A catequese é - Paróquia Nossa Senhora do Desterro

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DIRETÓRIO
NACIONAL
DE CATEQUESE
DOCUMENTOS DA CNBB
N° 84
Objetivo:
Pretende delinear uma catequese litúrgica, bíblica, vivencial,
profundamente ligada à mística evangélico-missionária, mais
participativa e comunitária.
As finalidades:
a) Estabelecer princípios bíblico-teológicos-litúrgicos-pastorais para
promover e impulsionar a renovação da mentalidade catequética;
b) Orientar o planejamento e a realização da atividade catequética
nos diversos regionais e dioceses;
c) Coordenar as diversas iniciativas catequéticas;
d) Articulara a ação catequética com as outras dimensões de nossa
pastoral (litúrgica, comunitário-participativa, missionária, dialogalecumênica e sociotransformadora);
e) Estimular a atividade catequética, principalmente onde as
comunidades sentem mais dificuldade na promoção da educação
na fé.
Capítulo 1
Movimento catequético pós-conciliar: conquistas e desafios.
Renovação catequética à luz do Concílio Ecumênico Vaticano II
Com o Vaticano II, a Igreja no Brasil renovou-se significativamente,
animada, entre outras coisas, pelos planos de pastoral, diretrizes e
documentos. Impulsionado também pela VI semana internacional da
Catequese e da II conferência Geral do Episcopado da América latina,
ambas em Medellín (1968).
As comunidades eclesiais passaram a favorecer uma educação da fé,
ligada mais à vida da comunidade, aos problemas sociais e à cultura
popular. A formação dos catequistas recebeu uma especial atenção,
principalmente através da multiplicação de escolas catequéticas.
Foram varias as conquistas catequéticas pós-conciliares. No Brasil,
foi de especial importância o texto da CNBB Catequese Renovada:
orientações e conteúdos.
A catequese, a partir de 1983, em geral assumiu estes eixos centrais:
a bíblia como texto principal, os momentos celebrativos, o princípio de
interação fé e vida, o valor e importância da caminhada da
comunidade de fé como ambiente e conteúdo de educação da fé.
Características da Catequese Renovada.
As principais características do documento Catequese renovada e de suas
práxis posterior são:
a) Catequese como processo de iniciação à vida de fé: Passagem da
doutrina para a experiência, e da catequese das crianças para a catequese
de adultos. Uma vivencia da experiência de Deus que se expressa,
sobretudo, na vida litúrgica e orante.
b) Iniciação à vida de fé em comunidade: A catequese é concebida como
uma iniciação à fé em sua dimensão pessoal e comunitária.
c) Processo permanente de educação da fé: A formação cristã se prolonga
pela vida inteira.
d) Catequese cristocêntrica: Conduz ao centro do Evangelho (querigma), a
conversão, a opção por Jesus Cristo que nos revela o Pai, no Espírito
Santo (dimensão trinitária), e ao seu seguimento.
e) Ministério da Palavra: O verdadeiro catequista tem convicção (mística) de que é
profeta hoje, comunicando a palavra de Deus com seu dinamismo e eficácia, na
força do Espírito Santo.
f) Coerência com a pedagogia de Deus: O modo de educar a fé segue o mesmo
“processo e pedagogia” que Deus usou para revelar-se, isto é: Revelação
progressiva através de palavras e acontecimentos.
g)
Catequese transformadora e libertadora: A mensagem da fé,
iluminando a existência humana, forma a consciência crítica diante das
estruturas injustas e leva a uma ação transformadora da realidade social.
h) Catequese inculturada: A catequese quer valorizar e assumir os valores
da cultura, a linguagem, os símbolos, a maneira de ser e de viver do
povo nas suas diversas expressões culturais. Como afirmou João Paulo
II: “Não é a cultura a medida do Evangelho, mas Jesus Cristo é a
medida de toda a cultura e de toda obra humana”.
i) Interação fé e vida: O conteúdo do Evangelho compreende dois
elementos de interagem: a experiência da vida e a formulação da fé.
j)
Catequese integrada com a as outras pastorais: Como dimensão, a
catequese está presente em todas as pastorais e, como atividade
específica, articula com as demais.
K) Caminho de espiritualidade: Um dos temas centrais da formação do
catequista é sua espiritualidade. É uma espiritualidade bíblica, litúrgica,
cristológica, trinitária, eclesial, mariana e encarnada na realidade do
povo.
l)
Opção preferência pelos pobres: A igreja redescobriu os pobres não
apenas como categoria sociológica, mas sobretudo teológica; consideraos destinatários de sua missão e evangelizadores.
m)
Temas e conteúdos: Trata-se de um conjunto de mensagens a ser
adaptado aos destinatários quanto à seleção de temas, linguagem
metodologia. Deseja-se principalmente que esse conteúdo de
mensagens seja vivido na caminhada da comunidade (comunhãoparticipação num processo comunitário).
Alguns desafios
Depois de duas décadas da primeira edição de Catequese
Renovada, podemos hoje identificar alguns desafios mais
significativos:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
Criar maior unidade na pastoral catequética, organizando melhor
a catequese nos diversos níveis;
Formar catequistas como comunicadores de experiências de fé,
comprometidos com o Senhor e sua Igreja, com uma linguagem
inculturada que seja fiel à mensagem do Evangelho;
Fazer da Bíblia realmente o texto principal da catequese;
Fazer com que o princípio de interação fé e vida seja assumida
na atividade catequética;
Suscitar nos catequistas e catequizados: o valor da celebração
litúrgica, a oração na catequese, e o amor pela comunidade;
Assumir o processo catecumenal como modelo de toda a
catequese;
Passa de uma catequese sacramental para uma catequese que
introduza no mistério de Cristo e na vida eclesial;
h)
i)
j)
k)
l)
m)
n)
o)
Integrar na catequese as conquistas das ciências da educação
(pedagogia), discernida à luz do Evangelho;
Fazer da catequese um espaço comunitário de inserção e que seja
catequizadora;
Incentivar a instituição do ministério da catequese;
Ter com prioridade a catequese com adultos como resposta às novas
exigências da evangelização;
Incentivar a catequese com os deficientes;
Assumir a vida e os clamores dos marginalizados e os excluídos;
Motivar e estimular para o compromisso missionário e social da fé
(Confirmação);
Buscar parcerias com a pastoral da juventude, missionárias e outras,
atingindo assim mais pessoas nesse processo.
Capítulo 2:
A catequese não é tarefa isolada
A catequese é da parte da missão da igreja. Ninguém é catequista sozinho.
a igreja nos diz que:

As perguntas que fazemos diante da vida são o ponto de partida.
A catequese não começa dando respostas. Primeiro ela tem que ouvir
as perguntas que as pessoas fazem. Algumas perguntas básicas são:
quem sou eu? Qual o meu papel no mundo?De onde vim?
Saber ouvir e levar a sério as inquietações dos catequizandos, de
qualquer idade E, é um excelente caminho para apresentar uma
mensagem relevante.

A palavra de Deus é Revelada na Bíblia e na história.
Deus falou nas Escrituras, mas continua falando nos acontecimentos da
vida, na Tradição da Igreja. É importante perceber que Ele nos fala pela
Escritura, na Igreja, na liturgia, nas pessoas e nos acontecimentos da vida

O catequista não prega a si mesmo.
O catequista pode ter preferências, devoções, espiritualidade a seu jeito.
Mas ele está a serviço da Igreja como um todo. Deve apresentar o
essencial da mensagem.

O primeiro anúncio tem características especiais.
Catequese deveria ser educação da fé para quem já recebeu o primeiro
anúncio (que chamamos de evangelização) e de algum modo já quer seguir
Jesus. Se esse primeiro anuncio não aconteceu, temos que cuidar disso
para depois aprofundar a adesão de fé num processo de iniciação à vida da
Igreja.

Além de “saber”, é preciso “participar”.
A catequese introduz a pessoa na vida da comunidade eclesial, não é só
um conjunto de doutrinas que precisam ser conhecidas.

O catecumenato foi e é um processo importante.
No começo da vida da Igreja, quem queria participar passava por um
processo de catecumenato. Seria bom estudar como se faria isso. Hoje a
Igreja propõe de novo essa metodologia do RICA (Rito de Iniciação Cristã
de Adultos), que os catequistas deviam conhecer com boa fonte de
inspiração.

A iniciação envolve dimensões ligadas ente si.
O Diretório aponta vários aspectos essenciais que precisam ser
contemplados na catequese:
– Descoberta de cada um como pessoa.
– Experiência pessoal de Deus.
– Adesão a Jesus Cristo.
– Vida orientada pelo Espírito.
– Participação na comunidade.
– Educação para a celebração e oração.
– Crescimento no serviço fraterno, na transformação social de acordo
com os valores do Reino.
– Compreensão da doutrina.
– Diálogo ecumênico e inter religioso.
– Cuidado com o planeta, atitude ecológica.

As situações históricas e as aspirações autenticamente
humanas são parte da indispensável do conteúdo da
catequese.
Essa é uma afirmação que os bispos fizeram numa assembléia
latino americana em Medellín, que foi citada e muito trabalhada no
documento Catequese Renovada. Conteúdo da catequese não é
só doutrina, mas a própria doutrina deve ser tratada como resposta
às questões da vida, aos desafios dos acontecimentos e às
inquietações humanas mais profundas. E isso não é só parte da
motivação: é conteúdo.

Catequese não prepara só para sacramentos; o sacramento é
conseqüência.
O ponto de chegada não é a preparação para Comunhão
Eucarística, Crisma, Batismo ou Matrimônio, com jeito de festa de
formatura ou fim do processo! O Sacramento precisa ser o fruto
natural de um compromisso gradativa e sinceramente assumido.

A comunidade é o verdadeiro áudio visual da catequese.
O que o catequizando vê e ouve na comunidade eclesial pode confirmar ou
desmentir o que é dito na catequese. A comunidade precisa ser cultivada e
permanentemente educada na fé e na caridade.

A fé deve ser conhecida, celebrada, vivida e cultivada na oração.
Trata-se de um processo contínuo: a gente conhece e aceita a mensagem;
aí tem vontade de celebrar Esso relacionamento com Deus; tendo
celebrado, ficamos com mais vontade de por em prática, na vida. Uma
tarefa importante da catequese é educar a consciência, atitudes, espírito e
projeto de vida segundo Jesus. Aquilo que agora trazemos no coração; as
conquistas e dificuldades dessa prática são apresentadas a Deus na
oração: essa conversa com Deus nos faz querer conhecer melhor esse
amor que nos ampara.
Capítulo 3
Catequese no Brasil de Hoje
Se a situação histórica é conteúdo da catequese, o que pensamos da
situação do Brasil de Hoje? Alguns problemas da nossa realidade são:
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Uma lei de mercado que desrespeita as pessoas.
Violência.
Perda de rumos.
Pobres em situação injusta.
Ameaças ao meio ambiente.
... o que mais?
Temos também sinais animadores:
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Cresce o trabalho voluntário em beneficio da comunidade.
Temos uma consciência ecológica mais esclarecida.
Existem movimentos pacifistas e de defesa de Direitos Humanos.
... e que outros sinais você identifica?
É importante perceber a realidade e se comunicar com ela. Os mais
eficientes missionários, no começo de nossa colonização, perceberam que
Deviam aprender a língua local e conhecer a cultura. Que “língua” teríamos
que aprender para ser bons evangelizadores?
Recentemente, tivemos alguns marcos importantes:
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Catequese Renovada (1983).
Primeira Semana Brasileira de Catequese (1986).
Publicação do Catecismo da Igreja Católica (1992).
Publicação do Diretório Geral para a Catequese (1997).
Segunda Semana Brasileira de Catequese (2001).
No meio desses grandes eventos, houve vários Encontros Nacionais.
Uma característica importante do mundo de hoje é a seguinte: as
pessoas e grupos têm mais coragem de ser diferentes, a diversidade
aparece mais, o futuro é plural. Sabemos lidar com os diferentes?
Em relação a nossa Igreja mesmo temos grupos
com estilos diversos:
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
Católicos eventuais, que aparecem em momentos especiais.
Gente que se distanciou da Igreja.
Católicos praticantes sempre presentes.
Gente que se foi e gostaria de voltar.
Famílias em crise ou com novos padrões de vida familiar.
Capítulo 4
E qual seria mesmo o conteúdo?
O Diretório não é um roteiro nem manual, até porque cada
realidade pode exigir abordagens, metodologias e conteúdos diferentes.
Um roteiro pode ser útil, sem dúvida. Mas não é uma coisa rígida.
Sempre é preciso da atenção às necessidades de cada catequizando e
do momento que estivermos vivendo.
No entanto, o diretório aponta conteúdos bem fundamentais, que não
devem se esquecidos:

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

A mensagem de Jesus.
A Trindade como modelo de uma Igreja de comunhão.
Igreja a serviço do Reino.
Maria como discípula, mostrando o caminho que leva a Jesus.
Como ajuda, o Diretório nos dá alguns critérios
para apresentar bem a mensagem:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
Centralidade de Jesus Cristo.
Valorização da pessoa humana.
Anúncio como Boa Nova de Salvação.
Mensagem situada dentro da vida e da história da Igreja.
Inculturação.
Mensagem bem organizada.
Duas fontes para “regar” bem a nossa catequese:

A Bíblia, que nos ajuda a: formar comunidade; alimentar a identidade
cristã; enriquecer nossa prática de oração.

A Liturgia é memorial do mistério Pascal: Celebração; Anuncio; Vivencia
do mistério; Síntese de fé; Interiorização da experiência religiosa; A
catequese educa a fé que é celebrada na liturgia.
Catecismos são importantes porque:
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

São pontos de referência, material de consulta para dar segurança de
fidelidade à igreja.
Tem autoridade da palavra oficial da igreja.
São instrumentos que ajudam a ler a Bíblia, mesmo que não estejam acima
dela.
Ajudam a construir a comunhão, garantindo uma doutrina básica que é
para todos.
O catecismo da Igreja católica trabalhou com uma estrutura que deve
ser bem trabalhada na catequese e nos catecismos locais. O esquema do
conjunto é assim:

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

O que acreditamos (o Credo).
O que celebramos (os sacramentos).
O que devemos viver (Bem aventuranças e mandamentos).
O que oramos (Pai Nosso).
E mais uma história em três etapas:



Antigo Testamento.
Novo Testamento.
Vida da Igreja.
Capítulo 5
Que método vamos usar?
A Bíblia nos ensina de duas maneiras: pelo o que ela diz e pelo jeito que
ela usa para comunicar a mensagem (ou seja, o método).
Deus tem uma pedagogia que utiliza, para dar a mensagem, recursos que
você também pode usar:





Acontecimentos históricos.
A vida do povo.
Adequação à época e à situação da pessoa.
Forma narrativa (parábolas, histórias da vida do povo).
Forma celebrativa (as festas).

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•
ação de Jesus vemos alguns elementos que a catequese não
poderia esquecer:
O Reino como Boa Noticia.
O convite ao seguimento.
O envio a serviço de um mundo melhor.
O chamado a um crescimento no amor.
A atenção aos problemas concretos da vida.
A firmeza nas dificuldades.
O Espírito Santo guia a catequese que quer seguir a
pedagogia de Jesus. A vida da própria Igreja deve servir de
exemplo.
No método são importantes:
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
Linguagem.
Uso da mídia.
Criatividade.
Recursos de comunicação.
Trabalhos de grupo.
Experiência humana.
Mas na catequese há um recurso pedagógico campeão, sem o qual
os outros não funcionam. O grande recurso é você:
Sua paixão educativa.
Sua relação com a comunidade.
Sua busca pela formação.
Seu acolhimento aos catequizandos e famílias.
Seu conhecimento da realidade.
Sua animação.
Outro recurso fundamental é o próprio
catequizando:
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


Participante.
Criativo.
Envolvido nas celebrações.
Empenhado no serviço e na caridade.
Ativo na promoção dos valores humanos.
E a comunidade toda é ao mesmo tempo catequizada e
catequizadora.
Capítulo 6
O catequisando, nosso parceiro
Se o catequista é o grande recurso pedagógico, o catequizando não é só
ouvinte passivo. Ele é parceiro, tem que ser ouvido, compreendido, incentivado
como colaborador do processo.
Muitas vezes reclamamos porque as famílias não cumprem a “obrigação”
de enviar os filhos à catequese, ou porque os pais não são, como
gostaríamos, os “primeiros catequistas.



Mas não podemos esquecer que catequese é direito dos batizados e dever
da Igreja. Para isso é preciso que ela seja:
Adequada a cada pessoa.
Atenta a necessidades diversas.
Adaptada às diferentes idades,
Nas questões das idades, teremos tratamentos
diferentes para cada faixa etária:
A)
Adultos:
Ultimamente temos destacado bastante a catequese com adultos. É
bom notar que é com adultos, não é para adultos, porque eles devem ser
ativos, interlocutores, não só destinatários do nosso trabalho. Também
não é só para os que nunca tiveram catequese, é para todos, num
processo de educação permanente.
Ao trabalhar com adultos devemos considerar, entre outras
características desse faixa de idade:



Adultos podem assumir mais responsabilidades.
Adultos influem mais sociedade.
Adultos tem dúvidas de adulto; precisam de diálogo que respeite a sua
maturidade.
B) Pessoas idosas:
Muitas vezes os idosos ficam esquecidos. Isso é ruim para eles
mas é também um prejuízo para a comunidade toda. É indispensável
lembrar que as pessoas idosas:

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

Devem ser vistas com dom de Deus.
Podem estar mais disponíveis.
Têm grande experiência de vida.
Precisam de uma catequese da esperança.
C) Jovens e adolescentes:
A catequese com jovens, adolescentes e crianças inclui, na medida
do possível, o trabalho com os pais. Mas temos até que cuidar com
mais empenho dos que não contam com a família para crescer na fé.
São dados a considerar a lidar com jovens:




Estão em fase de tomar decisões.
São vulneráveis, expostos à sedução da propaganda.
Às vezes se afastam da Igreja.
Têm diferentes situações de vida.
Atividades específicas precisam de:
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

Participação em grupo.
Acompanhamento personalizado.
Auxilio à formação da personalidade.
Educação para o afeto e a sexualidade.
Educação para a cidadania.
Preparação para os sacramentos.
Orientação vocacional.
Adolescentes também requerem atendimento
adequado às necessidades da idade.

Atividades próprias para a catequese com adolescentes apresentadas no
diretório são:
a)
Acolher o adolescente na comunidade e favorecer o compromisso real e
fiel da mesma;
Oferecer oportunidades para que na busca do seu universo suas
descobertas, tendências e valores, o adolescente se sinta estimulado
para a vivência cristã;
Criar grupos de catequese de perseverança, coroinhas, adolescência
missionária, animação, canto, teatro, cineforum, escotismos,
acampamentos, missão de férias;
Promover atividades artísticas, danças, músicas;
Realizar passeios, entrevistas, romarias, excursões; refletir temas
próprios da idade, buscando auxílio das ciências, sobretudo a psicologia;
Organizar equipes de serviços comunitários, tanto eclesiais quanto
sociais;
Alimentar a consciência de que o crescimento na fé requer uma
formação continuada rumo a maturidade em Cristo.
b)
c)
d)
e)
f)
g)
D) Crianças:
Com elas, é bom perceber:
a)
b)
c)
d)
e)
Hoje são mais ativas e perguntadeiras.
Podem estar vivendo dramas pessoais graves e problemas familiares.
Exigem conhecimento do mundo infantil (linguagem, brincadeira,
literatura, filmes).
Uma Primeira Comunhão Eucarística não é o fim do processo.
A linguagem infantil não significa uma religião bobinha, que irá gerar
problemas depois.
Além das idades, temos que considerar outros fatores que podem exigir
soluções específicas.
Temos que cuidar das pessoas de modo diferente quando a situação é
especial. Por exemplo, pensemos como tem que ser a catequese com:





Indígenas, afros brasileiros e outros grupos culturais.
Pessoas com deficiência.
Marginalizados e excluídos.
Gente em situação irregular na Igreja.
Grupos que exigem tratamento diferenciado: trabalhadores com horários
especiais, artistas, universitários, comunicadores, migrantes.
Seja qual for a situação de cada pessoa, a catequese acontece no
meio de um mundo onde há diversidade. Na própria família do
catequizando podemos ter pessoas de Igrejas e religiões diferentes, com
devoções próprias e às vezes bem ingênuas, em situação de risco social,
com crise de muitos tipos. Além disso, o catequizando está exposto a uma
variedade enorme de crenças e idéias. Com firmeza Com a de fé e
identidade, a catequese tem que preparar para o diálogo:




religiosidade popular.
Com postura ecumênica.
Com outras religiões.
Com os chamados novos movimentos religiosos (Nova Era, grupos
esotéricos, etc).
É importante que tenhamos uma catequese capaz
de praticar a inculturação:




Percebendo Deus na cultura.
Discernindo valores evangélicos nos interlocutores.
Purificando o que for negativo.
Educando para a conversão e o diálogo.
Capítulo 7
O ministério da Catequese
Para ser catequista não basta se apresentar e depois fazer tudo a
seu jeito. O catequista tem uma função de confiança, dentro da
comunidade, em harmonia com ela. Também não é um trabalho de exige
só boa vontade. É uma ação pedagógica que precisa ser bem feita,
porque é fundamental para a missão da Igreja e para o direito que as
pessoas têm de conhecer a Boa Nova.
A catequese é:



Ação da Igreja e não ato isolado.
Indispensável.
Feita com organização, planejamento e recursos adequados.
A responsabilidade pela catequese é de todos: comunidade, família,
leigos catequista, religiosos e religiosas, padres, diáconos, bispo (cada um
a seu jeito).
A formação do catequista é importante para que ele
(a) seja:







Maduro e sempre desejoso de crescer na fé.
Comunicador.
Iniciador, educador, acompanhante.
Apresentador de Jesus.
Animador.
Inculturado.
Capaz de diálogo ecumênico.
Na formação dos catequistas são importantes o SER, o SABER e
SABER FAZER.
SER catequista como uma pessoa:






Que ama a vida.
Equilibrada.
Que quer crescer em santidade.
Que sabe ver Deus no cotidiano.
Integrada na sua época e no seu lugar.
Sempre em busca de formação.
SABER que os catequistas precisam conhecer:







A palavra de Deus.
Elementos básicos da fé.
Alguma pedagogia.
Pontos de referência para doutrina.
Características da pluralidade cultural e religiosa.
Leitura da realidade.
Fundamentos de teologia e pastoral.
SABER FAZER no agir do catequista, onde
queremos ver:






Bom relacionamento.
Capacidade educativa.
Boa comunicação.
Uma pedagogia na encarnação.
Recursos e métodos.
Planejamento participativo.
A formação do catequista se dá: em vários espaços: família, paróquia,
diocese. È uma formação contínua, que deve ser buscada também por
seminaristas, diáconos e padres.
Capítulo 8
Onde? Como?
Catequese não se faz só naquela sala onde uma turma se
prepara para algum sacramento.
São lugares de catequese:





Família.
Comunidades eclesiais de base.
Paróquia.
Pastorais e movimentos.
Outros ambientes.
Cada um desses lugares merece uma atenção especial. É
necessário um espírito de unidade, para que as diversidades sejam
respeitas e a harmonia do conjunto contribua para um bom
testemunho fraterno.
A catequese é um processo permanente. Vai do ventre
materno ao fim da vida, com o adequado planejamento para cada
fase e situação.
Para tudo funcionar melhor, é indispensável o
ministério da coordenação.
Ele deve ser:





Uma ação de conjunto.
Capaz de articular o trabalho de diversos grupos.
Alimentador de uma rede que vai ligando: comunidade, paróquia, diocese,
regional, nacional.
Estimulador e descobridor de talentos.
Integrado às outras pastorais.
Coordenador não é o “chefão”. Também não é o que faz tudo e
decide sozinho. Um bom processo de planejamento participativo ajuda a
coordenação a desempenhar seu papel com mais proveito em benefício do
crescimento de todos.
A catequese tem inicio no ventre materno. Descobre as primeiras
raízes da fé no ambiente familiar, desenvolve-se na comunidade e
solidifica-se no engajamento comunitário e processo formativo das etapas
subseqüentes.
Alguns critérios devem ser levados em conta:
A diocese tenha um projeto catequético que acompanhe as pessoas desde
a infância até a idade avançada;
 A preocupação central da catequese seja a educação da fé, a iniciação à
vida comunitária, a formação do cristão ético e solidário. A celebração do
sacramento é uma decorrência da caminhada da fé e da vida comunitária.
 O critério não seja: “porque a criança que”, “os pais insistem”, “é mais fácil”,
mas o “crescimento na maturidade da fé, a iniciação na comunidade, a
vivência sacramental e o compromisso com a solidariedade”;
 Haja uma adequada integração entre as diversas etapas da caminhada da
fé;
 A catequese priorize a educação da fé dos adultos, oferecendo-lhes
acompanhamento e aprofundamento da fé, respostas às suas inquietações,
indicações para a vivência familiar, profissional e o engajamento na vida
eclesial;
 Que o Rito de Iniciação Cristã de Adultos (RICA) seja conhecido e
vivenciado nas comunidades e inspire todas as modalidades de catequese.
