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Ensino Médio
3ª Série.
Antigo Egito
Os egípcios usaram vários nomes para se
referirem à sua terra. O mais comum era Kemet,
"a Terra Negra" ou "Terra Fértil", que se aplicava
especificamente ao território nas margens do Nilo
e que aludia à terra negra trazida pelo rio todos os
anos.
Decheret, "Terra Vermelha", referia-se aos
desertos que circundavam o Nilo, onde os
egípcios só penetravam para enterrar os seus
mortos ou para explorarem pedras e metais
preciosos.
Também poderiam chamá-la Taui ( "as Duas
Terras", ou seja, o Alto e o Baixo Egito), Ta-meri
("Terra Amada") ou Ta-netjeru ("A Terra dos
Deuses").
Na Bíblia o Egito é denominado Misraim, a atual
palavra Egito deriva do grego Aigyptos
(pronunciado Aiguptos), que se acredita derivar
por sua vez do egípcio Het-Ka-Ptah, "a mansão
da alma de Ptah".
Passado e Presente
Antigo Egito foi uma civilização da
antiguidade oriental do Norte da
África, concentrada ao longo ao curso
inferior do rio Nilo, no que é hoje é o
país moderno Egito. Era parte de um
complexo
de
civilizações,
as
Civilizações do Vale do Nilo, dos quais
as regiões ao sul do Egito (hoje no
Sudão, Eritreia, Etiópia e Somália) são
uma parte. Tinha como fronteira a
norte o Mar Mediterrâneo, a oeste o
deserto da Líbia, a leste o deserto da
Arábia e a sul a primeira catarata do rio
Nilo.
Pirâmides de Guiza (ou Gizé), um dos monumentos mais
emblemáticos do Antigo Egito
O CRESCENTE FÉRTIL
A coroa era um dos principais símbolos do faraó. Antes da unificação, o
soberano do Alto Egito utilizava a coroa branca; a coroa vermelha era usada no
Baixo Egito. Quando o Egito passou a ser governado por um único soberano, o
faraó, a coroa tornou-se dupla : vermelha e branca, simbolizando a união dos
dois reinos. Ao comandar suas tropas na guerra, o faraó usava a coroa azul.
Unificação do Egito
Por volta do ano 3200 a .C., o rei Menés, do Alto Egito (no
vale do Nilo), conquistou o Baixo Egito (no delta do Nilo),
unificando os dois reinos.
Menés tornou-se então o primeiro faraó (nome que se
dava ao rei entre os egípcios) e o fundador da primeira
dinastia (sucessão de reis pertencentes a uma mesma
família).
FORMAÇÃO DO ESTADO
Nomos: conjunto de pequenas aldeias.
Linha do Tempo – Egito Antigo
ANTIGO IMPÉRIO: centralização do governo, sistema administrativo eficiente,
construção das pirâmides Quéops, Miquerinos e Quéfren; defesa das fronteiras,
expansão territorial, expedições comerciais. Diversos problemas internos causa o fim
desse período: diminuição das enchentes do Nilo, fome, pestes, gastos do Estado e
revoltas sociais.
MÉDIO IMPÉRIO: reunificação do Egito pelos reis da cidade de Tebas, que
cultuavam o deus Amon (Rá, Amon-Rá). Atenção militar para as fronteiras do sul, na
região do deserto da Núbia, gerando uma expansão territorial. Anexação do povo
hebreu. Derrotados pelos hicsos (príncipes do deserto). Esses guerreiros usavam
cavalos e carros de guerra e armas mais resistentes, desconhecidas pelos egípcios.
NOVO IMPÉRIO: Expulsão do hicsos, fronteiras se expandiram para o norte e sul.
Período de força militar, maior intercambio cultural e comercial.
FIM DO IMPÉRIO: Dominação pelos estrangeiros: assírios, persas, gregos da
Macedônia e romanos.
ANTIGO IMPÉRIO: Durante a maior parte deste longo período, os faraós conseguiram impor
sua autoridade ao reino e, auxiliados por seus funcionários, coordenaram a construção de
grandes obras públicas, entre elas as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos.
MÉDIO IMPÉRIO: Neste período os egípcios expandiram seu território em direção ao Sul,
conquistando a Núbia, região rica em minerais, entre os quais o ouro. Apesar da prosperidade
material, o reino continuou envolvido em guerras e revoltas internas que o enfraqueceram. Isso
encorajou os hicsos, povo originário da Ásia Central, a atravessarem o deserto e invadir o Egito,
conquistando-o. A vitória dos hicsos deveu-se ao uso de cavalos e carros de combate,
desconhecidos pelos egípcios. O domínio dos hicsos em território egípcio durou mais de 150
anos.
NOVO IMPÉRIO: Este período inicia-se com a expulsão dos hicsos. Amósis, o líder militar da
luta contra o invasor, inaugurou uma nova dinastia. Os faraós do Novo Império organizaram um
poderoso exército com cavalaria e carros de combate e adotaram uma política expansionista. Pela
força, reconquistaram a Núbia, ocuparam a Síria, a Fenícia e a Palestina e estenderam seus
domínios até o rio Eufrates. Depois de efetuar estas conquistas, o governo egípcio passou a
exigir pesados impostos dos povos dominados. Essa situação provocou revoltas sociais dentro do
Egito, o que, somado às sublevações dos povos conquistados contra a cobrança de impostos
abusivos, acabou debilitando o poder do faraó. A partir do século VIII a.C., o Egito foi
sucessivamente invadido por núbios, assírios e persas, até que, em 332 a.C. foi conquistado por
Alexandre, o Grande, da Macedonia.
Sociedade
VIZIR: A maior autoridade depois do faraó. Cabia a ele tomar decisões jurídicas, administrativas e financeiras
em nome do faraó.
NOBRES: Descendentes das famílias mais importantes dos antigos nomos cuidavam da administração das
províncias ou ocupavam os postos mais altos do exército.
SACERDOTES: detinham muito poder, administravam todos os bens que os fiéis e o próprio Estado
ofereciam aos deuses e tinham muita influência junto ao faraó. Enriqueciam porque ficavam com parte das
oferendas feitas pela população aos deuses, além de serem dispensados do pagamento de impostos.
ESCRIBAS: os que dominavam a difícil escrita egípcia, encarregavam-se da cobrança dos impostos, da
organização das leis e dos decretos e da fiscalização da atividade econômica em geral.
SOLDADOS: nunca atingiam os postos de comando, pois estes eram reservados à nobreza.Eles viviam dos
produtos recebidos como pagamento e dos saques que podiam realizar durante as guerras de conquista.
ARTESÃOS: exerciam as mais diversas profissões. Trabalhavam como pedreiros, carpinteiros, desenhistas,
escultores, pintores, tecelões, ourives, etc. Muitas de suas atividades eram realizadas nas grandes obras
públicas (templos, túmulos, palácios, etc.).
CAMPONESES: chamados no Egito de felás, constituíam a imensa maioria da população. Trabalhavam nas
propriedades do faraó e dos sacerdotes e tinham o direito de conservar para si apenas uma pequena parte dos
produtos colhidos. Eram também obrigados a trabalhar na construção de obras públicas grandiosas, como
abertura de estradas, limpeza de canais, transportes de pedras necessárias às grandes obras, como túmulos,
templos e palácios.
ESCRAVOS: geralmente estrangeiros e prisioneiros de guerra, também compunham a base da sociedade.
Trabalhavam, principalmente, nas minas e pedreiras do Estado, nas terras reais e nos templos. Muitas vezes
faziam parte do exército em época de guerra e eram utilizados como escravos domésticos .
Economia Egípcia
-Agricultura
-Pecuária
-Comércio
-Servidão coletiva (construções de
Pirâmides, Esfinges e Mastabas)
COMÉRCIO
O Império Antigo é caracterizado por um
crescente comércio com o Líbano, Palestina,
Mesopotâmia e Punt, assim como por
expedições comerciais para exploração mineral
nas minas do Sinai e Mar Vermelho (Deserto
Oriental) e por campanhas militares contra
núbios e líbios. Com suas campanhas militares
e comerciais o Egito além de criar
acampamentos estratégicos também adquiriu
ouro, cobre, turquesa, madeira de cedro,
mirra, malaquita e electrum. Sob Sahuré, com
o crescente comércio, foi criada a primeira
frota marítima egípcia.
MASTABA
Mastaba
Período tinita
Uma mastaba é um túmulo egípcio, era uma capela, com a
forma de um tronco de pirâmide (paredes inclinadas em
direção a um topo plano de menores dimensões que a
base), cujo comprimento era aproximadamente quatro
vezes a sua largura.
Começaram-se a construir desde a primeira era dinástica no
que chamavam de período arcaico (cerca de 3500 a.C.) e foi
o gênero de edifício que precedeu e preparou as pirâmides.
Quando estas começaram a ser construídas, mais exigentes
do ponto de vista técnico e económico, a mastaba
permaneceu a sua mais simples alternativa
Diagrama de uma mastaba
CLEÓPATRA
O Egito tornou-se uma província do Império
Romano em 30 a.C., após a derrota de Marco
Aurélio e Cleópatra VII por Otaviano (posterior
o imperador Augusto) na Batalha de Actium.
Os romanos dependiam fortemente das
remessas de grãos do Egito, e o exército
romano, sob o controle de um prefeito
nomeado pelo imperador, reprimiu revoltas,
aplicando estritamente a cobrança de pesados
impostos, e impediu os ataques de bandidos,
que havia se tornado um problema notório
durante o período. Alexandria se tornou um
centro cada vez mais importante na rota de
comércio com o Oriente, como luxos exóticos
que estavam em alta demanda em Roma.
Acima. A atriz que vai
interpretar Cleópatra
na primeira novela
árabe sobre a última
Rainha do Egito.
Cleópatra
REVISANDO!
Economia

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Agricultura de regadio (diques e canais)
Servidão Coletiva
Cobrança de Impostos
Sociedade
FARAÓ
Ministros e sacerdotes
Escribas e demais funcionários
públicos
Camponeses servos
Escravos
•
•
Política
Poder Centralizado – Faraó
Teocrática (religião + poder político)
PARA SABER MAIS:
Antigo Egito= http://antigoegipto.com.sapo.pt/index.html
Templos do Egito= http://www.starnews2001.com.br/egypt/temples.html
O fascínio do Egito= http://www.fascinioegito.sh06.com
Os deuses egípcios = http://www.fascinioegito.sh06.com/panteao.htm