Transcript CARTAGO

O Estudo de Cartago
DIFICULDADE:
- Tradução de Antigos Textos Púnicos
para o Grego e Latim
- Inscrições em Monumentos e
Edificações no Norte da África
- Textos de Historiadores Gregos e
Romanos (Tito Lívio, Políbio, Apiano,
Cornelius Nepos, Sílius Italicus,
Plutarco, Dido Cassius e Heródoto).
PALCO
HISTÓRICO
CARTAGO (QART
HADASHT)
“CIDADE NOVA”
O termo Cartago
refere-se tanto a uma
antiga cidade no
Norte da África
quanto a uma
civilização que se
desenvolveu em
meio à esfera de
influência da cidade,
assim como “Roma”
designa a cidade e
uma antiga
civilização.
Cartaginês, Púnico,
Fenício?
-Enquanto muitos escritores modernos
empregam termo Cartaginês, outros
mais antigos utilizam Púnico, originado
do Latim (inicialmente Punius),
derivado do grego, “Phoenician”.
FUNDAÇÃO DE
CARTAGO
814 a.C. – Colonos fenícios provenientes de Tiro.
509 a.C. – Tratado entre Cartago e Roma
(Divisão de influência e atividades Comerciais).
Cartago fica com controle da Sicília e Sardenha.
LENDAS SOBRE A
FUNDAÇÃO
Elissa princesa de Tiro
casada com Acherbas,
sumo sacerdote de
Melqart, irmã de
Pigmaleão. Este mata
o cunhado e Elissa
foge para o norte da
África onde compra
dos Mazícios, área
equivalente ao couro
de um boi.
Elissa manda cortar o couro do boi em tiras
bem finas que unidas definem uma área
suficientemente grande para edificar sua
Cidade.
Assediada por Hiarbas,
rei dos mazícios, Elissa
fiel à memória de seu
marido Acherbas e sob
o pretexto de oferecer
um sacrifício aos
deuses, manda acender
uma fogueira, onde
penetrou e se
apunhalou.
Segundo Homero, a rainha
cartaginesa seria Dido (Deido =
A Errante) que se apaixona pelo
príncipe troiano Enéas quando
este, fugindo de uma tempestade,
aporta em Cartago. Sentindo-se
rejeitada, não suporta vê-lo partir
após receber o mensageiro dos
deuses, Hermes, relembrando-o
de que sua missão não é ficar em
Cartago e sim seguir viagem para
fundar Roma.
Dido atira-se na fogueira
apunhalando-se. Moribunda, suas
últimas palavras foram: ¨que
algum vingador nasça de nossos
ossos” (Eneida, VI, 625)
CARTAGO POLÍTICA
Idioma: Púnico
Governo: Oligarquia
- Sulfete
- Conselho de Anciãos
- Conselho Jovens
- Assembléia de Nobres
- Assembléia do Povo
- As Tribos eram representadas por alguns
membros dos Conselhos
O COMÉRCIO
A base da economia cartaginesa, o
comércio, se fazia por todo o
mediterrâneo destacando-se aí Tartesso e
várias outras cidades da península
Ibérica.
De suas colônias na Sicília, Córsega e
Sardenha, o trigo, o vinho, o azeite, a
prata, o chumbo, o cobre, o estanho e o
zinco estão entre os principais produtos.
A CONSTRUÇÃO
NAVAL
Este era o grande
trunfo de Cartago, o
domínio técnico da
construção naval.
Cada peça era
numerada o que
favorecia a
montagem rápida de
uma frota e garantia
sua supremacia no
“Grande Mar”.
O PORTO DE
CARTAGO
OS NAVIOS
TRIRREME
QUINQUERREME
A GRANDE MURALHA
A RELIGIÃO
Baseada na religião
Fenícia, foi inspirada nas
forças e processos da
natureza. Cultuavam
muitos deuses e seu
panteão era presidido por
Baal Amon, o pai. Mas a
mãe Tanit, é a predileta.
As Estelas calcárias são os
monumentos mais
característicos da arte e
religião Púnica. Muitas se
encontram guardando urnas
contendo restos humanos
cremados, em sua maioria
crianças. Acredita-se que a
exemplo de seus ancestrais,
sacrificassem crianças a seus
deuses em períodos de graves
crises.
A favor dessa teoria fala o
achado do Tofet no templo da
CONFLITOS COM OUTRAS CIVILIZAÇOES
As guerras Sicilianas
Primeira Guerra Siciliana
480 a.C. Gelon, tirano de Siracusa, com apoio grego
tentou unificar toda a ilha. Foi combatido pelo
general Amílcar que caí derrotado na batalha de
Himera.
Segunda Guerra Siciliana
409 a.C. Aníbal Mago conquista a cidade de Selinus e
Himera. Em 405 a.C. empreendeu segunda expedição
mas suas forças e ele próprio foram dizimados por
uma praga. Seu sucessor Himilco logrou êxito
rompendo o sítio grego e derrotando repetidas vezes
o exército de Dionísio, o novo tirano de Siracusa.
Atingido também pela praga foi forçado a firmar a
paz.
Em 399 a.C., Dionísio rompe tratado de paz atacando
Motya. Himilco recupera esta cidade toma Messina.
Faz sítio a Siracusa até 397 a.C., mas em 396 a.C. a
praga volta a dizimar os cartagineses que abandonam o
cerco.
Mais 81 anos de conflitos.
Terceira Guerra Siciliana
315 a.C., Agatocles, tirano de Siracusa toma Messina.
Em 311 a.C., invade últimas colônias e sitia Acragas.
Amílcar contra-ataca com êxito. Em 310 a,C. controla
quase toda a Sicília e sitia Siracusa. Agatocles ataca
Cartago com 14.000 homens e é derrotado. Negocia a
paz e mantém Siracusa.
278 a.C. e 275 a.C., Pirro, rei de Épiro, tenta extender
a influência grega no Mediterrâneo oeste lutando
contra o poder emergente da República romana para
defender as colônias gregas do sul da Itália, e contra
Cartago na tentativa de manter toda a Sicília sob seu
controle. Acaba derrotado na Sicília. Para Cartago
representou a volta ao status quo. Para Roma, no
entanto significou a captura de Tarento e a dominação
de toda a Itália.
Resultado: Redistribuição do poder no Mediterrâneo
ocidental com concomitante redução da influência
grega. A crescente força romana e suas ambições
territoriais a levaram diretamente a entrar em conflito
com Cartago.
A CRISE DE MESSINA
- Em 288 a.C. morre Agatocles
- Um grande número de mercenários italianos ficam ociosos
- Sitiam e tomam Messina e se autodenominam mamertinos
( “filhos de Marte”)
- Em 256 a.C, Hieron II, o novo tirano de Siracusa, investe
contra os mamertinos que pedem ajuda tanto a Cartago
quanto a Roma.
- Cartago corresponde e baseia-se em Messina mas inicia
negociações com Hieron II
- O Senado Romano alia-se aos mamertinos e inicia
manobras militares para devolver-lhes Messina.
- Cartago reage com a declaração de GUERRA a Roma.
PRIMEIRA GUERRA
PÚNICA
264 a.C. - 241 a.C.
Os Primeiros Combates na Sicília
- O cônsul Appius Claudius vence as tropas de Siracusa e
de Cartago ocupando Messina
- O cônsul Manius Valerius Messala ataca e sitia Siracusa,
- Hieron alia se a Roma contra Cartago (263 a.C.)
- Cartago contrata exércitos mercenários e concentra suas
forças em Acragas (Agrigentum). Roma inicia grande e
demorado cerco à cidade 262 a.C.
- Aníbal, comandante das tropas sitiadas pede reforços e
mantimentos a Cartago
- Hanno chega com tropas e elefantes para ajudá-lo
- A Batalha de Acragas termina com vitória romana.
Primeiras Batalhas Navais
- Após vitória em Acragas, Roma controla quase toda
a Sicília
- Cartago continua a dominar os mares, atacando as
cidades costeiras aliadas à Roma, dificultando a
chegada de reforços e suprimentos
- Roma decide produzir uma frota marítima com a
ajuda das cidades gregas e de navios cartagineses
capturados
- Produz 100 quinquerremes e 20 trirremes
- Primeira batalha naval próximo às ilhas Lipari e
terminou com a derrota romana
- A primeira vitória romana no mar aconteceu em
Mylae sob o comando do cônsul Gaius Duilius
- Essa e as demais vitórias romanas na fase inicial
da guerra se devem em grande parte a um novo
dispositivo que passou a equipar os navios
romanos: o corvus.
- Chega ao fim a supremacia púnica no mar. Roma
vence em Sulci (258 a.C) e Tyndaris (257 a.C.)
- Em 256 a.C. com 330 navios os cônsules Marcus
Atilius Regulus e Lucius Manlius Vulso vencem em
Ecnomus.
- Parte da frota volta para Roma
- Regulus, para o Norte da África
- Regulus vence em Adys
- Cartago propõe paz.
- Condições romanas sào
inaceitáveis
- Cartago contrata Xantipo
(General mercenário
espartano)
- Regulus perde a batalha
de Tunis e cai prisioneiro
de Cartago
- Regulus é enviado a
Roma para negociar
paz ou troca de
prisioneiros.
- Aconselha ao Senado
romano não aceitar
tais propostas e
retorna a Cartago
onde é torturado até a
morte.
AS TEMPESTADES DE
255 e 253 a.C.
Ao saber da derrota em Tunis, Roma enviou sua frota para
resgatar os sobreviventes. Cartago tentou impedir, mas foi
derrotata na batalha de Hermaeum. Entretanto, no retorno à
Sicília, uma tempestade destruiu a maior parte dessa frota
(quase 300 navios destruídos). Devido à tragédia, Roma teve
que construir uma nova frota rapidamente. Essa frota foi
mandada para Sicília onde conquistou Panormus, a mais
importante cidade sob o domínio de Cartago.
Após a vitória, parte da frota foi para África onde
atacou algumas cidades, mas no retorno foi
novamente surpreendida por tempestades, perdendo
cerca de 150 navios.
CERCO A LILYBAEUM
Cartago tenta reconquistar Panormus, mas foi derrotada.
Encorajada com a vitória, Roma cerca a última cidade
Siciliana de Cartago, Lilybaeum. Cartago manda reforços
com o almirante Aderbal.
O cônsul Publius Claudius Pulcher decide atacar a frota
inimiga de surpresa, mas o ataque é um fracasso (a maior
derrota naval romana na guerra). Pouco depois o resto da
frota romana é destruída por tempestades. Cartago volta a
ter o domínio marítimo na guerra e Roma fica anos sem
construir uma nova frota.
Em 242 a.C. Amílcar Barca
torna-se comandante das
forças de Cartago
Ataca cidades costeiras do Sul
da Itália. Estabelece seu
exército próximo de
Panormus. De lá seus ataques
a cidades italianas se estendeu
até Cumae e graças a esses
ataques consegue suprimentos
para suas tropas. Avançou até
o Monte Eryx. A esta altura,
tanto Cartago como Roma se
encontram economicamente
arruinados.
A NOVA FROTA
ROMANA
- Roma consegue nova frota de 200 navios
custeada pelos cidadãos mais ricos
- Em 242 a.C. Esta frota vai para proximidades
de Lilibaeum.
- Enfrenta a frota cartaginesa nas ilhas Aegates
e vence.
- Roma domina agora Lilibaeum.
- Cartago se rende e negocia a paz com Roma.
TERMOS DE PAZ
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Evacuar a Sicília;
Libertar seus prisioneiros de guerra sem resgate, mas
pagar resgates para que os seus fossem libertados;
Não atacar Siracusa e aliados;
Transferir para Roma um grupo de pequenas ilhas no
Norte da Sicília;
Evacuar todas as pequenas ilhas entre a Sicília e África;
Pagar uma indenização de 2200 talentos em dez
prestações anuais, mais uma indenização adicional de
1000 talentos imediatamente.
Após a guerra, Cartago não tinha praticamente
nenhum dinheiro e não pôde sequer pagar os
exércitos mercenários mobilizados. Isto conduziu
a um conflito interno, a Revolta dos Mercenários,
ganha após duro esforço por Amílcar Barca.
Talvez o resultado político mais imediato da
Primeira Guerra Púnica foi a queda de Cartago
como poder naval principal. A indenização
exigida pelos romanos causou uma tensão
adicional nas finanças, forçando a cidade a olhar
para outras áreas de influência para obter o
dinheiro para pagar Roma. Isso resultou numa
ocupação cada vez mais agressiva nas colônias de
Hispania.
SEGUNDA GUERRA
PÚNICA
218 –suas
203 a.C.
Cartago após ter perdido
possessões na Sicília
para Roma na Primeira Guerra Púnica, decide
expandir seu território na Hispania ( nome romano
para a Península Ibérica). Processo esse iniciado por
Amílcar Barca em Gades, onde planeja a construção
de uma cidade, Nova Cartago. Após sua morte, seu
genro, Asdrúbal assume a guarda de seu filho Aníbal
e conclui a construção da cidade.
Aníbal Barca ( O preferido de Baal )
247 a.C. - 183 a.C.
Filho mais velho de Amílcar Barca. Barca era apenas um
epíteto com o significado de “Raio” e não um sobrenome.
Os historiadores se referem à família de Amílcar como os
Bárcidas para evitar confusão com outros cartagineses
com o mesmo nome. Após a capitulação de Cartago na
Primeira Guerra Púnica, esta se encontrava em tal estado
de pobreza que não tinha sequer navios para transportar
suas tropas para a Ibéria. Amílcar o fez por terra até as
“Colunas de Melcarte”(Estreito de Gibraltar) onde
atravessou em pequenas embarcações.
Levou consigo o filho Aníbal com 9 anos, mas antes parou
no templo de Eschmund onde faria um sacrifício aos
deuses e obteve de Aníbal o juramento de “eterna
inimizade a Roma”.
“Eu juro que enquanto
viver... usarei o fogo e
o aço para definir o
destino de Roma”
O pai de Aníbal partiu para conquistar a Hispania com
toda a sua experiência militar. Quando Amílcar foi
morto em uma batalha, seu genro Asdrúbal o sucedeu
no comando do exército. Asdrúbal perseguiu uma
política de consolidação dos interesses de Cartago na
Ibéria, até mesmo assinando um tratado com Roma
onde Cartago não se expandiria para além do rio Ebro,
bem como Roma também não o faria ao sul do mesmo.
Com a morte de Asdrúbal (221 a.C.) Aníbal foi aclamado
comandante em chefe pelas tropas o que foi confirmado
pelo governo cartaginês. Após assumir o comando,
passou dois anos consolidando e completando a
conquista da Hispania. Entretanto, Roma percebendo o
rápido crescimento de Aníbal na Ibéria, faz aliança com
a cidade de Sagunto situada consideravelmente ao sul
do Ebro, quebrando então o tratado firmado com
Asdrúbal.
Aníbal reage e faz sítio a Sagunto. O cerco dura oito
meses quando então a cidade cai. Roma preocupada
com esta aparente violação do tratado, demanda
justiça de Cartago. Devido à grande popularidade
de Aníbal, o governo cartaginês não repudia suas
ações e a guerra, que ele desejava, foi declarada no
final daquele ano. Aníbal estava agora determinado
a levar a guerra até o coração da Itália através de
uma rápida marcha pela Hispania e sul da Gália.
Prevendo que os romanos se moveriam ao longo da
costa até a Hispania, parte de Nova Cartago no final
da primavera de 218 a.C. com suas tropas por uma
rota através do interior marchando por territórios
hostis ate chegar ao Ebro em fins de junho.
Seu contingente na Ibéria
contabilizava cerca de 90.000
homens de infantaria e 12.000
da cavalaria, provavelmente aí
incluídas as forças de seu irmão
Asdrúbal. Possuía também um
número desconhecido de
elefantes.
Escolheu os contingentes
mercenários Líbios e Íberos
mais fiéis e confiáveis para
seguir com êle e destacou cerca
de 11.000 Íberos que relutavam
em deixar sua terra natal com
seu irmão Asdrúbal para
guarnecer os novos territórios
conquistados.
Fazendo alianças com os chefes gauleses durante
sua passagem, Aníbal chega ao rio Ródano antes
que os romanos pudessem tomar qualquer medida
contra seu avanço, em setembro. Seu exército
conta agora com 50.000 homens de infantaria,
8.000 de cavalaria e trinta e sete elefantes
Prossegue subindo o vale de um dos tributários do
Ródano e chega em fins do outono à base dos
Alpes. Sucessivamente cruza os Alpes, já no início
do inverno, enfrentando inúmeras dificuldades de
clima, terreno, tribos nativas com táticas de
guerrilha e dificuldades de comandar um exército
formado por raças diversas, com diferentes
idiomas e dialetos.
Finalmente, a Itália. Aníbal chega com praticamente metade de sua
força original e perdeu quase todos os elefantes.
A Batalha de Ticino
- Aconteceu às margens do rio Ticino;
- Romanos comandados pelo cônsul
Públio Cornélio Cipião;
- Este construíu uma ponte garantindo
sua fuga para Placentia;
- Aníbal posicionou sua cavalaria pesada
à frente de seu exército ladeada pelo
esquadrão númida;
- Públio foi ferido e salvo por seu filho
Públio Cornélio Cipião o jovem;
-Públio, derrotado e refugia-se em
Placentia.
A Batalha de Trébia
Tibério Semprônio Longo X Aníbal
Estratégia de Aníbal
- Soldados alimentados;
- Númidas com o corpo protegido com
gordura e óleo atravessam o rio para
instigar os romanos;
- Magon com sua tropa escondido num lago
próximo;
- Uso de elefantes;
- Romanos sem alimentação matinal tem de
atravessar o rio desprotegidos contra o
frio e com pesados equipamentos.
- Trinta mil legionários mortos.
-Inicia travessia dos
Apeninos e marcha
pelos pântanos;
- Perde um olho devido a
uma infecção;
- Perde boa parte de seu
contingente;
- Perde o resto dos
elefantes;
- Chega ao lago
Trasímeno.
- Aníbal distribuiu seu exército no sopé do monte Cortona
dissimulados em meio às pedras e atraiu as tropas de Caius
Flaminius Nepos. Saldo de 15.000 legionários mortos
incluindo Flaminius contra 1.500 dos seus.
Há registro de que durante a batalha houve um
grande abalo sísmico semeando muita
desolação destruindo várias cidades e
desmoronando parte da montanha.
Aníbal X Caio Têrencio Varrão e Lúcio Emílio Paulo
Local: Canae
Contingente Cartaginês = 40.000 Homens
Contingente Romano = 80.000 Homens
Saldo de baixas: 7.000 combatentes de Cartago
51.600 combatentes romanos.
ASDRÚBAL BARCA
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Permaneceu na Espanha quando seu irmão Aníbal
invadiu a Itália em 218 a.C.
Apesar dos altos e baixos , em 211 a.C. havia
estabelecido o poder cartaginês até o norte do rio
Ebro.
Derrotado em 208 a.C. por Públio Cornélio Cipião
em Bécula, dispensou a maior parte de suas tropas
e marchou em direção à Itália para tentar juntar
forças com Aníbal.
Foi interceptado por dois exércitos romanos, sendo
derrotado e morto em 207 a.C. às margens do rio
Metauro. Sua cabeça foi enviada para Aníbal.
ASDRÚBAL BARCA
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Permaneceu na Espanha quando seu irmão Aníbal
invadiu a Itália em 218 a.C.
Apesar dos altos e baixos , em 211 a.C. havia
estabelecido o poder cartaginês até o norte do rio
Ebro.
Derrotado em 208 a.C. por Públio Cornélio Cipião
em Bécula, dispensou a maior parte de suas tropas
e marchou em direção à Itália para tentar juntar
forças com Aníbal.
Foi interceptado por dois exércitos romanos, sendo
derrotado e morto em 207 a.C. às margens do rio
Metauro. Sua cabeça foi enviada para Aníbal.
Aníbal permaneceu na Itália até 203 a.C. quando foi
convocado pelo conselho de anciãos de Cartago para
salvá-los do cerco romano sob o comando de Públio
Cornélio Cipião.
Atendendo ao chamado, tentou por meios pacíficos um
tratado de paz com o cônsul romano e foi rejeitado.
Enfrentou pois o cônsul romano em Zama sendo alí
derrotado.
Públio passou a ser conhecido então como Cipião o
Africano.
O Tratado de Paz
- Perda de todas as possessões de Cartago fora do
continente africano;
- Proibição de declarar novas guerras sem a
permissão de Roma;
- Obrigação de entregar toda a frota militar;
- Reconhecimento de Massinissa como rei da
Numídia e aceitaçao das fronteiras entre
Numídia e Cartago, de acordo com o com o
mesmo;
- Pagamento de 10.000 talentos de prata (260.000
kg) em 50 anos;
- Entrega de 100 reféns escolhidos por Cipião,
Aníbal, dado a sua populariadae em
Cartago, foi eleito Sufete da cidade e
objetivou o combate a corrupção.
Suas medidas foram antipáticas à
classe dominante o que culminou com
articulações para eliminá-lo através de
denúncias a Roma de que o mesmo
estivesse planejando montar outro
exército para atacar novamente a
cidade de Rômulo e Remo.
Aníbal foge para Tiro e lá é contactado por Antíoco,
soberano selêucida para fazer parte de seu comando
militar contra Roma.
Antíoco é derrotado e para não ser entregue a Roma,
Aníbal foge para Bitínia na corte do rei Prusias I.
Com o objetivo de um tratado de paz com Prusias,
Roma exige a entrega de Aníbal.
Este prefere a morte, contava então sessenta e quatro
anos..
Usa um poderoso veneno que trazia em seus anéis.
A exemplo de Cipião Africano, deseja que seja escrito
em seu epitáfio: “Pátria ingrata, não tera sequer
minhas cinzas”.
Nos anos que sucederam a segunda guerra
Cartago, sem uma frota militar, sem a Sardenha,
Córsega, Sicília, Ibéria e com o pesado ônus de
guerra (200 talentos de prata por ano), aplicou-se
no que mais sabia fazer: o comércio.
Em 152 a.C. é visitada pelo senador romano Catão
o Velho que esperava encontrar uma diminuta e
mísera cidade numa península africana.
Encontrou uma Cartago esplendorosa.
Passa a encerrar todos os seus discursos no Senado
com a célebre frase “Delenda est Cartago” (
“Cartago tem de ser destruída”).
O Senado decide então, insidiosamente minar as
relações da Numídia com Cartago.
Não obstante parece que as razões que levaram aos
romanos a destruir Cartago não foram tanto o rancor
ancestral, mas as econômicas. O Comércio cartaginês
por todo o mediterrâneo era competente. Com seus
produtos agrícolas ( os famosos figos, o vinho , etc)
competiam com grande margem de diferença aos ricos
latifundiários da Campania. Portanto, a aristocracia
latifundiária apoiou as idéias de Catão e estas finalmente
foram aprovadas quando se encontrou uma desculpa
adequada para iniciar uma guerra. Parece que Catão
morreu um pouco antes ou depois do início do conflito
que tanto desejara.
A TERCEIRA GUERRA
PÚNICA
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149 – 146 a.C.
Massinissa, rei da Numídia com permissão de
Roma realiza contínuos ataques aos territórios
púnicos;
Cartago manda Asdrúbal enfrentar aos Númidas
mas foi desastrosamente derrotado;
Roma interpreta essa ação como o motivo para a
guerra;
Cartago condena Asdrúbal e outros membros do
partido militar à morte e enviam embaixadas para
soulucionar a situação em Roma;
Roma não aceita e formaliza a declaração de
guerra;
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O Conselho cartaginês decide render-e
incondicionalmente;
Roma declarou garantia à liberdade, a terra, a
propriedade e à existência do estado em troca de
300 reféns escolhidos entre os filhos dos dirigentes
cartagineses. Os reféns foram imediatamente
entregues;
Roma desembarca em Útica e exige que todos os
armamentos de Cartago lhe seja entregue;
Roma ordena que Cartago seja destruída e que
seus habitantes reconstruam sua cidade a uma
distância de 15,4 km do atual local. Proposição
imediatamente rechaçada.
Cartago pede 30 dias para o Senado romano se
manifestar quanto a um armistício Roma nega.
Cartago resiste;
Resurge aqui a figura de Asdrúbal que havia conseguido
fugir após sua condenação à morte;
Em 147 a.C. Públio Cornélio Cipião Emiliano, neto de
Cipião o Africano, assume o comando dos exércitos
romanos e enfrenta os cartagineses em uma grande
batalha em que estes perderam cerca de 85.000 vidas;
Em 146 a.C. finalmente conseguem vencer as muralhas e
entram na cidade onde seus esquadrões da morte fazem
uma carnificina.
Cartago termina sendo totalmente demolida, seu terreno
salgado e os sobreviventes, cerca de 50.000 foram
levados como escravos.
Todas as cidades que apoiaram Cartago durante toda a
guerra foram destruídas. Por outro lado, as que se
renderam incondicionalmente (como Utica) foram
poupadas. O território cartaginês se converteu em
uma província romana com o nome de África, e
abasteceu de trigo à república e depois ao império. A
cidade foi reconstruída por Augusto, de acordo com
uma idéia de Júlio Cesar, que a viu em um sonho. De
fato, houve um imperador, Septimo Severo, que
procedia das cercanias de Cartago, e falava o latim
com um forte sotaque púnico.Cartago que durante o
império foi uma das cidade mais esplendorosas do
mundo romano, sobreviveu até o século VII, quando
foi destruída com a invasão árabe do norte da África.
Atualmente Cartago é um subúrbio de Tunis.