Conceito de Arte

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HISTÓRIA DA ARTE
Conceito de arte/ Arte rupestre
DENISE
Conceito de Arte
• “Não vês que o olho abraça a beleza do mundo inteiro?
(...) É janela do corpo humano, por onde a alma
especula e frui a beleza do mundo, aceitando a prisão
do corpo que, sem esse poder, seria um tormento (...) Ó
admirável necessidade!
• Quem acreditaria que um espaço tão reduzido seria
capaz de absorver as imagens do universo? (...) O
espírito do pintor deve fazer-se semelhante a um
espelho que adota a cor do que olha e se enche de
tantas imagens quantas coisas tiver adiante de si.”
• Leonardo da Vinci
Para algumas pessoas, soa um tanto quanto esquisito pensar
em arte como linguagem, pois, para a maioria, linguagem
refere-se às palavras, ou seja, à escrita.
Essa discussão possibilita o entendimento mais acurado que
a arte estabelece com outros campos do conhecimento e
com a realidade, ao mesmo tempo em que também resgata
sua identidade como forma específica de conhecimento,
mediação e construção de sentido.
Somente os homens são capazes de comunicar entre
si o conteúdo de sua imaginação através de relatos
orais ou criação de imagens; a imaginação é uma das
facetas mais misteriosas da humanidade, e é
importante porque nos dá condições de perceber
todos os tipos de possibilidades futuras e
compreender o passado de um modo realmente
valioso para a sobrevivência.
O que é Arte? Porque o homem a cria? Poucas perguntas são
capazes de provocar um debate tão caloroso. Certamente, uma
das razões pelas quais o homem cria é um impulso irresistível
de reestruturar a si próprio e ao seu meio ambiente de uma
forma ideal. Na arte, assim como na linguagem, o homem é
sobretudo um inventor de símbolos que transmitem idéias
complexas sob formas novas. E, como no poema, o valor da
arte encontra-se igualmente naquilo que ela diz, e como o diz.
Mas qual é o significado da arte ? O que ela tenta dizer? Os
artistas não nos dão uma explicação clara, uma vez que a obra
fala por si própria. Se fossem capazes de dialogar, seus autores
seriam escritores.
A imaginação é uma das facetas mais misteriosas da
humanidade. Pode ser vista como o elo de ligação entre o
consciente e o subconsciente, onde se dá a maior parte de
nossa atividade cerebral.
A originalidade, portanto, é aquilo que distingue a arte da
destreza. O que torna um verdadeiro artista um ser diferente
das pessoas comuns não é tanto o desejo de procurar, mas sim
aquela misteriosa capacidade de encontrar, a que damos o
nome de talento, o que não deve ser confundido com aptidão
que significa uma habilidade acima da média em fazer algo que
qualquer pessoa pode fazer.
(JANSON, H. W. e JANSON, Anthony. Iniciação á História da Arte.
S. Paulo,Livraria Martins Fontes.).
Para apresentar o mais simples trabalho, é fundamental, antes
de tudo pensar, abstrair, construir uma “idéia”do que será
feito; a seguir dominar uma técnica. Finalmente, o resultado
dessa atitude tem um significado que pode, ou não, ser
mágico ou religioso.
O progresso tecnológico, social e cultural do homem é
refletido na arte de cada civilização .Por esse motivo,
podemos associar as várias faces da Pré-história com alguns
tipos característicos de arte.
A História apóia-se, basicamente, em documentos escritos e o
homem não apareceu na face da Terra juntamente com a
escrita. Essa invenção dentro do contexto histórico é bastante
recente, portanto todo o período anterior à invenção da
escrita chamamos de “Pré-história”.
Esse período torna-se dificultoso ao estudiosos, pois só
pode ser conhecido através de vestígios, nem sempre
fáceis de achar e reconhecer. São restos humanos,
utensílios de pedra, ossos cerâmicas e metais (cobre,
bronze e ferro). Muitos desses vestígios da presença
humana são pinturas, esculturas e monumentos.
ARTE PRÉ-HISTÓRICA : MAGIA DOS POVOS PRIMITIVOS
1-Paleolítico
Os humanos andam eretos há milhões de anos, mas só há 25
mil anos nossos ancestrais inventaram a arte. Em algum
momento da era glacial, quando os caçadores e coletores
ainda viviam em cavernas, a mentalidade Neanderthal de
fazer instrumentos deu lugar ao impulso Cro-Magnon de
fazer imagens
Os primeiros objetos artísticos não foram
criados para adornar o corpo ou decorar
cavernas, mas como tentativa de controlar
ou aplacar as forças da natureza. Os
símbolos de animais e de pessoas tinham
significação sobrenatural e poderes mágicos.
c.25000-20000 a.C., Museu de História Natural, Viena.
Essa estatueta feminina é uma das mais antigas figuras humanas conhecidas.
Os seios enormes, o ventre protuberante e a cabeça redonda estilizada,
constituem mais um amontoado de esferas do que uma mulher
individualizada. Provavelmente é um amuleto de fertilidade, simbolizando
abundância.
Escultura
Os mais antigos objetos que
chegaram até nós são
esculturas em ossos, marfim,
pedra ou chifre. Esses
objetos eram entalhados
(delineando a figura com um
instrumento
afiado),
gravados
em
relevos
profundos, ou esculturas
tridimensionais
Pinturas
A principal característica dos desenhos da Idade da Pedra Lascada
(Paleolítico Superior) é o naturalismo.
O artista pintava os seres, um animal por
exemplo, do modo como o via de uma
determinada perspectiva, reproduzindo a
natureza tal qual sua vista captava.
É importante notar que esses desenhos já
revelam uma elaboração por parte do
artista. Por isso, não existe neles qualquer
traço que possa nos levar a compará-los
com os desenhos infantis.
Essa arte era realizada por caçadores, e
faziam parte de um processo de magia
por meio do qual procurava-se interferir
na captura de animais. Ou seja, o pintorcaçador do Paleolítico
supunha ter poder sobre o animal desde
que possuísse a sua imagem. Acreditava
que poderia matar o animal verdadeiro
desde que o representasse ferido
mortalmente num desenho.
Outro aspecto que chama a atenção de quem
observa as pinturas rupestres, isto é, feitas em
rochedos e paredes de cavernas, é a capacidade de
seus criadores interpretarem a natureza.
As imagens que representam animais temidos
estão carregadas de traços que revelam força e
movimento. Assim estão retratados os bisontes e
outras feras. Mas nas imagens que representam
renas e cavalos, os traços revelam leveza e
fragilidade.
Como trabalhavam os artistas pré-históricos:
Em suas pinturas, o homem da caverna usava óxidos minerais,
ossos carbonizados, carvão, vegetais e sangue de animais. Os
elementos sólidos eram esmagados e dissolvidos na gordura dos
animais caçados.
Como pincel, com certeza, utilizaram inicialmente o dedo, mas
há indícios de terem empregado também pincéis feitos de penas
e pêlos.
2- Neolítico
Nesse período, constatamos a representação de figuras humanas
quase sempre estilizadas; predominando, ainda, as cenas de caça.
Muito pouco podemos falar sobre a cerâmica neolítica, uma
vez que o material é bastante frágil. Percebe-se a preocupação
com motivos geométricos e a simetria é a marca registrada.
Em termos de arte pré-histórica, foi durante o
Neolítico que assistimos ao impressionante
aparecimento dos monumentos megalíticos. A
grandeza e a dificuldade em se criar tais obras
pressupõem a utilização de mão-de-obra abundante
e a estruturação da sociedade. A invenção da
agricultura e a domesticação de animais produziram
excedentes que ofereciam a possibilidade e tempo
livre ou, pelo menos, não dedicado à sobrevivência
imediata.
A resposta para essa pergunta é que o homem deve ter
sido motivado pela religião.Muitos desses monumentos
são
localizados perto de importantes vestígios
arqueológicos, sendo representados pelos menires (men=
pedra; hir= comprida), grandes blocos fincados no chão;
dolmens (dol = mesa; men = pedra), em que sobre dois
menires repousa horizontalmente uma terceira pedra; e
cromlechs (menires dispostos em círculo, normalmente em
torno de um ou mais dolmens.
Esses monumentos merecem o nome megalíticos, pois as
dimensões dos blocos de pedra raramente são inferiores a 4
metros de altura, com pesos de, no mínimo, 10 toneladas
(os blocos mais pesados podem pesar até 50 toneladas).
É importante lembrar que essas obras se
espalharam por toda a Europa Ocidental,
embora os exemplares mais importantes
encontrem-se na Grã-Bretanha, França e
Espanha. Não é sem motivo que o símbolo
desse período é o famoso Cromlech de
Stonehenge, na Grã-Bretanha. Sabemos que
essa obra, verdadeiramente arquitetônica, foi
levantada em honra ao Sol porque sua
estrutura inferior está orientada de maneira a
coincidir com o nascer do astro no mais longo
dia do ano.
No final do Neolítico, encontramos o surgimento da
metalurgia, que deu origem à maior estruturação social e
econômica que culminou com o aparecimento das
civilizações escritas.