Material Dourado
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Material Dourado
O Material Dourado Montessori destina-se a atividades que
auxiliam o ensino e a aprendizagem do sistema de numeração
decimal-posicional e dos métodos para efetuar as operações
fundamentais (ou seja, os algoritmos).
Nos anos iniciais deste século, Maria Montessori dedicou-se à
educação de crianças excepcionais, que, graças à sua orientação,
rivalizavam nos exames de fim de ano com as crianças normais
das escolas públicas de Roma.
Texto extraído do site:
http://www.londrina.pr.gov.br/dados/images/stories/Storage/se
c_educacao/canal_educativo/mat_material_dourado.pdf
Material das contas ou material
dourado
O Material dourado pode ser utilizado a partir da Educação
Infantil em atividades de exploração livre e dirigida, desde
que planejadas e com objetivos definidos pelo professor.
Algumas orientações:
Explorar o material dourado de forma lúdica;
Estabelecer um contrato didático para a utilização do
material;
Combinar com os alunos os nomes de cada peça (cubinho,
barrinha, placa e cubão ou cubo grande);
Combinar com os alunos a analogia existente entre o
material e o sistema de numeração decimal.
Explorar a oralidade a partir de
questionamentos sobre a sua
estrutura
Com oito cubinhos é possível formar uma barrinha? Por quê?
Com 12 cubinhos é possível formar uma barrinha? Por quê?
Haverá sobras ou não? Quantos sobrarão? Quantos cubinhos
faltarão para que você possa formar mais uma barrinha? Por quê?
Se juntarmos 2 cubinhos e 8 cubinhos é possí
vel formar 10? Por quê?
Se juntarmos 5 cubinhos e 5 cubinhos é possível formar 10? Por
quê?
Tenho 1 cubinho. Se eu acrescento mais um fico com...? Então 1
mais 1 é...? E 2 mais 1? E 3 mais 1? E 4 mais 1? E 5 mais 1? E 6 mais
1? E 7 mais 1? E 8 mais 1? E 9 mais 1? O que acontece com o 10 se
eu tirar um? E se eu tirar 1 do 9 o que acontece? 8 tira 1, o que
acontece? ...
Trabalhar relações de inclusão.
Quantos grupos de 10 há em 300? Por quê?
Quantos grupos de 100 há em 538? Por quê?
Quantos grupos de 10 há em 938? Por quê?
Qual é o número formado por 3 grupos de 100, 8 grupos de 10 e 3
grupos de 1?
Qual é o número formado por 80 grupos de 10?
Qual é o número formado por 20 grupos de 10 e 3 grupos de 1?
Posso afirmar que 23 dezenas é igual a 230? Justifique.
Posso dizer que 12 unidades de milhar representam 1200?
Justifique.
É capaz de encontrar diferentes maneiras para se compor 120?
Discuta com seus colegas e apresente para a turma as suas
conclusões.
QUAL É O NÚMERO?
Jogo do tabuleiro
Material:
Tabuleiro individual com 20 divisões, um dado com
pontos ou numeração, material de contagem para
preencher o tabuleiro (fichas, tampinhas, etc).
Modo de jogar:
Cada jogador, na sua vez, joga o dado e coloca no
tabuleiro o número de tampinhas indicado no dado.
Os jogadores devem encher seus tabuleiros.
Jogo tirando do prato
Material:
Pratos de papelão ou isopor (um para cada criança),
material de contagem (ex.: 20 para cada criança), dado.
Modo de jogar:
Os jogadores começam com 20 objetos dentro do prato
e revezam-se jogando o dado, retirando as peças,
quantas indicadas pela quantidade que nele aparece.
Vence quem esvaziar seu prato primeiro.
Sacola Mágica
Material:
Uma sacola, um dado, materiais variados (em
quantidade).
Modo de jogar:
Uma criança joga o dado, lê o número e retira da sacola
a quantidade de objetos correspondente à indicação do
dado. Passa a vez a outro jogador, até que todos os
objetos sejam retirados da sacola. Podemos comparar
as quantidades no final (mais/menos, muitos/poucos).
Formando grupinhos com 10
Materiais:
Cubinhos e barrinhas do material dourado, um dado para cada
grupo, uma tabela para cada aluno.
Modo de jogar
O jogo pode ser feito em grupos de 4 alunos ou menos.
Cada aluno joga o dado na sua vez e utiliza os cubinhos para
marcar seus pontos. O total de pontos deve ser marcado na
tabela por todos os alunos do grupo. O registro na tabela deve ser
feito por meio de desenho, ou seja, se o aluno retirou 6 cubinhos
no dado, ele deve desenhar os seis cubinhos na tabela.
O mesmo procedimento acontece até a 4ª rodada. Na última
partida ou alunos deverão contar os pontos, formar grupos de 10
e trocar por uma barrinha. Na tabela, deverão registrar o total de
pontos desenhando a barrinha e os cubinhos que ficaram
“soltos”. Na última coluna deverão registrar o número formado.
No caderno, o professor poderá sistematizar as adições utilizadas
para somar os pontos.
Completando as peças do dominó
Materiais:
Um tabuleiro simulando o resultado de uma jogada de
dominó com algumas peças em branco, todas as peças
compostas por barras e cubinhos de um lado e
numeral do outro e 28 peças avulsas desse mesmo
dominó.
Modo de jogar
Cada aluno retira cinco peças e na sua vez tenta
completar os espaços em branco, cada vez que acertar
poderá fazer mais uma tentativa, aquele que preencher
corretamente o tabuleiro e tiver o menor número de
peças será o vencedor.
Tabuada X material dourado
O professor coloca a turma em grupos e distribui
cubinhos do material dourado.
Escreve os nomes do grupo no quadro.
Pergunta uma tabuada para a turma.
Marca o tempo para os grupos utilizarem o material
dourado acabado o tempo, os grupos vão até o quadro
para registrar o resultado do grupo.
Nunca dez
Objetivo do jogo: ganhar uma centena
Esclarecer o que é: unidades, dezenas, centenas.
Como jogar:
Lançar os dados
Recolher as unidades
Nunca dez: 10 unidades= uma dezena
Nunca dez; 10 barras=uma centena
Situações-problema
Objetivos: - compreender e utilizar as técnicas
operatórias para a adição e subtração com trocas e
reservas.
a) Numa classe há 15 meninos e 16 meninas. Quantas
crianças há ao todo?
b) Ana tem 42 lápis. Hoje perdeu 18 deles. Quantos lápis
restaram a Ana?
c) Numa caixa onde cabem 30 figurinhas, tenho apenas 12.
Quantas figurinhas ainda cabem na caixa?
d) Carlos tem 37 anos, e Ana, 15. Quantos anos, Carlos tem
a mais que Ana?
Refletindo sobre a atividade
O que significa “vai um? E empresta um”?
Material dourado multiplicações
Objetivos: Formalizar o registro matemático do
algoritmo da multiplicação, com compreensão dos
processos envolvidos;
Resolver problemas que envolvem as ideias de
multiplicação.
a) Na festa de aniversário de Carolina, cada criança levou 3
refrigerantes. Ao todo 8 crianças compareceram a festa.
Quantos refrigerantes havia?
b) Um salão tem 5 fileiras com 5 cadeiras em cada uma.
Quantas cadeiras há nesse salão?
c) Sandra tem 12 álbuns de selos. Todos estão completos.
Em cada álbum cabem 13 selos.Quantos selos ela tem?
Material dourado e divisão
Objetivos: Formalizar o registro matemático do
algoritmo da divisão, com compreensão;
Resolver problemas que envolvem as ideias de
divisão.
a) Ana vai distribuir 100 reais igualmente entre seus
quatro filhos. Quantos reais caberão a cada um deles?
b) Marcelo comprou 120 laranjas na feira. Cada
saquinho cabe 3 laranjas. Quantos saquinhos vão ser
necessários?
Jogo da Trilha
Material utilizado: tabuleiro enumerado até o
número 225 (como o modelo a seguir), dois dados
convencionais, marcadores com cores diferentes.
Temas explorados: as operações aritméticas; cálculo
mental; atenção; expressão numérica; agilidade de
raciocínio; número par; número ímpar e outros.
Como jogar: forme um grupo com mais dois ou três.
Cada jogador lança dois dados. Para saber quantas
casas avançar multiplique os números obtidos nos
dados.
O jogador marca uma ficha na casa em que chegar. Por
exemplo, se os dois números dos dados forem 4 e 2, o
jogador vai colocar seu marcador na casa 8.
Regra especial: quem cair numa casa ímpar avança 25
casas. Quem chegar em 225 primeiro é o vencedor.
Resolução de Problemas: o trabalho com o “jogo da
trilha” permite explorar em sala de aula a Resolução de
Problemas:
Eu estava na casa 52 e tirei 4 e 6. Em que casa fui
parar?
Ana tirou 5 e 6, foi parar na casa 84. Onde ela estava
antes?
Renato estava na casa 54 e foi parar na casa 66. Que
pontos ele obteve nos dados? Há mais de uma
possibilidade?
É possível só com a primeira jogada ir parar na casa 50?
Explique.
Por que será que as casas com números ímpares são
premiadas?
O DETETIVE
Objetivos: Preparar o ensino do algoritmo da divisão. Levar à
percepção de que a multiplicação e a divisão são operações
inversas.
Formam-se grupos de 4 ou 5 alunos. Um dos alunos do grupo sai da
classe. Os outros recebem um número do professor e, cada um pega as
peças correspondentes a esse número. Depois, juntam todas as peças e
fazem as trocas. O aluno que saiu, retorna, observa o total de peças e
deve dar a cada colega as peças que tinha antes das trocas.
Detetive é aquele que investiga e descobre fatos. Nesta atividade, o
aluno que saiu da classe deve descobrir o que aconteceu quando ele
estava fora. Assim, ele age como detetive.
Para motivar a atividade, o professor deve enfatizar essa idéia de
descobrir o que aconteceu.
Participando da atividade, os alunos fazem multiplicações e as divisões
inversas. Ao repartir as peças, as crianças usam, normalmente,
procedimentos muito parecidos ao algoritmo da divisão. Isto vai ajudálos a entender esse algoritmo.
DITADO COM NÚMEROS
Objetivo: Representar concretamente os números
decimais.
Pré-requisitos:
Os alunos já devem ter entrado em contato com os
números decimais; devem saber, por exemplo, que 0,1
indica 1/10 da unidade; 0,07 indica 1/100 da unidade;
etc.
Atividade:
Professor e alunos adotam a convenção de que uma placa
corresponde a uma unidade. Assim barras e cubinhos
corresponderão a frações decimais dessa unidade. Veja:
1 placa
0,1 dezena
0,01 unidade
O professor apresenta números como 0,03 – 0,4 – 1,2 – 3,02
– 0,21 – etc e os alunos mostram as peças correspondentes.
Por exemplo: 0,21: 2 barras e uma unidade
A LOJA
Objetivos: Reconhecer as características da escrita
decimal dos números fracionários; preparar o
aprendizado da adição e da subtração com números
fracionários.
Alguns alunos colocam preços nos objetos que serão
vendidos. Um apontador pode custar 3, 05; uma
borracha 0, 9; um lápis 0, 46; etc.
Outros alunos recebem algumas placas e vão comprar
um ou mais objetos. (cada placa representa uma
unidade monetária). O vendedor deve receber e dar o
troco.
Conhecendo a história do ábaco
O ábaco é um antigo instrumento de cálculo, formado por
uma moldura com bastões ou arames paralelos, dispostos
no sentido vertical, correspondentes cada um a uma
posição digital (unidades, dezenas,...) e nos quais estão os
elementos de contagem (fichas, bolas, contas,...) que
podem fazer-se deslizar livremente. Teve origem
provavelmente na Mesopotâmia, há mais de 5.500 anos. O
ábaco pode ser considerado como uma extensão do ato
natural de se contar nos dedos. Emprega um processo de
cálculo com sistema decimal, atribuindo a cada haste um
múltiplo de dez. Ele é utilizado ainda hoje para ensinar às
crianças as operações de somar e subtrair.