Transcript FERTILIZANTES FOSFATADOS
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” Câmpus de Ilha Solteira
ADUBOS E ADUBAÇÃO FOSFATADA
Ilha Solteira - SP
Introdução
O P e o K são os nutrientes mais utilizados;
Exigência pelas culturas: N – K – P;
P na planta; P no solo (Capacidade de fixação do solo)
2. Reservas e matérias primas utilizadas
· Fosfato natural - H 3 PO 4 - H 2 SO 4 - HNO 3
Quantidades de macronutrientes extraídas (kg/ha)
Elemento (*)
N P K Ca Mg S
Soja (3 t/ha)
300 40 115 70 35 23
Milho (6,4t/ha)
305 56 257 36 48 44
Citros (6cx/pé)
91 9 72 25 6 72
Tomate (41t/ha)
84 21 185 31 8 28
Introdução
O P e o K são os nutrientes mais utilizados; Exigência pelas culturas: N – K – P;
P na planta;
P no solo (Capacidade de fixação do solo)
2. Reservas e matérias primas utilizadas
· Fosfato natural - H 3 PO 4 - H 2 SO 4 - HNO 3
Introdução
Funções do P
Principal função: armazenamento e a utilização de energia captada da luz solar pela fotossíntese, via síntese de ATP; Crescimento das raízes; Maturação dos frutos; Formação de grão, frutos e fibras; Vigor da planta.
Introdução
Funções do P
Capim-marandu Milho Foto: Embrapa Cerrados
DINÂMICA DO FÓSFORO NO SOLO
Formas de P no sistema solo planta; interdependências e equilíbrios.
P solução P lábil P Não lábil Diagrama mostrando as relações entre as frações de fósforo não-lábil e o fósforo na solução do solo (adaptada de International Superphosphate Manufacturers Association).
Another possible mechanism of P adsorption to Fe and/or Al oxide surfaces.
Bohn et al. (1979).
Chemistry, p. 177,
John Wiley & Sons.
1. Introdução
O P e o K são os nutrientes mais utilizados Exigência pelas culturas: N – K – P Capacidade de fixação do solo.
2.
Reservas e matérias primas utilizadas
Fosfato natural - H 3 PO 4 - H 2 SO 4 - HNO 3
Fonte: Pavinato, 2013
Fonte: Pavinato, 2013
210 180 150 120 90 60 brasileira mundial 30 0 0 1 2 3 4 5 6
% de crescim ento da dem anda de fosfato
7 Duração das reservas em função do crescimento da demanda de fosfato.
Fonte:Albuquerque e Giannerim (1980)
Rochas fosfatadas quanto à geologia
Ígneas (Principal minério é a apatita - Fluorapatita)
• Rochas cuja formação deve-se a solidificação do magma de erupções vulcânicas. Cristais muito duros;
Metamórficas (Fosforita)
• Oriundas da modificação do estado sólido de rochas pré-existentes.
Essa modificação é devido a ação da temperatura, assim como da pressão.
Sedimentares (Fosforita)
• Rochas que se formam em função do acúmulo e consolidação de materiais degradados de rochas ou resíduos pré-existentes.
(FOSFATOS REATIVOS)
Obtenção dos fertilizantes fosfatados
Superfosfato simples, Superfosfato triplo, Superfosfato duplo Fosfato parcialmente acidulado Fosfatos de amônio (MAP e DAP) Termofosfato Fosfatos naturais
Minério fosfático (jazida) Lavra Britagem Homogeneização Moagem e classificação Deslamagem Condicionamento Flotação Desaguamento e filtração Secagem Concentrado fosfático 36-38% P 2 O 5 Desmagnetização (Opcional)
Fonte: Bruno (1985).
Diagrama do processo de produção de concentrado fosfático.
Concentrado fosfático H 2 SO 4 H 2 O fria (Diluição e resfriamento) Moagem Diluição H 2 O quente Reciclo H 3 PO 4 Diluido Pré-mistura Reação HH Cristalização
(HH –DH)
H 2 O (lavagem)
Filtração (DH)
Fosfogesso Estoacagem H 3 PO 4 (28 – 30% de P 2 O 5 Concentração 1 ou 2 estágios
Ácido fosfórico 40-42% P 2 O 5 ou 50-52% P 2 O 5
Fonte:
UNIDO (1980).
Diagrama do processo de produção de acido fosfórico – Rota hemidihidrato (HH-DH) – processo Nissan-H.
Fonte: Guardani (1982).
Fluxograma simplificado do processo de produção de fosfato magnesiano fundido.
Esquema de Produção dos Principais Adubos Fosfatados Ácido fósfórico
Ca 10 (PO 4 ) 2 F 2 +
10H 2 SO 4
+20H 2 O 10CaSO 4 .2H
2 O + 6H 3 PO 4 + 8HF
Esquema de Produção dos Principais Adubos Fosfatados Superfosfato Simples
Ca 10 (PO 4 ) 2 F 2 +
7H 2 SO 4
+H 2 O 3Ca(H 2 PO 4 ) 2 .2H
2 O + 7CaSO 4 .2H
2 O + 2HF
Superfosfato Triplo
Ca 10 (PO 4 ) 6 F 2 + 14
H 3 PO 4
+ 10H 2 O 10Ca(H 2 PO 4 ) 2 .H
2 O + 2HF
Superfosfato Duplo
Ca 10 (PO 4 ) 2 F 2 + 1/2
H 3 PO 4
+
1/2H 2 SO 4 MAP (Fosfato Monoamônio)
NH 3 +
H 3 PO 4
NH 4 H 2 PO 4
DAP (Fosfato Diamônio)
2NH 3 +
H 3 PO 4
(NH 4 ) 2 HPO 4 3Ca(H 2 PO 4 ) 2 .H
2 O
Esquema de Produção dos Principais Adubos Fosfatados Fosfato parcialmente acidulado
Ca 10 (PO 4 ) 2 F 2 +
1/2H 2 SO 4
+H 2 O Ca(H 2 PO 4 ) 2 .2H
2 O+CaSO 4 .2H
2 O+
1/2FN Termofosfato
Ca 10 (PO 4 ) 2 F 2 + silicato de Mg + S + B + Zn Altas Temperaturas 3MgO.CaO.P
2 O 5 .3CaSiO
3 + S 2 + B + Zn
Principais fertilizantes fosfatados simples e suas garantias mínimas, de acordo com o Ministério da Agricultura.
Fertilizante Representação Teores de Fósforo Outros nutrientes Fosfatos solúveis em Água Superfosfato simples
P 2 O 5 , %
Citrato de amônio + água
18
Água
16 10% de S 41 37
Superfosfato triplo
P 2 O 5 , %
Fosfato diamônico (DAP) Fosfato monoamônico (MAP)
P P
Fosfatos insolúveis em água
2 2 O O 5 5 , % , %
Fosfato Natural
P 2 O 5 , %
Hiperfosfato em pó
P 2 O 5 , %
Termofosfato
P 2 O 5 , % 45 48
Total
24 30 17 38 44
Ácido cítrico
4 9% de N 12 14 16% de N 7% de Mg
CARACTERÍSTICA DAS FONTES
Apatitas (Rochas ígneas):
* Baixa solubilidade; * Disponibilidade tende aumentar com o tempo; * Eficiência maior em solos ácidos; * Usar para produzir fontes mais solúveis de P 2 O 5 .
Superfosfatos:
* Efeito tanto no primeiro ano como nos posteriores; Fonte de Cálcio
Super Simples:
Fonte de S
CARACTERÍSTICA DAS FONTES
Fosfatos de Amônio (MAP e DAP):
* Alta concentração N e P 2 O 5 ; * Propriedades físicas e químicas satisfatórias; * Não possuem Cálcio e Enxofre.
Relação N/P 2 O 5 Cana Planta Favorável Desfavorável Culturas anuais Culturas perenes Cana soca
CARACTERÍSTICA DAS FONTES
Termofosfatos:
* Alto P solúvel em HCi a 2%; * Efeito neutralizante; * Ação do silicato, diminuindo a fixação de P e a toxidez de Mn.
CARACTERÍSTICA DAS FONTES
Fosfato Natural Reativo:
* Boa reatividade em solos tropicais.
* Preço baixo, considerando o teor de P 2 O 5 total.
Princípios e prática da adubação fosfatada
Acidez e alcalinidade Índice salino Aproveitamento pelas culturas Tamanho das partículas Calagem Localização
Acidez ou alcalinidade equivalente dos adubos fosfatados e índice salino.
Adubo Escoria de Thomas Farinha de ossos Acido fosfórico Fosfato natural Superfosfato simples Índice salino kg CaCO 3 /t de adubo NaNO 3 = 100 (*) Superfosfato triplo Superfosfato amoniacal Fosfato monoamônio (MAP) - - - - 7,8 10,1 10,1 29,9 +500 +200 a +250 -500 a -700 +100 0 0 -70 -650 Fosfato diamônio (DAP) Fosfossulfato de amônio 34,2 - -625 a -725 -760 a –1130 Nitrofosfatos - -150 a -250
(*) O sinal + indica efeito alcalino, o sinal – corresponde a acidez.
45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 0 1 2 3 4 5 6 7
t de calcario/ha
8 9 10 11 12 Efeitos da calagem na disponibilidade do fósforo em solos de cerrado.
Efeito do tipo de fosfato e do pH no teor de fósforo disponível do solo e na colheita relativa.
Tratamento Sem P Superfosfato Fosfato Natural, Carolina do Norte Dose de P, ppm 0 232 232 pH 4,7 Colheita relativa - % P disponível ppm 12 100 4 68 90 31 pH 6,0 Colheita relativa - % P disponível ppm 19 100 28 3 73 4
1200 1000 800 600 400 200 0 (C + F) 60 dias após (C + F) 360 dias após (C + F) C (F + C 60) dias após (F + C 360) dias após F TEST Produção de soja em função de sequências de aplicação de calagem (C) e “ fosfatagem ” (F) com fosfato de Patos (2.400 kg/ha) em Latossolo sob “ cerrado ” .
Dados médios de 4 colheitas, 3 locais.
Fonte: Silva et al. (1983).
Fertilizantes polimerizados
O que são polímeros ?
São compostos orgânicos de grande massa molecular formado por estruturas menores denominadas monômeros Exemplos: plásticos, isopor,
teflon
, hidrogéis
F F C C F F n
MAP sem revestimento MAP Absorção pelas plantas MAP NH 4 H 2 PO 4 H 2 O NH 4 + + H 2 PO 4 Nível do Solo H 2 PO 4 H 2 PO 4 H 2 PO 4 Fe 2+ Al 3+ CTC SOLO
Kimcoat P – MAP revestido Kimcoat P Água penetra Polímeros
controlada – permeabilidade
Absorção pelas plantas NH 4 H 2 PO 4 NH cessa a liberação 4 + + H 2 PO 4 H 2 PO 4 Nível do Solo CTC SOLO Fe 2+ Al 3+
Uréia, MAP e KCI revestidos com polímeros
Esquema das três camadas de polímeros
U R É I A
P O L Í M E R O I I I P O L Í M E R O I I P O L Í M E R O I
M A P
P O L Í M E R O I I I P O L Í M E R O I I P O L Í M E R O I
K C L
P O L Í M E R O I I I P O L Í M E R O I I P O L Í M E R O I
Kimcoat P – MAP revestido Polímero I Polímero II Polímero III
•
Basacote
®
Plus
A NOVA GERAÇÃO DE FERTILIZANTES DE LIBERAÇÃO CONTROLADA
Mecanismo de Ação K S N Fe B Mg P Todos nutrientes recobertos por uma película protetora
Mecanismo de Ação K S N Fe B Mg P A água penetra pelos poros...
Mecanismo de Ação S K B N Mg Fe P ...dissolve os nutrientes no interior do grão...
Mecanismo de Ação Mg P S P N K K P Fe N N B ...formando uma solução nutritiva concentrada .
Mecanismo de Ação Iniciando a liberação
Recomendação de adubação
MODALIDADES DE ADUBAÇÃO FOSFATADA
Adubação corretiva Adubação de manutenção Área Total (Fosfatagem) Sulco / linha de plantio
Fonte: Pavinato, 2013.
Fonte: Pavinato, 2013.
Fonte: Pavinato, 2013.
Fontes de P P 2 O 5 2 O 5 para Fosfatagem sol. em HCi
*Fosfato Natural Reativo - 29 %P 2 O 5 total e 09 e 14%Hci *Termofosfato Magnesiano (P 2 O 5 16%) total 18% e P 2 O 5 HCi = *Fósforo Orgânico (Torta de Filtro) *Fósforo Organo-mineral (Composto: torta de filtro + Cinza + P Mineral) ou (Torta de filtro + Cinza + Cama de frango) Fonte: Pavinato, 2013.
Adubação localizada (sulco de plantio)
a) Fonte de P 2 O 5 : solúvel em CNA + H 2 O b) Forma: granulada c) Dose: 80 a 120 kg/ha P 2 O 5
Limites de interpretação de teores de potássio e de fósforo em solos Teor Muito baixo Baixo Médio Alto Muito alto Produção relativa % 0-70 71-90 91-100 >100 >100 K + trocável mmol c /dm 0,0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 3,1-6,0 >6,0 3 P resina Florestais Perenes Anuais Hortaliças ---------------------mg/dm 3 ------------------- 0-2 3-5 6-8 9-16 >16 0-5 6-12 13-30 31-60 >60 0-6 7-15 16-40 41-80 >80 0-10 11-25 26-60 61-120 >120 Boletim Técnico 100, IAC, 1997.
RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO DE SEMEADURA PARA GRÃOS MILHO (SP)
Produtivida de esperada (t/ha) 2 – 3 4 – 6 6 – 8 8 – 10 10 -12 Nitro gênio (kg/ha) 10 20 20 30 30 0-6 7-15 16-40 >40 0-0,7 0,8-1,5 1,6-3,0 >3,0 60 80 90 P resina, mg/dm P 2 O 5 (kg/ha) 40 30 60 70 90 100 40 50 60 70 3 20 30 30 40 50 50 50 50 50 50 K + trocável, mmol K 2 O (kg/ha) 40 30 50 50 50 50 40 50 50 50 c /dm 3 0 20 30 40 50
Fonte: Boletim 100 20 kg ha -1 de Enxofre para metas de até 6 t ha -1 e 40 kg ha -1 para metas maiores 4 kg ha -1 de Zinco em solos com teores inferiores a 0,6 mg/dm 3 e 2 kg/ha para teores entre 0,6 e 1,2 mg/dm 3
RECOMENDAÇÃO DE COBERTURA (SP)
Produtividade esperada (t/ha) 2 - 4 4 – 6 6 – 8 8 – 10 10 – 12 Classe de resposta a N alta 40 60 100 120 140 média N em kg/ha 20 40 70 90 110 baixa 10 20 40 50 70 K + trocável, mmol/dm 3 <0,7 - 20 60 90 110 0,8-1,5 K 2 O em kg/ha - - - 60 80 1,6-3,0 - - - 20 40
Fonte: Boletim 100
CLASSES DE RESPOSTA Alta resposta –
Solos corrigidos, com muitos anos de cultivo de milho ou outra gramíneas
Média resposta
– Solos ácidos que serão corrigidos; cultivo anterior de leguminosas; pousio
Baixa resposta
– Cultivo intenso de leguminosas; pousio por dois ou mais anos
CANA-DE-AÇÚCAR
Adubação Fosfatada
Recomendação de adubação fosfatada para o plantio da cana-de açúcar.
Fonte: (RAIJ et al., 1996).
Recomendação de de açúcar .
adubação
Adubação Potassica
N, P e K para soqueiras de cana Fonte: RAIJ et al. (1996)
.