Emergências Gastrointestinais
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Transcript Emergências Gastrointestinais
Emergências
Gastrointestinais
Profª Virginia Polli
Sistema Gastrointestinal
Revisão Anatomia e Fisiologia
O sistema digestório humano é formado por um
longo tubo musculoso, ao qual estão associados
órgãos e glândulas que participam da digestão.
Apresenta as seguintes regiões; boca, faringe,
esôfago, estômago, intestino delgado, intestino
grosso e ânus.
Sistema Gastrointestinal
Revisão Anatomia e Fisiologia
Sistema Gastrointestinal
Revisão Anatomia e Fisiologia
A parede do tubo digestivo, do esôfago ao
intestino, é formada por quatro camadas:
mucosa, submucosa, muscular e
adventícia.
Boca
A abertura de entrada do alimento - a boca:
dentes e a língua - mastigação.
Dentes reduzem alimentos em pequenos
fragmentos, misturando-os à saliva.
Sistema Gastrointestinal
Revisão Anatomia e Fisiologia
EXAME DO ABDOME
• Dados da história:
• subsídios para direcionar o exame
• hábitos alimentares
• hábitos intestinais
• sinais e sintomas
fatores
desencadeantes
exacerbantes
inibitórios
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Revisão Anatomia e Fisiologia
A língua movimenta o alimento
empurrando-o em direção a garganta, para
que seja engolido.
Papilas gustativas, amargo (A), azedo ou
ácido (B), salgado (C) e doce (D).
A distribuição dos quatro tipos de
receptores gustativos, na superfície da
língua, não é homogênea.
Sistema Gastrointestinal
Revisão Anatomia e Fisiologia
Glândulas salivares
A presença de alimento na boca, assim como sua visão e
cheiro, estimulam as glândulas salivares a secretar saliva, que
contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e
outras substâncias.
A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos
reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo).
Três tipos de glândulas salivares lançam sua secreção na
cavidade bucal; parótida, submandibular e sublingual:
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Glândula parótida - Com
massa variando entre 14 e 28 g, é a
maior das três; situa-se na parte
lateral da face, abaixo e adiante do
pavilhão da orelha.
Glândula submandibular - É
arredondada, mais ou menos do
tamanho de uma noz.
Glândula sublingual - É a
menor das três; fica abaixo da
mucosa do soalho da boca
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Dentes
Os dentes são estruturas duras, calcificadas,
presas ao maxilar superior e mandíbula, cuja
atividade principal é a mastigação.
Os nervos sensitivos e os vasos sanguíneos do
centro de qualquer dente estão protegidos por
várias camadas de tecido. A mais externa, o
esmalte, é a substância mais dura. Sob o
esmalte, circulando a polpa, da coroa até a raiz,
está situada uma camada de substância óssea
chamada dentina
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Dentes
Os dentes são estruturas duras, calcificadas,
presas ao maxilar superior e mandíbula, cuja
atividade principal é a mastigação.
Os nervos sensitivos e os vasos sanguíneos do
centro de qualquer dente estão protegidos por
várias camadas de tecido. A mais externa, o
esmalte, é a substância mais dura. Sob o
esmalte, circulando a polpa, da coroa até a raiz,
está situada uma camada de substância óssea
chamada dentina
Sistema Gastrointestinal
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ESTÔMAGO E SUCO GÁSTRICO
O estômago é uma bolsa de parede
musculosa, localizada no lado esquerdo
abaixo do abdome, logo abaixo das últimas
costelas.
Quando está vazio, tem a forma de uma
letra "J" maiúscula, cujas duas partes se
unem por ângulos agudos.
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Suas contrações através dos movimentos
peristálticos fazem com que o bolo alimentar
avance até ao estômago ,
Ele está divido em 3 partes: uma proximal, uma
média e outra distal.
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Faringe e Esôfago
A faringe, situada no final da cavidade bucal,
é um canal comum aos sistemas digestório e
respiratório: por ela passam o alimento, que
se dirige ao esôfago, e o ar, que se dirige à
laringe.
O esôfago, canal que liga a faringe ao
estômago, localiza-se entre os pulmões, atrás
do coração, e atravessa o músculo diafragma,
que separa o tórax do abdômen. O bolo
alimentar leva de 5 a 10 segundos para
percorre-lo.
Sistema Gastrointestinal
Revisão Anatomia e Fisiologia
Sistema Gastrointestinal
Revisão Anatomia e Fisiologia
ESTÔMAGO E SUCO GÁSTRICO
Sistema Gastrointestinal
Revisão Anatomia e Fisiologia
ESTÔMAGO E SUCO GÁSTRICO
• A pepsina, enzima mais potente do suco gástrico,
é secretada na forma de pepsinogênio.
• Por ação do ácido cloródrico, o pepsinogênio, ao
ser lançado na luz do estômago, transforma-se
em pepsina, enzima que catalisa a digestão de
proteínas.
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Intestino Delgado
O intestino delgado - pouco mais de 6 m de
comprimento por 4cm de diâmetro e pode ser
dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25
cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5
cm).
A porção superior ou duodeno tem a forma de
ferradura - piloro.
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Intestino Delgado
ABDOME AGUDO
• Dados da história
• Técnicas de exame do abdome:
inspeção, ausculta, percussão, palpação
• Topografia do abdome:
4 quadrantes
9 regiões
• Procedimentos especiais no exame
abdominal
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Intestino Delgado
A digestão do quimo ocorre
predominantemente no duodeno e nas
primeiras porções do jejuno. No duodeno
atua também o suco pancreático. Outra
secreção que atua no duodeno é a bile,
produzida no fígado e armazenada na
vesícula biliar.
Os sais biliares têm ação detergente,
emulsificando ou emulsionando as
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Intestino Grosso
É o local de absorção de água, tanto a ingerida
quanto a das secreções digestivas. Ingesta 1,5
litros de líquidos por dia, 8 ou 9 litros de água das
secreções.
Glândulas da mucosa do intestino grosso
secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando
seu trânsito e eliminação pelo ânus.
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Intestino Grosso
Mede cerca de 1,5 m de
comprimento e divide-se em
ceco, cólon ascendente, cólon
transverso, cólon descendente,
cólon sigmóide e reto.
A saída do reto - ânus e é
fechada pelo esfíncter anal.
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Intestino Grosso
Numerosas bactérias vivem em mutualismo no
intestino grosso. Seu trabalho consiste em
dissolver os restos alimentícios não assimiláveis,
reforçar o movimento intestinal e proteger o
organismo contra bactérias estranhas, geradoras
de enfermidades.
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Intestino Grosso
As fibras vegetais, principalmente a celulose, não
são digeridas nem absorvidas, contribuindo com
porcentagem significativa da massa fecal. Como
retêm água, sua presença torna as fezes macias
e fáceis de serem eliminadas.
O intestino grosso não possui vilosidades nem
secreta sucos digestivos, só absorve água
Como o intestino grosso absorve muita água, o
conteúdo intestinal se condensa até formar
detritos inúteis, que são evacuados.
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Glândulas Anexas
Sistema Gastrointestinal
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Pâncreas
O pâncreas é uma glândula mista, de mais ou
menos 15 cm de comprimento e de formato
triangular, localizada transversalmente sobre a
parede posterior do abdome, na alça formada
pelo duodeno, sob o estômago.
O pâncreas é formado por uma cabeça que se
encaixa no quadro duodenal, de um corpo e de
uma cauda afilada. A secreção externa dele é
dirigida para o duodeno pelos canais de Wirsung
e de Santorini.
Sistema Gastrointestinal
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Pâncreas
O canal de Wirsung desemboca ao lado do canal
colédoco na ampola de Vater. O pâncreas
comporta dois órgãos estreitamente imbricados:
pâncreas exócrino e o endócrino.
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Pâncreas
O pâncreas exócrino produz enzimas digestivas,
em estruturas reunidas denominadas ácinos.
O pâncreas endócrino secreta os hormônios
insulina e glucagon.
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Pâncreas
O pâncreas exócrino produz enzimas digestivas,
em estruturas reunidas denominadas ácinos.
O pâncreas endócrino secreta os hormônios
insulina e glucagon.
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Pâncreas
O suco pancreático, produzido pelo pâncreas,
contém água, enzimas e grandes quantidades de
bicarbonato de sódio. O pH do suco pancreático
oscila entre 8,5 e 9. Sua secreção digestiva é
responsável pela hidrólise da maioria das
moléculas de alimento, como carboidratos,
proteínas, gorduras e ácidos nucléicos.
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Fígado
É o maior órgão interno, e é ainda um dos mais
importantes. É a mais volumosa de todas as
vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto,
e na mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg. Tem cor
arroxeada, superfície lisa e recoberta por uma
cápsula própria. Está situado no quadrante
superior direito da cavidade abdominal.
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Revisão Anatomia e Fisiologia
Fígado
Sistema Gastrointestinal
Revisão Anatomia e Fisiologia
Fígado
O tecido hepático é constituído por lobos,
compostos por colunas de hepatócitos, rodeadas
por canais diminutos (canalículos), pelos quais
passa a bile, secretada pelos hepatócitos.
Estes canais se unem para formar o ducto
hepático que, junto com o ducto procedente da
vesícula biliar, forma o ducto comum da bile, que
descarrega seu conteúdo no duodeno.
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Fígado
O tecido hepático é constituído por lobos,
compostos por colunas de hepatócitos, rodeadas
por canais diminutos (canalículos), pelos quais
passa a bile, secretada pelos hepatócitos.
Estes canais se unem para formar o ducto
hepático que, junto com o ducto procedente da
vesícula biliar, forma o ducto comum da bile, que
descarrega seu conteúdo no duodeno.
Sistema Gastrointestinal
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Fígado
As células hepáticas ajudam o sangue a
assimilar as substâncias nutritivas e a excretar os
materiais residuais e as toxinas, bem como
esteróides, estrógenos e outros hormônios.
Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas.
Produz carboidratos a partir de lipídios ou de
proteínas, e lipídios a partir de carboidratos ou de
proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica
fármacos e muitas outras substâncias.
Sistema Gastrointestinal
Revisão Anatomia e Fisiologia
Fígado
Funções do fígado:
Secretar a bile, líquido que atua no
emulsionamento das gorduras ingeridas,
facilitando, assim, a ação da lipase;
Remover moléculas de glicose no sangue,
reunindo-as quimicamente para formar
glicogênio, que é armazenado; nos momentos de
necessidade, o glicogênio é reconvertido em
moléculas de glicose, que são relançadas na
circulação;
Sistema Gastrointestinal
Revisão Anatomia e Fisiologia
Fígado
Funções do fígado:
Metabolizar lipídeos;
Sintetizar diversas proteínas presentes no
sangue, de fatores imunológicos e de coagulação
e de substâncias transportadoras de oxigênio e
gorduras;
Degradar álcool e outras substâncias tóxicas,
auxiliando na desintoxicação do organismo;
Sistema Gastrointestinal
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Fígado
Funções do fígado:
Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou
anormais, transformando sua hemoglobina em
bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado
presente na bile.
Sistema Gastrointestinal
Revisão Referencias Bibliográficas
www.afh.bio.br/digest/digest1.asp
www.docencianacional.tripod.com
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aparelho_digestivo
ABDOME AGUDO
DIAGNÓSTICO
EXAME CLÍNICO !
EXAME FÍSICO !
+ laboratório
+ ultra-som, TC, RX
ABDOME AGUDO
• Dados da história:
dor abdominal
Queixa náuseas + vômitos + anorexia
principal alterações da função intestinal
distensão abdominal
• Dor abdominal
Mecanismo
HISTÓRIA
dor visceral
(distensão da víscera)
dor parietal
(irritação do peritônio parietal)
intensidade
Características:
distribuição
irradiação
tipo de dor
DB
• Náusea, vômito, anorexia
Aparecem
quando:
HISTÓRIA
• existe irritação no peritônio e mesentério
• após obstrução órgãos musc. lisa
• em estados toxêmicos
IMPORTANTE: relação com a dor
frequência
característica do material vomitado
EXAME DO ABDOME
EXAME DO ABDOME
• Topografia :
QSD: lobo hepático D, vesícula
4 quadrantes
apêndice xifóide
QSD QSE
QID
QIE
biliar, piloro, duodeno, cabeça do
pâncreas,9porções
regiõesdo cólon
ascendente e transverso
QSE: lobo hepático E,
estômago, corpo do pâncreas,
porções do cólon transverso e
descendente
QID: ceco e apêndice, porção
do cólon ascendente
QIE: cólon sigmóide, porção do
cólon descendente
sínfise púbica
EXAME DO ABDOME
• Técnicas de exame do abdome:
• inspeção
• ausculta
• percussão
• palpação
HISTÓRIA
• Alterações da função intestinal
• constipação / diarréia / melena / enterorragia
• parada do intestino com retenção de gases e
fezes – DISTENSÃO !!
Síndrome de Irritação Peritoneal:
SINAIS LOCAIS
dor tipo parietal
defesa muscular
contratura muscular
descompressão dolorosa
percussão dolorosa
redução peristaltismo
SINAIS SISTÊMICOS
víscera maciça – sinais
perda sanguínea
víscera oca – desidratação
progressiva
HISTÓRIA
AA OBSTRUTIVO:
• precocemente
• tríade da obstrução intestinal
dor em cólica
distensão
vômitos
ABDOME AGUDO
Classificação conforme Etiologia:
AA Inflamatório*
apendicite, diverticulite,
pancreatite, colecistite
AA Perfurativo*
úlcera perfurada, ruptura
traumática
AA Hemorrágico* gravidez tubária rota,
ruptura fígado, baço
AA Obstrutivo#
hérnia estrangulada,
tumores, bridas, volvo,
dor insidiosa lenta
dor lancinante,
em facada
dor súbita,
sincopal
dor em cólica
AA Vascular #
dor mista
trombose mesentérica
* síndrome irritação peritoneal precoce CIRURGIA
# cólica, náuseas e vômitosdistensão; irritação peritoneal + tardiamente
Emergências Gastrointestinais
ABDOME AGUDO
Toda condição abdominal dolorosa, de
início súbito, de causa não claramente
identificada, e que implique em uma
decisão urgente, potencialmente uma
intervenção cirúrgica.
Dor – “não existe AA sem DOR”
Multiplicidade de causas
Exames Subsidiários
Bioquímica – função renal, hepática e
pancreática;
Hemograma completo
Coagulograma
Radiografia de Abdome
Radiografia de tórax
Ultrassonografia de abdome total;
Tomografia de abdome
Abdome Agudo
Radiografia de Abdome
Distensão gasosa
de alças intestinais
(aerocolia)
Abdome Agudo
Radiografia de Abdome
Raio X – abdome (em pé)
pneumoperitônio
Raio X – abdome (deitado)
pneumoperitônio
Abdome Agudo
Radiografia de Tórax
Ar entre diafragma –
estômago e fígado
Pneumoperitônio
Perfuração intestinal /
PO video intervenção
Abdome Agudo
Tomografia de Abdome
Grande especificidade e sensibilidade
Distingue massas inflamatórias e líquido intraperitoneal
Evidencia ar nas vias biliares ou veia porta
Detecta gá fora do tubo intestinal ou na parede
da vesícula;
Avaliação da evolução da pancreatite aguda;
Examina toda a cavidade abdominal e pélvica.
Abdome Agudo
Tomografia de Abdome
Grande especificidade e sensibilidade
Distingue massas inflamatórias e líquido intraperitoneal
Evidencia ar nas vias biliares ou veia porta
Detecta gá fora do tubo intestinal ou na parede
da vesícula;
Avaliação da evolução da pancreatite aguda;
Examina toda a cavidade abdominal e pélvica.
Abdome Agudo
Emergências Gastrointestinais
Abdome agudo inflamatório
Síndrome clínica cujo sintoma principal é a dor, de
início recente e de origem desconhecida.
Causas mais frequentes – colecistite aguda,
pancreatite aguda, diverticulite aguda e apendicite
aguda.
Abdome Agudo
Abdome agudo inflamatório
Colecistite aguda
Inflamação aguda da vesícula obstrução do
ducto cístico por cálculo:
Há distensão edema e inflamação
Dor tipo cólica em hipocôndrio direito
Ultrasson – método de escolha para o
diagnóstico;
Tratamento cirúrgico de urgência –colecistite
aguda necrótica
Abdome Agudo
Abdome agudo inflamatório
Colangiopancreatografia
Endoscópica Retrógrada
Colangiografia Transhepática
Percutânea
Colangiografia
Intra-Operatória
Avaliação laboratorial – fígado e vias biliares Abdome Agudo
Fosfatase alcalina
Uma enzima produzida pelo fígado,
pelos ossos e pela placenta e que é
liberada
na
corrente
sangüínea
durante uma lesão ou durante
atividades
normais
como
o
crescimento ósseo ou a gravidez
Obstrução do ducto biliar,
hepática e alguns cânceres
Enzima
liberada
na
corrente
sangüínea quando ocorre uma lesão
hepática, cardíaca, muscular ou
cerebral
Lesão hepática, cardíaca, muscular ou
cerebral
Colangiopancreatografia
Bilirrubina
Componente do suco digestivo (bile)
produzido pelo fígado
Endoscópica Retrógrada
Obstrução do fluxo da bile, lesão
hepática, destruição excessiva de
eritrócitos (a partir dos quais a
bilirrubina é formada)
Gamaglutamil
transpeptidase
Enzima produzida pelo fígado, pelo
pâncreas e pelos rins e que é
liberada
na
corrente
sangüínea
quando esses órgãos são lesados
Lesão
orgânica,
intoxicação
por
drogas/ medicamentos, abuso de
álcool, doenças do pâncreas
Desidrogenase láctica
Enzima
liberada
sangüínea
quando
órgãos são lesados
Lesão hepática, cardíaca, pulmonar ou
cerebral e destruição excessiva de
eritrócitos
5’-nucleotidase
Enzima presente apenas no fígado e
liberada
na
corrente
sangüínea
quando ele é lesado
Obstrução
do
ducto
biliar
comprometimento do fluxo biliar
Albumina
Proteína produzida pelo fígado e
normalmente liberada no sangue.
Uma das funções da albumina é reter
líquido
no
interior
dos
vasos
sangüíneos
Lesão hepática
Alfafetoproteína
Proteína produzida
testículos do feto
e
Hepatite grave ou câncer do fígado ou
dos testículos
Anticorpos mitocondriais
Anticorpos
circulantes
contra
a
mitocôndria, um componente interno
das células
Cirrose biliar primária e certas doenças
auto-imunes (p.ex., hepatite crônica
ativa)
Tempo de protrombina
Tempo necessário para que o sangue
Lesão
Aspartato
(AST)
lesão
Abdome agudo inflamatório
transaminase
na
corrente
determinados
pelo
fígado
hepática
ou
deficiência
ou
da
Abdome Agudo
Abdome agudo inflamatório
Sinais e Sintomas – Colecistite
Dor tipo cólica;
Região epigástrica, hipocôndrio direito ou
região infra-escapular direita
Náuseas e vômitos
Febre e leucocitose
Icterícia
coledocolitíase
Abdome Agudo
Abdome agudo inflamatório
Tratamento – Colecistite
Colecistectomia por vídeo
Cirurgia Aberta – laparotomia
exploradora
Abdome Agudo
Abdome agudo inflamatório
Apendicite Aguda
Distúrbio inflamatório do apêndice
vermicular.
> incidência nas 2ª e 3ª décadas
Abdome Agudo
Abdome agudo inflamatório
Apendicite
Evento iniciador mais comum obstrução
da luz do apêndice por um fecalito
Abdome Agudo
Abdome agudo inflamatório
Apendicite
Patogênese:
•Obstrução do apêndice
•Muco impactado
•Distensão
•Trombose
•Invasão Bacteriana
•Gangrena e Perfuração
Abdome Agudo
Abdome agudo inflamatório
Abdome Agudo
Abdome agudo inflamatório
Apendicite
Sinais e Sintomas
•Inflamação do peritônio parietal
descompressão dolorosa (sinal de
Blumberg) e rigidez localizadas;
Abdome Agudo
Abdome agudo inflamatório
Apendicite Aguda
Sinais e Sintomas
Febre.
Náuseas, vômitos, diarréia ou
constipação
Dor - flanco direito
O ponto mais dolorido é o McBurney's
point, o qual se localiza sensivelmente
a meia distância entre o osso ilíaco
e o umbigo.
Abdome Agudo
Abdome agudo inflamatório
Apendicite
Exames
Hemograma
leucocitose
Raio-X de abdome - presença de
fecalitos calcificados em FID (- de 10%
dos pacientes);
Abdome Agudo
Abdome agudo inflamatório
Apendicite Aguda
Tratamento
O tratamento padrão é a cirurgia para
remover o apêndice - apendicectomia
Deve ser feita o mais cedo possível para
reduzir o risco do apêndice romper-se.
Abdome Agudo
Abdome agudo inflamatório
Apendicite Aguda
Apêndice Removido
Emergências Gastrointestinais
Diverticulite Aguda
Etiologia
•Baixa ingesta de fibras –aumentoda pressão intraluminal
•Pontos de fraqueza na parede (penetração das arteríolas)
•Alterações do colágeno
Emergências Gastrointestinais
Diverticulite Aguda
Emergências Gastrointestinais
Diverticulite Aguda
Fisiopatologia
1. Obstrução por fecalito
2. Aumento da secreção pela mucosa
3. Distensão
4. Redução do retorno venoso e do suprimento arterial
5. Crescimento bacteriano e translocação
6. Erosão e perfuração
Emergências Gastrointestinais
Diverticulite Aguda
Quadro clínico
Dor abdominal em QIE
•Massa ao toque retal ou vaginal
•Alteração do trânsito intestinal
•Urgência urinária
Febre•Plastrão•Dist. Abdominal
•
Emergências Gastrointestinais
Diverticulite Aguda
Diagnóstico
•Anamnese e exame físico
•Exames laboratoriais (hemograma)
•Exames de imagem (Rx, Clister, USG e TC)
•Histopatologia
Emergências Gastrointestinais
Diverticulite Aguda
Diagnóstico
•Anamnese e exame físico
•Exames laboratoriais (hemograma)
•Exames de imagem (Rx, Clister, USG e TC)
•Histopatologia
Rx Simples –muito inespecífico
•Clister Opaco –limitado a superfície luminal
•USG
•TC –padrão ouro
•RNM –alto custo
Emergências Gastrointestinais
Diverticulite Aguda
Diagnóstico
Emergências Gastrointestinais
Diverticulite Aguda
Complicações
•Abscesso
•Fístulas
•Obstrução
•Perfuração
-Abscesso peri-cólico ou mesentérico
-Abscesso pélvico encapsulado
-Peritonite purulenta generalizada
-Peritonite fecal generalizada
Emergências Gastrointestinais
Diverticulite Aguda
Avaliação Clínica:
•Dor mais intensa
•Irritação peritoneal localizada
•Alteração mais significativa no
leucograma
•Massa ao exame abdominal,
vaginal e/ou retal
TC ou USG confirma o
diagnóstico e localiza o
abscesso
Emergências Gastrointestinais
Diverticulite Aguda
Órgãos Acometidos:
•Bexiga –mais comum nos
homens
•Vagina
•Delgado
•Outros
Emergências Gastrointestinais
Diverticulite Aguda
O divertículo perfurado alimenta a fístula•
O tratamento inicial éo controle da infecção•Cistoscopia e
colonoscopia→ definir etiologia
•Tratamento definitivo →Sigmoidectomia eletiva +
tratamento da fístula
Emergências Gastrointestinais
Diverticulite Aguda
Obstrução
Conduta:
•Ressucitação hidro-eletrolítica + SNG
•Cirurgia de emergência
-sigmoidectomia
-lavagem trans-operatória do colon
-anastomose primária (colostomia de proteção?)
Situações desfavoráveis→Hartmann
Emergências Gastrointestinais
Diverticulite Aguda
Perfuração
Dor abdominal intensa e difusa
•Defesa voluntária e involuntária generalizada
•Pneumoperitôneo(RX ou TC) –1/3 dos casos
•Desidratação →IRA
•Sepse –leucocitose
Cirurgia de Urgência
-Febre
-Taquicardia
-Hipotensão
Emergências Gastrointestinais
Pancreatite Aguda
Processo inflamatório da glândula pancreática,
decorrente da ação de enzimas;
Ativação indevida das enzimas pancreáticas:
edema, hemorragia e/ou necrose pancreática e
peripancreática,
Repercussão sistêmica - hipovolemia até
comprometimento de múltiplos órgãos e
sistemas – óbito.
Emergências Gastrointestinais
Pancreatite Aguda
80% das pancreatites agudas estão relacionadas
à doença biliar litiásica ou ao álcool
Emergências Gastrointestinais
Pancreatite Aguda
Metabólicos
Álcool
Hiperlipoproteinemia
Hipercalcemia
Drogas
Genéticas
Veneno de escorpião
Mecânicos
Colelitíase
Pós-operatório
Pâncreas divisum
Pós-trauma
Pancreatocolangiografia retrógrada endoscópica
Obstrução do ducto pancreático (neoplasias, ascaridíase)
Sangramento do ducto pancreático
Obstrução duodenal
Emergências Gastrointestinais
Pancreatite Aguda
Vasculares
Pós-operatório (bypass cardiopulmonar)
Periarterite nodosa
Ateroembolismo
Infecciosas
Caxumba
Coxsackie B
Citomegalovírus
Criptococo
Emergências Gastrointestinais
Pancreatite Aguda – Sinais e Sintomas
Dor abdominal intensa- epigástrica e irradiada
para o dorso, em faixa ou para todo o abdome,
Náuseas e vômitos, acompanhada de parada de
eliminação de gases e fezes.
Emergências Gastrointestinais
Pancreatite Aguda – Exames
Amilase sérica – Valores acima de 1000 UI
Lipase sérica – níveis elevam-se mais tardiamente
Outros exames laboratoriais, tais como o
leucograma, transaminases, desidrogenase láctica,
cálcio sérico, glicemia, gasometria e creatinina, são
particularmente úteis na caracterização da
gravidade da doença
Emergências Gastrointestinais
Pancreatite Aguda – Exames
Ultra-sonografia – identificação de doença biliar
litiásica;
Tomografia – estudo detalhado da glândula;
Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica –
CPRE;
Colangio- ressonância – fenômenos obstrutivos e
alterações morfológicas da árvore biliar;
Emergências Gastrointestinais
Pancreatite Aguda – Tratamento
Tratamento inicial – clínico
UTI – dependendo da gravidade
Medidas iniciais - jejum oral, hidratação
parenteral, nutrição parenteral e analgesia sistêmica
Intervenção cirúrgica – pancreatite necrosante
30 – 70% de mortalidade.
Reservado para – quadro infeccioso associado à
pancreatite necrosante – tomografia e ressonância
magnética
Emergências Gastrointestinais
Abdome Agudo
Abdome agudo perfurativo
Dor abdominal de forte intensidade
Abdome em tábua
Pneumoperitônio – radiografia de
abdome/ tórax
História anterior de úlcera
Causas
Úlcera gástrica/duodenal perfurada,
perfuração de alça intestinal
Emergências Gastrointestinais
Úlcera
Emergências Gastrointestinais
Úlcera perfurada
Abdome Agudo
Abdome agudo hemorrágico
Dor abdominal
Síndrome hipovolêmica
Sinais de irritação peritoneal
Gravidez ectópica rota, ruptura de
aneurisma de Aorta, ruptura de vísceras
Abdome Agudo
Abdome agudo vascular
Conceito:
Interrupção ou diminuição brusca do fluxo
sanguíneo mesentérico, por comprometimento
da circulação arterial ou venosa troncular, ou
da microcirculação, determinando a perda da
vitalidade dos tecidos intestinais, levando a
necrose.
Abdome Agudo
Abdome agudo vascular
Mais freqüente em pacientes idosos
Associado a :
• arteriopatias crônicas
• Doenças cardíacas
• Diabetes
• Hipertensão arterial
• Apresenta 80% de mortalidade
Abdome Agudo
Abdome agudo vascular
Etiologia:
• Trombose da artéria mesentérica
• Embolia da artéria mesentérica
• Trombose venosa mesentérica
Abdome Agudo
Abdome agudo vascular
Etiologia:
Trombose da artéria
mesentérica:
É a causa mais
frequente de
abdome agudo
vascular.
Possui etiologia
variável
O uso de cocaína
pode precipitar a
TAM
Abdome Agudo
Abdome agudo vascular
iologia:
Trombose venosa
mesentérica:
Mais freqüente no
sexo feminino
Relacionado com
uso de
contraceptivos
orais
Abdome Agudo
Abdome agudo vascular
Quadro Clínico:
O sinal mais importante e confiável é a
dor abdominal intensa
desproporcional ao exame físico (na
fase inicial)
Evolui para:
Hipotensão arterial
Choque hipovolêmico e séptico
Taquicardia
Taquipnéia ( acidose metabólica )
Cianose de extremidades
Abdome Agudo
Abdome agudo vascular
Exame Físico abdominal:
Dor a palpação superficial e profunda
Distensão abdominal
Ausência de ruídos hidroaéreos
Toque retal com saída de líquido
necrótico
Temperatura retal mais baixa do que a
axilar
Abdome Agudo
Abdome agudo vascular
Exames:
Leucocitose
Acidose metabólica
Amilasemia
Hipercalemia
Radiografia:
Íleo adinâmico
Espessamento de alças
Abdome Agudo
Abdome agudo vascular
Tratamento:
Fase inicial:
Arteriografia com injeção de trobolíticos
e vasodilatadores
Cirurgia para revascularização
Fase Tardia (após instalada a necrose):
Cirurgia para ressecção da área
necrótica
Abdome Agudo
Abdome agudo vascular
Alterações vasculares espontâneas levando
a um abdome agudo não são tão
freqüentes.
Diagnóstico tardio – alta taxa de morbimortalidade
A chave no abdome agudo vascular é seu
diagnóstico com precoce instituição da
terapêutica, na tentativa de preservar a
vitalidade intestinal.
ABDOME AGUDO
Atendimento Inicial
• avaliação e estabilização:
•
•
•
•
jejum absoluto
amostra sangue
evitar analgésicos
cateter vesical
•
•
•
•
SNG aberta
perfusão venosa
sinais vitais
balanço hídrico
deixar o paciente em condições para o ato cirúrgico
TRATAMENTO DEFINITIVO:
CIRURGIA
clínico
ABDOME AGUDO
TRATAMENTO DA PERITONITE *
• JEJUM
• aspiração SNG
• reposição líquida e eletrolítica
• antibioticoterapia
• se choque: sangue / plasma / albumina
* prosseguir até retorno de aspirado gástrico
claro e escasso
HEMORRAGIA
DIGESTIVA
HEMORRAGIA DIGESTIVA
Hemorragia Digestiva ALTA - HDA
Esôfago, estômago e intestino delgado
Hemorragia Digestiva BAIXA - HDB
Intestino grosso
Sinais de Hemorragia Digestiva:
• HEMATÊMESE
• MELENA
• ENTERORRAGIA
VARIZES ESOFAGICAS
HEMORRAGIA DIGESTIVA
Classificação:
LEVE
(oculta)
sangramento
sinais/sintomas
PA/P
sangue oculto
nas fezes
assintomática
nl
30 %
palidez, sudorese,
lipotímia
PA
25 %
MODERADA < 1500 ml em
24 h
(manifesta)
GRAVE
(maciça)
> 1500 ml em
24 h
choque
hipovolêmico
Ht
100-120
PA
> 120
< 25 %
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA
ETIOLOGIA:
Úlcera Péptica
Lesão Aguda da mucosa
Gastro Duodenal (LAMGD)
Varizes esofago-gástricas
possibilidade de causas associadas – 30 %
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA
Atendimento Inicial
• ABCs: avaliação e estabilização hemodinâmica
A • aspiração, Guedel
B • oximetria, másc. O2
C • atenção: pulso, PA, palidez, sudorese
• 2 veias calibrosos – amostra sangue
• reposição volêmica (cristalóides sangue)
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA
Atendimento Inicial
• veia central (PVC)
• SVD (Diurese)
• SNG (?)
Quando estabilizado
• História / Exame físico
• Exames p/ diagnóstico etiológico:
ENDOSCOPIA !!
angiografia seletiva / Rx contrast.
TRATAMENTO
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA
ÚLCERA PÉPTICA: Conservador
Cirúrgico (raramente na
urgência)
• SNG: - observar sangramento ativo
- eliminar secreção ácida
- lavagem com SF
• antiácidos e bloqueadores H2/b. prótons
• dieta logo que possível
Tratamento endoscópico: fotocoagulação c/
laser, eletrocoagulação, alcoolização
Tratamento cirúrgico: 20 %
TRATAMENTO
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA
LAMGD: eminentemente clínico
raramente cirúrgico (alta mortalidade)
• Mais importante: PROFILAXIA (fatores etiológicos
relacionados)
- antiácidos + bloqueadores H2/b. prótons
• Na vigência de hemorragia:
- antiácidos + bloqueadores H2/b. prótons
- SNG + lavagens (?)
- controle de fatores precipitantes
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA
Úlcera Péptica
LAMGD
Varizes esofago-gástricas
Referencial Teórico
www.hccpg.rn.gov.br/downloads/apresentacoes/Abdome
_Agudo_Revisao.ppt
www.hcnet.usp.br/inrad/departamento/graduacao/aula/caso20.pp
t
http://www.galenored.com/trabajos/archivos/203.pdf