o efeito estufa

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Transcript o efeito estufa

Planeta Azul
Chitãozinho e Xororó
A vida e a natureza sempre à mercê da poluição
se invertem as estações do ano
faz calor no inverno e frio no verão
os peixes morrendo nos rios
estão se extinguindo espécies animais
e tudo que se planta, colhe
o tempo retribui o mal que a gente faz
Onde a chuva caía quase todo dia
já não chove nada
o sol abrasador rachando o leito dos rios secos
sem um pingo d'água
quanto ao futuro inseguro
será assim de norte a sul
a terra nua semelhante à lua
O que será desse planeta azul?
O que será desse planeta azul?
o rio que desse as encostas já quase sem vida
parece que chora um triste lamento das águas
vão perdendo a estrada, a fauna e a flora
é tempo de pensar no verde
regar a semente que ainda não nasceu
deixar em paz a Amazônia, perpetuar a vida
está de bem com Deus.
Desde a criação, a Terra sempre esteve em constantes mudanças de temperatura, em
ciclos de milhares de anos de aquecimento e glaciação causados por fenômenos
naturais. A partir da Revolução Industrial, o planeta passou a enfrentar uma nova
realidade: a mudança de temperatura causada pelo homem através da poluição. Este
problema começou a ser sentido nos microclimas, com o aumento da temperatura nos
grandes centros urbanos e mais recentemente no macroclima, com o aumento do nível
do mar, uma ameaça em escala global que pode causar escassez de alimentos e
graves problemas sociais.
São vários os fatores, apontados por ecologistas e cientistas, que provocam essas
mudanças climáticas, tais como:
- o efeito estufa,
- buraco na camada de ozônio,
- poluição atmosférica,
- aumento na produção de gás carbônico.
A principal conseqüência é o aquecimento do clima da Terra,
provocando o aumento da temperatura dos oceanos e o
derretimento das geleiras. O fato é que o planeta está ficando
mais quente e o nível do mar está subindo.
AQUECIMENTO GLOBAL
A entrada da radiação solar tem de ser equilibrada por uma saída de calor enviada pela
Terra. Quando atinge a superfície da Terra a radiação transforma-se em calor. Uma parte
retorna para o espaço e a outra, devido à existência dos gases de efeito estufa, fica
aprisionada na Terra. Desse modo, a atmosfera atua como uma cobertura ou como o
vidro de uma estufa, daí o nome efeito estufa.
O efeito estufa é um processo natural que ocorre em função do acúmulo de gases, que
formam uma barreira que impede o calor do Sol de sair da atmosfera. Esse fenômeno é
o que mantém o planeta aquecido e possibilita a vida na Terra. Entretanto, quando a
concentração desses gases é excessiva, mais calor fica retido na atmosfera.
Há várias linhas de pesquisa sobre o efeito estufa. Algumas apontam para o aquecimento
global como um fenômeno natural. No entanto, os relatórios do Painel
Intergovernamental em Mudança do Clima – IPCC (Intergovernamental Panel on Climate
Change) sugerem a influência da ação humana em relação ao aumento do efeito.
Acredita-se que a concentração de gases provocada pelo efeito estufa leva ao
aquecimento da Terra e a cada dia mais cientistas se preocupam em avaliar os estoques,
sumidouros e o ciclo do carbono no planeta, a partir do estudo dos ecossistemas.
O efeito estufa é o aquecimento da Terra, ou seja, é a elevação da temperatura terrestre
em virtude da presença de certos gases na atmosfera. Esses gases permitem que a luz
solar atinja a superfície terrestre, mas bloqueiam e enviam de volta parte da radiação
infravermelha (calor) irradiada pela Terra.
As principais conseqüências do efeito estufa seriam a alteração das paisagens vegetais,
que caracterizam as diferentes regiões terrestres, e o derretimento das massas de gelo,
provocando a elevação do nível do mar e o desaparecimento de inúmeras cidades e
regiões litorâneas.
Gases estufa:
- Dióxido de Carbono – CO2 – proveniente da queima de combustíveis fósseis
para a geração de energia elétrica, para o transporte e para as indústrias; proveniente
também das queimadas;
- Clorofluorcarbono – usado em aerossóis, pela indústrias de plásticos e em
aparelhos de ar-condiocionados e refrigeradores;
- Metano - produzido pela atividade agrícola, principalmente em lavouras de
arroz e na criação de gado ( por causa dos gases produzidos quando eles ruminam) e
pela decomposição do lixo;
- Óxido Nitroso – proveniente de indústrias de fertilizantes químicos, queima
de madeira e de combustíveis fósseis.
As árvores funcionam normalmente como um depósito para o gás carbônico. Através do
processo fotossintético elas absorvem CO2 e devolvem à natureza O2.
CICLO DO CARBONO
Os ecossistemas terrestres (incluindo
vegetação
e
solo)
desempenham
importante papel no ciclo do carbono. A
vegetação retira CO2 da atmosfera através
do processo da fotossíntese. O carbono
retorna para a atmosfera na forma de CO2
através
de
processos
biológicos
(respiração e decomposição da matéria
morta). Esse balanço entre retirada de
carbono da atmosfera (fotossíntese) e
retorno
para
atmosfera
(respiração,
decomposição) é desequilibrado pelo
desflorestamento. As queimadas são a
maior contribuição brasileira para o efeito
estufa, em função da emissão de dióxido
de carbono (CO2).
A intensificação do efeito estufa representa um grave problema, pois é a principal causa
do aquecimento global, isto é, do aumento da temperatura média do nosso planeta.
O aquecimento global vem gerando uma série de graves
conseqüências, tais como:
- a elevação do nível dos oceanos;
- o derretimento de geleiras, glaciais e calotas
polares;
- mudanças nos regimes de chuvas e ventos;
- intensificação do processo de desertificação;
- perda de áreas agricultáveis.
Pode também tornar mais intensos fenômenos extremos tais
como:
- furacões,
- tufões,
- ciclones,
- tsunamis,
- tempestades tropicais
- inundações.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS MUNDIAIS
A perspectiva da subida da temperatura e do nível dos mares, com impactos nas
pessoas e nos ecossistemas, leva alguns Governos a tomar medidas a nível
internacional, mas as preocupações com os custos econômicos e políticos destas
medidas persistem.
Será que as mudanças climáticas são realmente algo com que devamos preocuparnos?
Os cientistas prevêem um aquecimento global entre 1 e 3,5 graus C, neste século. Isto
pode não parecer motivo de preocupação, mas a temperatura média do globo só mudou
um grau centígrado durante os últimos dez mil anos.
Segundo alguns pesquisadores, o nível dos mares pode subir entre 15 e 95cm, até
2100, se as atuais tendências se mantiverem, causando inundações generalizadas das
zonas e ilhas que ficam a um nível baixo. A água salgada poderá invadir rios e zonas
costeiras, afetando as reservas de água doce e a pesca.
Há a previsão também de mais secas, falta de água, incêndios de florestas e mais
mortes em conseqüência de ondas de calor do tipo das que causaram centenas de
vítimas nas regiões do Midwest e do Sudoeste dos EUA, desde 1995. As doenças
tropicais, como a malária, iriam se propagar à medida que os mosquitos e outros
agentes de propagação se expandissem para novas zonas.
JÁ PODEMOS VERIFICAR ALGUMAS
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Os registros efetuados revelam uma elevação da temperatura média mundial da ordem
de 0,3 a 0,6 graus centígrados, desde 1860, e o nível dos mares subiu 10 a 25cm. Nas
regiões polares verificou-se um aquecimento muito acentuado, na Península Antártida,
as temperaturas médias aumentaram 0,5 graus centígrados por década, desde 1947,
segundo os cientistas responsáveis pelo Estudo Britânico sobre a Antártida. Vastas
áreas das plataformas de gelo da Antártida estão se desintegrando e os glaciais estão
diminuindo em muitas regiões.
Alguns furacões, inundações e ondas de calor de dimensões sem precedentes
registrados nos últimos anos fizeram aumentar as preocupações. Alguns cientistas
afirmam que se pode esperar que o aquecimento dos oceanos tropicais venha a
aumentar a freqüência e possivelmente a gravidade dos ciclones tropicais.
QUAIS OS PAÍSES MAIS RESPONSÁVEIS
PELAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS?
Os países industrializados, com aproximadamente 20% da produção global são
responsáveis por 60% das emissões anuais de dióxido de carbono e só o maior
emissor, os Estados Unidos, é responsável por mais de 20%.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Cientistas fizeram
estimativas dos potenciais
impactos diretos nos
diversos setores sócioeconômicos, mas na
realidade as conseqüências
seriam mais complicadas
porque impactos em um
setor podem afetar outros
setores indiretamente. Para
saber dos impactos
potenciais é necessário
estimar a extensão e
magnitude da mudança
climática, especialmente em
níveis nacionais e locais.
Apesar do progresso que
houve no entendimento do
sistema climático e sua
mudança, as suas
projeções e seus impactos
ainda têm muitas
incertezas, particularmente
nos níveis locais e
regionais.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Hoje, a grande pressão sobre os recursos hídricos está na população humana,
particularmente no crescimento de grandes concentrações das áreas urbanas. Esse
gráfico mostra o impacto esperado do crescimento do uso da água pela população em
2025, baseado na “UN mid-range population projection”.
Mesmo que o mundo mantivesse o mesmo ritmo do uso da água em 1990, ainda assim
não seria suficiente para assegurar que todo mundo iria ter acesso à água potável no
ano de 2025.
Fonte: www.grida.no/climate
E a grande seca da Amazônia de 2005, foi
resultado do aquecimento global?
.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Para espécies vegetais e animais, o aumento brusco da
temperatura pode ser fatal. Na Antártida, por exemplo, as
populações de krill (espécie de camarão bem pequeno) e
de pingüins sofrem as conseqüências dos dias mais
quentes. Os pingüins estão sumindo aos poucos. O
número dessas aves diminuiu 33% nos últimos 25 anos,
em decorrência do derretimento do gelo. O krill, crustáceo
adaptado aos mares gelados, pode não resistir à sensível
variação no termômetro. Só que o krill é a base da cadeia
alimentar da região. Sem ele, haverá uma alteração brutal
no ecossistema antártico. O resto do mundo não está livre
de ameaças. Assim como no continente gelado, o efeito
estufa afeta todos os ecossistemas, causando alteração
nas cadeias alimentares e provocando, portanto,
desequilíbrio ambiental.
A RIO-92 E O PROTOCOLO DE QUIOTO
A Convenção-Quadro foi finalmente formulada em 1992, na
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (United Nations Conference on Environment
and Development - UNCED 1992), conhecida como Rio-92, no
Rio de Janeiro.
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (United Nations
Framework Convention on Climate Change - UNFCCC), voltada especificamente aos
problemas climáticos, foi assinada por 154 países, incluindo o Brasil. Por esse tratado,
os países signatários se comprometeram a tentar estabilizar, através de ações
conjuntas, "as concentrações de gases-estufa na atmosfera num nível que impeça uma
interferência antrópica perigosa no sistema climático". O Brasil o ratificou em 28 de
fevereiro de 1994. A Convenção entrou em vigor no dia 21 de março do mesmo ano,
quando o número de signatários chegou a 50.
Era necessário, porém, detalhar que medidas seriam essas a serem tomadas pelos
países. As negociações necessárias foram realizadas em uma série de conferências
entre as partes da Convenção-Quadro, chamadas Conferências das Partes (COP). A
primeira, o COP-1, reuniu-se em Berlim em 1995. Uma meta concreta para servir de
base ao estabelecimento das ações internacionais foi estabelecida na terceira
conferência, a COP-3, através do Protocolo de Quioto. Trata-se de um documento no
qual os países signatários comprometem-se a reduzir as emissões globais de gases
estufa até 2012 em pelo menos 5% dos índices medidos em 1990.
SEQUESTRO DO CARBONO
Considerando a incalculável quantidade de dióxido de carbono já emitida pelos países
desenvolvidos no decorrer do século XX, é simples imaginar que a conta do prejuízo é
bastante alta. Assim, para amenizar o seu pagamento, foi criado, em 1997, o Protocolo
de Quioto , que só entrou em vigor em 2005, determinando que as nações
industrializadas devem desenvolver projetos para diminuir a taxa de emissão de gases
estufa até 2012. Disseminou-se então, a idéia do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
(MDL) e dos Certificados de Redução de Emissões (CER`s). O objetivo do MDL é a
busca de alternativas de tecnologias limpas (não-poluidoras) para, por exemplo, a
geração de energia, reduzindo as emissões de CO2 na atmosfera. Há também os
projetos voltados para a área florestal, que devem ajudar a diminuir o CO2 presente na
atmosfera pela absorção feita pela vegetação através da fotossíntese. É o que se chama
de "seqüestro do carbono".
O Brasil, assim como outros países em desenvolvimento que não precisam diminuir
suas emissões de dióxido de carbono, pode vender essa redução através dos créditos
de carbono conseguidos com as CERs.
As transações internacionais ao redor dos créditos de carbono já estão acontecendo. É
certo que os países que têm tomado a dianteira nessas transações financeiras
internacionais estão em vantagem sobre os demais. Os preços da tonelada de carbono
ainda não foram fixados pelo mercado.
Para tanto, os países que emitem acima de um determinado nível deveriam reduzir suas
emissões, enquanto outros, que emitem abaixo, não teriam esse compromisso. O Brasil
está no segundo grupo. O primeiro grupo é constituído pelos países que eram
responsáveis conjuntamente por 55% das emissões globais em 1990, e é chamado
"Partes do Anexo 1", por estarem relacionados nesse anexo do Protocolo. Para entrar
em vigor, o Protocolo deve ser assinado por pelo menos 55% das Partes do Anexo 1.
Para o Brasil e vários países que emitem carbono abaixo do "nível máximo"
estabelecido pelo Protocolo, o documento prevê a possibilidade de essa diferença ser
coberta por um aumento na emissão de carbono. Haveria então a possibilidade de uma
troca de cotas de emissão de carbono entre os dois grupos, sem alterar a emissão
global. Outra possibilidade desse tipo, também prevista no Protocolo, é o chamado
"mecanismo de desenvolvimento limpo“: os países emissores poderiam patrocinar
projetos no outro grupo para diminuir ainda mais suas emissões, e com isso eles
poderiam aumentar suas emissões sem alterar a emissão global. Tudo isso é o que se
chama "mercado de carbono", cujo objetivo é aliviar o impacto na economia das partes
do Anexo 1 e tornar viáveis os objetivos estabelecidos pelo tratado.
O PROTOCOLO EM CHEQUE
O Protocolo de Quioto passou, desde então, a ser a base da negociação entre os
membros da Convenção-Quadro. Com ele, as negociações deixavam uma fase de
propostas genéricas e passavam para a fase de implantação de ações concretas.
O principal motivo de dissensão foi a proposta de um grupo de países conhecido
como Grupo do Guarda-Chuva, formado principalmente por Estados Unidos, Canadá,
Japão e Austrália, de incluir projetos florestais (como reflorestamentos) no cálculo das
emissões de gás carbônico. Isso aliviaria os EUA, atualmente o maior emissor de
carbono do mundo, de parte de sua responsabilidade de diminuir suas emissões. A
proposta foi rejeitada pela União Européia, levando a um impasse. Temeu-se pelo
fracasso das negociações, mas a viabilidade do Protocolo de Quioto foi salva pela
segunda rodada, em julho seguinte, em Berlim.
Nesse meio-tempo, entretanto, os EUA recusaram-se a
assinar o Protocolo, alegando que prejudica o
desenvolvimento do país. Isso foi um golpe grave na
viabilidade do Protocolo, porque os EUA são
responsáveis por cerca de 25% das emissões globais
de gases-estufa.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
34 anos de negociações: das boas
intenções à fria realidade
O Protocolo de Quioto é o resultado de um longo
processo de negociações internacionais visando
estabelecer ações conjuntas, assumidas por grande
parte dos países do mundo para controlar as mudanças
climáticas antropogênicas (provocadas pelo ser
humano). Mas o que de fato tem sido feito ?
CO2 EM NÚMEROS :
- 80% do aquecimento global atual é devido a este gás.
- 97% do gás carbônico emitido em 1997 é proveniente das nações industrializadas
através da queima de combustíveis fósseis para produção de energia.
- 80% de toda energia produzida é consumida por 25% da população mundial que
vive nas nações industrializadas. Principal fator pelo qual os países em
desenvolvimento esperam que as nações desenvolvidas sejam as primeiras a
promoverem cortes na emissão.
- 30% a mais de CO2 existem hoje na atmosfera terrestre do que na época da
revolução industrial.
BRASIL AGE PARA REDUZIR O
EFEITO ESTUFA
Absorção de carbono se dá
em reservas naturais como a
Amazônia. Foto de Alessandro
Piolli - Acre
A busca é a de restabelecer as concentrações
dos gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera, mensurados
em 1990. Para alcançar essa meta, são focalizados dois
aspectos: a redução das emissões e o aumento de captura
dos GEE. A obtenção de recursos para a implementação das
medidas mitigadoras, está, em grande medida, vinculada à
aprovação do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).
Esse mecanismo cria a possibilidade de países
desenvolvidos patrocinarem projetos de redução e captura
dos GEE em países em desenvolvimento, cumprindo assim
parte de seus compromissos.
Um primeiro grupo de medidas mitigadoras visa à redução das emissões de
GEE, propondo mudanças nas fontes de obtenção de energia, priorizando
investimentos em pesquisa e implementação de fontes que não liberam carbono, como
a energia proveniente do sol, eólica e hidrogênio, e de fontes como a cana-de-açúcar, a
mandioca e o babaçu, que apesar de também liberarem carbono, este é reabsorvido à
medida que novas plantas se desenvolvem.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Veja o que a mudança climática pode
causar em cada continente
América Latina
- Diminuição das geleiras na América Latina.
- Enchentes e secas se tornarão mais freqüentes.
- Maior intensidade de ciclones tropicais com aumento dos riscos para a vida e
para os ecossistemas, além de prejuízos causados por fortes chuvas, enchentes,
tempestades e ventos.
- A segurança alimentar pode se tornar um sério problema para muitos países
latino-americanos, ameaçando a cultura de subsistência em algumas regiões.
- A incidência de doenças como a malária, febre amarela e cólera poderá
aumentar. Os problemas que a América Latina enfrenta com doenças infecciosas
de ambientes quentes pode ser exacerbado.
- Desaparecimento de recursos de ecossistemas, aumentando a perda da
biodiversidade.
América do Norte
- Ecossistemas em risco.
- Aumento da erosão em áreas costeiras, enchentes e tempestades, particularmente na
Flórida e na costa americana do Atlântico, provocado pela elevação do nível do mar.
- Doenças transmitidas por vetores – incluindo a malária e a febre amarela – podem
expandir sua gama na América do Norte.
Austrália e Nova Zelândia
- Apesar das estimativas de que a mudança climática trará, inicialmente, benefícios
para algumas safras na Austrália e Nova Zelândia, as perdas regionais e prejuízos de
longo
prazo
serão
sempre
superiores.
- Secas e incêndios se tornarão ainda mais comuns e a água se tornará um assuntochave, sendo mais valorizada em regiões do país que sofrem com a seca.
- Maior intensidade de chuvas e ciclones tropicais e mudanças regionais específicas
na freqüência de ciclones, aumentando os riscos para a vida e para os ecossistemas.
- Espécies ameaçadas ou extintas, assim como os ecossistemas australianos,
particularmente vulneráveis ao aquecimento global, incluindo recifes de corais,
habitats áridos e semi-áridos no sudoeste e interior da Austrália, além de regiões
montanhosas.
África
- Queda na produção de grãos e conseqüente redução na segurança alimentar
ameaçarão populações africanas, já carentes de desenvolvimento sustentável.
- Aumento do número de transmissores de doenças infecciosas, com prejuízo da saúde
da população, em uma região que já enfrenta os efeitos da AIDS e da desnutrição.
- Aumento de secas, enchentes e outros fenômenos naturais acentuando a pressão sob
os recursos hídricos, segurança alimentar, saúde e infra-estrutura, restringindo o
desenvolvimento da África.
-Destruição de ecossistemas vitais, com o desaparecimento de uma das mais ricas
biodiversidades do mundo. Várias espécies de plantas e de animais podem desaparecer,
com impacto no modo de vida rural, no turismo e nos recursos genéticos.
Europa
- Metade das geleiras montanhosas e grandes áreas congeladas podem desaparecer até
o final do século 21.
- Aumento nos padrões de chuva podem colocar em risco grandes áreas da Europa. Em
áreas costeiras, o risco de enchentes e erosão também deve aumentar, com implicações
para o turismo, agricultura e habitats naturais de zonas costeiras.
- Perda de importantes habitats (regiões úmidas, planícies de regiões árticas e habitats
isolados) colocando em risco algumas espécies.
Ásia
- A incidência de fenômenos naturais aumentou em áreas temperadas e tropicais da
Ásia como enchentes, secas, incêndios florestais e ciclones tropicais.
- Queda na segurança alimentar em muitos países de regiões áridas, tropicais e
temperadas da Ásia com redução da produtividade na agricultura e cultura aquática,
provocada pelo efeito térmico da água, elevação no nível do mar, enchentes, secas e
ciclones tropicais.
- Maior exposição aos vetores de doenças infecciosas aumentando os riscos para a
saúde da população.
- Mega-cidades e áreas muito populosas ao longo da costa dos Oceanos Pacífico e
Índico, serão ameaçadas pela elevação no nível do mar e enchentes de rio, provocadas
por fortes chuvas. A elevação no nível do mar e ciclones tropicais mais intensos
podem desabrigar milhões de pessoas que vivem em áreas costeiras da Ásia.
- A soma do aquecimento global e a fragmentação do habitat pode resultar na extinção
de muitas espécies de mamíferos e pássaros. O aumento no nível do mar poderia
colocar a segurança ecológica em risco, incluindo manguezais e recifes de corais.
Regiões Polares
- Ecossistemas de regiões polares são altamente vulneráveis ao aquecimento global e
têm baixa capacidade de adaptação.
- Regiões polares já estão aquecidas a níveis alarmantes e muitos ecossistemas não
sobreviverão às estimativas de aumento no aquecimento global. Estima-se que a
mudança climática nas regiões polares seja maior e mais rápida do que em qualquer
outra região do planeta, provocando impactos físicos, ecológicos, sociológicos e
econômicos maiores.
- Os impactos do aquecimento global podem ser vistos na redução do tamanho e da
espessura do gelo no Ártico, degelo, erosão na zona costeira, mudanças nos lençóis
freáticos e prateleiras de gelo.
Nações Ilhas
- Os efeitos da elevação no nível do mar influenciarão, de forma dominante, a realidade
socioeconômica em muitas nações-ilhas. A estimativa é de que o nível do mar suba
5mm anualmente pelos próximos 100 anos, provocando aumento na erosão da zona
costeira, perda da terra e propriedade, deslocamento de pessoas, riscos de
tempestades, capacidade reduzida de recuperação dos ecossistemas costeiros,
salinidade em recursos de água potável e altos custos de adaptação a estas mudanças.
- Grande vulnerabilidade de nações-ilha com suprimento de água muito limitado por
causa dos impactos das mudanças climáticas sobre o equilíbrio da água.
- Impactos negativos em recifes de corais provocados pelos altos níveis de dióxido de
carbono. Mangues, vegetação marítima, outros ecossistemas costeiros e a
biodiversidade associada afetadas pelo aumento da temperatura e elevação acelerada
do nível do mar.
- Declínio de ecossistemas costeiros, com impacto negativo sobre corais, peixes e
outros seres aquáticos, afetando assim a prática de comunidades pesqueiras e aqueles
que se apóiam na pesca como fonte significativa de alimento.
- Diminuição de áreas de terra para arado e salinização do solo tornando vulnerável a
agricultura, tanto para produção doméstica como para exportação da safra.
- As repercussões socioeconômicas das mudanças climáticas ameaçam o ecoturismo
(importante fonte de renda e intercâmbio) e o desenvolvimento sustentável das naçõesilha.