Transcript Eleitos da Mensagem
Personagens históricas na “Mensagem”
Ulisses
Ulisses e as sereias, mosaico do séc. III
Herói grego, uma tradição muito antiga liga-o à fundação da cidade de Lisboa devido a uma ligação entre a etimologia das palavras Ulisses (Odisseus) e Olissipo.
Esta tradição foi posteriormente usada por motivos políticos, par mostrar a antiguidade de Portugal, face a Castela.
Viriato
Estátua de Viriato em Viseu
Pouco se conhece sobre a vida de Viriato
Comandou uma federação de tribos lusitanas, (que viviam da pastorícia e do saque) resistindo à ocupação romana, de 147 a 139 a.C.
Acabou por ser assassinado à traição por tês companheiros a saldo de Roma.
O CONDE D. HENRIQUE
D. Henrique
(1066 - 1112)
D. Henrique pertencia à família dos duques de Borgonha e como um dos filhos mais novo, tinha poucas possibilidades de alcançar fortuna e títulos por herança, tendo por isso tentado a sua sorte ajudando o rei Afonso VI de Leão e Castela a conquistar o Reino da Galiza
Recebeu como recompensa pelos seus serviços a mão da filha ilegítima de Afonso VI, D. Teresa.
E, em 1096, o Condado Portucalense, prestando vassalagem directa ao sogro.
E, em 1096, o Condado Portucalense, prestando vassalagem directa ao sogro.
Apesar dessa relação de vassalagem para com o rei de Leão e Castela, D. Henrique, com o apoio de várias famílias nobres, sempre sonhou tornar o condado independente
D. Tareja
D. Teresa com o marido, D. Henrique
(1080 - 1130)
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Depois da morte de D. Henrique em 1112 D. Teresa governou o condado portucalense, durante a menoridade do filho, Afonso Henriques Entretanto, a sua aliança e ligação com o conde galego Fernão Peres de Trava (de quem teve uma filha), virou contra ela os nobres portucalenses e o seu próprio filho. Assim, em 1128, deu-se a batalha de São Mamede, na qual as tropas de D. Teresa foram derrotadas e no seguimento da qual D. Afonso Henriques assumiu o poder.
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D. Teresa aparece como uma figura bastante denegrida, mas o conflito que leva à batalha de S. Mamede não é entre duas pessoas, mas entre dois partidos, com projectos diferentes para o Condado portucalense, na lógica das lutas pelo poder existentes então na Península ibérica.
Enquanto governou o Condado D. Teresa tomou medidas para povoar e desenvolver o território que governava.
D. AFONSO HENRIQUES
(1109 – 1185)
Primeiro rei de Portugal, filho do conde D. Henrique de D. Teresa.
Menor aquando da morte do pai, decide em 1122 armar-se ele próprio cavaleiro, gesto que só os reis faziam.
Depois de S. Mamede assumiu o governo do condado.
A partir daí, concentrou as suas forças em três grandes objectivos: obter do Rei de Castela a independência do condado, ver o seu reino reconhecido pelo Papa e alargar o seu território pelas conquistas aos Mouros
D. DINIS
(1261 – 1325)
Sexto rei de Portugal.
Filho de D. Afonso III a de D. Beatriz de Castela.
Foi aclamado em Lisboa em 1279
Tomou medidas para reforçar o seu poder face às poderosas famílias nobres
Fomentou o desenvolvimento do reino: extracção de minérios; criação e protecção às feiras; exportação de produtos agrícolas para a Flandres, Inglaterra e França.
Desenvolvimento agrícola (incluindo plantação de pinhais, cuja madeira servirá para as
“naus a haver”
) e da marinha, embora fosse à agricultura que dedicou maior atenção Deve-se ainda a D. Dinis um grande impulso na cultura nacional
Deve-se ainda a D. Dinis um grande impulso na cultura nacional: criação do Estudo geral em Lisboa, em 1290, embrião da Universidade.
Florescimento da poesia trovadoresca, que o próprio rei é um bom representante.
Após a extinção da ordem dos Templários (1311), D. Dinis cria a Ordem de Cristo, à qual atribui os bens da Ordem extinta.
D. JOÃO O PRIMEIRO
(1357-1433)
Filho bastardo de D. Pedro I e de uma dama galega, educado desde cedo para vir a ser Mestre da Ordem de Avis.
Depois da morte do rei D. Fernando, face à possibilidade de o trono ser ocupado pelo rei de Castela, D. João, é aclamado “Regedor e Defensor do Reino”, por todos aqueles que temem ver o reino perder a sua independência.
Segue-se um período de guerra civil e de luta armada contra Castela (a chamada crise de 1383-1385), da qual o partido de D. João sai vencedor
Em 1385, as Cortes de Coimbra legitimam a sua pretensão ao trono e assim dá início a uma nova dinastia – de Avis.
Desenvolve o reino.
Dá início, com a tomada de Ceuta em 1415, ao processo de expansão marítima .
D. FILIPA DE LENCASTRE
Princesa do Santo Graal, Humano ventre do Império, Madrinha de Portugal!
Casamento com D. João I
(1359- 1415)
Princesa inglesa filha de João de Gant, 1º Duque de Lencastre,
Rainha de Portugal através do casamento com D. João I, em 1387 na cidade do Porto.
Mãe da “ínclita geração”, nome pelo qual ficaram conhecidos os seus filhos, por causa da educação que tiveram e dos feitos em que se notabilizaram
Morreu de peste, poucos dias antes da partida para a expedição a Ceuta
D. DUARTE, REI DE PORTUGAL
(1391-1438)
Décimo primeiro rei de Portugal, filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre.
Conhecido pela sua cultura, tendo escrito vários livros de poesia e prosa.
Apenas reinou cinco anos, tendo morrido de Peste.
Foi no seu reinado que Gil Eanes dobrou o Cabo Bojador (1434), marco importante para a navegação portuguesa, visto que a zona inspirava um enorme terror aos marinheiros
Foi igualmente no seu reinados que em 1437 se realizou um novo ataque ao norte de África, (Tânger), que se saldou numa derrota para os Portugueses e na captura do irmão mais jovem do rei, o Infante D. Fernando
O ataque fez-se por influência dos príncipes seus irmãos D. Henrique e D. Fernando e contra a vontade de dois dos outros irmãos, D. Pedro, e D. João.
D. FERNANDO, INFANTE DE PORTUGAL
(1402- 1443)
Fernando de Portugal, dito o Infante Santo era o oitavo filho do rei João I e de Filipa de Lencastre, o mais novo dos membros da chamada Ínclita Geração
Fernando desde cedo mostrou interesses religiosos e muito jovem, foi ordenado Grão Mestre da Ordem de Avis pelo seu pai.
Participou na campanha contra a cidade de Tânger e acabou por ficar como refém, perante o compromisso de Portugal de devolver a cidade de ceita.
Como tal compromisso nunca foi cumprido, D. Fernando morreu prisioneiro do Mouros, sendo por isso conhecido como o Infante Santo.
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A ínclita geração é o nome dado aos filhos do rei João I de Portugal e de Filipa de Lencastre. A expressão pretende valorizar a vida de cada um destes príncipes que, de várias formas, marcaram a História de Portugal e da Europa.
D. PEDRO, REGENTE DE PORTUGAL
(1392 – 1449)
D. Pedro, infante de Portugal, 1º duque de Coimbra, filho do rei D. João I e de D. Filipa de Lencastre.
Entre 1439 e 1448 foi regente de Portugal, durante a menoridade do seu sobrinho, filho de D. Duarte e futuro Afonso V
Devido às suas viagens ao estrangeiro, ficou conhecido como o Infante das Sete partidas
D. JOÃO, INFANTE DE PORTUGAL
(1400- 1442)
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João de Portugal infante de Portugal filho do rei D. João I e de Filipa de Lencastre.
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Foi condestável de Portugal, sucedendo a Nuno Álvares Pereira, e ainda senhor de Reguengos, Colares e Belas.
Durante o reinado de Duarte, D. João juntou-se ao irmão Pedro, duque de Coimbra na contestação à expedição a Tânger que haveria de acabar em desastre.
Defendeu ainda a entrega da cidade de Ceuta, conquistada em 1415 em troca da liberdade do Infante Santo, mesmo contra a
vontade do próprio.
D. SEBASTIÃO, REI DE PORTUGAL
Louco, sim, louco, porque quis grandeza Por isso onde o areal está Ficou meu ser que houve, não o que há.
1554- 1578
Décimo sexto rei de Portugal, filho do príncipe D. João e de D. Joana de Áustria,.
Sucedeu ao avô D. João III, sendo o seu nascimento esperado com ansiedade, visto que pela morte prematura do seu pai, a coroa corria o perigo de ir para filho de Filipe II de Espanha.
De saúde precária, D. Sebastião cresceu na convicção de que Deus o criara para grandes feitos
Reuniu exército numeroso para reconquistar as praças de África do norte,, mas perto de Alcácer Quibir, (Junho de 1578) o exército português foi derrotado e o rei morto.
Como não se encontrou o seu corpo, foi nascendo a lenda do seu desaparecimento e posterior reaparição.
NUNALVARES
Quando o Rei D. Fernando de Portugal morreu em 1383, sem herdeiros a não ser a princesa D. Beatriz, casada com o Rei João I de Castela, D. Nuno foi um dos primeiros nobres a apoiar as pretensões de João, o Mestre de Avis à coroa.
Depois da primeira vitória de D. Nuno Álvares Pereira frente aos castelhanos na batalha dos Atoleiros (Abril de 1384), D. João de Avis nomeia-o Condestável de Portugal e Conde de Ourém.
Mas o seu maior feito militar é a batalha de Aljubarrota, na qual derrota um exército castelhano muito superior.
Após a morte da sua mulher, toma o nome de Irmão Nuno de Santa Maria e entra, em 1423, no Convento do Carmo, onde permanece até à morte, em 1431, com 71 anos.
Foi beatificado em 1918 pelo Papa Bento XV e canonizado como São Nuno de Santa Maria pelo papa Bento XVI em 2009.
O INFANTE D. HENRIQUE
Brasão de armas do Infante D. Henrique
(1394 – 1460)
Foi a mais importante figura do início da era das Descobertas.
Como dirigente da Ordem de Cristo (de 1420 até ao fim da vida) controlava vastos recursos, o que ajudou a financiar a exploração marítima, que por sua vez lhe traria também bastantes riquezas (o quinto de todos os proveitos comerciais com as zonas descobertas bem como o direito de explorar costa além do Cabo Bojador).
Foi também um dos principais organizadores da conquista de Tânger em 1437 que se revelou um grande fracasso, já que o seu irmão mais novo, D. Fernando (o Infante Santo) foi lá capturado e aprisionado durante 11 anos.
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Aquilo que sabemos sobre esta personagem foi escrito por Gomes Eanes de Zurara, na Crónica da Guiné , onde é exaltado de forma quase sobrenatural .
É depois transformado em herói nacional entre finais do século XIX e princípios do século XX, por uma corrente nacionalista que o tornou símbolo da coragem, dinamismo e espírito empreendedor do povo português.
D. JOÃO O SEGUNDO
Filho de D. Afonso V, subiu ao trono em 1481,
Desde 1474 que dirigia a política dos descobrimentos.
Durante o seu reinado toda a costa ocidental da África foi navegada, dobrou-se o Cabo da Boa Esperança e preparou-se, por terra, a viagem de Vasco da Gama à Índia, a que já
não assistiria.
Estabeleceu com Espanha em1494, o tratado de Tordesilhas, dividindo-se a terra em duas zonas de influência, a atribuir a Portugal e à Espanha. Dentro da zona de influência portuguesa ficava o Brasil, o que permite supor que o monarca tinha conhecimento da existência dessas terras.
AFONSO DE ALBUQUERQUE
1462-1515
Militar português, nasceu em Alhandra numa família nobre sendo do educado na corte de D. Afonso V.
Em 1503 é enviado à Índia, no comando de três naus, tendo participado em várias batalhas.
Regressou a Portugal em 1504, onde expôs a D. Manuel a sua visão de um império no Oriente, tendo por base a conquista de posições estratégicas nos mares do Índico.
Foi governador da Índia em 1508, e mais tarde vice-rei .
Concluiu o seu plano de domínio dos pontos estratégicos que permitiam o controle marítimo e o monopólio comercial da Índia.
Ao mesmo tempo, seguiu uma política de miscigenação, favorecendo o casamento das indianas com soldados e marinheiros portugueses, que depois ficavam a servir na administração.
Diogo Cão
Marco usado por Diogo Cão
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Navegador português da segunda metade do século XV Foi o primeiro descobridor a assinalar com padrões o seu itinerário o que permitiu aos historiadores reconstituir as viagens das duas armadas que comandou. Após as sua segunda viagem D. João II, recompensou-o com um brasão de armas. O rei pensava que Diogo Cão teria alcançado o extremo sul do continente africano, mas facto que só veio a ser conseguido mais tarde por Bartolomeu Dias.
Bartolomeu Dias
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Fernão de Magalhães
(1480 -1521)
Navegador português, que, ao serviço de Espanha, comandou a expedição marítima que efectuou a primeira viagem de circum navegação ao globo.
Foi o primeiro a atravessar o estreito hoje conhecido pelo seu nome (o Estreito de Magalhães) e o primeiro europeu a navegar no Oceano Pacífico.
Morreu nas Filipinas no curso daquela expedição.
Vasco da Gama
(1460 ou 1469- 1524)
Navegador e explorador português que se destacou por ter sido o primeiro a chegar à Índia por mar, contornando o continente africano.
Esta ligação dava aos portugueses um acesso privilegiado ao comércio das especiarias
No fim da vida foi, por um breve período, governador da Índia portuguesa com o título de vice-rei.