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FUNDAÇÕES – MÉTODOS CONSTRUTIVOS
Prof. Dalmo Lúcio Mendes Figueiredo
Notas para utilização dos alunos do Curso de Especialização
em Construção Civil da EE.UFMG
Bibliografia referencial:
NBR 6122 – NBR 6484
Fundações Teoria e Prática – ABMS / ABEF
Manual de Fundações da ABEF
SOLOS - PROPRIEDADES
Os solos são constituídos de um conjunto de
partículas com água e ar nos espaços
intermediários.
As partículas de maneira geral se encontram
livres para deslocarem.
Tamanhos das partículas
Solos com grãos perceptíveis a olho nu:
pedregulhos e areias solos granulares
Se 50% é retido na peneira 0,075  solo granular
Solos com grãos finos:
quando molhados transformam-se em pasta solos finos
Se 50% passa na peneira 0,075  solo fino
EM UM SOLO CONVIVEM PARTÍCULAS DE
TAMANHOS DIVERSOS
Limites das frações de solo pelo tamanho dos grãos
•
•
•
•
Pedregulho:
Areias:
Silte:
Argila:
> 4,8 mm
0,06 mm a 4,8 mm
0,005 mm a 0,06 mm
< 0,005 mm
Sub-divisão das areias: grossa, média e fina.
Solos argilosos
Bastante plástico quando misturados com água. Se secos
transformam em torrões duros.
Solos siltosos
São suaves no manuseio quando no manuseio em
presença de água. Se seco se esfarelam.
Origem dos solos
Solos residuais
Originários da decomposição das rochas que se
encontram no mesmo local.
Solo saprolito
Mantém a estrutura original da rocha mãe (veios,
fissuras, xistosidade), mas perdeu a consistência da
rocha. Chamado também de alteração de rocha.
Rocha alterada
Alteração progrediu ao longo de fraturas, ficando intacto
grandes blocos de rocha.
Solos coluvionares
Fora transportados de outro local pela ação da
gravidade.
Solos aluvionares
Foram transportados de outro local pela ação da água.
Solos eólicos
Foram transportados de outro local pela ação do vento.
Investigações geotécnicas
Condição básica para elaborar um projeto de
fundação:
CONHECIMENTO ADEQUADO DO SOLO
Ensaios in situ
* Identificar e classificar as diversas camadas do
substrato
* Avaliar as propriedades das camadas
Sondagem de simples reconhecimento a percussão
NBR 6484
SPT (Standart Penetration Test)
Finalidades:
• Determinar o tipo do solo atravessado
(retira uma amostra a cada metro perfurado)
• Determinar a resistência do solo (N)
(pela cravação do amostrador padrão)
• Determinar a posição do nível de água
(durante a perfuração)
Consiste basicamente na cravação de um
amostrador padrão através da queda livre na altura
de 75 cm de um peso de 65 kg.
Operação em linhas gerais:
1 – Monta-se na posição determinada um tripé com
roldana no topo onde passa uma corda que servirá
para manuseio da hastes e do martelo.
2 – Em uma extremidade de uma haste 1’’ acopla o
amostrador padrão com o diâmetro de 2’’. Este é
apoiado no fundo do furo.
3 – Ergue-se o martelo até 75 cm acima do topo da
haste e deixa cair.
Operação em linhas gerais:
4 – Este procedimento é realizado sucessivamente até
que a haste é penetrada 45 cm. Conta-se o
número de golpes necessários para a penetração
de cada 15 cm.
5 – A soma dos golpes para penetrar os últimos 30 cm
do amostrador é chamada de N.
6 – Quando é retirado o amostrador do furo a amostra
contida em seu bico é recolhida para identificação
das características do solo.
Escolha dos locais da sondagem
1 – Próximos aos pontos de projeção.
2 – Pontos de maior concentração de cargas.
3 – Em geral distâncias de 15 a 30 metros.
4 – Evite pontos alinhados.
5 – Evite um único furo.
É comum a variação de resistência e
tipos de solos em áreas pequenas
PROJETOS DE FUNDAÇÕES
Informações Necessárias
Dados topográficos
 Levantamento topográfico (planialtimétrico)
 Informações sobre taludes e encostas
 Dados sobre erosões
Dados geotécnicos
 Investigação do subsolo
 Aerofotogramétrico, mapas e experiência anterior
Dados da estrutura
 Tipo e uso
 Sistema estrutural
 Cargas e ações sobre a fundação
• ações permanentes
• ações variáveis (variação no uso)
• ações excepcionais (colisões, terremotos...)
Dados da vizinhança




Tipos das estruturas e fundações
Existência de subsolo
Desempenho das fundações
Conseqüências da nova obra
Aspectos a observar em um Projeto de Fundação
Segurança quanto
às deformações
Segurança quanto ao
colapso de elementos
estruturais
Segurança quanto ao
colapso do solo
Métodos para determinar a tensão admissível
sobre solos
• Métodos teóricos
4 Determina-se as características de
compressibilidade e resistência ao cisalhamento
do solo.
4 A pressão admissível (a) é determinada através
de teorias da Mecânica dos Solos.
4 Coeficientes de segurança nunca devem ser
inferiores a 3. a =  f / F (3)
• Prova de carga sobre placas – NBR 6489
4 Ensaio em modelo reduzido de uma sapata
4 Placa de  80 cm é carregada em estágios por
macaco hidráulico.
4 Cargas são aplicadas até: ruptura do solo ou dobro
da tensão admissível presumida do solo ou para
um recalque julgado excessivo.
• Métodos semi-empíricos
4 As propriedades dos materiais são estimados
com base em correlações.
4 São usadas teorias da Mecânica dos Solos.
• Métodos empíricos
4 Chega-se à pressão admissível com base na
descrição do terreno (SPT)
4 Utiliza-se para cargas inferiores a 1.000 KN.
4 Tensão admissível  a = 0,02 N (Mpa) p / 5  N  20.
Estimativa de N médio
Prova de Carga sobre Placas
Prova de Carga sobre Placas
Estados de compacidade e de consistência
Solo
Índice de resistência
à penetração (N)
Designação
areias e siltes
arenosos
N4
5a8
9 a 18
19 a 40
> 40
fofa(o)
pouco compacta(o)
medianamente
compacta(o)
compacta(o)
muito compacta(o)
argilas e siltes
argilosos
N2
3a5
6 a 10
11 a 19
N > 19
muito mole
mole
média(o)
rija(o)
dura(o)
Tensões básicas segundo NBR 6122/94
Classe
Descrição
Valores (MPa)
1
Rocha sã, maciça, sem laminações ou sinal de decomposição
3,0
2
Rochas laminadas, com pequenas fissuras, estratificadas
1,5
3
Rochas alteradas ou em decomposição
4
Solos granulares concrecionados, conglomerados
1,0
5
Solos pedregulhosos compactos a muito compactos
0,6
6
Solos predregulhosos fofos
0,3
7
Areias muito compactas
0,5
8
Areias compactas
0,4
9
Areias medianamente compactas
0,2
10
Argilas duras
0,3
11
Argilas rijas
0,2
12
Argilas médias
0,1
13
Siltes duros (muito compactos)
0,3
14
Siltes rijos (compactos)
0,2
15
Siltes médios (medianamente compactos)
0,1
Notas:
ver nota (c)
a) Para a descrição dos diferentes tipos de solo, deve-se seguir as definições da NBR 6502.
b) No caso de calcário ou qualquer outra rocha cárstica, devem ser feitos estudos especiais.
c) Para rochas alteradas, ou em decomposição, tem que se levar em conta a natureza da rocha matriz e
o grau de decomposição ou alteração.
Tipos de Fundações
Dois grandes grupos:
4 Fundações superficiais (ou direta ou rasa)
• Aquelas cujas cargas da estrutura são
transmitidas diretamente às fundações sem
elementos intermediários.
• Aquelas cujo mecanismo de ruptura de base
atinge a superfície (ruptura atinge até duas
vezes a menor dimensão da base) – Limitadas
a três metros.
4 Fundações profundas
• Aquelas cujas cargas da estrutura são
transmitidas às fundações através de
elementos intermediários.
• Aquelas cujas bases estão assentadas em
profundidade acima de duas vezes sua menor
dimensão e pelo menos a três metros.
Fundações Superficiais
a) Bloco – elemento em
concreto simples onde
as tensões de tração
são resistidas pelo
próprio concreto.
b) Sapata – elemento de
concreto armado cujas
armaduras combatem
os esforços de tração.
c) Viga de fundação – elemento que recebe
pilares alinhados. Podem ser armados ou sem
armação (baldrames). Se recebem carga
distribuída linear recebem o nome de sapata
corrida.
d) Radier – elemento
tipo placa de
concreto armado
monolítica que
recebe todos pilares
da obra e/ou cargas
lineares.
e) Sapata associada – elemento que recebe
vários pilares que não estejam alinhados.
Conhecido também por radier parcial.
Fundações Profundas
Transmitem as cargas ao terreno pela base (resistência
de ponta), por sua superfície lateral (resistência de
fuste) ou pela combinação das duas.
Estacas
Elemento executado por equipamentos ou
ferramentas não ocorrendo a descida de
operário durante a sua execução.
Tubulão
Elemento de forma cilíndrica que na sua
execução ocorre a descida de operário.
Pode ser executado com ou sem
revestimento e a céu aberto ou sob ar
comprimido.
Alguns tipos de fundações profundas
Estacas
a) Metálica
b) Pré-moldada de concreto
vibrado
c) Pré-moldada de concreto
centrifugado
d) Tipo Franki e tipo Strauss
e) Tipo raiz
f) Escavadas
Alguns tipos de fundações profundas
Tubulões
g) A céu aberto, sem
revestimento
h) A céu aberto, com
revestimento de
concreto
i) A céu aberto, com
revestimento de aço
Tubulões
São elementos estruturais de fundação
profunda constituídos da concretagem de
um poço usualmente de forma cilíndrica,
escavado em um terreno, geralmente
dotado de uma base alargada.
4 Tubulões a céu aberto
• exeqüível somente acima do NA
• altura da basenão deve ser superior a 2,00 m
• concretagem da base não deve ultrapassar 24h após
escavação
• fuste geralmente de forma circula - Ø > 70 cm
• despreza o atrito lateral entre o fuste e o terreno
• não recebem armação quando as cargas são somente
verticais
• área da base = carga atuante: taxa do terreno
volume
da base
H  0,2
A b _ A f  A b .A f 
V  0,2.A b 
3
4 Tubulões a ar comprimido (pneumático)
São indicados quando as escavações são abaixo do
lenço freático e não se consiga esgotar a água por
perigo de desmoronamento. Atualmente tem sido
utilizado somente com camisa de concreto e em
obras de arte especiais.
•
•
•
•
altura limitada a 34 m – pressão de 3,4 atm
equipe de socorro médico disponível
câmara de descompressão na obra
manter compressores e reservatório de ar
reserva
• renovação de ar garantida
Tubulão com
camisa de concreto
Principais tipos de estacas considerando o
método executivo
1 – Grandes deslocamentos (cravadas)
• Madeira
• Concreto
• Aço
pré-moldadas
cravadas a percussão
cravadas por prensagem
moldadas
in situ
tipo Franki
tubo de ponta fechada
2 – Pequenos deslocamentos
• Perfis de aço
• Concreto
moldadas in situ
com pré-furo
tipo Strauss
tipo raiz
pré-moldada
com pré-furo
3 – Sem deslocamentos (escavadas)
• Concreto
Ferramentas
rotativas
sem suporte
com uso de lama
com revestimento
diafragmadora
com uso de lama
No estudo de fundações deve-se analisar,
desde que possível, mais de uma opção.
Deve-se considerar:
volumes de escavação e
aterro
quantidade de concreto e aço
dos blocos
facilidades executivas
Após fazer a escolha considerando:
menor custo
menor prazo
Na escolha do tipo de estaca deve-se observar:
1 – Características do subsolo
• argilas muito moles  não utilizar estaca de
concreto moldadas in situ
• solos resistentes (compactos ou pedregulho) 
não utilizar estacas de concreto pré-moldadas
• solo com matacão  não utilizar estacas
cravadas de qualquer tipo
• NA elevado  não utilizar estacas de concreto
moldadas in situ sem revestimento
• aterro recente  possibilidade de atrito
negativo  utilizar estacas com superfície mais
lisa ou com tratamento betuminoso
2 – Esforços nas fundações
• nível de carga dos pilares
• outras solicitações além das compressões
(trações, torções etc.)
3 – Características do local
• topografia local que pode dificultar acesso dos
equipamentos
• limitações de altura dificultando acesso dos
equipamentos
• distância que onera o transporte dos equipamentos
• interferência com serviços públicos
• possibilidade de ocorrer erosões
4 – Características das edificações vizinhas
• profundidade e tipo das fundações
• existência de subsolo
• sensibilidade a vibrações
• problemas já existentes nas edificações
• existência de contenções nas divisas
Estacas moldadas no local
4 Tipo Franki
Origem  Edgard Frankignoul (Bélgica – início do
século XX). Patente de domínio público a
partir de 1960.
Idéia
 Cravar um tubo no solo através de
golpes de um pilão, em queda livre,
numa bucha de concreto seco colocada
na extremidade inferior do tubo.
Características  • estacas de carga elevada
• necessário equipamento específico
gerais
• necessário mão-de-obra
especializada
Bate-estaca
típico
Tipos de bate-estacas
Categoria / Característica
Tipo 1
Tipo 2
Tipo 3
13.5
20
30
guincho (kN)
70 a 100
120 a 150
180
tubos (cm)
30 a 52
30 a 60
30 a 60
profundidades da estaca (m)
15 a 18
20 a 25
30
torre (m)
Tubos e pilões
diâmetro do tubo (cm)
30
35
40
52
60
peso do tubo (kN/m)
1.4
1.74
2.25
3.65
4.50
pilão (kN)
10
15
20
28
35
diâmetro do pilão (cm)
18
22
25
31
38
Método executivo
1 – Posicionamento do tubo de revestimento
2 – Formação da bucha (brita e areia) dentro do tubo
3 – Compacta-se a bucha com o pilão de maneira a fazêla aderir ao tubo
altura da bucha: 1,5 a 2,0 vezes o diâmetro do tubo
4 – Crava-se o tubo no terreno através do impacto do
pilão na bucha
5 – A profundidade é definida pela nega do tubo
p/ queda de 1,0 m no pilão (10 golpes): nega entre 5
e 20 mm
p/ queda de 5,0 m (1 golpe): nega entre 5 e 20 mm
6 – Prende-se o tubo na torre
7 – Expulsa-se a bucha para iniciar a base alargada
8 – Alarga-se a base pelo apiloamento de pequenas
quantidades de concreto quase seco
9 – Coloca-se a armação e compacta-se volume
adicional de concreto para fixá-la
10 – Inicia-se a concretagem do fuste com pequenas
quantidades de concreto
concreto Fck > 20 MPa, baixo fator água/cimento e
‘slump’ zero
11 – Recupera-se o tubo à medida que o concreto é
apiloado
12 – Marcações no cabo do pilão controlam a altura das
camadas de concreto
Alternativa na cravação
Quando há problema para a penetração do tubo
tais como ocorrência de matacões ou camadas
de solo muito resistente pode-se utilizar tubo aberto
na cravação. Neste caso utiliza-se bate-estaca
adequado e ferramentas especiais como piteira
(sonda), pilão e trépano.
Fases de
execução da
estaca tipo
Franki usando
cravação com
tubo aberto
Características executivas que diferenciam a estaca
• A cravação com ponta fechada isola o tubo evitando a
entrada de água do subsolo
• A base alargada dá maior resistência de ponta
• Em solos arenosos o apiloamento da base os
compacta e aumenta o diâmetro da base
• Em solos argilosos o apiloamento expele a água que
é absorvida pelo concreto seco
• O apiloamento do concreto do fuste compacta o solo e
aumenta o atrito lateral
• O comprimento da estaca pode ser facilmente
ajustado durante a cravação
Estacas moldadas no local
4 Strauss
Estaca escavada com o emprego de uma sonda,
revestida por uma camisa metálica recuperada
que é cravada em toda sua profundidade.
O revestimento garante a estabilidade da
perfuração e permite que não ocorra mistura
com o solo durante a concretagem.
Equipamentos Utilizados
• Guincho com motor acoplado
• Chassi de madeira (para movimentar a máquina)
• Tripé metálico com carretilha no topo
• Guincho manual para levantamento dos tubos
• Tubos de aço de 2,5 m com roscas macho e fêmea
• Sonda, piteira ou soquete com lastro de chumbo >
300 Kg (possui válvula mecânica que permite a
entrada da escavação)
Método Executivo
4 Perfuração
1 – Inicia-se com um pré-furo feito com a sonda
2 – Posiciona-se o primeiro tubo com extremidade inferior
dentada
3 – Posiciona-se a sonda internamente ao tubo
4 – A sonda é manobrada para cima e para baixo cortando o
terreno
5 – É jogado água internamente e externamente ao tubo
6 – A sonda é retirada e o material escavado é descarregado
pelas janelas
7 – Tendo escavado o comprimento de um tubo, inicia-se
manobra conjunta tubo/sonda. Coloca-se uma haste de aço
na seção superior do tubo. Com a sonda ele é percutido para
dentro do furo escavado
8 – Rosqueia-se novo tubo e continua o procedimento
4 Concretagem da estaca
1 – Lava-se o tubo internamente retirando-se lama/água com
a sonda
2 – O soquete é lavado e posicionado
3 – O concreto é lançado através de funil. Fck > 15 Mpa –
‘slump’ > 8 cm. Consumo de cimento > 300 kg/m3
4 – Apiloa-se o concreto com o soquete formando-se um
bulbo na base
5 – Na concretagem do fuste vai-se retirando o tubo à medida
que o concreto é socado. Cada camada de concreto deve
ter 1,0 m
6 – Deve-se manter uma coluna de seis metros de concreto a
fim de evitar solapamentos e mistura com solo
7 – Coloca-se no topo a ferragem de espera
Obs.: A estaca pode ser armada
Vantagens
1 – Equipamento leve e econômico – adapta-se em
terrenos pequenos
2 – Ausência de vibrações
3 – Possibilidade de executar a estaca do tamanho
projetado
4 – Possibilidade de verificar corpos estranhos no solo
5 – Possibilidade de verificar a natureza do solo
6 – Possibilidade de executar a estaca próximo a divisas
7 – Estacas econômicas para cargas leves
Limitações
1 – Com elevada vazão não se consegue esgotar a
água com a sonda. Não é recomendada nestes
casos
2 – Em argilas moles ou areias submersas o risco de
seccionamento é muito grande. Não é recomendada
nestes casos
3 – Deve-se ter um controle rigoroso na concretagem
(falhas) e na retirada do tubo
4 – Indicadas para comprimentos máximos de 25,0 m
Estacas Escavadas
4 Hélice Contínua
É executada por meio de escavação com um
trado contínuo e injeção de concreto, sob pressão
controlada, através da haste central do trado
simultaneamente à sua retirada do terreno.
• Originária nos EUA e aplicada na Europa e Japão
na década de 1980.
• No Brasil desde 1987.
Método Executivo
4 Perfuração
1 – Posiciona-se a hélice espiral que na parte
inferior possui dentes que facilitam a
escavação
2 – Crava-se a hélice por meio de uma
mesa rotativa
3 – O tubo central é vedado na parte
inferior, com uma tampa de proteção,
para evitar a entrada do solo
4 – A perfuração é contínua para não
permitir alívio significativo das
tensões do terreno. Isto torna a
execução possível em solos
coesivos e arenosos, na presença
ou não do lenço freático
Vantagens
1–
2–
3–
4–
5–
Elevada produtividade
Adaptável à maioria dos terrenos. Exceto rocha e matacões
Não causa vibrações e descompressão no terreno
Não usa lama betonítica
Cargas leves ou pesadas
Limitações
1 – Equipamento de grande porte, necessita de áreas planas
2 – Necessita de pá carregadeira para remoção do material
escavado
3 – Custo de mobilização elevado. Número mínimo de estacas
4 – Limitadas a 24 metros de profundidade
4 Concretagem
1 – Atingida a profundidade
determinada inicia-se a
concretagem através do
tubo central.
2 – À medida que vai
bombeando o concreto a
hélice vai sendo retirada. O
tampão é expulso pelo
concreto.
3 – Concreto Fck  20 MPa –
‘slump’ 200 mm – consumo
de cimento 350 a 450
kg/m3.
4 Armação
1 – As estacas submetidas somente a esforços de
compressão normalmente não são armadas.
2 – A armação, quando necessária, é colocada
após a concretagem, com as dificuldades
inerentes.
3 – As ‘gaiolas’ são com barras de grosso
diâmetro e estribos na forma helicoidal
soldados nas barras.
Monitoramento
As estacas hélice contínua são monitoradas
por sistema de computador alimentado por
baterias. O operador monitora da cabine,
através de mostradores digitais, diversos
parâmetros da estaca, tais como:
profundidade, velocidade de rotação da mesa,
torque, inclinação da estaca, pressão e
volumes do concreto etc. Para cada estaca é
emitido um relatório com o seu perfil provável.
Estacas cravadas de concreto
Tipo de estaca
Dimensão
Carga usual (tf)
Carga máx. (tf)
Pré-moldada vibrada
 = 60 a 90 kgf/cm2
20 x 20
25 x 25
30 x 30
35 x 35
25
40
55
80
35
55
80
100
Disponíveis até 8 m
Podem ser emendadas
Pré-moldada vibrada
Circular
 = 90 a 110 kgf/cm2
 22
 29
 33
30
50
70
40
60
80
Disponíveis até 10 m
Podem ser emendadas
Podem ter furo central
Pré-moldada protendida
Circular
 = 100 a 140 kgf/cm2
 20
 25
 33
25
50
70
35
60
80
Disponíveis até 12 m
Podem ser emendadas
Com furo central (ocas)
 20
 26
33
 42
 50
 60
25
40
60
90
130
170
30
50
75
115
170
230
Disponíveis até 12 m
Podem ser emendadas
Com furo central (ocas) e
paredes de 6 a 12 cm
 35
 40
 52
 60
60
75
130
170
100
130
210
280
Tubos até 25 m (podem ser
emendados)
Cargas maiores requerem
armaduras/bases especiais
Quadrada
Pré-moldada
centrifugada
 = 90 a 11 kgf/cm2
Tipo Franki
 = 60 a 100 kgf/cm2
Obs.
Estacas moldadas in situ com pré-escavação
Dimensão
(cm)
Carga usual
(tf)
 25 cm
20
Não são indicadas na
Tipo Strauss
 32 cm
30 – 35
ocorrência de argilas
 = 40 kgf/cm2
 38 cm
45
 45 cm
65
 17
30
40
diâmetro acabado 20 cm
Tipo raiz
 22
50
60
diâmetro acabado 25 cm
 = 100 kgf/cm2
 27
70
90
diâmetro acabado 30 cm
 32
100
110
diâmetro acabado 35 cm
Tipo de estaca
Carga máx.
(tf)
Obs.
muito moles
Estacas escavadas
Tipo de estaca
Dimensão
Carga usual
Carga máx.
Obs.
(cm)
(tf)
(tf)
Tipo “broca”
 20
10
15
 = 40 a 40 kgf/cm2
 25
15
20
Escavadas
 60
90
140
Escavação estabilizada
circulares
 80
150
250
com lama ou camisa de
 = 30 a 50 kgf/cm2
 100
240
390
aço
 120
340
560
Estacas diafragmas
40 x 250
500
Escavação estabilizada
ou “barretes”
60 x 250
750
com lama
 = 30 a 50 kgf/cm2
80 x 250
1000
100 x 250
1250
Executadas até o NA
Estacas de aço cravadas
Tipo de estaca
Tipo / Dimensão
Carga máx.
(tf)
Peso / Metro
(kgt/m)
Trilhos usados
 = 800 kgf/cm2
TR 25
TR 32
TR 37
TR 45
TR 50
2 TR 32
2 TR 37
3 TR 32
3 TR 37
20
25
30
35
40
50
60
75
90
24,6
32,0
37,1
44,6
5-,3
64,0
74,2
96,0
111,3
Perfis I e H
 = 800 kgf/cm2
(correto: descontar
1,5 mm para
corrosão e aplicar
 = 1.200 kgf/cm2)
H 6”
I 8”
I 10”
I 12”
2 I 10”
2 I 12”
40
30
40
60
80
120
37,1
27,3
37,7
60,6
75,4
121,2
Estacas Escavadas
4 Injetadas – Tipo Raiz
A técnica de estacas injetadas foi originalmente
desenvolvida para reforço de fundações e
melhoramentos das características mecânicas de
solos. A patente italiana data de 1952 e com o
domínio público na década de 1970 iniciou-se a
comercialização de estacas similares por diversas
empresas. Inicialmente eram denominadas estacas
de pequeno diâmetro ou micro estaca.
Método Executivo
1 – A perfuração é realizada por meio de perfuratriz rotativa
com a descida de tubo de revestimento. Em terrenos
resistentes utiliza-se brocas de três asas ou coroa
diamantada.
2 – Em solos a perfuração é auxiliada por circulação de água.
3 – A armadura é montada na forma de gaiola.
4 – Após o término da escavação mantém-se a circulação de
água até a limpeza completa do tubo.
5 – Coloca-se tubo 11/2” internamente, procedendo a injeção
de argamassa de baixo para cima. Consumo mínio de 600
kg/m3.
6 – Rosqueia-se na parte superior um tampão e aplica-se
golpes de ar comprimido que, auxiliado por macaco
hidráulico, retira o revestimento. Completa-se o nível de
argamassa.
Cargas admissíveis máximas de estacas-raiz
Estacas Pré-moldadas
Caracterizam-se por serem cravadas
no terreno por percussão,
prensagem ou vibração.
São constituídas por um único
elemento estrutural (madeira,
aço ou concreto) ou pela
associação de dois
destes elementos
(estacas mistas).
4 Estacas de madeira
• Em obras definitivas deve-se usar madeira de lei.
• Abaixo do lenço freático a sua duração é ilimitada.
• Atualmente a sua utilização é limitada em razão
da dificuldade em obter boas estacas.
• Para evitar danos durante a cravação, as cabeças
devem ser protegidas por anel de aço.
•  20 cm  150 KN  30 cm  300 KN  40 
500 KN
4 Estacas metálicas
• São utilizados perfis de aço I ou H tubos e trilhos
(usados).
• Podem ser cravadas em terrenos resistentes sem
risco de levantar estacas vizinhas.
• Estando coberta por solo a corrosão é praticamente
inexistente.
• Custo elevado devido ao material e pela diferença
de comprimento em relação a outras estacas.
4 Estacas de concreto
• São confeccionadas com concreto armado ou
protendido e adensadas por centrifugação ou
vibração.
• As seções são quadradas, circulares maciças ou
vazadas.
• Comprimento da peça de 12 m devendo ser
emendadas através de anéis soldados (tração).
• A carga máxima é indicada pelos fabricantes, porém
deve-se observar se o comprimento é compatível
com a transferência de carga para o solo.
Cálculo da nega
W.P.h
S=
(fórmula de Brix)
R (W + P)
P – peso da estaca
W – peso do pilão
H – altura de queda
R – resistência do solo à penetração
R = cinco vezes a carga admissível da estaca
S - nega (penetração permanente da estaca devido
a um golpe) (medido em dez golpes)
FUNDAÇÕES (Resumo)
4 Fundações diretas
• Bloco
• Sapata
• Radier
4 Fundações profundas
• Tubulões
- tubulão a céu aberto
- tubulão a ar comprimido
4 Fundações profundas
• Estacas
- Grandes deslocamentos




- Pequenos deslocamentos
 Perfis de aço
 Strauss
 Raiz
 Pré-moldada com pré-furo
- Sem deslocamento
(escavadas)
Madeira
Pré-moldada de concreto
Franki
Aço com ponta fechada
 Com rotativa
 Diafragma
trado
hélice
contínua
raiz
• Argila muito mole – não usar estaca de concreto
moldada no local
• Solos resistentes compactos e pedregulho – não
usar estacas de concreto pré-moldadas
• Solo com matacão – não usar estacas cravadas
• NA elevado – não usar estaca de concreto moldada
in situ e tubulão e céu aberto
• Camadas de areia ou aterro mole – não usar
tubulão a céu aberto
APLICAÇÕES
Raiz
4 todo tipo de solo
até 150 T
4 usada para cargas mais baixas
Madeira 4 usada somente abaixo do NA
até 50 T
Strauss
4 não usada com argila mole ou areia
submersa
até 65 T
APLICAÇÕES
Hélice
contínua
4 usada em solos coesivos e arenosos
Franki
4 até 280 T
4 restrições em casos particulares de
com ou sem presença de água
espessas camadas de solo mole
4 produz altas vibrações
Tipo broca 4 não usada abaixo do NA e terrenos
(trado)
arenosos
até 20 T