Peelings profundos - Dermatologia HUEC

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Transcript Peelings profundos - Dermatologia HUEC

Camila Ferrari Ribeiro Julho/2010

Classificação

Superficial, muito leve Superficial, leve Médio Profundo

Nível de acometimento na pele

Camada córnea; estrato espinhoso

Agentes

• ATA 10 a 20% • Alfa-HA baixa potência (AG 30-50%) • Beta-HA (AS 14-30%) • Tretinoína (AR 5-8%) Toda a epiderme; até derme papilar • ATA 20-30% • Solução de Jessner • AG 70% Derme reticular superficial Derme reticular média • ATA 35-40% • Fenol 88% (sem oclusão) • CO2 sólido+ATA 35% • Jessner + ATA 35% • AG 70% + ATA 35% • Baker-Gordon de fenol

Peeling

Superficial Médio Profundo

Fototipos

Todos I a III (IV a VI – maior risco de hipopigmentação pós-inflamatória)

Indicações

Melasmas, acne vulgar, ceratoses seborréicas finas e lentigos solares claros, rítides leves, hiperpigmentação pós inflamatória Ceratoses actínicas, rítides, melasma, ceratose seborréica, lentigo solar. Melhora da textura da pele I a II Rítides faciais profundas, flacidez cutânea, cicatrizes de acne, fotoenvelhecimento

 Considerado procedimento mais definitivo para reversão do fotoenvelhecimento  Mesmo com resurfacing a laser, o peeling de fenol continua sendo importante ferramenta

  Peeling de fenol de Baker-Gordon com ou sem oclusão Fenol 88% sem oclusão • • • • • • peeling médio risco minimizado de hipopigmentação previsibilidade melhor do que ATA 35% uso limitado pelas precauções cardíacas e renais tempo longo de aplicação usado nas pálpebras (quando Baker-Gordon na face)

 Fórmula de Baker-Gordon: • Fenol usp (88%fenol+12%água)– 3ml • • • Água comum ou destilada – 2ml Sabão (hexaclorofeno líquido) 0,025% - 8gotas Óleo de cróton – 3 gotas

    Monohidroxibenzeno Penetração profunda Efeito melanotóxico direto Hipopigmentação pós-inflamatória permanente (geralmente não perceptível em fototipos I e II)

 Excreção renal - 70-80% fenol absorvido é excretado pela urina (15 a 20 min após a aplicação)  Toxicidade cardíaca: taquicardia, extrassístoles ventriculares, fibrilação atrial, fibrilação ventricular, dissociação eletromecânica  Sedação endovenosa

  Anamnese, exame físico e exames laboratoriais Evitar quando: • • • • • • • Doença cardíaca, renal e hepática Herpes Uso recente de isotretinoína Instabilidade psicológica Predisposição a quelóides Exposição contínua a raios UV Fototipos IV a VI

 Fenol 88% - penetra derme reticular superior, queratocoagulante, impede sua permeação em níveis mais profundos  Fenol diluído - queratolítico, rompe pontes de enxofre da queratina e penetra mais profundamente, biotransformado pelo fígado e excretado pelos rins

  Na pele o fenol induz uma queimadura quimica, que ao longo do tempo resulta no rejuvenescimento da pele Aplicação por período de tempo maior ocasiona sua penetração na derme superior, resultando formação de nova camada de colágeno estratificado

 Óleo de croton • • • • • • Croton tiglium Eleva a capacidade do fenol de coagular a queratina da pele Promotor de penetração cutânea por elevar a vascularização Altamente tóxico Causa edema e eritema Importante variável – potência

 Sabão líquido – detergente como veículo na formulação, reduz a tensão superficial da gordura presente na pele, facilitando a penetração do fenol na pele e promovendo um peeling mais homogêneo  Septisol

 Água – veículo para alcançar a concentração desejada de fenol na formulação

 A fórmula de Baker é uma suspensão: partículas finas de componente sólido em dispersão num meio líquido  Deve ser agitado antes do uso

 Benefícios: reação rápida e uniforme  Efeitos adversos minimizados • • • • hipo ou hiperpigmentação pós-inflamatória atraso na reepitelização eritema prolongado cicatrização mais rápida  2 fases: pré-tratamento e preparação imediata

  Início: 2-4 sem antes do peeling Objetivos principais: • dimiuir extrato córneo  • reduzir hiperpigmentação pós-inflamatória Verificar tolerância do pcte ao tto • • protetores solares despigmentantes   • hidratantes AR 0,025-0,05% + HQ 4% + HC 1% Preparo psicológico!

 Sedação e analgésicos  • peeling muito doloroso devido a ação na derme reticular intermediária Hidratação   • SF 0,9% 1L antes e durante o procedimento Monitorização contínua Observação do paciente por 4hs após a aplicação

 Desengorduramento é importante para haver penetração uniforme.

• Álcool etílico • • • Álcool-acetona Éter Outros solventes orgânicos.  Os pelos faciais devem ser removidos para evitar desconforto do paciente

 Aplicação com algodão, gaze ou cotonete  Evitar fricção vigorosa, pois pode produzir penetração muito rápida e maior risco de intoxicação

 Aplicação em 6 unidades estéticas: 1) Frontal 4) Nasal 2) Malares 5) Perioral 3) Mento 6) Periorbital    Começar pela maior área Repouso por 10 a 15 min antes da aplicação na próxima área Duração:60 – 90min

 Após o término do procedimento: • • • • • Deixar sem oclusão ou Oclusão com pomada de vaselina ou máscara de esparadrapo e/ou Óxido de Zinco Não ocluir sobrancelhas, cílios, lóbulos   Com oclusão – derme reticular intermediária Sem oclusão – epiderme e derme

 Prescrever: • Hipnóticos/ ansiolíticos para repouso • Analgésicos      • Antibióticos VO Compressas de gelo Queimação por até 8hs Edema é grave – pálpebras ficam protrusas Cabeceira elevada Retorno em 24h para apoio psicológico

 Remoção do curativo após 48hs • Analgésicos antes da retirada    • Bolsas de gelo Compressas de água boricada 3% 3 a 5x ao dia ou pó antisséptico de bismuto por 7 dias Pomadas de bacitracina ou pomadas vaselinadas com antibiótico Proteção solar

    Regeneração epidérmica inicia-se em 48h e completa em torno de 10 dias Prurido é comum – hidrocortisona, compressas de gelo Eritema e crostas por 14 dias Milia – comum, desaparece espontaneamente ou extração manual

  De acordo com cada paciente é permitido uso de maquiagem hipoalergênica após a segunda semana pós-peeling Após a sexta semana – bloqueador solar

    Alterações pigmentares devido processo inflamatório.

Hipopigmentação – toxicidade do fenol ao melanócito (rara) Ectrópio Infecção – Staphilococcus sp,

Streptococcus sp, Pseudomonas aeruginosa

 Cicatriz mais profunda no pós peeling, podendo ser permanente (lábios, pálpebras e mandíbula)  Aparecimento de milia – pela rápida reepitelização da pele

     Atuam seletivamente nas camadas superficiais da pele e preservam melanócitos da camada basilar Mais seguros e eficazes, menor toxicidade Multipeel – Fenol light, Neopeel São procedimentos ambulatoriais e indolores Não é ocluído

    Shirlei Borelli - Cosmiatria em Dermatologia. Usos e aplicações.

Keyvan Khouri – Técnicas em cirurgia dermatológica.

Mark Rubin – Peeling químico. Série procedimentos em dermatologia cosmética.

Velasco MVR, Okubo FR, Ribeiro ME, Steiner D, Bedin V. Rejuvenescimento da pele por peeling químico:enfoque no peeling de fenol. An Bras Dermatol 2004 79(1):91-9.