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Metas Curriculares de
Português
Encontro Pedagógico
20/12/2013
Fátima Santos Marisa Silva Teresa Mousinho
(Adaptado)
1
Metas Curriculares – características

Homologação das Metas Curriculares
(Despacho n.º 10874/2012, de 10 de agosto)

“As Metas Curriculares identificam a aprendizagem
essencial a realizar pelos alunos em cada disciplina (…),
realçando o que dos programas deve ser objeto primordial
de ensino.”
(Despacho n.º 15971/2012, de 14 de dezembro)

São um referencial para a avaliação, articulando-se
com o Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE)
(Despacho n.º 15971/2012, de 14 de dezembro)
2
Metas Curriculares – características

Identificam os desempenhos que traduzem os
conhecimentos a adquirir e as capacidades a
desenvolver pelos alunos.

Respeitam a ordem de progressão da aquisição
dos conhecimentos e das capacidades.

Constituem um meio privilegiado de apoio à
planificação e organização do ensino.
3
Aplicação das Metas Curriculares de Português

A aplicação obrigatória das Metas Curriculares
de Português concretiza-se a partir do ano
letivo de 2013/2014 (inclusive), articulando-se
com as avaliações a realizar
(Despacho n.º 15971/2012, de 14 de dezembro)

2013-2014 – 1.º, 3.º, 4.º, 5.º, 7.º e 9.º anos;
2014-2015 – 2.º, 6.º e 8.º anos.

4
Princípios relevantes
1. Referência Programa de Português do Ensino
Básico homologado em 2009.
2. Anualização
– Clarificação dos conteúdos por ano de escolaridade;
– Determinação do momento em que cada conteúdo
entra no processo escolar;
– Reforço da continuidade e da progressão entre
diferentes
anos e ciclos.
3. Nuclearização do Programa e reforço do
essencial.
5
Estrutura das Metas – 1.º e 2.º Ciclos
6
Lista de obras e textos literários
7

Objetivo: Escutar para aprender e
construir conhecimentos.
Ano
1º ano
2º ano
3º ano
4º ano
• Descritor de Desempenho
• Referir o essencial de um pequeno texto ouvido.
• Referir o essencial de textos ouvidos.
• Identificar informação essencial
• 1. Distinguir informação essencial de acessória.
• 2. Identificar informação implícita.
• 3. Diferenciar facto de opinião.
• 4. Identificar ideias-chave de um texto ouvido
8
Objetivo: Produzir um
discurso oral com correção.
Ano
• Descritor de Desempenho
• 1. Falar de forma audível.
1º ano • 2. Articular corretamente palavras.
• 1. Falar de forma audível.
• 2. Articular corretamente palavras, incluindo as de estrutura silábica mais
2º ano complexa (grupos consonânticos).
• 3. Utilizar progressivamente a entoação e o ritmo adequados.
• Usar a palavra com um tom de voz audível, boa articulação e ritmo
3º ano adequados.
• Usar a palavra de forma audível, com boa articulação, entoação e ritmo
4º ano adequados, e olhando o interlocutor.
9
Consciência Fonológica

Permite a identificação de rimas, de palavras que começam ou
terminam com os mesmos sons e de fonemas que podem ser
manipulados para a criação de novas palavras.

Remete para unidades da oralidade.

Em termos de desenvolvimento infantil, precede a iniciação à leitura
e à escrita.

Múltiplos estudos mostram que a sua promoção é um pré-requisito
para o sucesso na aprendizagem da leitura e da escrita.

A escola tem um papel crucial no desenvolvimento e no treino da
consciência fonológica.
10
Importância do Treino da Consciência
Fonológica

Um dos passos cruciais na iniciação à leitura e à escrita
consiste na promoção da reflexão sobre a
oralidade e no treino da capacidade de
segmentação da cadeia de fala (em frases, em
palavras, em sílabas e em sons).

Segundo investigadores e profissionais de diferentes
áreas (psicolinguística, pedagogia, didáticas, áreas de
saúde ligadas à terapêutica e à reabilitação), o
sucesso na aprendizagem da leitura e da escrita está
correlacionado com os desempenhos (produção e
perceção) do sujeito na oralidade.
11
Objetivo: Ler em voz alta palavras,
pseudopalavras e textos.
Ano
• Descritor de Desempenho
1º ano
• Ler um texto com articulação e entoação razoavelmente corretas e
• uma velocidade de leitura de, no mínimo, 55 palavras por minuto.
2º ano
• Ler um texto com articulação e entoação razoavelmente corretas e
• uma velocidade de leitura de, no mínimo, 90 palavras por minuto.
3º ano
• Ler um texto com articulação e entoação corretas e uma velocidade
• de leitura de, no mínimo, 110 palavras por minuto.
4º ano
• Ler um texto com articulação e entoação corretas e uma velocidade
• de leitura de, no mínimo, 125 palavras por minuto.
12
A fluência de leitura

A fluência de leitura é a ponte entre a leitura e a
compreensão.
É avaliada por três indicadores:
1. velocidade (número de palavras por minuto, num texto);
2. precisão (ausência de erros);
3. prosódia (cadência, entoação, ritmo).


–
–
–
–
Um aluno fluente lê:
com desembaraço;
com entoação adequada;
com ritmo e cadência;
sem errar, gaguejar ou silabar
13
Proposta de atividade de leitura

1.Os alunos leem três textos*, todos com a mesma estrutura.
2. Cada texto é apresentado em dois formatos: o primeiro com o
texto todo seguido; o segundo com a separação entre as partes.


3. Os alunos analisam o conteúdo de cada texto, de modo a
compreender por que motivo se pode fazer a divisão proposta.

4. É, depois, fornecido um novo texto, para os alunos fazerem
essa divisão.
14
A história da Tartaruga e do Ouriço
Havia um menino que tinha uma tartaruga a viver
numa caixinha. A tartaruga estava sempre triste,
pois não queria estar sozinha naquela pequena
caixa. O menino dava-lhe alface, ervilhas e fazialhe festinhas, mas ela continuava triste.
Um dia, então, o menino pegou na caixa, levou-a
para o jardim e disse-lhe:
“Talvez fiques mais contente ao sol”. Depois foi a
correr brincar para a rua. A tartaruga subiu pela
caixa. Procurou outra tartaruga pelo jardim, mas
ela era a única. E havia pássaros que piavam:
“Que espécie de animal és tu?”. E os gatos dos
arredores disseram-lhe, mostrando as unhas:
“Que tipo de animal horrível és tu?”. Então a
pobre tartaruga ainda ficou mais triste. Quis
esconder-se num arbusto mas já lá estava um
ouriço. O ouriço perguntou-lhe: “E tu, quem és?
Gosto de ti!”.
O ouriço e a tartaruga ficaram amigos. Agora a
tartaruga estava sempre contente. O menino
reparou e não voltou a pô la na caixa. Agora podia
estar sempre no jardim com o seu amigo ouriço.
Havia um menino que tinha uma tartaruga a viver
numa caixinha. A tartaruga estava sempre triste,
pois não queria estar sozinha naquela pequena
caixa. O menino dava-lhe alface, ervilhas e fazialhe festinhas, mas ela continuava triste.
Um dia, então, o menino pegou na caixa, levou-a
para o jardim e disse-lhe:
“Talvez fiques mais contente ao sol”. Depois foi a
correr brincar para a rua. A tartaruga subiu pela
caixa. Procurou outra tartaruga pelo jardim, mas
ela era a única. E havia pássaros que piavam:
“Que espécie de animal és tu?”. E os gatos dos
arredores disseram-lhe, mostrando as unhas:
“Que tipo de animal horrível és tu?”. Então a
pobre tartaruga ainda ficou mais triste. Quis
esconder-se num arbusto mas já lá estava um
ouriço. O ouriço perguntou-lhe: “E tu, quem és?
Gosto de ti!”.
O ouriço e a tartaruga ficaram amigos. Agora a
tartaruga estava sempre contente. O menino
reparou e não voltou a pô la na caixa. Agora podia
estar sempre no jardim com o seu amigo ouriço.
15
A história da Tartaruga e do Ouriço

Levar os alunos a verificarem:
a) a sequência temporal de acontecimentos
- um menino tinha uma tartaruga que, apesar do carinho que o menino lhe
manifestava, vivia triste dentro de uma caixinha;
- o menino resolveu pôr a tartaruga num jardim, o que fez com que esta
contactasse com vários animais e fizesse amizade com um ouriço;
a tristeza da tartaruga desapareceu, o menino reparou nisso e deixou-a
ficar sempre no jardim.
b) encadeamentos de causa e efeito
- a tartaruga estava triste porque vivia fechada sozinha dentro de uma
caixa;
- como o menino gostava da tartaruga, pô-la em liberdade num jardim;
- a tartaruga ficou feliz porque conheceu o ouriço e tornaram-se amigos.
16

“Sem invalidar o atrás referido, seguem-se, no entanto, alguns
princípios orientadores no sentido da eficácia do ensino da
Leitura e da Escrita”.
1. Em primeiro lugar, deverá salientar-se a importância da fluência de
leitura. A rapidez e precisão na descodificação determinam a
compreensão na leitura.
2. Cada descritor de desempenho exige ensino explícito.
3. A aprendizagem faz-se passo a passo.
4. As atividades de leitura e de escrita devem ser orientadas para uma
determinada finalidade, correspondente ao descritor selecionado (por
exemplo: «Ler um texto com articulação e entoação corretas e uma
velocidade de leitura de, pelo menos, 55 palavras por minuto»; «Pôr em
relação duas informações para inferir delas uma terceira.»; «Utilizar os
parênteses curvos»; «Introduzir descrições na narrativa»).
17
5. Em geral, são necessários quatro momentos no processo de aquisição de um
desempenho de compreensão de leitura:
a) ativação de conhecimentos dos alunos;
b) a observação do conteúdo em causa (por exemplo: mostrar ao aluno, no
texto, como se pode verificar o que uma personagem está a sentir ou o que ela
pretende, como se pode inferir o significado de uma palavra…);
c) sempre que necessário, o fornecimento de informação que clarifique o que
se pretende que o aluno aprenda, com exemplos (por exemplo: o que é um
tema, como se descobre que num texto se trata um determinado tema,
fornecimento de uma lista de temas que podem ocorrer em textos);
d) a aplicação (a leitura de outra passagem do texto ou de outros textos por meio
dos quais se possa pôr em prática o conhecimento adquirido).
18
6. Na produção escrita, é fundamental o respeito pelas três fases da
planificação, da textualização e da revisão.
7. Em geral, são necessários cinco momentos no processo de aquisição
de um desempenho no âmbito da escrita:
a) a leitura e análise de textos modelo de natureza idêntica àquele que
se pretende que o aluno venha a ser capaz de escrever;
b) dependendo da tipologia, a ativação de conhecimentos ou a pesquisa
de informação (em grande ou em pequeno grupo, ou
individualmente), no sentido da preparação do texto a escrever;
c) a planificação;
d) a produção do texto;
e) a revisão do texto.
8. No caso de textos de determinada tipologia, poderá ser necessário o
fornecimento de informação específica por parte do professor.
19
9. No caso de dificuldades previsíveis no âmbito da coerência e da
coesão textual, é útil a observação de textos modelo e a sua
análise nesse aspeto particular. Também poderá ser útil o
fornecimento de listas de conectores relativos às diversas
relações a estabelecer.
10. As atividades propostas deverão ser em número elevado de
natureza variada, de modo a solicitarem operações cognitivas de
graus diversos de complexidade e exigência.
11. As atividades propostas deverão ter formatos diferentes, de
modo a proporcionarem a destreza dos alunos na resposta às
diversas situações.
12. A fase de aplicação deve ser longa e ocorrer em mais do que
uma aula e em trabalho de casa.
20
Observações e sugestões metodológicas
1. A didática da literatura deve ser antecipada pela mobilização de
conhecimentos e vocabulário que permitam a compreensão do texto;
2. a interpretação do texto deve mobilizar um conjunto
diversificado de atividades e exercícios, não se reduzindo à
apresentação de grelhas ou questões de verdadeiro/falso;
3. no 1.º e no 2.º ano, sublinhe-se a importância dada à associação
entre educação literária, oralidade e leitura;
21
Observações e sugestões metodológicas
4. no 3.º e no 4.º ano, sublinhe-se a importância dada à associação
entre educação literária, oralidade e escrita (cf. objetivo 22, descritor 9);
5. a leitura orientada deve ser considerada apenas uma das formas de
abordagem dos textos literários propostos pela lista anexa às Metas, ou dos
recomendados quer pelo PNL, quer pela Biblioteca Escolar.
Obs. Não exaustividade de todos os descritores relativamente a todos
os textos e livros indicados
22




Leitura de obras integrais;
Leituras para:
- informação
- recreio
- orientada
Necessidade de iniciar as leituras no ensino pré-escolar;
Escolha criteriosa de textos (para além das metas)
23
Compreensão da leitura
Com base nos resultados das Provas Nacionais,
verificou-se que os melhores desempenhos dos alunos
dizem respeito aos itens em que se solicita a seleção
de informação explícita e que os piores
desempenhos se situam nos itens que exigem
informação implícita. Razão pela qual, a
Inferência será um dos aspetos mais importantes a
ser trabalhado com os alunos em todos os anos de
escolaridade.
24
Compreensão da leitura
Os leitores reconhecem e compreendem os códigos, as
palavras de um texto, mas, às vezes, são incapazes de
perceber o sentido do texto que nem sempre fornece
todas as informações explícitas.
Inferir é uma operação complexa mas tem de ser
desmontada de acordo com o ano de escolaridade e ir
evoluindo no grau de exigência.
25
Tipos de inferência
1. Lugar
2. Agente
3. Tempo
4. Ação
5. Instrumento
6. Categoria
7. Objeto
8. Causa e Efeito
9. Problema e Solução
10. Sentimento e Atitude
Maria Regina Rocha (2007), A Compreensão na Leitura, págs. 119-123
O nosso olhar sobre os textos que trabalhamos deverá, cada vez mais, procurar o
que está implícito e levar-nos a desenvolver atividades que impliquem sempre as
seguintes operações cognitivas: - Conhecimento; - Compreensão; - Aplicação; Análise da situação; - Síntese; - Avaliação.
26
Iniciação à Educação Literária
Ano
Objetivo
1º
2º
Compreender o essencial dos
textos escutados e lidos.
Descritores de desempenho
1. Antecipar conteúdos com base nas
ilustrações e no título.
2. Antecipar conteúdos, mobilizando
conhecimentos prévios.
…
…
4. Fazer inferências (de sentimento – atitude).
….
3º
…
4 Fazer inferências (de tempo atmosférico de
estações do ano, de instrumento, de objeto).
…
4º
5. Fazer inferências (de agente – ação, de
causa-efeito, de problema – solução, de lugar
e de tempo).
27
Ano
• Conteúdos
• 1. Masculino e feminino, singular e plural de nomes e adjetivos regulares.
1º ano • 2. Relações de sinonímia e de antonímia, sem exigência da metalinguagem.
• 1. Classes de palavras: nomes, verbos, adjetivos e determinantes artigos.
2º ano • 2. Relações de sinonímia e de antonímia, sem exigência da metalinguagem.
• 1. Masc. e fem., singular e plural de nomes e adjetivos terminados em -ão.
• 2. Classes de palavras: nomes, adjetivos, verbos, pronomes, determinantes,
3º ano • advérbios, quantificador numeral.
• 3. Sinonímia e antonímia.
• 4. Conjugação de verbos no presente do indicativo.
•• 1.
fem., sing. einterrogativas
pl. de nomes e exclamativas.
adjetivos terminados em consoante.
5. Masc.
Frasesedeclarativas,
• 2. Classe de palavras: preposição.
• 3. Variação em grau (adjetivos e nomes).
4º ano • 4. Conjugação de verbos regulares e verbos irregulares muito frequentes no
• indicativo (pretérito perfeito, pretérito imperfeito e futuro) e no imperativo.
• 5. Frases imperativas.
• 6. Funções sintáticas: o sujeito e o predicado.
28
Consulta de documentos em:

http://dge.mec.pt/metascurriculares/index.ph
p?s=directorio&pid=16
29