Seminario - Sistema Solo- Planta- Atmosfera

Download Report

Transcript Seminario - Sistema Solo- Planta- Atmosfera

1
1. Conceito
•
Série de processos complexos que se inter-relacionam com atributos
físicos, químicos e biológicos do solo, da água, da planta e da atmosfera.
•
Essas interações biogeoquímicas definem diversos ciclos de nutrientes de
extrema importância para a vida de animais e vegetais, dentre os quais se
destacam o ciclo do nitrogênio, carbono, enxofre e de nutrientes no sistema
solo-planta.
•
As trocas entre a superfície terrestre, solo, planta e a atmosfera são
componentes cruciais nos ciclos de praticamente todos os elementos
biogeoquimicamente ativos, incluindo água, carbono, nitrogênio, metano,
compostos orgânicos voláteis, entre outros.
•
Esses ciclos são de extrema importância, uma vez que definem mudanças
nas condições climáticas às possíveis alterações na composição dos
biomas e, consequentemente, na ciclagem dos elementos a eles
associados.
Nota de aula da disciplina de ciclos biogeoquímicos globais /CCST/INPE. Prof° Dr. Jean Pierre H.B. Ometto e Prof° Dr. Antonio Donato Nobre
2
2. Equilíbrio Dinâmico (steady state)
1-) Substancias inorgânicas (gases, minerais, íons)
2-) Produtores (plantas-conversão de alimentos)
3-) Consumidores (animais)
4-) Decompositores (microrganismo)
•
O homem tem o potencial de alterar esses equilíbrios, interferindo no
comportamento das leis básicas que regem essa dinâmica.
•
Interferindo na ciclagem de nutrientes e modificando os ciclos
biogeoquímicos, responsáveis pela manutenção da qualidade de vida
na terra.
3
3. Alterações humanas
- Aumento da demanda por alimentos e consequente pressão na agricultura
(criação da Agricultura Sustentável);
-
Problemas de poluição ambiental;
-
Armazenamento e tratamento de lixo;
-
Contaminação de lençóis freáticos;
-
Aumento das emissões de GEE para a atmosfera;
-
Interferência nos ciclos biogeoquímicos, entre outros.
4
4. Fatores de Influência- Água
•
A água possui capacidade de trabalho ou movimento, que é conferido por
moléculas (Potencial Hídrico), sendo responsável pelo principal
componente de transporte de nutrientes e gases.
•
A estrutura da molécula de oxigênio é importante na interação solo-planta,
uma vez que as transformações e formações de compostos se dão a nível
aquoso, principalmente nas chamadas pontes de hidrogênio (mantém
coesão) onde ocorrem as interações intermoleculares
Polo -
Polo +
Livro: Solo, planta e atmosfera: Conceitos, processos e aplicações . Klaus Reichardt e Luís Carllos Timm ,2004.
5
• A interação da água no sistema solo-planta-atmosfera se dá de diversas
maneiras nos ciclos biogeoquímicos, no ciclo da água e na movimentação
de nutrientes entre os sistemas.
• De uma maneira geral, a chuva é responsável pela recarga hídrica do
solo, podendo se infiltrar ou escoar superficialmente pelo terreno, com
potencial de causar erosão.
• A parcela infiltrada fica armazenada nos poros do solo, disponível para as
plantas, podendo ser percolada para horizontes mais profundos quando
há a saturação do meio, contribuindo para a recarga dos aquíferos.
(Precipitação interna)
Artigo: Interactions Between Biogeochemistry and hydrologic systems . Kathleen A. Lohse ., et al, 2009.
6
•
A água dentro do solo não permanece estática, uma vez que parte
dos poros é preenchida por ar, fundamental para a respiração dos
microrganismos e das raízes de plantas.
• A água no solo se movimenta em todas as direções, mas
principalmente de regiões úmidas para mais secas.
• Horizontes mais superficiais se encontram mais secos que os
horizontes mais profundos pode-se observar a ascensão capilar.
Livro: Solo, planta e atmosfera: Conceitos, processos e aplicações . Klaus Reichardt e Luís Carllos Timm ,2004.
7
Caso do semiárido Brasileiro
•
O semiárido é uma das regiões brasileiras marcadas pelo histórico de
secas, com efeitos adversos sobre a população. A irregularidade nos níveis
pluviométricos e má distribuição de chuvas gera um cenário agravante
relacionado aos recursos hídricos.
•
Os solos das regiões áridas e semiáridas são caracterizados por solos com
altos teores de sais (Solos Halomórficos) compreendendo uma área de
91.000 km² do Nordeste.
8
• Esse tipo de solo é desenvolvido em condições imperfeitas de
drenagem,
• Baixa precipitação pluvial;
• Presença de camadas impermeáveis
• Elevada evapotranspiração
• Esses fatores contribuem para o aumento da concentração de sais
solúveis na solução do solo (salinidade) e/ou o aumento da
percentagem de sódio trocável (sodicidade).
9
A evapotranspiração elevada favorece a ascensão capilar dos sais para a
superfície, sendo um processo natural nas regiões áridas e semiáridas (Ribeiro,
2010);
Diagrama do processo de salinização no semiárido
(adaptado de Fanning, 1989)
Foto: Brasil de fato, 2013
• A intensificação da agricultura tem resultado no aumento da área de solos
degradados por salinidade nas regiões mais pobres do país.
• A irrigação inadequada favorece a ascensão dos sais para as camadas
mais superficiais
Livro: Manejo de salinidade na agricultura: Estudos básicos e aplicados. Mateus R. Ribeiro, 2010.
10
• Na ocorrência de irrigações elevadas (manejo inadequado) ou chuvas
atípicas os sais, em especial o Nitrato (NO-3) é lixiviado para as camadas
mais profundas do solo, podendo contaminar o lençol freático
• As águas subterrâneas são as principais fontes hídricas para a população
dessas regiões, o que gera um impacto social a contaminação desses
açudes.
Nota de aula da disciplina de ciclos biogeoquímicos globais /CCST/INPE. Prof° Dr. Jean Pierre H.B. Ometto e Prof° Dr. Antonio Donato Nobre
11
Excesso de nitrato em águas
Metahemoglobina
No organismo humano o nitrato se
converte em nitrito, que combina-se
com a hemoglobina, formando a
metahemoglobina. Esta substância
impede o transporte de oxigênio no
Cianose infantil
sangue.
Existem evidências de associações entre
consumo de água com alta concentrações de
nitrato e doenças gástricas.
Nota de apresentação de qualificação /CCST/INPE. Doutoranda no curso de Ciência do Sistema Terrestre . Karinne Reis Deusdará Leal, 2012
12
Importância da água para os vegetais
• Age como solvente e transporte para nutrientes minerais e substâncias
orgânicas;
• Contribui fundamentalmente para a absorção e transporte de minerais das
raízes para as folhas;
• Forma o ambiente adequado onde a maioria das reações bioquímicas ocorre,
participando em muitas delas como reagente (hidrólises). É também a fonte de
elétrons na fotossíntese;
• Influencia a estrutura e, conseqüentemente, a função de macromoléculas
(proteínas, ácidos nucléicos, polissacarídeos, etc.) e de membranas.
13
• Contribui para o crescimento e para a manutenção da forma e estrutura
dos tecidos tenros;
• Contribui para que as plantas não sofram tanto com as flutuações de
temperatura do ambiente.
b
(a) e (b) Deposição atmosférica
úmida e seca
a
(c) Interceptação e escoamento
pelo caule;
(d) decomposição;
(e) lixiviação;
(f) carreamento de sedimentos
pelo rio.
Principais interações
entre o ciclo hidrológico
e ciclos biogeoquímicos
na interface entre os
ambientes terrestre,
aquático e atmosférico.
c
f
e
d
As setas indicam
trocas de matéria e
energia mediadas
biologicamente.
Nota de apresentação de qualificação /CCST/INPE. Doutoranda no curso de Ciência do Sistema Terrestre . Karinne Reis Deusdará Leal, 2012
14
5. Fatores de Influência- Solo





capazes de sustentar plantas,
Retém e armazena água
transformar resíduos (ação de decompositores)
fonte de nutrientes para as plantas
Local de transformações físico-químicas de substancias
Solos de Floresta
Solos de Pastagens
Horizonte O
Matéria orgânica
em deterioração
Horizonte A
Matéria mineral
misturada com
húmus
Horizonte E
Partículas minerais
coloridas. Zona de
eluviação e
lixiviação
Horizonte B
Acumulação de
argila
transportadas de
cima
Horizonte C
Camada mineral
de material
inconsolidado
Rocha
Nota de aula da disciplina de ciclos biogeoquímicos globais /CCST/INPE. Prof° Dr. Jean Pierre H.B. Ometto e Prof° Dr. Antonio Donato Nobre
15
A disponibilidade de água desenvolve um papel central nos processos bióticos
(mineralização e decomposição) os quais, interagindo com a temperatura e gênese do
solo, determinam os limites da vegetação e desenvolvimento do solo.
Grosso, ácida,
detritos
orgânicos
Serapilheira
Mistura de
humus e
minerais
Luz
Minerias
coloridos ácidos
Grosso, alcalina,
escuro, muito
rico em húmus
Humus, ferro e
alumínio
Argila, solos e
minerias
Argila e
componentes de
cálcio
Rocha mãe
Rocha mãe
Rocha mãe
Floresta temperada decídua
Solo de Pastagens
Solo de Floresta de Coníferas
Desprezível, porque
a matéria orgânica é
decomposta e
reciclada
rapidamente
Tipos de vegetação
interfere muito na
interação do solo com o
sistema planta-atmosfera
Mistura fina,
humus-mineral
Ácida,
de cor clara
Sendo fator limitante no
desenvolvimento da
vegetação
seco, contendo
acumulações
variáveis ​de
argila, carbonato
de cálcio, sais
solúveis
Compostos de
ferro e alumínio
misturado com
argila
Rocha mãe
Rocha mãe
Solo de Floresta Tropical
Solo de Desertos
Adaptado de http://www.geography.hunter.cuny.edu/~tbw/ncc/chap4.wc/soils/soil.profiles.jpg
16
A00 MO não decomposta
A0 MO humificada
A1 Horizonte mineral com MO
Horizonte de
Eluviação (perde
elementos)
A2 Horizonte de perdas (minerais)
A3 Horizonte de transição
A
B1 Horizonte de transição
B2 Horizonte de iluviação
(ganha elementos- Fe, Al e Ca)
B
Perde elementos
químicos por
lavagens
sucessivas com a
água da chuva
B3 Horizonte de transição
C
Constituintes do Solo
Sólida
-
Matéria Orgânica (MO)
Matéria Mineral (Rocha)
Gasosa
Líquida
-
Solução de sais minerais
Componentes orgânicos
-
O2 reduzido
CO2 elevado
Umidade saturada
17
Fração Sólida
Interações solo-planta-atmosfera





Evaporação
Transpiração
Infiltração
Escoamento Superficial
Percolação
Modificado de Mtthew Pippen
Porosidade
Textura
Estrutura
Nota de aula da disciplina de ciclos biogeoquímicos globais /CCST/INPE. Prof° Dr. Jean Pierre H.B. Ometto e Prof° Dr. Antonio Donato Nobre
18
 Escoamento sub-superficial
e subterrâneo
 Afloramento do aquífero
Modificado de Mtthew Pippen
Nota de aula da disciplina de ciclos biogeoquímicos globais /CCST/INPE. Prof° Dr. Jean Pierre H.B. Ometto e Prof° Dr. Antonio Donato Nobre
19
Fração Líquida
Interações S-P-A
Tese de Doutorado de Karinne Reis Deusdará Leal
FLUXOS HIDROLÓGICOS E TRANSFERÊNCIA DE ESPÉCIES QUÍMICAS DE CARBONO E
NITROGÊNIO NA INTERFACE SOLO-ATMOSFERA EM AMBIENTES DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO
Objetivo:
Caracterizar as diferenças nas
transferências de água e de
nutrientes (espécies de carbono e
nitrogênio) na interface soloatmosfera, entre uma área com
vegetação típica de caatinga e uma
área de pastagem, localizadas no
semiárido do Agreste Pernambucano.
20
•
Fazenda Riacho do Papagaio: (i) área de caatinga de 4,4 ha, em estágio de regeneração e
(ii) área de pastagem de Braquiária decumbens Stabf, de 16 ha.
•
O presente estudo será desenvolvido comparando-se os resultados entre ambos os sítios.
21
22
23
Fração Gasosa
Interações S-P-A
•
O O2 é consumido por microrganismos e pelo sistema radicular das plantas
superiores , de tal forma que a concentração é menor do que a atmosfera livre.
•
O CO2 é liberado em processos metabólicos que ocorrem no solo e por isso em
geral seu teor é mais alto.
•
Adubações e fertilizações alteram esses fluxos.
•
Os gases se movimentam no interior dos agregados do solo, interagindo com as
moléculas de água e raízes das plantas podendo ser liberados na forma de N (NH3
e N2O) , CO2, O2 e SO2
•
Quando ocorre a entrada de água no espaço poroso do solo expulsa o ar liberando
ele para a atmosfera. A difusão dos gases baseado na diferença de pressão é outro
fator importante na movimentação dos gases no solo.
24
Nota de aula de biogeoquímica do nitrogênio em ecossistemas tropicais – CENA/USP. Profª Dr. Marisa de Cássia Piccolo
25
Projeto de Pesquisa apoiado pela FAPESP (CCST/INPE)
MEDIDA DE FLUXO DE GEE DO SOLO EM AMBIENTES COM DIFERENTES COBERTURAS
VEGETAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO
Estação Chuvosa
PASTAGEM
•
Obter fluxos de gás carbônico, metano e
óxido nitroso em dois diferentes ambientes
no estado de Pernambuco: caatinga natural
e áreas transformadas em pastagens;
•
Determinar a existência de variação sazonal
entre os períodos de chuva e seca em cada
ambiente;
•
Analisar a influência da alteração do uso da
terra na emissão destes gases do efeito
estufa;
•
Disponibilizar os dados de fluxo de massa de
carbono e nitrogênio para a determinação
do balanço biogeoquímico regional do
ecossistema caatinga.
CAATINGA
Estação Seca
PASTAGEM
Objetivos
CAATINGA
26
Dióxido de Carbono (CO )
Metano (CH )
Óxido Nitroso (N O)
Pastagem
Caatinga
4
Pastagem
Caatinga
30
2
Pastagem
Caatinga
1,6
1,4
25
1,2
1,0
15
N2O (mg m-2 d-1)
CH4 (mg m-2 d-1)
20
10
5
0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
-0,2
-5
-0,4
-10
-0,6
-15
18/04/13
19/04/13
20/04/13
20/08/13
21/08/13
22/08/13
18/04/13
19/04/13
20/04/13
20/08/13
Data coleta
Data coleta
21/08/13
22/08/13
-0,8
18/04/13 19/04/13 20/04/13 20/08/13 21/08/13 22/08/13
Data coleta
Estação Seca
Estação Chuvosa
Temperatura do Solo (°C)
38
Pastagem
Caatinga
36
Temperatura solo (°C)
CO2 (g m-2 d-1)
2
14
12
10
8
6
4
2
0
-2
-4
-6
-8
-10
-12
-14
-16
34
32
30
28
26
24
22
18/04/13
19/04/13
20/04/13
20/08/13
Data coleta
21/08/13
22/08/13
27
6. Fatores de Influência- Planta
•
As comunidades vegetais desempenham importante papel na circulação de
nutrientes orgânicos e minerais na biosfera, acumulando-os em sua
biomassa e devolvendo-os ao ambiente através de diversos mecanismos
(Larcher, 2006).
Livro: A economia da Natureza. Robert E. Ricklefs, 2003.
28
•
Elo de ligação entre a água do solo e a água da atmosfera (ciclo da água)
•
As raízes dão sustentação e absorvem água e nutrientes do solo
Transpiração
Evaporação de água para o
ar diminui o potencial
hídrico da folha
Coesão
Coluna de água no xilema
(elemento condutor) é
mantida por coesão das
moléculas de água nos
elementos dos vasos
Tensão
Baixo potencial hídrico na
raiz provoca a entrada de
água no solo, que se
desloca por osmose até a
medula
Fonte: Adaptado de http://304turma.blogspot.com.br/2010/07/fisiologia-vegetal.html
Evapotranspiração
Transpiração + evaporação
Evaporação
Perda de água na forma de
vapor, através da superfície
do solo
29
•
-
Macronutrientes
Nitrogênio (NO-3 e NH4+)
Fósforo (H2PO-4 e HPO2-4)
Potássio (K+)
Cálcio (Ca2+)
Magnésio (Mg2+)
Enxofre (SO42-)
•
-
Micronutrientes
Zinco (Zn2+)
Cobre (Cu2+)
Manganês (Mn2+)
Ferro (Fe2+)
Boro (ácido bórico H3BO3)
Molibdênio (MoO41-)
Cloro (Cl-)
Fonte: Adaptado de http://www.profpc.com.br/ciclos_biogeoqu%C3%ADmicos.htm
Carbono + Oxigênio + Hidrogênio
30
Perdas por lixiviação são, geralmente, maiores em ecossistemas perturbados.
Floresta Chilena:
A quantidade de
elementos derivados da
precipitação que saem
do sistema é igual a que
chega
Impacto do ácido na Floresta
Cada H+ adicionados ao solo
pela chuva ácida substitui
uma quantidade equivalente
de um elemento nutriente,
tais como K
Nutrientes dissolvidos
na entrada da
precipitação
Árvore leva os nutrientes
do solo, alguns de
intemperismo de rocha,
alguns de fontes
atmosféricas
Azul = precipitação
derivada de
nutrientes
Vermelho =
Precipitação
derivada de rochas
Saída de nutrientes para
as águas subterrâneas e
córregos
As folhas das árvores
tornam-se amareladas,
assim como os
nutrientes tornam-se
escassos no solo
Íons H+ do ácido
substituem os elementos
nutrientes no solo: para
cada unidade de ácido
adicionado ao solo, na
quantidade equivalente
um elemento nutriente é
removidos
Mais elementos
nutrientes são lixiviados
do solo do que chegam
do intemperismo de
rochas ou da
precipitação. A floresta
entra em declive
Nota de aula da disciplina de ciclos biogeoquímicos globais /CCST/INPE. Prof° Dr. Jean Pierre H.B. Ometto e Prof° Dr. Antonio Donato Nobre
31
Tipos de fotossíntese
•
Plantas C3
Plantas C3 são as mais numerosas do
planeta e apresentam as melhores
condições de frescor e umidade com luz
normal.
O dióxido de carbono, que é respirado
pela planta converte a luz em alta energia
e açúcares e é incorporado a um
composto de três carbono.
A fotossíntese ocorre em todas as partes
da folha em plantas C3.
Livro: A economia da Natureza. Robert E. Ricklefs, 2003.
32
Tipos de fotossíntese
•
Plantas C4
Plantas do tipo C4 incluem milho,
cana de açúcar e vários tipos de
grama.
Estas plantas absorvem o dióxido de
carbono através de seus estômatos
(poros na superfície da folha por meio
dos quais o dióxido de carbono entra
e água e oxigênio saem)
taxa mais rápida do que as plantas
C3, permitindo que o dióxido de
carbono seja entregue mais rapido
para a fotossíntese nas células
internas.
A C4 indica que o dióxido de carbono
é incorporado em um composto de
quatro carbonos.
Livro: A economia da Natureza. Robert E. Ricklefs, 2003.
33
Tipos de fotossíntese
•
Plantas CAM
O dióxido de carbono é armazenado como um ácido durante a
noite, quando os estômatos estão abertos.
Plantas CAM, como cactos, têm melhor desempenho em
condições áridas, onde o ácido é dividido para liberar o dióxido
de carbono durante o dia para a fotossíntese, quando os
estômatos estão fechados.
Desenvolveram um método que permite a sua sobrevivência e o
seu crescimento em condições onde outros tipos de plantas se
tornariam dormentes e até mesmo perderiam suas folhas.
Livro: A economia da Natureza. Robert E. Ricklefs, 2003.
34
O metabolismo da planta
se comporta de maneira
distinta de acordo com as
características do seu
processo de fotossíntese.
Fonte: Livro “A economia da natureza“
Robert E. Ricklefs, 5ª edição 2003 (pag. 54)
35
7. Fatores de Influência- Atmosfera
•
Constituintes da atmosfera
Fonte: Reichardt, 1993
Composição média do ar seco
próximo ao solo, em porcentagem de
volume ou ppm, segundo a
Organização Meteorológica Mundial
(OMM)
36
A deposição atmosférica é uma importante via de recarga de nutrientes para o
solo e pode ser dar forma seca (poeira) e úmida (precipitação pluviométrica e
neblina)
Os eventos de chuva apresentam grande importância no processo, uma vez que
durante a precipitação, ocorre a “lavagem” de partículas de aerossol e a
dissolução de gases pelas gotas (Shimshok & De Pena, 1989).
Regiões Costeiras
Regiões semi-áridas
Na, Mg e S
Ca
Em contrapartida a deposição seca sobre as folhas podem danificar os tecidos
vegetais e dificultar as atividades fotossintéticas.
http://algarve-saibamais.blogspot.com.br/2009/12/preservar-natureza-combater-poluicao-do.html
37
São as principais fontes de C e N na interface superfície-atmosfera
Principais interações
entre o ciclo hidrológico
e ciclos biogeoquímicos
na interface entre os
ambientes terrestre,
aquático e atmosférico.
(a) e (b) Deposição atmosférica
úmida e seca
(c) Interceptação e escoamento
pelo caule;
(d) decomposição;
(e) lixiviação;
(f) carreamento de sedimentos
pelo rio.
(g) Escoamento pelo tronco
g
As setas indicam
trocas de matéria e
energia mediadas
biologicamente.
38
8. Exemplos de Interação Solo-PlantaAtmosfera
•
O ciclo do nitrogênio: processo pelo qual o nitrogênio circula através das
plantas e do solo pela ação de organismos vivos, podendo culminar em
liberações para a atmosfera
Livro: Ecologia. Eugene P. Odum, 2012.
39
• Formas quimicamente disponíveis de N: amônio (NH4+), nitrato (NO3-), e uréia
((NH2)2CO)
• Elemento versátil que pode ser encontrado na forma orgânica e inorgânica
• Os microrganismos (notadamente bactérias) têm um papel fundamental na
ciclagem do N
Livro: Ecologia. Eugene P. Odum, 2012.
40
Fixação do N
•
N2
•
Forma que os organismos conseguem obter N da atmosfera
•
Utilização de bactérias na agricultura (Rhizobium) : convertem o N da atmosfera na forma
assimilável pela planta
Amônia (NH4+) ou Nitrato (NO3-)
•
Uma forma artificial de disponibilizar N para a planta é através da adubação nitrogenada com
incremento de NPK
•
Causa impactos com emissão excessiva de N2O
•
Com utilização de fixadores biológicos há uma redução nas emissões atmosféricas
Fonte: Adaptado de http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/262/1/o_ciclo_do_nitrogenio.pdf
41
Absorção do N
• NH4+ (Amônia)
N orgânico
• NH4+ é rapidamente incorporado em proteínas e outros compostos
nitrogenados orgânicos pelas plantas ou organismos do solo
• Consumidores no topo da cadeia alimentar usam esse nitrogênio fixado
Mineralização do N
• N orgânico
NH4+
• Decomposição: N orgânico transformado em N inorgânico (NH4+) por
fungos e bactérias
• Esse NH4+ pode então ser usado por plantas ou transformado a NO2- e
NO3- via nitrificação
Fonte: Adaptado de http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/262/1/o_ciclo_do_nitrogenio.pdf
42
Nitrificação
•
•
•
•
•
NH4+
NO2NO3Bactérias transformam amônio a nitrato ganhando energia
Ocorre apenas em ambientes aeróbicos
NH4+ se adsorve as partículas de solo com carga negativa
NO3- é lixiviado com redução da fertilidade do solo e contaminação do lençol
freático
Desnitrificação
• NO3-
NO2-
NO
N 2O
N2
• Processo anaeróbico feito por bactérias desnitrificadoras dando origem ao N2O
• Esta é a única transformação que remove N dos ecossistemas (irreversível) e
faz o balanço do ciclo do N
Fonte: Adaptado de http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/262/1/o_ciclo_do_nitrogenio.pdf
43
Exemplo de Interação Solo-Planta
Serrapilheira
Precipitação interna
Artigo: Interactions Between Biogeochemistry and hydrologic systems . Kathleen A. Lohse ., et al, 2009.
44
Conclusões
•
O sistema solo-planta-atmosfera é muito complexo e envolve diversos
fatores interligados em forma de ciclo.
•
Esta diretamente relacionado com os principais ciclos biogeoquímicos
existentes.
•
Atividades antrópicas podem interferir nesses sistemas causando
degradação dos meios onde ocorrem como o solo, a água e o ar.
•
São sistemas sensíveis e devem ser manejados com técnicas adequadas
evitando prejuízos a qualidade do meio ambiente.
45
Obrigado
46