Capítulo 7 Briófitas e traqueófitas

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Transcript Capítulo 7 Briófitas e traqueófitas

Plantas avasculares: Briófitas

Características gerais:  Pequenas (máximo 5cm) e delicadas, vivem geralmente em ambientes úmidos e sombreados.

 Divididas em três filos:

Bryophyta

(musgos),

Hepatophyta Anthocerophyta

(hepáticas) e (antóceros).

Organização corporal das briófitas

Musgos

: o gametófito possui porte ereto, crescendo perpendicularmente ao solo, apresenta um eixo principal conhecido como

caulóide

dotado de estruturas que lembram folhas denominadas das briófitas ao solo.

filóides

. Os

rizóides

são estruturas que possuem a função de fixação O

esporófito

dos musgos são filamentos que crescem sobre o gametófito e em sua extremidade há uma dilatação onde formam os esporos – cápsula.

Hepáticas

: apresentam

gametófito

de forma laminar que crescem junto ao solo em locais úmidos.

Os

esporófitos

são pequenas bolsas esféricas incrustadas em estruturas especiais denominadas

gametóforos

9com bordas lisas nas plantas masculinas e bordas recortadas nas plantas femininas)

Antóceros:

o

gametófito

é uma fina lâmina celular que cresce junto ao solo em locais úmidos e sombreados. O

esporófito

é uma estrutura bifurcada de pontas afiladas, que cresce ereto sobre o gametófito.

 

Reprodução e ciclo de vida das briófitas

Reprodução assexuada Fragmentação

: pedaços de uma planta geram novos indivíduos.

Hepáticas do gênero

Marchantia

produzem estruturas especializadas chamadas

propágulos

que se formam em pequenas taças chamadas de

conceptáculos.

genitora, originando novos indivíduos.

Quando maduros, os propágulos se desprendem do conceptáculo e são transportados por respingos de água para longe da planta

Reprodução sexuada

A maioria das briófitas são

dióicas

, outras são

monóicas

.

O

anterídio

(estrutura reprodutora masculina) é uma bolsa com células que originam gametas masculinos, os

anterozóides

e fecundá-los . Estes possuem dois flagelos que possibilitam nadar em direção aos gametas femininos

(dependência de água para fecundação)

.

O

arquegônio

(estrutura reprodutiva feminina) possuem células que se diferenciam no gameta feminino a

oosfera

.

A fecundação de uma oosfera por um anterídio dá origem a um

zigoto diplóide

que sofre sucessivas mitoses originando um

embrião

.

O embrião dá origem a um esporófito que em sua ponta possui um esporângio onde esporócitos sofrem meiose dando origem a

esporos

. Os esporos ao caírem no solo em condições propícias dão origem aos gametófitos.

Plantas vasculares sem sementes: As Pteridófitas

Características gerais

       Plantas traqueófitas; Gametófito se desenvolve independente do esporófito; Não formam sementes; Podem atingir grandes alturas (4 m); Diversas espécies são epífitas; Poucas espécies aquáticas de água doce.

Ex.: samambaias e avencas

As plantas vasculares sem sementes são distribuídas em quatro filos:    

Pterophyta

(pteridófita).

Lycophyta

(licopodínias).

Psilotophyta

(psilófitas).

Sphenophyta

(esfenófitas).

Pterophyta (pteridófita)

Lycophyta (licopodínias)

Psilotophyta (psilófitas)

Sphenophyta (esfenófitas) cavalinha

Organização corporal das Pteridófitas

   Há presença de tecidos de condução de seiva. Há dois tipos:

floema xilema

(conduz seiva bruta (conduz seiva elaborada açúcares e outras substâncias orgânicas – água e sais minerais presentes no solo) e o – solução de produzidas pelas folhas). Fase dominante: esporofítica; Esporófitos apresentam: (sustentação e conduz seiva bruta e seiva elaborada -

raiz

(fixação), alguns são tipo rizoma) e

caule folha

(fotossíntese).

Reprodução e ciclo de vida das pteridófitas

Reprodução Assexuada

Muitas tem esse tipo de reprodução através do brotamento. O rizoma cresce e, brotam pontos vegetativos que originam folhas e raízes. A fragmentação do rizoma nas regiões entre esses pontos vegetativos isola novas plantas.

Reprodução sexuada

Os esporófitos das Pteridófitas formam esporângios, onde são produzidos

esporos.

Plantas isosporadas:

esporos iguais.

Plantas heterosporadas:

possuem um esporo maior (

megásporo

) e outro menor (

micrósporo

).

Os esporos ao caírem no solo dão origem a um pequeno gametófito o

prótalo

. Em plantas isosporadas o gametófito é monóico (formam arquegônios e anterídios). Em plantas heterosporadas o gametófito é dióico, o gametófito proveniente do micrósporo (microgametófito) dá origem a

anterídios

e o gametófito proveniente do megásporo (megagametófito) dá origem aos

arquegônios

.

 Os anterídios quando maduros liberam anterozóides que

nadam

até os arquegônios, lá eles fecundam a oosfera. Surge assim o zigoto, depois o embrião que se multiplicará através de mitoses dando origem a um novo esporófito. Esse esporófito se desenvolverá e se tornará independente do gametófito.

Gimnospermas Surgem as sementes

Características

    Existem mais de 650 espécies, sendo que as mais conhecidas são: as sequóias, as ciprestes, as

Cycas

e os pinheiros.

Possuem sementes nuas ( do grego,

gymnos

= nu), isto é não há proteção de frutos.São produzidas em estróbilos.

Não dependem de água para que ocorra fecundação.

Utilizadas na fabricação e papéis, na alimentação (pinhões), como plantas ornamentais e etc.

Sequóias

Ciprestes

Cycas

Pinheiros (Araucárias)

Ciclo de vida - Reprodução

  O esporófito parte duradoura (2n) produz estróbilos que por sua vez produzem

megásporos (n)

(que formarão gametófitos femininos nos ramos superiores óvulos) e

micrósporos (n)

(que formarão gametófitos masculinos nos ramos inferiores grãos de pólen), eles ficam na mesma árvore. Ao haver fecundação dos grãos de polén e do óvulo surgem as sementes, que é composta de casca, embrião e endosperma (material de reserva para o embrião).

Plantas vasculares com flores e frutos: Angiospermas

Características gerais

    Presença de flores e frutos; Forma a maior parte da vegetação atual do planeta; Há desde plantas enormes que atingem mais de 110 m de altura e 20 m de circunferência até capins com poucos milímetros de altura; Podem viver diversos ambientes: água doce, terra firme, sobre outras plantas e até parasitando-as;

Características gerais

   Cientistas acreditam que as angiospermas são descendentes de um ancestral comum exclusivo, possivelmente um antigo representante das gimnospermas; Há mais de 235 mil espécies descritas no filo, das quais 40 mil ocorrem no Brasil; Atualmente o filo é chamado de

Magnoliophyta

substituindo

Anthophyta

.

Castanheira Eudicotiledôneas

Eudicotiledôneas - Cacto

Eudicotiledôneas Parreira

Dicotiledôneas basais ninféia

Dicotiledôneas basais magnólia

Monocotiledôneas Coqueiro

Monocotiledôneas - Arroz

Monocotiledôneas - Grama

Monocotiledôneas Bananeira

Monocotiledôneas – cana-de-açúcar

Reprodução e ciclo de vida

Semelhante ao das gimnospermas, entretanto os órgãos reprodutores das angiospermas são

flores

diferente das gimnospermas que possuem estróbilos.

Nas gimnospermas as sementes são nuas, nas angiospermas as semente são protegidas por folhas especiais chamadas de carpelos onde se originam os frutos.

Estrutura da flor

Flor

: ramos especializados com folhas férteis (produtoras de esporângios) e folhas estéreis. Uma flor completa apresenta quatro verticilos florais (folhas especializadas). São eles:   

Gineceu

(conjunto de folhas férteis produtoras de óvulos, é também chamado de

carpelo

);

Androceu

(conjunto de folhas férteis formadoras de grãos de pólen – chamadas de

estames

);

Corola

(conjunto de

pétalas

, geralmente são folhas coloridas e delicadas); 

Cálice

(conjunto de

sépalas

, geralmente possuem cor verde). O conjunto de cálice e corola constituem o chamadas de

tépalas

.

perianto

.

Quando as pétalas e as sépalas se assemelham são

Estames e carpelos

Estame

: folha fértil modificada cuja haste é chamada de

filete

, possui uma estrutura dilatada na ponta chamada

antera

(dentro dela há quatro sacos polínicos, onde são formados os grãos de pólen por meiose).

Carpelo

: folha fértil modificada. Alguma folhas carpelares durante o desenvolvimento formam uma estrutura parecida com um vaso, com a base dilatada (

ovário

– onde se alojam os óvulos) e a extremidade afilada (

estigma –

onde os grãos de pólen são recebidos) chamada de

pistilo

. A porção tubular do pistilo é chamada de

estilete

.

Formação do grão de pólen

Grãos de pólen e óvulos formam-se quando a flor ainda se encontra na fase de botão.

Os

grãos de pólen

sofrem meiose no interior dos sacos polínicos das anteras, originando quatro micrósporos haplóides. Cada um divide se por mitose originando células, com dois núcleos, um

vegetativo

e um

gamético

.

Formação do óvulo

Na parede do ovário surgem protuberâncias (

primórdios ovulares

), que darão origem aos óvulos. Na região superficial de cada primórdio ovular, uma célula cresce e diferencia-se das demais (megasporócito), ao redor dela diferenciam se células que irão constituir um tecido nutritivo chamado de

nucelo,

nisso surge uma abertura chamada micrópila. O megasporócito sofre meiose e origina quatro células, sendo que três degeneram, sobrando um o megásporo funcional que será nutrido pelo nucelo.

O megásporo cresce e seu núcleo sofre mitose três vezes, originando 8 núcleos, quatro ficam perto da micrópila e os outros quatro ficam no lado oposto. Um núcleo de cada conjunto migra para o centro do megásporo, eles serão denominados

núcleos polares

. Os outros seis diferenciam-se em membranas individualizando se em células. O citoplasma acaba ficando com sete células (três perto da micrópila(sinérgides e oosfera), três no pólo oposto(antípodas) e uma no centro (célula central)).

Esse conjunto de sete células é o gametófito feminino.

Formação da semente Polinização

A antera se abre e libera os grãos de pólen, este é transportado até o estigma da própria flor ou de outras, processo denominado

polinização

.

O transporte de grãos de pólen pode ser realizado por diversos

agentes polinizadores

(se for realizado pelo

vento anemofilia

, se é um

inseto

chamará fala-se em

entomofilia

, se é um

pássaro

,

ornitofilia

etc.)

Formação da semente Dupla fecundação

Quando um grão de pólen atinge o estigma de uma flor compatível forma um

tubo polínico

. Este cresce no interior do estilete, atingindo o ovário e penetrando no óvulo através da micrópila. Dentro do óvulo, o tubo polínico penetra em uma das sinérgides e lança dois núcleos gaméticos e o núcleo da célula do tubo. Um dos núcleos gaméticos funde-se ao da oosfera, dando origem ao embrião, o outro funde-se aos núcleos polares da célula central originando uma célula triplóide que se desenvolverá num tecido chamado

endosperma

(nutrirá o embrião).

Processo chamado de

dupla fecundação

.

     

Fruto

Função: proteger e disseminar as sementes; Importante novidade evolutiva nas angiospermas; Forma se a partir do desenvolvimento do ovário. Estimulado por hormônios liberados na formação das sementes.

Frutos partenocárpicos

: desenvolvem-se sem a formação de sementes. Ex.: bananas.

Partes do fruto: fecundados).

pericarpo

(resultante do desenvolvimento das paredes do ovário),

sementes

(resultante do desenvolvimento dos óvulos O pericarpo é formado por

três

(mais externa), partes:

epicarpo endocarpo mesocarpo

(mais interno).

(camada intermediária – geralmente é a parte carnosa de um fruto),

Fruto

Fruto múltiplo ou infrutescência

Ex.: abacaxi. Originado de várias flores reunidas em uma inflorescência.

Pseudofruto

Quando outras partes da flor além do ovário desenvolvem se após a fecundação. Ex.: caju (a parte comestível é o receptáculo floral), pêra e maçã (a parte comestível é o receptáculo floral). O morango é um

fruto agregado

que se origina de uma única flor com vários ovários.

Germinação da semente

Após se libertar do fruto a semente pode germinar. Um dos eventos iniciais é a

embebição

(absorção de água), para que as células retomem suas atividades metabólicas. A casca se rompe, permitindo a entrada de

gás oxigênio

, permitindo a embrionárias.

respiração

das células A primeira estrutura a emergir é a radícula que cresce em direção ao solo para se fixar e absorver água e sais.