Abordagem contingencial.

Download Report

Transcript Abordagem contingencial.

ABORDAGEM
CONTINGENCIAL
[...] Deriva, também, da árdua tarefa gerencial de
interpretar o mercado corretamente e, em especial, a
situação tecnológica, em termos de sua instabilidade ou do
ritmo em que as condições estão mudando e então planejar
o sistema gerencial apropriado às condições e implementálo.
T. Burns e G. M. Stalker. In the management of innovation
Abordagem Contingencial
A abordagem contingencial incorporou os
pressupostos da teoria de sistemas sobre a
interdependência e a natureza orgânica da
organização, bem como seu caráter adaptativo e
aberto e a necessidade de preservar a flexibilidade
diante das mudanças, e procurou meios para unir a
teoria com a prática, em um enfoque de sistemas.
Teoria - Abordagem
A teoria da contingência é como um rebento da
teoria de sistemas. Dois de seus princípios básicos
podem ser assim formulados:
Não há uma melhor maneira de organizar;
Uma determinada maneira de organizar não será
igualmente eficaz em todas as situações.
Seu fundamento...
A teoria da contingência se pauta pela hipótese geral
orientadora de que aquelas organizações cujas
características internas melhor se adequam às
demandas de um determinado ambiente são as que
conseguirão um melhor nível de adaptação,
garantindo, assim, sua sobrevivência e êxito.
Seu fundamento...
Se a forma de gerenciar é adequadamente vista como
dependente da situação que se procura equacionar, o
que decorre como conseqüência é que não há um
único conjunto de princípios de “boa organização”,
um tipo ideal de sistema gerencial que sirva de
modelo para que a prática administrativa imite ou
deva imitar (...)
Seu fundamento...
(...) O que também decorre é a necessidade, de parte
da gerência, de, em primeiro lugar, interpretar a
situação de mercado e tecnológica, em termos de sua
instabilidade ou da velocidade em que as condições
externas estão mudando, e só então planejar o
sistema gerencial apropriado às condições e então
fazê-lo funcionar.
(The management of innovation)
O Grande mérito da
abordagem contingencial
O grande mérito da abordagem contigencial é fazer
com que a gerência normalmente concentrada nos
problemas internos da organização e nas tarefas
volte os olhos para o ambiente; deixe de olhar para o
próprio umbigo e olhe ao seu redor.
O Grande mérito da
abordagem contingencial
No momento em que a gerência volta a atenção para
o ambiente, acaba por descobrir os parâmetros e os
elementos-chave para orientar seu desempenho: o
competidor, os apoios e, especialmente, o cliente e os
resultados por este esperado.
O Trabalho de James D. Thompson
De acordo com James D. Thompson, temos duas
formas de lidar com as organizações:
a abordagem de sistema fechado;
Na abordagem de sistema fechado, tudo o que
se busca são certezas. Portanto, os esquemas
racionais, lógicos, tão ao gosto da teoria
clássica, são predominantes, senão os únicos a
serem empregados. A abordagem burocrática,
com seu grau de estruturação e previsibilidade,
também se insere nessa primeira abordagem.
O Trabalho de James D. Thompson
a abordagem de sistemas abertos
Já os sistemas abertos partem da idéia de que um
sistema organizacional contém mais variáveis do
que ele tem condições de abranger
simultaneamente ou que algumas variáveis estão
sujeitas a influências que não podemos controlar
ou predizer.
O Trabalho de Paul Lawrence e Jay Lorsch
O trabalho de Paul Lawrence e Jay Lorsch (1969) é
considerado o estudo clássico que liga os efeitos do
ambiente à estrutura. Utilizaram a palavra
diferenciação, que vai além do significado normal de
atividades funcionais especializadas.
Eles apontam que funções organizacionais diferentes
geralmente lidam com segmentos distintos do
ambiente, o que pode significar que as pessoas em
diferentes funções desenvolvem perspectivas e
orientações emocionais ímpares.
O Trabalho de Paul Lawrence e Jay Lorsch
A integração reflete as formas como as atividades
funcionais são coordenadas e controladas para
atingirem as metas da organização. Lawrence e
Lorsch reconheceram que diferentes funções
provavelmente possuem diferentes orientações, mas
evitaram a idéia de que integração é apenas uma
questão de minimizar as diferenças para produzir
uma perspectiva comum.
O Trabalho de Paul Lawrence e Jay Lorsch
O objetivo dos autores foi determinar se haviam sido
descobertas formas que permitiam existir diferenças
de orientação ao mesmo tempo em que as funções
focalizavam o alcance dos objetivos organizacionais.
Assim, a atenção foi dirigida para dois métodos
alternativos de coordenação:
Coordenação vertical, que utiliza regras e procedimentos
através da hierarquia para controlar o comportamento
funcional.
Coordenação horizontal, que utiliza processos laterais
criados para encorajar as funções a se ajustarem
mutuamente.
O Ambiente...
O ambiente não é conceitualmente considerado como
“tudo o que está lá fora”, mas como três subambientes
específicos, geralmente tratados nas empresas por três
funções principais:
O subambiente mercado: tratado pela função de
marketing.
O subambiente técnico-econômico: tratado pela
função de produção.
O subambiente científico: tratado pela pesquisa e
desenvolvimento.
O Ambiente...
Os autores explicam que cada subambiente pode
diferir de diversas formas importantes:
grau de mudança;
certeza quanto às condições prevalentes em qualquer
tempo;
período do tempo de feedback antes que os resultados
de uma decisão com respeito ao ambiente sejam
conhecidos.
As três funções...
Essas diferenças determinam que as três funções têm
de lidar com diferentes graus de ambigüidade e
incerteza, o que pode resultar no desenvolvimento
de seus próprios processos e subestruturas
funcionais.
Criticas
Contudo, existem críticas a essa teoria, a mais
importante delas com relação ao fato de tratar as
organizações como recipientes passivos da influência
ambiental e postular uma cadeia de causalidade de
via única, conforme mostra a figura a seguir:
Figura: Cadeia causal inferida por Lawrence e Lorsch.
A abordagem contingencial: a
busca do equilíbrio.
A figura a seguir procura estabelecer em um
continuum três visões assemelhadas e
interdependentes, a saber: a visão de sistemas, a
visão contingencial e a visão puramente situacional. É
preciso frisar que elas, ainda assim, são diferentes.