Valdir Folgosi - Habitat do Cidadão / CAIS 2013
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Transcript Valdir Folgosi - Habitat do Cidadão / CAIS 2013
A defasagem tecnológica do
Saneamento Básico no Brasil
Sr. Valdir Folgosi – Presidente SINDESAM
Outubro/2013
Índice
• ABIMAQ / SINDESAM
• Tecnologias para Tratamento de Água
• Tecnologias para Tratamento de Esgoto
• Reuso (Exemplos)
• Lodo e Lixo
• Controle de perdas
• Conclusão
ABIMAQ/SINDESAM
• ABIMAQ
Fundada em 1937 , com mais de 4.500 empresas representadas
em 26 Câmaras Setoriais.
• SINDESAM
Sindicato Nacional de Equipamentos para Saneamento Básico e
Ambiental, atua há mais de 30 anos no setor e representa mais de
110 empresas associadas e mais de 10.000 empregos diretos.
• GUIA SINDESAM
Equipamentos e sistemas destinados ao tratamento de água e
efluentes;
Reuso de efluentes;
Controle de poluição atmosférica;
Tratamento, disposição de lodo e resíduos sólidos;
Desobstrução de tubulações;
Distribuição, adução e coleta;
Medição e controle.
A tecnologia se aplica em toda
cadeia produtiva
Água
Esgotos
Captação
Coleta
Compostagem
Tratamento
Tratamento
Incineração
Bombeamento
Processo físico-químico
Recuperação de água
Disposição de lodos
Elevatórias
Primário/Secundário
Controle de odores
Disposição de lodos
Terciário/Reuso
Resíduos Sólidos
Secagem Térmica
Secagem Solar
Incineração
Efeitos positivos da tecnologia de
inovação e que podem ajudar o setor de
saneamento
Nossas associadas tem um compromisso com o meio ambiente, e são
lançados produtos e sistemas inovadores na busca de diminuir o
impacto ambiental.
Melhorar os processos de tratamento buscando a diminuição dos custos
operacionais.
Alta eficiência e busca constante da qualidade da água independente da
água bruta.
Tendências da Tecnologia para o
Tratamento de Água/Efluentes
Estação de tratamento de água e/ou efluentes são processos produtivos e
quando da sua implantação, devem ser avaliados.
Fatores econômicos como parte da sensibilização para avaliação:
Custos de energia
Tecnologia
Custos de produtos químicos
Geração de lodos
Perdas
Qualidade
Competitividad
e
Espaço (maior x menor)
Impacto ambiental (geração de odores)
Desempenho/Eficiência
Centralização x Descentralização
Preservação
do Meio
Ambiente
Segurança
Tendências da Tecnologia para o
Tratamento de Água
Evolução do tratamento de água:
Filtração
Cloração
Clarificadores
Flotação
Ultra violeta
Ozônio
Membranas e Filtração (MF/UF/OR)
Oxidação avançada (Peróxido)
Resinas de troca iônica
Tratamento de Água Potável e
Industrial com Tecnologia de Membranas
Ultrafiltração e Osmose Reversa
Qualquer fonte: água de rio, de poço, municipal, mar...
Sistema automatizado
Compacto e elevada performance
Referências de plantas de
Osmose Reversa
Melbourne – Australia,
450,000 m3/day
Barcelona – Spain,
200,000 m3/day
Wadi Ma’In – Jordan,
135,000 m3/day
Al Dur – Bahrain,
218,000 m3/day
Perth – Australia,
143,000 m3/day
Tecnologias em Tratamento de
Esgotos
Evolução do tratamento de esgotos:
Filtros biológicos
Lagoas anaeróbicas e aeróbicas
Lodos ativados e suas variações (sequenciais / bateladas / MBBR)
Tratamento anaeróbio (UASB) seguida de lodos ativados
Lodo ativado com remoção de nitrogenio e fósforo
Tratamento por membranas (MBR)
Tendência: ETE´s construídas em edifícios de vários andares, praticamente
sem emissões de ruídos, gases, odores, com menor produção de resíduos
sólidos.
Tecnologias em Tratamento de
Esgotos
Tendências de Tecnologias para o
Tratamento de Esgotos
Substitui a clarificação convencional e a filtração.
Combina as características da separação física de uma membrana com o
tratamento biológico.
Produz um efluente de alta qualidade consistentemente.
Tratamento de Efluentes por MBR
(Membrane Bio Reactor)
MBR submerso
• Maior Remoção de Sólidos Suspensos (< 5 ppm SST)
• Maior Eficiência de Remoção de DQO
• Maior carga volumetrica comparado ao tratamento convencional
• VANTAGENS: -> Área necessária = cerca de 2,5 vezes menor do que
o tratamento convencional.
-> Possibilidade de reuso do efluente tratado.
Reutilização de efluentes e seu reuso
e o ciclo hidrobiológico
Reuso Industrial
Reuso na Agricultura
Efluentes
Precipitação
Descarga de
água de
superfície
Utilização na
área Municipal
Utilização
Industrial
Irrigação
Tratamento
de Água
Água
subterrânea
Tratamento de
Efluentes
Recarregar
águas
subterrâneas
* Cidades Sustentáveis: Usar a água de hoje sem afetar a água de amanhã
Desafios para os Grandes Centros
Urbanos
O uso das águas deve ser múltiplas, pois as exigências da sociedade
mudaram, como: abastecimento, controle de enchentes, geração de
energia, valorização urbanistas .
O conceito de que a água “vale ouro”, ou seja, deixa de ser custo e passa
a valorizar o sistema.
Perdas devem ser recuperadas, reuso deve ser valorizado
Despoluir é garantir a qualidade das águas e não apenas retirar
poluente, mas só é possível com a participação dos municípios e da
sociedade.
Reuso de Efluentes
REUSO = tratar os efluentes domésticos e industriais para um nível
de qualidade superior, visando um uso nobre ao invés de descartá-la
no meio ambiente (mar, rio, etc).
Significa transformá-los em um recurso alternativo, valioso para
diversos tipos de usos.
Desafios Futuros
Aumento da
população e
acréscimo das
necessidades de
insumos
Deterioração da
qualidade da água
insuficiência de
água
águas dos
mananciais e
rios
Aumento da
poluição industrial
aumento dos
custos de
tratamento
Aumento da
necessidade de
energia
30% a mais até
2030
Aumento da
necessidade da
água
40% a mais até
2030
Demanda mais e novas tecnologias
Situação Atual em nosso Estado (SP)
Já estamos na fase de disputa pela água entre os Estados.
São Paulo já enfrenta a escassez dos recursos hídricos.
Indústrias estão cada vez mais cuidadosas em instalações nas regiões
com baixo recursos hídricos.
Custos:
1/3 – ETA
2/3 – Rede/Captação
Escassez alavancando o Reuso
Convencional
Reuso de Efluentes
Efluentes
Industriais
Municipais
Tratamento
Equipamentos
Prod. Químicos
efluente
Descarga
Rio
Reuso
(Futuro)
Contaminantes
Efluentes
Industriais e
municipais
Separação
avançada do
efluente
Tratamento
Equipamentos
Químico
água
Reuso para
recarga Aquífero
Agricultura
Potabilização indireta
Uso industrial
Torre de Resfriamento
Valores: Energia/Sais/Minerais/Nutrientes
Reuso de Efluentes
Segmento
Municipal
Industrial
Óleo & Gás
(Resfriamento)
• Desafio
tecnológico
• Baixo
• Médio
• Alto
• Cliente
• Público
• Utilidades
• Refinarias
Menor dificuldade
Maior dificuldade
Tecnologia existe para superar desafios
CENPES
Reuso de Efluentes
Drenagens Oleosas
(10 m3/h)
Esgoto Sanitário
(35 m3/h)
Purgas de Torres
(27 m3/h)
Tratamento
Primário (*)
MBR (***)
(45 m3/h)
---------------------
Reuso
(67 m3 /h)
Pré-Tratamento
(**)
+
OR (****)
22 m3/h)
(*) Reitrada de óleo e SS
(**) Retirada de SS e carga Orgânica residual
(***) Retirada de Carga Orgânica
(****) Retirada de SD
Exemplo de Reuso para Irrigação
Exemplo de Reuso para Pesca - Índia
Cidade de Los Angeles – Tillman WRP
Capacidade = 90 milhões m³/ano de água de
reuso da ETE
Finalidades:
Jardim japonês, parques
Irrigação da Bacia Sepulveda
Rio Los Angeles
Estação Experimental de Tratamento
de Denver, Colorado - Reuso Potável
Direto
Efluente Secundário sem Desinfecção
Ca (OH)2
CO2
Coagulação
Floculação
Decantação
Recarbonetação
Lagoa de
Retenção
Filtração
Rápida
Reciclagem da Água de Lavagem dos Filtros
Cloração
Ozonização
Extração de
Amônia
Osmose
Reversa
_
Cloração
Ozonização
Extração de
Amônia
Absorção
em Carvão
Ativado
Desinfecção
por Ultra
Violeta
Ultra
Filtração
Desinfecção
por
Dióxido de
Cloro
Água de Reuso na Região de Carson
Capacidade = 19,000 m3/d
Microfiltração, Osmose Reversa e
Sistemas de Nitrificação
Efluente utilizado como processo
de água industrial em Refinarias
de Petróleo.
A história da água de Singapura
Conclusão sobre Reuso
Introdução de Novos Processos e Operações Unitárias nas
Estações de Tratamento de Esgoto (Tratamento Avançado ou
Terciário)
Introdução de Novos Processos e Operações Unitárias nas
Estações de Tratamento de Água
Retenção na Bacia de Origem o Esgoto Tratado nesse nível, para reuso
potável em ETA´S com processos avançados.
Conclusão
Fatores essenciais para o sucesso do “REUSO”:
Necessidade a longo prazo
Planejamento
Vontade Política
Controle/Fiscalização
Tratamentos Confiáveis
Aceitação da sociedade
Estudo econômico
Incentico Fiscal
Tratamento de Lodos e Resíduos
Urbanos
ALTERNATIVAS DE
TRATAMENTO
Compostagem
Digestão
anaeróbia
Disposição em
aterros
sanitários
“Landfarming”
Incineração
Co-geração
Porque tratar o Lodo
Valorização de Lodos e Resíduos
Urbanos
Referências de Tratamento de
Biossólidos
Lakeview – Canada
Thermylis fluid bed incinerator,
4x 4166 kg S/h
Cubia en Grado (Asturia) – Spain
Heliantis solar dryer,
165 T MS/year
Jiangzu – China
3 lines Innodry biosolid dryer
300 T MS/day per unit
La Teste – France,
Innodry biosolid dryer,
Evaporation capacity:
1,600 kg/h
Warsaw – Poland
Innodry biosolid dryer
Evaporation capacity:
2 x 1,750 kg/h
Planta de Incineração
saída de
energia
para a
atmosfera
produtos químicos
0,75%
gás de combustão
limpo
cinza
concentrada
lodo
desidratado
cinza inerte
7,5%
vapor
condensado
Planta de Incineração
combustível para o início da queima
somente
para ETE
Controle de Perdas
Controle de Perdas
Incrementar a disponibilidade de água
Redução de perdas reais
Instalação de Hidrometros
Válvula Redutora de Pressão
Valorizar o trabalho de CCO (Centro de Operação)
Reduções de Perdas
Receitas:
Melhorar o sistema de macro medição
Diminuir custos de produção (químicos e energia)
Melhora de instalação existente
Combater os fraudes
Contratos por Competência/ Performance
Dificuldades do Setor Público em
usar Tecnologias Proprietárias
Programas e
necessidade
Estudo de viabilidade
PROCEDIMENTO DA LEI 8666
PRAZO DE 6 A 8 ANOS
Projeto Básico
Projeto Executivo
Somente após aprovação
do projeto básico
Recursos Orçamentais
Edital de licitação de
obra
- Concorrência Menor Preço
- Preços Unitários de referência
Execução da obra
Operação / Manutenção
* Dificulta a contratação de tecnologias
Mudanças de Atitudes
Permitir ao administrador “comprar soluções, onde a tecnologia
tem predominância em busca da eficiência e eficácia a partir de
um projeto conceitual qualificado.
O governo e as autarquias estaduais/municipais, devem encontrar
meios de incentivos que possibilitem estimular e utilizar novas
tecnologias, e não olhar só o menor preço.
Fomentar a inovação com políticos públicos incentivando as
empresas nacionais.
Mudanças de Atitudes
Mudar o conceito de contratação, seja pela lei 8666/ RDC/ PPP´s/ Locação de Ativos :
Comprar soluções com operação no mínimo de 2 anos.
Comparar CAPEX -OPEX.
Pedir garantia de execução e performance.
Brasília
Círculo Virtuoso para o
Saneamento
Concessões
Recursos não onerosos
FAT/FGTS
PPP´s
RDC
Conteúdo Local
por empreendimento
Lei 8666
Incentivo às indústrias e
serviços
Gerar emprego
Indústria Nacional
Conteúdo Local é a parcela de participação da indústria nacional no
fornecimento de bens e serviços em um determinado empreendimento.
Ganhos com o Conteúdo Local
Geração e manutenção de empregos e rendas
Agregação de tecnologia e inovação
Ganhos de escala
Ampliação do mercado consumidor
Fortalecimento da Economia Nacional
Ampliação de FAT/FGTS
“Sustentabilidade Hídrica : é a utilização dos recursos
hídricos pela geração atual, sem comprometer o seu uso
pelas gerações futuras”.
SINDESAM
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Av. Jabaquara, 2925 – 5º andar
Tel.: (11) 5582-6373
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Presidente
: Valdir Folgosi
Vice-Presidente
: Sylvio Andraus Junior
Diretor Executivo
: Primo Pereira