Tríplice Viral

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MONITORAMENTO RÁPIDO DE COBERTURA (MRC)
PÓS-CAMPANHAS DE VACINAÇÃO
CONTRA A POLIOMIELITE E
SEGUIMENTO DO SARAMPO
KAMILI DE OLIVEIRA
GOIÂNIA
14/01/2015
Objetivo Geral
Avaliar :
 a situação vacinal das crianças na faixa etária
de seis meses a menores de cinco anos, para
as vacinas contra a poliomielite (VIP e VOP);

A situação vacinal das crianças de um ano a
menores de cinco anos de idade, para as
vacinas com componente sarampo (tríplice viral
ou tetra viral).
Objetivos Específicos:
•
•
Resgatar e vacinar crianças entre seis meses e
menores de cinco anos de idade, não
vacinadas com poliomielite (VIP e VOP) e
sarampo (tríplice viral ou tetra viral);
Melhorar
a
cobertura
vacinal
e
a
homogeneidade de coberturas para essas
vacinas.
Metodologia:




A metodologia utilizada é semelhante ao proposto nos
demais protocolos;
O número de MRC em cada município depende do
tamanho da população-alvo e o número de salas de
vacinas;
Cada município deve realizar um MRC com no mínimo 25
crianças envolvidas;
A coleta de dados deve ser realizada por equipes locais,
com MRC cruzado, e no mesmo dia em cada área iniciada.
Organização e programação do trabalho de campo
●
●
●
Definir o melhor dia para realizar a coleta dos dados considerando os horários em que é
mais provável encontrar o público alvo e seus responsáveis em casa;
A coleta e tabulação dos dados de cada área onde se iniciou o monitoramento
devem ser realizadas em um dia de preferência em um período.
Definir os recursos necessários para o MRC: transporte, vacina, seringas e agulhas,
planilhas do MRC para registro (formulário MRC);
●
Designar um supervisor das equipes de monitoramento;
●
Formar as equipes com no mínimo 2 pessoas: entrevistador e vacinador;
●
Solicitar apoio de agentes comunitários e outras lideranças que conheçam a localidade;
Organização e programação do trabalho de campo
●
Padronizar as equipes na metodologia de entrevista, registro e tabulação de
dados;
●
Digitar os dados coletados no site do MRC (pni.datasus.gov.br > SERVIÇOS
. Enviar dados de MRC);
●
O entrevistador, preferencialmente deve ser externo ao estabelecimento
responsável pela área, para que o monitoramento seja o mais imparcial e
objetivo possível;
●
As crianças “não vacinadas” para qualquer vacina, objeto do MRC devem
ser vacinadas seguindo o esquema recomendado.
Seleção das localidades para o MRC
●
●
●
●
Selecionar aleatoriamente um bloco/quadra/quarteirão do setor sorteado
para iniciar a coleta dos dados;
Se o setor é muito grande, dividir novamente em setores para selecionar o
bloco/quadra/quarteirão que iniciará o MRC;
Visitar o número necessário de casas até completar o número de crianças
entrevistadas. Nenhum MRC deve ter menos de 25 crianças entrevistadas;
Seguir a rota em sentido horário até completar o número de crianças que
precisam ser entrevistadas.
Critérios de inclusão e exclusão:
Inclusão:
Faixa etária
●
Pólio (6 meses a 4 anos11 meses e 29dias);
●
Sarampo (1 a 4 anos de idade);
●
Ser residente no domicílio;
●
Criança residente e elegível que estejam ausentes no
momento da visita, mas com comprovante vacinal;
●
●
●
●
Exclusão:
Crianças fora da idade estabelecida;
Crianças não residentes;
Obs.: Se houver criança residente sem comprovante de
vacinação no momento da visita, retornar em outro
momento para avaliar o cartão ( estado vacinal).
Procedimentos para verificação da caderneta
de vacinação e registro.
ENTREVISTA
 O entrevistador deverá identificar-se, informar-se sobre quem é o
responsável pelo domicílio, explicar o motivo da visita e a
importância da entrevista pedindo permissão para isso;
 Verificar quantidade de crianças residentes no domicílio,
considerando os critérios de inclusão, solicitando as cadernetas ou
comprovantes de vacinação de todas as crianças;
 Anotar a data de realização do MRC, e outros dados de
identificação para facilitar a digitação;
Anexo 1: Boletim de
consolidado do MRC
ESTADO
_________________________________________________________
MUNICÍPIO: _______________________________________
SETOR OU LOCALIDADE: ______________________________ DATA:
______/_________/_______ RESPONSÁVEL: _______________________
(E) Crianças
NÃO vacinadas
6m<1
ano
1
2
1 ano
2
anos
3
anos
4
anos
6m<1
ano
1 ano
2
anos
3
anos
4
anos
Outros motivos
Não estava agendada
Várias injeções ao mesmo tempo
Contra indicação médica
Faltou vacina
Posto de vacinação fechado
Recusa da vacina
Falta de tempo
(G)Doses de vacinas aplicadas durante o MRC
VIP
Evento adverso em dose anterior
Idade
Quantida Quantid Quantid Quantid Quantid Quantid
Quantid Quantidade
s
de ade
ade
ade
ade
ade
Dificuldade de ir ao posto de vacinação
(acesso)
Com
terceira
Com
dose
D1 de
(D3) de
triplice
vacina
viral
VOP ou
VIP
(F) Motivos informados da NÃO vacinação
Perdeu/ sem comprovante
(D)Situação vacinal
(C)
Crianças
residentes Poliomi
Tetra
Triplice Viral
na faixa elite
Viral
(A) Nº
etária,
de (B) Crianças
presentes
casas residentes na
durante a
visitada faixa etária
visita ou
Dose 3
s
cartões
(VOP
D1
D2
DU
disponiveis
ou VIP)
no
domicilio
VOP
D1 D2 D1 D2 D3
Quantida
de
Triplice Viral
REF REF
1
2
Quantidade
D1
D2
Quantidade
Tetra
Viral
DU
Quanti
dade
(A)
(B) Crianças
Numero residentes na faixa
de casas
etária
visitadas
Idade
6m<1ano
1 ano
Casa 1
2 anos
3 anos
4 anos
Quantidade
(C )Crianças
residentes na faixa
etária, presentes
durante a visita ou
com cartões
disponíveis no
domicílio
Quantidade
(D.1)
liomielite
(D) Situação vacinal
(D.2) Tríplice Viral
Dose 3 (VOP D1
ou VIP)
Quantidade
Quantidade
D2
(D.3)
Tetra
Viral
DU
Quantidade Quantidade
Idade
6m<1ano
1 ano
2 anos
3 anos
4 anos
Com
Com D1
terceira de tríplice
dose (D3)
viral
de vacina
VOP ou
VIP
Quantidade
Quantidade
Outros motivos
Não estava agendada
Varias injeções ao mesmo
tempo
Evento adverso em dose
anterior
Contra indicação medica
Falta de vacina
Posto de vacinação
fechado
Recusa da vacina
Dificuldade de ir ao posto
de vacinação (acesso)
Falta de tempo
Perdeu/sem comprovante
(F) Crianças NÂO
vacinadas
(G) motivos informados da NÃO vacinação
Consolidado
Idade
Doses de vacinas aplicadas durante o MRC
VIP
D1
VOP
D2
Quantidade
6m<1
ano
1 ano
2
anos
3
anos
4
anos
D1
D2
D3
Tríplice Viral
REF1 REF2
Quantidade
D1
D2
Quantidade
Tetra Viral
DU
Quantidade
Procedimentos para verificação da
caderneta e registro
Poliomielite:
• Será considerada a terceira dose (D3) da Vacina Oral Poliomielite – (VOP)
ou Vacina Inativada Poliomielite – (VIP), no momento da entrevista;
Sarampo:
• Será considerada pelo menos uma dose de TV;
• Para minimizar o erro de cobertura vacinal com D2 maior que D1, ao serem
encontradas crianças que receberam duas doses de tríplice viral (D1 e D2)
e uma dose de tetra viral, registrar no boletim de campo do MRC, somente
os campos D1 (tríplice viral) e a dose única ( DU) de tetra viral.
• Não deixar de registrar no campo de D2 de tríplice viral nas situações em
que a criança tem a dose 2 de tríplice viral e não tem dose de tetra viral.
Obs: Os cálculos de coberturas vacinais SERÃO FEITOS AUTOMATICAMENTE NO
SITE.
Registro no site
Vacina poliomielite (VIP e VOP)
Situações e condutas para o MRC
 Mesmo que a criança tenha recebido doses das vacinas fora
do prazo recomendado pelo PNI, (na rede particular ou CRIE),
considerar se houver terceira dose;
• O intervalo mínimo da vacina poliomielite entre a terceira dose
e o primeiro reforço é de 6 meses;
• Intervalo entre os dois reforços é de 6 meses também;
• Crianças não vacinadas,devem ter o esquema atualizado e a
dose administrada deve ser registrada no boletim específico
para o MRC. Registrar somente no site do MRC.
Vacina tríplice viral
Estado vacinal anterior
Situação da criança no
momento do MRC
condutas
Administrar a 1ª dose (D1) da vacina Tríplice Viral
e agendar a próxima dose com Tetra Viral ou
Tríplice Viral, conforme o Calendário Nacional de
Vacinação.
Criança que não tem 1ª dose (D1) da vacina
tríplice viral
Não vacinada
•Entre 15 a 23 meses e 29 dias -agendar a
próxima dose com a vacina tetra viral, respeitando
intervalo mínimo de 30 dias entre as doses
•De 2 anos até 4 anos 11 meses e 29 dias –
agendar D2 de tríplice viral, respeitando intervalo
mínimo de 30 dias entre as doses.
Criança que tem 1ª dose (D1) da vacina tríplice
viral administrada há menos de 30 dias.
Vacinada com D1
Não administrar nenhuma dose e verificar o
agendamento da próxima dose com tríplice viral ou
tetra viral, conforme o calendário nacional de
vacinação.
Se a criança tem entre 12 a 14 meses – verificar o
agendamento para a vacina tetra viral para os 15
meses, respeitando o intervalo mínimo de 30 dias
entre as doses.
Se a criança tem entre 15 a 23 meses e 29 dias
verificar o agendamento da vacina tetra viral,
respeitando o intervalo mínimo de 30 dias entre as
doses.
Se a criança tem 2 anos até 4 anos 11 meses e 29
dias – verificar o agendamento da D2 de tríplice
viral, respeitando o intervalo mínimo de 30 dias
entre as doses.
Estado vacinal anterior
Situação da
criança no
momento do
MRC
condutas
Entre 12 a 14 meses – verificar o
agendamento para a vacina tetra viral para
os 15 meses, respeitando o intervalo mínimo
de 30 dias entre as doses.
Entre 15 a 23 meses e 29 dias- administrar a
vacina tetra viral.
De 3 a 4 anos 11meses e 29 dias –
Criança que tem a 1ª dose (D1) da vacina
Vacinada com D1 administrar D2 da tríplice viral.
tríplice viral administrada há mais de 30 dias.
•A vacina tetra viral está disponível para
crianças entre 15 a 23 meses e 29 dias de
idade,com D1 da vacina tríplice viral.
•Os previamente agendados para receber a
vacina tetra viral e não receberam por
problemas no abastecimento desta vacina,
devem ser vacinados com a vacina tetra
viral, mesmo que já tenham completado 2
anos de idade.
Criança que tem duas doses (D1 e D2 da
Vacinada com D1 e Não administrar nenhuma dose.
vacina tríplice viral ou uma dose de tríplice D2
viral e uma dose de tetra viral ou duas doses
de tetra viral.
Definição do número de entrevistas para o MRC
*O total de setores a ser sorteado é igual ao total de salas de vacinas do município.
Erros comuns no MRC que devem ser evitados:
 NENHUM campo pode ficar sem ser preenchido, pois compromete os
cálculos e a análise do MRC.
 O Número de vacinados (numerador) NUNCA é maior do que o número
de crianças entrevistados (denominador), portanto a cobertura vacinal
NUNCA é maior que 100%.
 O Número de entrevistados do MRC em geral é inferior à população
alvo. Pode ser igual, somente quando se aplica um censo vacinal
(quando toda a população alvo é entrevistada).
 Isso só pode ocorrer se as estimativas populacionais (denominador
administrativo) estiverem subestimadas. Em uma amostra da população
geral (como no MRC) isso não é possível.
 NUNCA o número de RESIDENTES ENCONTRADOS (coluna C) e de
VACINADOS pode ser maior que o número de RESIDENTES (coluna
B).
Algumas perguntas para orientar a tomada de decisões
 A cobertura vacinal foi alcançada segundo a meta?
 Se não alcançou as coberturas, quais são as possíveis explicações?
 Quais são as razões dos não vacinados?
 Quais seriam as estratégias mais efetivas para captar as crianças não
vacinadas?
 Quais ações devem ser tomadas para tornar as estratégias efetivas?
Orientação para análise da campanha de vacinação e do
MRC
 Durante a campanha de vacinação foram identificadas muitas crianças ainda sem
vacinação?
 Qual têm sido o comportamento nos últimos cinco anos das coberturas de vacinação de
rotina?
 Quantos MRC foram realizados e qual o percentual da população foi entrevistada?
 Qual a cobertura alcançada no MRC? Existem diferenças de coberturas importantes entre
setores dos municípios onde foi realizado o MRC?
 Existem informações que indicam que a estimativa populacional do IBGE e o registro do
SINASC desse município são diferentes (superiores ou inferiores) das que realmente
residem no município?
 Existem condições socioeconômicas, demográficas ou de acesso aos serviços de saúde que
sugerem que este município registrou como sendo do município as pessoas vacinadas que
residem em outros municípios?
 Quais as principais medidas que devem ser tomadas com base nos resultados encontrados
para a campanha e para o MRC?
Exercícios
 Residência 1
Criança 8 meses, apresentou em seu comprovante de vacinação registros de
VIP com 2 e 4 meses e VOP aos 7 meses.
Como proceder com o MRC?
 Residência 2
Criança 4 anos, registros no comprovante de vacinação : VOP aos 2, 4 e 6
meses, R1 aos 15 meses e R2 aos 4 anos e doses de campanha.
Tríplice viral - registro aos 12 meses e aos 4 anos.
Como proceder com o MRC?
 Residência 3
Criança 2 anos e 3 meses, registro no comprovante de vacinação da VIP aos
5 e aos 7 meses.
Tríplice Viral aos 13 meses.
Mãe alegou unidade longe da sua residência e falta de tempo.
Como proceder com este MRC?

Residência 4
Criança com 7 meses, registro no comprovante de vacinação de VIP aos 2, 4 e 6 meses.
Outra criança residente com 1 ano e 5 meses com registro de VIP aos 2 e 4 meses.
Tríplice viral aos 12 meses.
A mãe alegou que esta criança apresentou doença aguda em curso e que ficou com receio de levar para
vacinar.
Hoje a criança passa bem.
Como proceder com este MRC?

Residência 5
Criança 2 anos e 3 meses, registro no comprovante de vacinação de VIP aos 8 e 10 meses e Tríplice viral aos
12 e 24 meses.
Dose única da Tetra viral na campanha.
Mãe refere que no posto onde levou a criança não tinha vacina e
falta de tempo pela sobrecarga de trabalho.
Como proceder com este MRC?

Residência 6
Criança 2 anos e 1 mês, registro no comprovante de vacinação da VIP aos 2 e 4 meses, VOP aos 6 e 15
meses e doses de campanha.
TV aos 12 meses e Tetra viral agendada paras 15 meses.
Mãe refere que foi em duas unidades de saúde da cidade e não tinha a vacina.
Como proceder com este MRC?

Residência 7
Criança 1 ano e 4 meses, comprovante de vacinação com registro de VIP aos 8 e aos 15 meses
(camp.pólio e seguimento sarampo).
Tríplice viral aos 15 meses (campanha).
Mãe da criança referiu falta de tempo e levou o filho no sábado de campanha.
Como proceder com este MRC?
Residência 8
Criança 1 ano e 2 meses, comprovante de vacinação com registro da VIP aos 2 e 4 meses, VOP aos
6 meses.
Mãe refere que a criança na campanha de vacinação não tomou a vacina Tríplice viral, devido
alergia ao leite.
Como proceder com este MRC?
Residência 9
Criança 5 anos, comprovante de vacinação, registro de VOP aos 2 , 4 e 8 meses e R1 aos 17 meses.
Tríplice viral aos 12 meses.
Mãe referiu que várias vezes foi ao posto de saúde, mas estava fechado.
Como proceder?

Residência 10
Criança 4 anos, no momento da visita mãe referiu que estava na casa da avó e que o comprovante
de vacinação tinha sido perdido.
Como proceder com esta situação?

Residência 11
Criança com 4 anos, 11 meses e 17 dias, reside com os pais, contudo estava na colônia de férias da
escola no momento da visita para o MRC.
Mãe referiu que apresentava comprovante de vacinação constando os seguintes registros: VIP aos 2
anos e aos 2 anos e 2 meses.
VOP aos 2 anos e 6 meses, R1 de VOP aos 3 anos e R2 de VOP na campanha de poliomielite.
Registro de duas doses de Tríplice viral: 2 anos e 5 meses e 3 anos.
Como proceder com este MRC?
OBRIGADA!
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Telefones: (62) 3201-7888/7882
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