Transcript maconha
Drogas
MACONHA
Introdução
• • • As fibras do caule da cannabis são fortes e tem grande durabilidade. Podem ser utilizadas para a fabricação de papel, de cordas e até tecidos e fios para a confecção de roupas. Das sementes da cannabis sativa pode-se extrair um óleo que pode ser utilizado na produção de sabão, tintas e mesmo óleo comestível.
Da cannabis sativa, em seu estado natural, podem ser produzidas duas drogas ilícitas, ou seja, substância psicoativa de ação perturbadora do sistema nervoso central: a maconha (ou marijuana) e o haxixe (hash). A substância ativa com poder narcótico presente na cannabis sativa é o THC (tetrahidrocannabinol), que embora esteja presente em todas as partes da planta, encontra-se mais concentrada nas flores e resina das plantas fêmeas. Da planta Cannabis sativa podem ser produzidas mais de 400 substâncias químicas.
A maconha nada mais é do que as folhas e as flores (principalmente do topo das flores) secas da cannabis sativa. Geralmente “a erva” é fumada, mas também pode ser ingerida. Se fumada, em poucos segundos seus efeitos são sentidos, enquanto se ingerida, os efeitos surgem entre 30 e 60 minutos.
Forma de Ação
• • A figura ilustra a hipotética ação de moléculas de THC sobre o sistema de recompensa (núcleo accumbens). A ação parece ser semelhante à descrita para a cocaína. Neste caso, o THC liga se num terceiro neurônio (acima à direita), o qual libera um neurotransmissor inibitório (GABA) na sinapse. GABA, por ser inibitório, normalmente inibe a liberação de dopamina no neurônio pré-sináptico (superior esquerda). Na presença de THC, o GABA não é liberado e a liberação de dopamina aumenta por falta de inibição. Assim, uma quantidade maior de dopamina acaba ativando o neurônio pós sináptico (abaixo na figura).
http://www.virtual.epm.br/material/depquim/10flash.htm
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Como Inicia
Geralmente o primeiro contato com as drogas ocorre já na adolescência, entre amigos. Dentre várias situações, o que leva uma pessoa ter contato com drogas é: Baixa auto-estima; Diversão ou prazer; Revolta; Problemas familiares; Esquecer-se dos problemas.
Aliviar dores, tensões, depressões; Além disso, muitas pessoas tornam-se usuárias por influência de amigos, traficantes e, até mesmo, propagandas; tentar fugir da realidade; ou, simplesmente,para não ficarem “fora de moda”, ou seja, se uma pessoa conhecida usa, ela acha que também tem que usar.
Apesar de todas essas serem situações que levam um adolescente, ou até mesmo, uma pessoa mais velha, a utilizar drogas, o principal motivo é a curiosidade. Nesse caso, a curiosidade é uma qualidade natural do ser humano, entretanto na adolescência o individuo está mais aberto a novas experiências, o que leva a utilização de drogas.
Efeitos no Corpo
Adversos
1) Dependência
Os inquéritos mostram que 9% dos que experimentam se tornam dependentes. Esse número chega a um em cada seis, no caso daqueles que começam a usá-la na adolescência. Entre os que fazem uso diário, 25% a 50% exibem sintomas de dependência.
Uma vez instalada a dependência, surgem crises de abstinência: irritabilidade , insônia, instabilidade de humor e ansiedade.
2) Alterações cerebrais
Da fase pré-natal aos 21 anos de idade, o cérebro está em estado de desenvolvimento ativo, guiado pelas experiências. Nesse período, fica mais vulnerável aos insultos ambientais e à exposição a drogas como o THC.
4) Transtornos mentais
Essas alterações podem explicar as dificuldades de aprendizado e o QI mais baixo dos adultos que fumam desde a adolescência.
3) Porta de entrada
Qualquer droga psicoativa pode moldar o cérebro para respostas definidas a outras drogas. Nesse sentido, o THC não é mais nocivo do que o álcool e a nicotina.
Causa trantornos como depressão e psicoses.
O que os estudos não conseguem estabelecer é a causalidade, isto é, se a maconha provoca esses distúrbios ou se os portadores deles usam a droga para aliviar suas angústias.
5) Câncer e doenças pulmonares
Embora a relação entre maconha e câncer de pulmão não possa ser afastada, o risco é menor do que aquele associado ao fumo.
Por outro lado, fumar maconha com regularidade, durante anos, provoca inflamação das vias aéreas, aumenta a resistência à passagem do ar pelos brônquios e diminui a elasticidade do tecido pulmonar, O uso frequente agride a parede interna das artérias e predispõe ao infarto do miocárdio, derrame cerebral e isquemias transitórias.
Benéficos
A maconha pode melhorar: 1) Glaucoma: Existem, no entanto, medicamentos bem mais eficazes.
2) Náuseas: Hoje, a Oncologia dispõe de antieméticos mais potentes.
3) Anorexia e caquexia associada à AIDS: A melhora do apetite e o ganho de peso em doentes com Aids avançada foram descritos há mais de vinte anos, antes mesmo de surgirem os antivirais modernos.
4) Dores crônicas: O dronabinol, comercializado em diversos países para uso oral, reduz a sensibilidade à dor, com menos efeitos colaterais do que o THC fumado.
7) Epilepsia: Estudo recente mostrou que 11% dos pacientes ficaram livres das crises convulsivas com o uso de maconha com teores altos de canabidiol; em 42% o número de crises diminuiu 80% e, em 32% dos casos, a redução variou de 25% a 60%.
5) Inflamações: O THC e o canabidiol são dotados de efeito anti-inflamatório que os torna candidatos a tratar enfermidades como a artrite reumatoide e as doenças inflamatórias do trato gastrointestinal 6) Esclerose múltipla: O Nabiximol, canabinoide comercializado com essa indicação na Inglaterra, Canadá e outros países com o nome de Sativex, não está disponível para os pacientes brasileiros.
Depoimento de Ex-usuária
"Comprar e consumir maconha quando percebe que é a coisa mais fácil do mundo. A droga é extremamente barata e ninguém faz cara feia você está fumando. As pessoas estão acostumadas. Fumei dos 14 aos 20 anos. Até começar a fumar, eu era ótima aluna - fui alfabetizada em inglês e ainda falava francês e espanhol com fluência. Meu raciocínio era rápido e eu era responsável em casa. Por causa da droga, passei a ter falhas sérias de memória. Um dia minha mãe descobriu que eu fumava e me levou ao médico. Lá, fui diagnosticada com transtorno bipolar, deflagrado pelo uso da maconha. Estou há quatro anos limpa.
Não foi fácil. Tive duas recaídas. Mas estou aqui. Pronta para recomeçar.", Milena Gertner, 24 anos, fotógrafa, com a mãe, Sulamita Kramarski (Foto: Alexandre Schneider)
https://www.facebook.com/video.php?v=10152980319867580
Superinteressante: maconha medicinal
Danos Sociais
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O uso frequente de maconha, mesmo em pouca quantidade, pode prejudicar a memória, fazendo com que o usuário tenha sérias falhas de memória.
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Deixa o usuário mais letárgico, ou seja, ele fica desanimado, sem vontade de fazer as coisas e ainda por cima dorme em excesso.
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Atrapalha em seu raciocínio lógico e outras funções de aprendizado.
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Os usuários normalmente são discriminados e afastados pela sociedade
Tratamentos
• • O tratamento para maconha é em sua maior parte terapias, como a entrevista motivacional, terapia cognitiva comportamental e manejo de contingências.
O tratamento para maconha envolve uma grande diversidade de terapias, cada uma age sobre algum tipo de deficiência da vida do dependente químico, que são deficiências biopsicossociais.
• • • • Uma fonte, o Drug Enforcement Administration Museum, em Arlington, Virginia (EUA), prevê que as referências mais antigas escritas da maconha datam por volta de 2.727 a.C, quando o imperador chinês Shen Nung supostamente descobriu a substância e passou a usá-la medicinalmente.
Curiosidades
• Donos de animais já estão usando maconha medicinal para ajudar seus gatos e cães doentes, de acordo com um artigo de 2013 no Journal of the American Veterinary Medical Association. Na maior parte do tempo, os animais que ingerem maconha superam os efeitos dentro de poucas horas, os veterinários dizem. Mas, em grandes quantidades, a droga pode ser mortal.
Talvez o uso mais estranho de corda de maconha registrado é como um método para o transporte de estátuas de pedra gigantes. Em 2012, os arqueólogos criaram reproduções de estátuas da Ilha de Páscoa, tentando descobrir como as pessoas antigas podem ter movido as famosas cabeças de 4,35 toneladas. Em 2012, o arqueólogo Carl Lipo provou que tudo o que era necessário é corda de cânhamo.
Em pesquisa com ratos, a psicóloga Rebecca Craft da Universidade Estadual de Washington descobriu que as fêmeas foram mais sensíveis às ‘qualidades analgésicas’ da maconha, mas elas também eram mais propensas a desenvolver • • De acordo com um estudo de 2012 feito na Itália, vestígios de maconha estão flutuando no ar ao redor do Coliseu e do Panteão, bem como em outras sete cidades italianas. Os cientistas descobriram que Florença e Bolonha possuem as maiores concentrações de maconha.
Os sabonetes, incluindo fórmulas de Johnson & Johnson, CVS e Aveeno, não contêm maconha, mas podem causar confusão em testes, relataram os pesquisadores na revista Clinical Biochemistry.
uma tolerância à droga, o que pode contribuir para os efeitos colaterais negativos e dependência.
Maconha altera a fertilidade? Ainda não ha dados conclusivos, mas um recente estudo indica que a mobilidade dos espermatozóides e a fecundidade masculina diminuem em camundongos tratados com THC
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Conclusão
Diversos trabalhos revelaram que os canabinoides naturais ou sintéticos desempenham papel importante na modulação da dor, controle dos movimentos, formação e arquivamento de memórias e até na resposta imunológica Explicamos que os estudos nessa área padecem de problemas metodológicos. Geralmente envolvem usuários que consomem quantidades maiores, por muitos anos, acondicionadas em baseados com concentrações variáveis de tetrahidrocanabinol (THC), o componente ativo.
Como consequência, ficam sem respostas claras as consequências indesejáveis no caso dos usuários ocasionais, a grande massa de consumidores.
Em compensação, o uso medicinal do THC e dos demais canabinoides dele derivados está fartamente documentado.
Falamos das evidências de que fumar maconha pode causar dependência química – embora menos intensa do que a da nicotina, da cocaína ou dos benzodiazepínicos, que mulheres e homens de respeito tomam para dormir.
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Conclusão
E então, deve-se legalizar ou não a maconha?
Com a legalização a produção pode ser melhor controlada (tanto em quantidade como em qualidade) e o governo pode cobrar impostos sobre ele, caso o governo fosse encarregado pela produção.
O tráfico diminui, diminuindo assim a violência.
Porém...
Quem ficaria encarregado da produção e comercialização, o Estado ou a iniciativa privada?
Se a iniciativa privada estiver envolvida em qualquer fase do processo, como impedir o marketing para aumentar as vendas? A experiência com o álcool e o fumo mostra que deixar drogas legais nas mãos de particulares resulta em milhões de dependentes.
A que preço a droga seria vendida? Se custar caro, o tráfico leva vantagem; se for barata, estimula o consumo. Como controlar a quantidade permitida para cada comprador?
E os pontos de venda? Farmácias como no Uruguai, coffee shops como na Holanda, lojas especializadas ou nossas padarias que já comercializam álcool e cigarros?
São tantas as dificuldades, que fica muito mais fácil proibir