ProjIndcadRMSP_2011mar

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Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a
Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem
ecossistêmica para estudo em distintos níveis holárquicos
Apresentação:
Leandro L. Giatti e Giuliana Talamini
Departamento de Saúde Ambiental - FSP/USP
Demais colaboradores: Renata Ferraz de Toledo - Paulo Nascimento Silvana Cutolo - Carlos Machado de Freitas - Rubens Landin Juliane Gaviolli - e Gabriela Cruvinel
Objetivo
Desenvolver uma matriz de indicadores de
sustentabilidade ambiental e saúde e sua
respectiva análise, adotando uma abordagem
ecossistêmica para o estudo de fenômenos
em distintos níveis holárquicos na Região
Metropolitana de São Paulo.
A Abordagem Ecossistêmica, inicialmente
desenvolvida nos EUA e com forte expressão
no Canadá sob a denominação de Ecohealth,
consiste de uma proposta de estruturação de
projetos de pesquisa que envolve, de modo
participativo, pesquisadores, sujeitos da
pesquisa, representantes governamentais e
outros atores sociais de relevância.
A proposta da Abordagem Ecossitêmica
remete à necessidade de estudar e de promover
intervenções participativas para problemas
complexos, compreendendo desde questões de
saúde humana, a aspectos socioambientais,
baseando-se
nos
pilares
da
transdisciplinaridade, participação e equidade.
Lebel, 2003
Em países em desenvolvimento grandes
desigualdades tem se associado a exposição de
grupos populacionais a uma tripla carga de
fatores de risco ambientais:
-domiciliares;
-da comunidade;
-E globais.
Smith e Ezzati, 2005
Olhando a metrópole através
de distintos níveis holárquicos
Características de sistemas holárquicos abertos autoorganizáveis:
-Dinâmicas retro-alimentadas por estímulos;
-Estrutura hierárquica livre;
-Fenômenos emergentes / imprevisibilidade;
-Reconfigurações repentinas;
Kay e col., 1999.
Metodologia
-
Aquisição de informações, composição e análise da
Matriz FPSEEA;
-
Aplicação de entrevistas: amostra com base nas subregiões da RMSP: gestores da saúde, do ambiente e
do planejamento urbano;
-
Análise dos municípios e da metrópole em distintos
níveis hierárquicos;
-
Realização de oficina com gestores.
Matriz FPSEEA
Forças Motrizes
Pressão
Situação
Exposição
Efeito
Corvalán, e col., 2000.
Indicadores de Saúde e Sustentabilidade
Modelo FPSEEA – Exemplo da Rede Interagencial de Informação para a Saúde (RIPSA).
RMSP
7 Regiões de Saúde
39 Municípios
Indicadores de Saúde e Sustentabilidade - RMSP
Força Motriz
FORÇA MOTRIZ
Municípios
Mananciais
Cotia
Embu
Embu-Guaçu
Itapecerica da Serra
Juquitiba
São Lourenço da Serra
Taboão da Serra
Vargem Grande Paulista
FM. 1
923.806
190.488
223.622
57.398
143.448
27.977
13.378
225.053
42.442
FM. 2
FM. 3
FM. 4
FM. 5
FM. 6
FM. 7
FM. 8
3,05
1,47
1,04
1,64
0,85
1,39
2,16
2,81
0,826
0,772
0,811
0,783
0,754
0,771
0,809
0,802
_
_
_
_
_
_
_
_
30.003,65
11.527,79
7.158,08
18.598,64
6.829,00
7.165,64
17.204,70
15.076,01
0,41
0,37
0,39
0,39
0,39
0,40
0,38
0,38
12,66
17,56
17,56
17,75
23,91
24,93
12,52
14,14
100
100
97,35
99,18
77,41
90,99
100
100
FM. 1
População (IBGE, 2010)
FM. 2
Taxa de crescimento da população (IBGE, 2010)
FM. 3
IDH (PNUD - IDHM, 2000)
FM. 4
Pop. economicamente ativa ocupada (apenas dados Estaduais)
FM. 5
PIB per capita (IBGE, 2008)
FM. 6
Indice de Gini – Renda (IBGE, 2000)
FM. 7
Pobreza - Domicílios com Renda per Capita até 1/2 do Salário Mínimo (Em %) (IBGE, 2000)
FM. 8
Grau de Urbanização (IBGE, 2010)
Indicadores de Saúde e Sustentabilidade - RMSP
Pressão
PRESSÃO
Municípios
P1
P2
P3
P4
P5
Mananciais
_
0,35
_
Cotia
_
0,74
_
552.737.321
550
Embu
_
0,53
_
378.180.661
209
Embu-Guaçu
_
0,36
_
86.281.684
92
Itapecerica da Serra
_
1,26
_
188.507.85
104
Juquitiba
_
0,03
_
36.407.76
33
São Lourenço da Serra
_
1,12
_
17.987.56
21
Taboão da Serra
_
1,52
_
442.575.728
478
Vargem Grande Paulista
_
0,41
_
158.427.196
107
P.1
Ausência de Serviços Gerais de Saneamento (Pnad, 2008. Apenas dados do Estado. SP - 10,9)
P.2
Frota de veículos por habitante (DENATRAN. Dez/2010. IBGE 2010. Cálculo nosso)
P.3
Terras em uso com lavouras (não se aplica)
P.4
Consumo de energia elétrica (SSE-SP, 2009)
P.5
Número de Estabelecimentos da Indústria (Seade – MTE, 2009)
Indicadores de Saúde e Sustentabilidade - RMSP
Situação
Municípios
Taboão da Serra
Suzano
São Paulo
São Lourenço da Serra
São Caetano do Sul
São Bernardo do Campo
Santo André
Santana de Parnaíba
Santa Isabel
S1
19
67
92
16
100
82
96
26
70
SITUAÇÃO
S2
0
70
66
100
25
1
0
0
0
S3
99,41
97,21
99,46
91,44
100
99,64
99,83
96,36
96,58
S4
0
0
0
0
0
0
0
0
0
S.1
% domicílios servidos com rede pública de coleta de esgotos para a zona urbana (Sabesp/Fundação Seade)
S.2
% esgoto sanitário coletado que passa por algum tipo de tratamento(Sabesp/Fundação Seade)
S.3
% domicílios part. permanentes com serviço regular de coleta de lixo, na zona urbana. (IBGE/Fundação Seade)
S.4
Queimadas e IncêncidiosCPTEC, 2001/2011
S.5
Áreas de Risco no Perímetro Urbano PNSB,2000. Apenas RMSP- 29 mun.
S.6
Inundações ou Enchentes MIN/SNDC, 2010. Apenas Estadual - 28
S.7
Utilização de Agrotóxico Ibama. Relatório Semestral
S.8
Sist. Abastecimento de Água sem tratamento SISAGUA
S.9
Soluções Alternativas Coletivas sem tratamento de água SISAGUA
S.10
Qualidade da Água - Coliformes Totais (Sabesp. Relatórios Anuais por Sistema de Abastecimento)
S.11
Qualidade da Água – Turbidez (Sabesp. Relatórios Anuais por Sistema de Abastecimento)
S.12
Qualidade da Água - Cloro Residual Sabesp. Relatórios Anuais por Sistema de Abastecimento
S.13
Número de Áreas Contaminadas (solo) Cetesb, 2009. Por agência de Gestão
S5
_
_
_
_
_
_
_
_
_
Indicadores de Saúde e Sustentabilidade - RMSP
Exposição
EXPOSIÇÃO
Municípios
EX. 1
EX. 2
EX. 3
EX. 4
EX. 5
Cotia
19
21,4
0,59
_
_
Embu
33
20,4
2,79
_
_
Embu-Guaçu
8
28,9
0,54
_
_
Itapecerica da Serra
84
32,2
8,56
_
_
Juquitiba
0
46,5
0
_
_
São Lourenço da Serra
18
22,7
0,36
_
_
Taboão da Serra
4
30,9
0,17
_
_
Vargem Grande Paulista
74
48,4
3,64
_
_
Mananciais
EX. 1
População sem acesso à água tratada SNIS, 2006
EX. 2
População sem instalação de esgoto SNIS, 2006
EX. 3
População sem coleta de lixo Pnad, 2008
EX. 4
Residentes em aglomerados subnormais Pnad, 2008
EX. 5
População potencialmente exposta contaminantes químicos Sissolo,2007 dados estaduais
Indicadores de Saúde e Sustentabilidade - RMSP
Efeito
EFEITO
Municípios
EF1
EF2
EF3
EF4
Arujá
0,50
2,65
2,1
0,5
Barueri
2,65
17,41
4,2
0,45
Biritiba-Mirim
2,80
20,81
2,5
0,7
Caieiras
0,83
8,95
4,3
1
Cajamar
3,06
25,52
5,1
0,8
Carapicuíba
2,89
23,66
6,8
0,4
Cotia
1,22
14,75
3,4
1,1
Diadema
2,85
23,63
5,2
1,5
Embu
1,75
16,74
1,3
0,5
Embu-Guaçu
0,79
12,77
1,3
0,8
Alto Tiête
EF.1
Taxa de Internações Doenças Diarréicas SIH/SUS - DATASUS, 2007 e IBGE,2000
EF.2
Taxa de internações por Infecção Respiratória Aguda (< 5anos) SIH/SUS - DATASUS, 2007 e IBGE,2000
EF.3
Internações por doenças relacionadas ao sabeamento ambiental inadequado DATASUS, 2002
EF.4
Mortalidade por doença diarréica aguda (< 5anos) DATASUS, 2002
EF.5
Mortalidade por Infecção Respiratória Aguda (< 5anos) DATASUS, 2002
EF.6
Mortalidade doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado DATASUS, 2007
EF.7
Intoxicação a Agrotóxicos Sissolo,2007
EF.8
Mortalidade por intoxicação por agrotóxico Sissolo,2007
Ação
Indicadores de Saúde e Sustentabilidade - RMSP
A.1
% da meta pactuada na PPI atingida para COBERTURA Vigiagua/ dados estaduais
A.2
% da meta pactuada na PPI atingida para CONTROLE Vigiagua/dados estaduais
A.3
% da meta pactuada na PPI atingida para CLORO Vigiagua/dados estaduais
A.4
% da meta pactuada na PPI atingida para TURBIDEZ Vigiagua/ dados estaduais
A.5
Meta pactuada na PPI atingida para identificação de áreas em municípios prioritários – SISSOLO/dados estaduais
A.6
% da meta pactuada na PAP/VS/2007 atingida para identificação de municípios prioritários/dados estaduais
A.7
Desenvolve atividades de Vigi. em Saúde Amb. Relacionada aos Acidentes com Produtos Perigosos VIGIAPP
A.8
Desenvolve atividades relacionadas à Vigi. em Saúde Amb. dos Riscos Decorrentes aos Desastres Naturais
A.9
Desenvolve atividades relacionadas à Vigi. em Saúde Amb. Relacionada a Fatores Físicos – VIGIFIS
A.10 Desenvolve atividades relacionadas a gestão da informação territorializada por intermédio do PISA ASISA
Indicadores de sustentabilidade
ambiental e de saúde
Desvelam condições e tendências nas mudanças dos
ecossistemas que interferem na saúde e na qualidade
de vida dos humanos.
São organizados na forma de uma matriz de causas e
consequências a partir de dados secundários e
complementados com resultados de entrevistas.
Constitui indicadores de saúde ambiental a partir das
ligações entre aspectos de saúde e outras variáveis ou
cadeias de acontecimento.
Variação do percentual de participação relativa das capitais no
PIB por percentual de população que vive nas capitais, com
representação de área desmatada nos Estados da Amazônia
Legal em 2005
Obs.: O tamanho das bolhas representa o percentual de área desmatada da
área original de floresta.
Dados do DATASUS, IBGE e INPE
Freitas e Giatti, 2010.
Published online: 15 february 2011
Ações
 Estrutras municipais em meio ambiente: secretarias,
conselhos, agenda 21;
 Plano de Desenvolvimento Integrado e Sustentável da
Região Metropolitana;
 Cobertura por ESF;
 Políticas de áreas verdes;
 Implementação da Vigilância em Saúde Ambiental;
 Iniciativas intersetoriais para a Promoção da Saúde.
Incertezas






Mudanças climáticas;
Constante crescimento demográfico da metrópole;
Mudanças demográficas e epidemiológicos
Mudanças nos serviços dos ecossistemas;
Dinâmicas de doenças infecciosas;
Exposição a poluição ambiental e efeitos
sinergéticos;
Freitas & Giatti, 2010
Disponível em url:
http://new.paho.org/bra/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid=710&Itemid=423
Referências bibliográficas

Corvalán, C., Briggs, D. and Kjellström, T., 2000. The need for information:
environmental health indicators. In: Corvalán, C., Briggs, D., and Zielhuis, G. (eds).
Linkage methods for environment and health analysis – General guidelines. Geneva:
United Nations Environmental Programme, United States Environmental Protection
Agency, Office of Global and Integrated Environmental Health of the World Health
Organization. p. 25-55.

Freitas CM e Giatti L. Sustentabilidade ambiental e de saúde na Amazônia Legal,
Brasil: uma análise através de indicadores. Organização Pan-Americana da Saúde.
Brasília :Organização Pan-Americana da Saúde, 2010.

Lebel J. Health – an ecosystem approach. Ottawa: International Development
Research Centre. 2003.

Kay JJ, Regier HA, Boyle M, Francis G. An ecosystem approach for sustainability:
addressing the challenge of complexity. Futures 1999. v.31. P.721-42.

Smith KR, Ezatti M. How environmental health risks change with development: The
epidemiologic environmental risk transitions revisited. Annu. Rev. Environm. Resour.
2005; 30, p. 291-333.