditos. Consegue-o na medida em que esses necessitam dessa arbitragem.
CORVISIER, A. História moderna.
Esta é uma das características possíveis:
a) Dos governos coloniais da América.
b) Das monarquias absolutistas.
c) Do Império carolíngio.
d) Dos califados islâmicos.
e) Das relações entre fiéis e as igrejas protestantes.
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244. (UFSM/RS) O mercantilismo, conjunto de políticas adotadas na transição entre o feudalismo e o capitalismo, tinha
como princípios e práticas:
I – Exportar cada vez mais e importar cada vez menos, a fim de obter uma balança comercial favorável e reter metais
preciosos.
II – Desenvolver o livre comércio colonial, independente da nacionalidade das embarcações, opondo-se a qualquer
intervenção estatal na economia.
III – Estimular a exportação de metais preciosos e a importação de produtos manufaturados, a fim de intensificar a
utilização de navios estrangeiros.
IV – Incentivar a produção nacional agrícola e manufatureira e desestimular as importações de mercadorias.
V – Adotar, dentro dos preceitos do pacto colonial, políticas que permitissem às colônias um bom desenvolvimento
econômico, possibilitando um rompimento com suas metrópoles.
Está(ao) correta(s):
a) Apenas I.
b) Apenas I e IV.
c) Apenas II e V.
d) Apenas II e III.
e) Apenas III, IV e V.
245. (FUVEST/SP) Deve-se notar que a ênfase dada à faceta cruzadística da expansão portuguesa não implica, de
modo algum, que os interesses comerciais estivessem dela ausentes – como tampouco o haviam estado das cruzadas
do Levante, em boa parte manejadas e financiadas pela burguesia das repúblicas marítimas da Itália. Tão mesclados
andavam os desejos de dilatar o território cristão com as aspirações por lucro mercantil que, na sua oração de
obediência ao pontífice romano, D. João II não hesitava em mencionar entre os serviços prestados por Portugal à
cristandade o trato do ouro da Mina, “comércio tão santo, tão seguro e tão ativo” que o nome do Salvador, “nunca antes
nem de ouvir dizer conhecido”, ressoava agora nas plagas africanas.
THOMAZ, L. F. “D. Manuel, a Índia e o Brasil”. Revista de História (USP). Edição 161, 2º semestre de 2009, p. 16-17.
Com base na afirmação do autor, pode-se dizer que a expansão portuguesa dos séculos XV e XVI foi um
empreendimento:
a) Ao mesmo tempo religioso e comercial, já que era comum, à época, a concepção de que a expansão da cristandade
servia à expansão econômica e vice-versa.
b) Puramente religioso, bem diferente das cruzadas dos séculos anteriores, já que essas eram, na realidade, grandes
empresas comerciais financiadas pela burguesia italiana.
c) Por meio do qual os desejos por expansão territorial portuguesa, dilatação da fé cristã e conquista de novos mercados
para a economia europeia mostrar-se-iam incompatíveis.
d) Militar, assim como as cruzadas dos séculos anteriores, e no qual objetivos econômicos e religiosos surgiram como
complemento apenas ocasional.
e) Que visava, exclusivamente, lucrar com o comércio intercontinental, a despeito de, oficialmente, autoridades políticas
e religiosas afirmarem que seu único objetivo era a expansão da fé cristã.
246. (PUC/SP) O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam
de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor.
JACQUES BOSSUET
Essas afirmações de Bossuet referem-se ao contexto:
a) Do século X, na Inglaterra, no qual a Igreja católica atuava em total acordo com a nobreza feudal.
b) Do século XVIII, na Inglaterra, no qual foi desenvolvida a concepção iluminista de governo, como está exposta.
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c) Do século XII, na França, no qual ocorria uma profunda ruptura entre Igreja e Estado pelo fato de o Papa almejar o
exercício do poder monárquico por ser representante de Deus.
d) Do século XVII, na França, no qual se consolidavam as monarquias nacionais.
e) Do século XVI, na Espanha, no momento de união dos tronos de Aragão e Castela.
247. (UNESP/SP) Dia a dia os traficantes estão raptando nosso povo – crianças deste país, filhos de nobres e vassalos,
até mesmo pessoas de nossa própria família (...). Essa forma de corrupção e vício está tão difundida que nossa terra
acha-se completamente despovoada (...). Neste nosso reino, só precisamos de padres e professores, nada de
mercadorias, a menos que sejam vinho e farinha para a Missa (...). É nosso desejo que este reino não seja um lugar de
tráfico ou transporte de escravos.
“Carta de Afonso I, Manikongo [governante do reino do Congo – 1526], ao rei de Portugal”. In: HOCHSCHILD, A. O fantasma do rei Leopoldo.
As esperanças do Manikongo foram frustradas, pois a presença portuguesa na África, no século XVI, estava subordinada
aos princípios:
a) Liberais.
b) Imperialistas.
c) Mercantilistas.
d) Socialistas.
e) Fisiocratas.
248. (UNICAMP/SP) Referindo-se à expansão marítima dos séculos XV e XVI, o poeta português Fernando Pessoa
escreveu, em 1922, no poema “Padrão”:
E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.
PESSOA, F. Mensagem. Madri: ALLCA XX, 1997, p. 49.
Nestes versos identificamos uma comparação entre dois processos históricos. É válido afirmar que o poema compara:
a) O sistema de colonização da Idade Moderna aos sistemas de colonização da Antiguidade Clássica: a navegação
oceânica tornou possível aos portugueses o tráfico de escravos para suas colônias, enquanto gregos e romanos
utilizavam servos presos à terra.
b) O alcance da expansão marítima portuguesa da Idade Moderna aos processos de colonização da Antiguidade
Clássica: enquanto o domínio grego e romano se limitava ao mar Mediterrâneo, o domínio português expandiu-se pelos
oceanos Atlântico e Índico.
c) A localização geográfica das possessões coloniais dos impérios antigos e modernos: as cidades-estado gregas e
depois o Império Romano se limitaram a expandir seus domínios pela Europa, ao passo que Portugal fundou colônias na
costa do norte da África.
d) A duração dos impérios antigos e modernos: enquanto o domínio de gregos e romanos sobre os mares teve um fim
com as guerras do Peloponeso e Púnicas, respectivamente, Portugal figurou como a maior potência marítima até a
independência de suas colônias.
249. (FUVEST/SP) Segundo Marx e Engels, há períodos históricos em que as classes sociais em luta se encontram em
tal equilíbrio de força que o poder político adquire um acentuado grau de independência em relação a elas. Foi o que
aconteceu com:
a) A monarquia absolutista, em equilíbrio entre nobreza e burguesia.
b) A monarquia feudal, em equilíbrio entre guerreiros e camponeses.
c) O Império romano, em equilíbrio entre patrícios e plebeus.
d) O Estado soviético, em equilíbrio entre capitalistas e proletários.
e) O Estado germânico, em equilíbrio entre sacerdotes e pastores.
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250. (UFPR/PR) Na Idade Moderna, o mercantilismo foi a política econômica:
a) Adotada pelos estados modernos em sua fase de transição para o capitalismo.
b) Que aboliu o metalismo, a balança comercial favorável e o estímulo ao comércio exterior.
c) Que negou o intervencionismo estatal e dirigismo econômico.
d) Que desenvolveu apenas o comércio como consequência de uma política de produção autossuficiente.
e) Criada a partir do liberalismo inglês.
251. (UNESP/SP) A propósito da expansão marítimo-comercial europeia dos séculos XV e XVI, pode-se afirmar que:
a) A igreja católica foi contrária à expansão e não participou da colonização das novas terras.
b) Os altos custos das navegações empobreceram a burguesia mercantil dos países ibéricos.
c) A centralização política fortaleceu-se com o descobrimento das novas terras.
d) Os europeus pretendiam absorver os princípios religiosos dos povos americanos.
e) Os descobrimentos intensificaram o comércio de especiarias no mar Mediterrâneo.
252. (MACKENZIE/SP) Carlos I reorganizou seus soldados e recomeçou a guerra, sendo derrotado definitivamente pelos
Cabeças Redondas de Cromwell. (...) pouco tempo depois, discursando ao Parlamento, Oliver Cromwell, justificando as
várias medias revolucionárias, chegou a dizer o seguinte: “Quando chegar o momento de prestarmos conta a eles (o
eleitorado) poderemos dizer: Oh! Brigamos e pelejamos pela liberdade na Inglaterra”.
CHRISTOPHER HILL.
Assinale a alternativa que não se relaciona à Guerra Civil mencionada no texto:
a) Os Cabeças Redondas eram em geral puritanos, pequenos proprietários, comerciantes e manufatureiros.
b) A execução do rei Carlos I, por ordem do Parlamento e não por intrigas palacianas, significou um fato inédito na
História da Europa ocidental.
c) Ao derrotar os Cavaleiros, partidários do rei, Cromwell liderou o único período republicano da História da Inglaterra.
d) Cromwell governou democraticamente, obedecendo às decisões do Parlamento.
e) A Guerra Civil inglesa desencadeou-se em decorrência da tentativa de dissolução do Parlamento pelo rei Carlos I.
253. (FGV/SP) O metalismo, a doutrina da balança comercial favorável, o industrialismo, o protecionismo e o
colonialismo constituem a características básicas do:
a) Neoliberalismo.
b) Intervencionismo.
c) Socialismo.
d) Liberalismo.
e) Mercantilismo.
254. (FUVEST/SP) “Para o conjunto da economia europeia, no século XVI, caracterizada pela produção em crescimento
e pelo grande aumento das transações mercantis, ao lado de um novo crescimento de sua população, o efeito mais
importante dos grandes descobrimentos foi a alta geral dos preços”.
O efeito a que o texto se refere foi provocado:
a) Pelo grande afluxo de metais preciosos.
b) Pela ampliação das áreas de produção agrícola.
c) Pela redução do consumo de produtos manufaturados.
d) Pela descoberta de novas rotas comerciais no Oriente.
e) Pelo deslocamento do eixo comercial para o Mediterrâneo.
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255. (ENEM) O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo
unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade,
permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo.
MAQUIAVEL, N. O príncipe. São Paulo: Martin Claret, 2009.
No século XVI, Maquiavel escreveu O príncipe, reflexão sobre a monarquia e a função do governante. A manutenção da
ordem social, segundo esse autor, baseava-se na:
a) Inércia do julgamento de crimes polêmicos.
b) Bondade em relação ao comportamento dos mercenários.
c) Compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas.
d) Neutralidade diante da condenação dos servos.
e) Conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe.
256. (UFES/ES) O período histórico comumente designado como transição do Feudalismo para o Capitalismo
caracterizou-se por:
a) Mão de obra escrava, grandes extensões de terras dedicadas à monocultura e produção estabelecida pela demanda
do mercado interno.
b) Proletariado urbano, concretização dos trustes e produção industrial estabelecida por uma demanda artificial.
c) Acumulação primitiva do capital, liberação da mão de obra do campo para a cidade e crescente progresso da técnica
aplicada à produção.
d) Produção de subsistência, propriedade comunal dos campos e comércio estabelecido por rotas domésticas.
e) Escravismo antigo, terra de propriedade estatal com usufruto da elite agrária e comércio externo indicado pelo Estado.
257. (FUVEST/SP) A expansão marítima europeia dos séculos XV e XVI permitiu:
a) A formação de domínios coloniais que dinamizaram o comércio europeu.
b) O crescimento do comércio de especiarias pelas rotas do Mediterrâneo.
c) A implantação de impérios coloniais na Ásia, para extração de metais preciosos.
d) O fortalecimento do feudalismo e da servidão na Europa Ocidental.
e) A colonização do tipo mercantilista, sem a interferência do Estado e da Igreja.
258. (PUC/SP) O fim último, causa final e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre
os outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua
própria conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que
é a consequência necessária (conforme se mostrou) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível
capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito
àquelas leis de natureza.
HOBBES, T. “Das causas, geração e definição de um Estado” in: Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p.103.
Considerando o fragmento anterior, podemos dizer que Thomas Hobbes, pensador inglês do século XVII, defende a
noção de que:
a) Apenas um Estado democrático, surgido de um ato de liberdade dos cidadãos, teria legitimidade para criar leis e zelar
pela segurança e demais necessidades sociais.
b) Certos indivíduos, extraordinariamente, quando apaixonados, amam dominar os outros e é preciso forçá-los, através
do castigo, a manter o respeito. Essa seria a função do Estado.
c) O Estado resulta do desejo dos indivíduos de garantir a propriedade privada, para deixar de ter uma condição mísera
e participar ativamente do pacto social.
d) O homem é naturalmente bom, mas a vida social o corrompe, fazendo com que passe a querer dominar a liberdade
dos outros. O nascimento do Estado é diretamente responsável por essa corrupção.
e) Os homens são naturalmente inaptos para a vida social, a menos que constituam uma autoridade à qual entreguem
sua liberdade em troca de segurança.
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259. (UEL/PR) Sobre a expansão marítima ibérica da época dos descobrimentos, é correto afirmar que:
a) Ocorreu de maneira pacífica, com a colonização e povoamento das Américas.
b) Fundamentou a expansão do capitalismo mercantil, acompanhado pelas missões.
c) Acabou com o comércio mediterrânico, concentrando-se tão somente no Atlântico.
d) Fortaleceu as cidades-estados italianas, tradicionais no comércio mercantil.
e) Concedeu cidadania aos súditos que emigrassem para as colônias de além-mar.
260. (FUVEST/SP) No início do século XVI, Maquiavel escreveu O príncipe, uma célebre análise do poder político,
apresentada sob a forma de lições, dirigidas ao príncipe Lorenzo de Médicis. Assim justificou Maquiavel o caráter
professoral do texto:
Não quero que se repute presunção o fato de um homem de baixo e ínfimo estado discorrer e regular sobre o
governo dos príncipes; pois assim como os [cartógrafos] que desenham os contornos dos países se colocam na planície
para considerar a natureza dos montes, e para considerar a das planícies ascendem aos montes, assim também, para
conhecer bem a natureza dos povos, é necessário ser príncipe, e para conhecer a dos príncipes, é necessário ser povo.
XAVIER, L. (tradução adaptada).
Ao justificar a autoridade com que pretende ensinar um príncipe a governar, Maquiavel compara sua missão à de um
cartógrafo pra demonstrar que:
a) O poder político deve ser analisado tanto do ponto de vista de quem o exerce quanto do de quem a ele está
submetido.
b) É necessário e vantajoso que tanto o príncipe como o súdito exerçam alternadamente a autoridade do governante.
c) Um pensador, ao contrário do que ocorre com um cartógrafo, não precisa mudar de perspectiva para situar posições
complementares.
d) As formas do poder político variam, conforme sejam exercidas por representantes do povo ou por membros da
aristocracia.
e) Tanto o governante como o governado, para bem compreenderem o exercício do poder, devem restringir-se a seus
respectivos papéis.
261. (FUVEST/SP) Observe as rotas no mapa e responda:
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a) O que significou, para os interesses de Portugal, a rota marítima Lisboa – Cabo da Boa Esperança – Calicute?
b) O que significou a expedição de Pedro Álvares Cabral para o Império Português?
262. (FUVEST/SP) A política econômica do Estado moderno absolutista, conhecida por mercantilismo, atingiu seu pleno
apogeu no século XVII. Aponte e explique duas de suas características.
263. (UNESP/SP) Os Lordes espirituais e temporais e os Comuns, hoje [22 de janeiro de 1689] reunidos (...) constituindo
em conjunto a representação plena e livre da nação (...) declaram para assegurar os seus antigos direitos e liberdades:
1. Que o pretenso direito da autoridade real de suspender as leis ou a sua execução (...) é ilegal;
2. Que o pretenso direito da autoridade real de dispensar as leis ou a sua execução (...) é ilegal;
4. Que qualquer levantamento de dinheiro para a Coroa ou para seu uso (...) sem consentimento do Parlamento, é ilegal;
6. Que o recrutamento e a manutenção de um exército no reino, em tempo de paz, sem o consentimento do Parlamento,
é ilegal.
“Declaração dos direitos”. Apud. DARESTE, F.R & DARESTE, P. As constituições modernas.
a) Identifique o contexto em que esse documento foi escrito.
b) A Declaração de Direitos estabelece qual relação de poder entre o rei e o Parlamento inglês?
264. (FUVEST/SP)
BRAUDEL, F. Civilização material, economia e capitalismo. Lisboa: Teorema, 1992, vol. II, p. 175.
Considerando os dois gráficos acima:
a) Defina e explique o significado de uma balança comercial “favorável” ou “desfavorável” para um determinado país.
b) Compare os papéis político-econômicos da França e da Inglaterra na competição internacional do século XVIII, bem
como a importância desses países para as regiões coloniais americanas da época.
265. (UNICAMP/SP) Podemos dizer que a ideia de globalização é mais antiga do que imaginamos. Alguns acreditam que
sua origem remonta a uma Bula Papal, de 1493, que pela primeira vez empregou a palavra descobrimento. Por este
documento, a Europa adquiria o direito de converter à sua religião os povos do mundo e se apropriar das terras por ela
descobertas. Evidentemente, tratava-se de uma ideia unilateral e unidimensional de globalização: foram
desconsideradas, quando não aniquiladas, as diferenças culturais e sociais.
SUBIRATS, E. O mundo: todo e uno.
a) Quais os países europeus que desencadearam essa globalização?
b) Por que o autor considera unilateral essa globalização?
c) De acordo com o enunciado, qual o significado de descobrimento para os europeus? Por que, hoje, ele é contestado?
266. (UNICAMP/SP) Sobre o governo dos príncipes, Nicolau Maquiavel, um pensador italiano do século XVI, afirmou:
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O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando que aparente possuir tais
qualidades (...). Um príncipe não pode observar todas as coisas a que são obrigados os homens considerados bons,
sendo frequentemente forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião (...). O
príncipe não deve se desviar do bem, se possível, mas deve estar pronto a fazer o mal, se necessário.
MAQUIAVEL, N. O príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 102-103.
A partir do texto, responda:
a) Qual o maior dever do príncipe?
b) Como o príncipe deveria governar para ter êxito?
c) De que maneira as ideias de Maquiavel se opunham à moral cristã medieval?
267. (FUVEST/SP) Colbert, ministro de Luís XIV, queria tornar a França a nação mais rica da Europa, aumentando
consideravelmente seu Tesouro. Qual a política econômica posta em prática pelo ministro francês para atingir esse
objetivo?
268. (UNICAMP/SP) Da Idade Média aos tempos modernos, os reis eram considerados personagens sagrados. Os reis
da França e da Inglaterra “tocavam as escrófulas”, significando que eles pretendiam, somente com o contato de suas
mãos, curar os doentes afetados por essa moléstia. Ora, para compreender o que foram as monarquias de outrora, não
basta analisar a organização administrativa, judiciária e financeira que essas monarquias impuseram a seus súditos, nem
extrair dos grandes teóricos os conceitos de absolutismo ou direito divino. É necessário penetrar as crenças que
floresceram em torno das casas principescas.
BLOCH, M. Os reis taumaturgos. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 43-44.
a) De acordo com o texto, como se pode compreender melhor as monarquias da Idade Média e da Idade Moderna?
b) O que significa “direito divino dos reis”?
269. (UNICAMP/SP) Segundo o historiador indiano K. M. Panikkar, a viagem pioneira dos portugueses à Índia inaugurou
aquilo que ele denominou como a época de Vasco da Gama da história asiática. Esse período pode ser definido como
uma era de poder marítimo, de autoridade baseada no controle dos mares, poder detido apenas pelas nações europeias.
BOXER, C. R. O império marítimo português (1415-1835). Lisboa: Edições 70, 1972, p. 55.
a) Quais fatores levaram à expansão marítima europeia dos séculos XV e XVI?
b) Qual a diferença entre o domínio dos portugueses no Oriente e na América?
270. (FUVEST/SP) Nas revoluções inglesas do século XVII, os puritanos tiveram participação decisiva na luta contra o
absolutismo monárquico. Quem eram os puritanos e por que entraram em conflito com o absolutismo inglês?
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Gabarito
Múltipla escolha
241
C
251
C
242
E
252
D
243
B
253
E
244
B
254
D
245
A
255
E
246
D
256
C
247
C
257
A
248
B
258
E
249
A
259
B
250
A
260
A
Gabarito
Dissertativas
261.
a) No contexto das Grandes Navegações, em que Portugal foi pioneiro, destacou-se a chegada de Vasco da Gama a Calicute, nas
Índias, completando a rota feita por Bartolomeu Dias até o Cabo da Boa Esperança. O feito significou o acesso direto dos
comerciantes portugueses às especiarias e gêneros tropicais de origem oriental, transferindo o eixo do comércio do mar
Mediterrâneo para o oceano Atlântico.
b) A expedição de Cabral, além de ter oficializado a posse de terras da América por Portugal, completou a obra de Vasco da Gama,
consolidando o domínio luso nas Índias.
262.
Podemos citar a balança comercial favorável, onde o nível das exportações deve ser sempre maior do que o das importações. E o
metalismo, acúmulo de ouro e prata como parte da composição da riqueza nacional de um Estado.
263.
a) A Inglaterra do século XVII foi marcada por um período turbulento, em função das revoluções em seu território. O processo
culminou com a derrubada do rei Jaime II (Stuart) em meio à Revolução Gloriosa (1689).
b) A Declaração de Direitos (Bill of Rights) estabeleceu uma relação de subordinação do rei ao Parlamento inglês, na medida em
que o monarca obrigatoriamente deveria se remeter à instituição para a aprovação de qualquer diretriz ao governo e à população.
264.
a) O termo “balança comercial” refere-se à diferença entre as exportações e as importações realizadas por um país. Exportações
maiores que as importações indicam uma balança comercial favorável – o que significava a entrada de divisas e a possibilidade de
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um maior acúmulo de capital e, consequentemente, maior fortalecimento dos Estados Nacionais. Dentro dessa lógica, obter uma
balança comercial desfavorável (importações maiores que as exportações) configurava uma situação indesejável.
b) Ao longo do século XVIII, as preocupações com a obtenção de uma balança comercial dominava as políticas econômicas
europeias, no rastro de três séculos de mercantilismo. Se, por um lado, o comércio internacional francês apresentava oscilações, o
inglês, por outro, tendia a ser constantemente alimentado por um setor manufatureiro em franca expansão. Como principais
potências político-econômicas europeias, França e Inglaterra mantinham imenso comércio com a América e sentiram os efeitos da
crise do antigo Sistema Colonial no final do século.
265.
a) Espanha e Portugal.
b) Essa globalização foi unilateral, segundo o autor, porque desconsiderava, quando não aniquilava, as diferenças culturais e
sociais. Foi uma imposição da Europa aos outros povos do mundo.
c) Para os europeus, o resto do mundo não tinha existência própria, só passando a adquirir sentido a partir da chegada e da
conquista por eles realizada. Atualmente, os descobrimentos são contestados porque os estudos históricos vêm revelando, com
clareza cada vez maior, que as sociedades “vencidas” pelos europeus eram dotadas de identidade cultural e histórica que, embora
modificada, não desapareceu com a chegada dos conquistadores, aos quais eles resistiram de todas as formas possíveis.
266.
a) É manter o governo e concentrar, de qualquer maneira, o poder.
b) O príncipe deve colocar, acima de tudo, “a Razão de Estado”, deixando transparecer a sua autoridade e fazendo o que for
necessário para mantê-la.
267.
A política econômica posta em prática por Colbert foi o mercantilismo industrialista que se caracterizava pelo desenvolvimento das
manufaturas de artigos de luxo. Colbert esperava que esses produtos rompessem as barreiras alfandegárias protecionistas dos
demais países europeus e assim trouxesse para a França uma parcela dos metais preciosos acumulados especialmente pelos
países ibéricos.
268.
a) Os reis, além de concentrarem poderes sobre os seus súditos, eram considerados personagens sagradas.
b) O “direito divino dos reis” legitimou politicamente os poderes da monarquia, tornando-a incontestável, sob argumento de que o
governo monárquico surgira do consentimento de Deus.
269.
a) Dentre os principais fatores podemos destacar os interesses comerciais da burguesia europeia, que buscava descobrir novas
rotas para o Oriente a fim de obter especiarias e outras riquezas. Podemos citar também a expansão territorial promovida pelas
monarquias nacionais e as motivações religiosas e cruzadísticas, de difusão do cristianismo e busca do Paraíso – localizado,
segundo a cartografia medieval cristã, no Oriente.
b) O Império marítimo português estabeleceu, no Oriente, domínios sobretudo comerciais, com o intuito de obter especiarias para
distribuir no mercado europeu. No caso americano, o domínio foi motivado por questões territoriais e, posteriormente, pela
exploração de culturas tropicais, no sistema de plantation.
270.
Os puritanos eram os protestantes calvinistas ingleses, representantes da nova sociedade burguesa emergente. No século XVII,
liderados por Oliver Cromwell, enfrentaram o governo absolutista dos Stuart na chamada Revolução Puritana, em que a pequena
nobreza rural e a burguesia derrotaram os senhores feudais e o alto clero, partidários do rei. As razões básicas do conflito ligavamse aos entraves intervencionistas do absolutismo, que impedia o desenvolvimento dos puritanos e do capitalismo.