por uma economia política da cidade

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Transcript por uma economia política da cidade

A produção da metrópole no período atual: Estado,
corporações e organizações de solidariedade”
Professor Ricardo Mendes Antas Junior
Aula 11
“POR UMA ECONOMIA
POLÍTICA DA CIDADE”
Milton Santos
São Paulo: Educ/Hucitec. 1984
Savanna da Rosa Ramos
Ligia Pinheiro
22/06/2012
Aula 11: POR UMA ECONOMIA POLÍTICA DA CIDADE. Milton Santos .São
Paulo: Educ/Hucitec. 1984
Estrutura:
Nota Introdutória
1.
A primazia de São Paulo Metrópole
2.
São Paulo, Metrópole Internacional do 3º Mundo
3.
A Região cresce Mais que a Metrópole
4.
Involução Metropolitana e Economia
Segmentada: O caso de São Paulo
5.
Por uma Economia Política da cidade.
Considerações
Aula 11: POR UMA ECONOMIA POLÍTICA DA CIDADE. Milton Santos .São
Paulo: Educ/Hucitec. 1984
Nota Introdutória




Ensaios sobre a metrópole paulistana;
Representa um processo em curso de observação e
leitura analítica da urbanização brasileira e da
metrópole paulistana;
Análise empírica e continuidade da reflexão
teórico-metodológica;
Via de renovação do processo do conhecimento da
sociedade, por intermédio da análise do fenômeno
espacial
Aula 11: POR UMA ECONOMIA POLÍTICA DA CIDADE. Milton Santos .São Paulo:
Educ/Hucitec. 1984
Cap. 1 - A PRIMAZIA DE SÃO PAULO METRÓPOLE

Características de São Paulo:
•
•
•
•
Aglomeração + populosa (xx milhões/hab.)
Mais tráfego sob 4 rodas;
Maior no de trabalhadores na indústria;
Seguiu os instrumentos da modernidade da Europa e EUA:
estradas de ferro e rodagem, portos, plantações, bancos,
escolas, urbanismo, modelos de consumo, adm., etc.
“ São Paulo é a única entre as grandes cidades do 3º Mundo a ter
bem perto dela uma zona agrícola dinâmica”;
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Educ/Hucitec. 1984
Cap. 1 - A PRIMAZIA DE SÃO PAULO METRÓPOLE

Características de São Paulo:
•
•
•
Cidade dos trópicos com maiores taxas de
crescimento industrial e econômico;
Centro informacional e internacional de serviços;
Metrópole Involuída = melhor lugar para os pobres
 característica de um país subdesenvolvido
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Educ/Hucitec. 1984
Cap. 2 - SÃO PAULO, METRÓPOLE INTERNACIONAL DO 3º MUNDO






São Paulo => COMANDO DO SETOR FINANCEIRO
 Sistema Bancário Brasileiro
 E Prioridade com outras áreas financeiras:
Mercado de capitais;
Bancos de Investimento; (e de capital internacional)
Fundos Mútuos de Ações;
Sociedades de crédito, financiamento e investimento;
Distribuidores de títulos e valores.
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Cap. 2 - SÃO PAULO, METRÓPOLE INTERNACIONAL DO 3º MUNDO

São Paulo => COMANDO DO SETOR FINANCEIRO
 Comparações entre SP, RJ e DF.
 Déc. 90 = Citibank / Banco Frances / Unibanco /
Banco Garania
Empresas industriais: FIAT
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Cap. 2 - SÃO PAULO, METRÓPOLE INTERNACIONAL DO 3º MUNDO

São Paulo => INDÚSTRIA CULTURAL E PRODUÇÃO
CIENTIFICA

Comparações entre SP e RJ:
 Cadeias de TV / Jornais / Prod. Cinematográfica (Mais
desenvolvimento no RJ) e em SP mais
 Cientificidade em: Des. Industrial e Agrícola; Domínios de
ponta (biotecnologias, novos materiais, energia nuclear,
informática, eletrônica, químicas finas, material bélico);
Editores de livros e folhetos; Autores; Rev. Cientificas.
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Cap. 2 - SÃO PAULO, METRÓPOLE INTERNACIONAL DO 3º MUNDO
São Paulo => INDÚSTRIA CULTURAL E
PRODUÇÃO CIENTIFICA
Milton Santos questiona:

A
partir do papel da propaganda na sociedade
contemporânea, SP torna-se uma metrópole
cultural?
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Cap. 2 - SÃO PAULO, METRÓPOLE INTERNACIONAL DO 3º MUNDO

São Paulo => SETOR DA PUBLICIDADE


Centro Difusor de interesses ... “São Paulo é o centro
difusor de interesses publicitários de inúmeras marcas e
firmas internacionais” (p. 31)
São Paulo => AS COMUNICAÇÕES

“São os lugares com alta densidade informacional que estão
votados a ser os pontos de realização dessa economia
mundial renovada, característica da época contemporânea.
(p.33)
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Cap. 2 - SÃO PAULO, METRÓPOLE INTERNACIONAL DO 3º MUNDO

São Paulo => O INTERCÂMBIO DE PESSOAS
 Linhas de ônibus
 Tráfego de automóveis
 Tráfego aéreo (Pontes aéreas – SP-RJ – BH – BSB)
 Perfil de passageiros do transporte aéreo
 Perfil dos visitantes pela ocupação da rede
hoteleira 5*
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Cap. 2 - SÃO PAULO, METRÓPOLE INTERNACIONAL DO 3º MUNDO

São Paulo => O INTERCÂMBIO DE PESSOAS
“A atividade de negócios, tanto para estrangeiros como para
brasileiros, é a 1ª em ordem, vindo em 2º lugar, de forma bem
característica, os congressos científicos e somente depois o
turismo e as compras. Quanto à profissão dos hospedes , os
engenheiros e os executivos rivalizam nos primeiros lugares, entre
nacionais e estrangeiros, seguidos de administradores de
empresas, economistas, médicos, vendedores e compradores.”
(p.37)
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Cap. 2 - SÃO PAULO, METRÓPOLE INTERNACIONAL DO 3º MUNDO

São Paulo => METRÓPOLE INFORMACIONAL


“São Paulo fica presente em todo o território brasileiro
graças a esses novos nexos geradores de fluxos de
informação indispensáveis ao trabalho produtivo”. (p. 38)
+++ São Paulo torna-se a metrópole de serviços, terciária,
quaternária, o grande centro de decisões, a grande fábrica e
ideias que se transformam em informações e mensagens.
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Cap. 2 - SÃO PAULO, METRÓPOLE INTERNACIONAL DO 3º MUNDO

São Paulo => METRÓPOLE INFORMACIONAL/GLOBAL
TRANSFORMAÇÃO  “Nas condições de passagem de uma
fase à outra, somente a metrópole industrial tem os meios
para instalar as novas condições de comando, beneficiandose dessas pré-condições para mudar qualitativamente. (p.39)
 São Paulo conhece a sua 3ª etapa de mundialização...
 1ª - comércio – séc. XIX p/ séc XX
 2ª - produção industrial – até os anos de 1960.
 3ª - informação – base de domínio para ativ. Hegem.

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Cap. 2 - SÃO PAULO, METRÓPOLE INTERNACIONAL DO 3º MUNDO

São Paulo => NOVA DIVISÃO METROPOLITANA DO
TRABALHO
 Conquista de um mercado nacional brasileiro;
 “Instância econômica e instância política são, ao
mesmo tempo, fator de regulação e de comando da
economia, da sociedade e do território, e isso explica
o conteúdo dessa divisão do trabalho”.(p.43)
 “O mercado busca impor a sua lei sobre a totalidade
do território, seja em cooperação, seja em
contradição com as outras forças sociais. (p.44)
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Cap. 2 - SÃO PAULO, METRÓPOLE INTERNACIONAL DO 3º MUNDO
 São Paulo => MUNDIALIDADE E MODERNIDADE PERVESA
Internacional
 Divisão do trabalho
Interna
LEIS
TERRITORIAL
ASSOCIAÇÃO DE INFLUENCIAS
Paisagem urbana (espaço construído) => MODERNIZAÇÃO
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Cap. 2 - SÃO PAULO, METRÓPOLE INTERNACIONAL DO 3º MUNDO

São Paulo => MUNDIALIDADE E MODERNIDADE
PERVESA

Caso:

Países Subdesenvolvidos = MODERNIZAÇÃO
INCOMPLETA

“ A Modernização Incompleta é, a cada momento
histórico, um traço das transformações do espaço que
é muito mais sensível nos países subdesenvolvidos [...]
caráter coorporativo de sua urbanização e de suas
metrópoles”. (p.45)
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Cap. 2 - SÃO PAULO, METRÓPOLE INTERNACIONAL DO 3º MUNDO
 São Paulo => MUNDIALIDADE E MODERNIDADE PERVESA
Subdesenvolvidos = Exige + esforço de
equipamento de forma extensiva e intensiva. 
GLOBALIZAÇÃO
Exige + recursos para
construção de infraestruturas econômicas
 Conseqüência:
Investimentos sociais e benefícios
elevado
 Modernização seletiva grau de cresc.
multinacionais
 Países
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Cap. 3. A REGIÃO CRESCE MAIS QUE A METRÓPOLE







Meio geográfico
A metrópole cresce menos que o país como um todo
O crescimento regional tende a ser menor nas
metrópoles
A expansão do emprego na capital e no interior
Ganha-se mais no campo?
A qualidade de vida no interior
A involução metropolitana
Aula 11: POR UMA ECONOMIA POLÍTICA DA CIDADE. Milton Santos .São Paulo:
Educ/Hucitec. 1984
Cap. 3. A REGIÃO CRESCE MAIS QUE A METRÓPOLE

A involução metropolitana

Diferenciar:
INVOLUÇÃO URBANA X RURALIZAÇÃO URBANA
3 INDICADORES: - PIB (< crescimento nas metropoles)
Reversão al lequ salarial ( menos remuneração)
Indices de qualidade de vida (melhor no interior)
Aula 11: POR UMA ECONOMIA POLÍTICA DA CIDADE. Milton Santos .São Paulo:
Educ/Hucitec. 1984
Cap. 3. A REGIÃO CRESCE MAIS QUE A METRÓPOLE
A involução metropolitana
3 INDICADORES:
- PIB (< crescimento nas metropoles)
Reversão al lequ salarial ( menos remuneração)
Indices de qualidade de vida (melhor no interior)

... Se afirmam paralelamente à extensão da pobreza
nas áreas metropolitanas, onde aumenta o chamado
emprego informal.

Cap 4. Involução Metropolitana e Economia
Segmentada: o Caso de São Paulo
No período da mundialização Processos de
urbanização vem acompanhado de processo de
metropolização (no Terceiro Mundo)  e resultam na
modernização contemporânea = urbanização seletiva
e não igualitária (perversa)
Diante desse processo contraditório (Milton Santos chama de
CRISTALIZAÇÃO DE NOVA LÓGICA EM PONTOS DO TERRITÓRIO) de
avanços localizados com atrasos generalizados, questiona:
“Porque essas metrópoles definitivamente não explodem?”
Cap 4. Involução Metropolitana e Economia
Segmentada: o Caso de São Paulo
A resposta é dada a partir da explicação do que denominou de
INVOLUÇÃO METROPOLITANA
1. O aumento do emprego é maior que o da população
2. A convivência entre atividades fabris de expressão
diferente (moderna e tradicional)
3. A Periferia no Polo
4. Segmentação metropolitana e Circuito Superior
Marginal
5. Meio Ambiente Construído e o Papel do Mercado na
Criação de Atividades
Cap 4. Involução Metropolitana e Economia
Segmentada: o Caso de São Paulo
Segmentação metropolitana e Circuito Superior
Marginal
modernização com expansão da pobreza= involução metropolitana 
proliferação de atividades com os mais diferentes níveis de capital,
trabalho, organização, tecnologia, menores que no setor moderno
surgimento de uma série de atividades de menor capital que absorvem
parcela da população marginalizada).
INVOLUÇÃO METROPOLITANA  SEGMENTAÇÃO DA ECONOMIA
simultaneamente à modernização de atividades, ocorre a expansão de
formas econômicas menos modernas que abrigam uma parcela da
pobreza urbana, permitindo a existência de um setor econômico
diferente do setor do grande capital.
circuito superior :
resultado da modernização atual e do uso corporativo do território; exerce
domínio da produção de forma autônoma, cria o consumo por sua força de
mercado
circuito inferior:
se multiplica face à produção da pobreza urbana; exerce domínio da produção
exigida por um consumo que não pode ser respondido no circuito superior
circuito superior marginal:
"aparece, nas cidades do terceiro mundo, ao mesmo tempo como um obstáculo à
oligopolização completa da economia e como uma das suas condições. Neste
ultimo caso, firmas do circuito superior podem utilizar-se da sua presença como
forma de obterem suprimento de certos bens e serviços intermediários de que
necessitam para sua própria operação. Em outros casos, deixam a esse circuito
superior marginal seus próprios interstícios, isto é , as faixas de mercado e as
áreas geográficas onde não querem ou não podem operar"
Cap 5. Por uma Economia Política da Cidade
ECONOMIA POLITICA
Definições Multiplas.
Na abordagem do livro defini-se como:
• estudo da produção
• das condições de realização da produção
• e de suas consequências
Funcionamento do Capital
Funcionamento do Trabalho
Funcionamentos que são regulados pelo mercado ,
pelo Estado ou ocorrem de forma espontânea
Cap 5. Por uma Economia Política da Cidade
• A noção de economia política está vinculada ao dado
espacial
•A circulação (produtos, mercadorias, pessoas, idéias) ganhou
expressão no processo de globalização  e a urbanização passou
a ser um dado fundamental na compreensão da economia.
•A urbanização passa a exigir como método de estudo a economia
política
ECONOMIA POLITICA
Da Urbanização
Da Cidade
Cap 5. Por uma Economia Política da Cidade
ECONOMIA POLITICA
Da Urbanização
- economia política do território,
- Revela a repartição dos
instrumentos de trabalho, do capital,
do emprego e dos homens numa
formação socioespacial
ECONOMIA POLITICA
Da Cidades
-Mostra como o meio construído
urbano se organiza face à produção
- e como os agentes da vida urbana
encontram seu lugar nesse
meio construído e na divisão do
trabalho
DA POBREZA ESTRUTURAL À RESISTÊNCIA: PENSANDO OS CIRCUITOS DA ECONOMIA URBANA
Maria Laura Silveira
CONTATO
MUITO OBRIGADA!
SAVANNA DA ROSA RAMOS
[email protected]
LIGIA PINHEIRO
[email protected]