Capítulo 2 - Dinâmica de Máquinas
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Transcript Capítulo 2 - Dinâmica de Máquinas
Órgãos de Máquinas I
CAPITULO II
DINÂMICA DE MÁQUINAS
DEMGi - Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial
Órgãos de Máquinas I
SUMÁRIO DO CAPITULO 2
DINÂMICA PLANA DE UM CORPO RÍGIDO: FORÇA E ACELERAÇÃO
Objectivos
Introdução
Momentos de inércia de massa
Teorema dos eixos paralelos
Equações do movimento de translação e rotação de um corpo rígido
Equações do movimento plano geral
DINÂMICA PLANA DE UM CORPO RÍGIDO:TRABALHO E ENERGIA
Objectivos
Introdução
Energia cinética de um corpo rígido
Trabalho de uma força e de um binário
Princípio do trabalho e energia
Conservação da energia
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Órgãos de Máquinas I
DINÂMICA PLANA DE UM CORPO RÍGIDO: FORÇA E ACELERAÇÃO
OBJECTIVOS:
Apresentar os procedimento utilizados para determinar o momento de inércia de massa de um
corpo
Desenvolver as equações de movimento da dinâmica no plano de um corpo rígido.
Discutir as aplicações dessas equações a corpos em translação, em rotação em torno de um
eixo fixo e com movimento plano geral.
Associar as forças envolvidas com possíveis falhas das máquinas e métodos de manutenção
aplicados.
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Órgãos de Máquinas I
INTRODUÇÃO
A máquina é um conjunto de elementos utilizados nas mais diversas funções, nomeadamente para
suportar componentes rotativos e/ou transmitir potência, movimento rotativo ou axial. Os
elementos constituintes da máquinas trabalham em condições extremamente variáveis de
ambiente e carregamento. Assim o conhecimento do comportamento dinâmico, individual ou em
conjunto dos elementos da máquina (mecanismo) é essencial a projectistas e/ou responsáveis
pela manutenção.
As possíveis falhas dos elementos de máquinas solicitados por carregamentos dinâmicos são:
Desgaste na região dos mancais
Falha por fadiga
Falha devido a sobre tensões originadas por esforços de:
Tracção
Compressão
Torção
Flexão
Esforços combinados
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Órgãos de Máquinas I
MOMENTO DE INÉRCIA DE UMA MASSA
• A aceleração angular da massa infinitesimal Δm em torno do eixo AA`
devido à aplicação de um momento, é proporcional a r2 Δm.
r2 Δm =
momento da inércia da massa Δm relativamente ao eixo
AA’
• Para um corpo de massa m a resistência à rotação em torno do
eixo AA' é:
I r12 m r22 m r32 m
r 2 dm Momento de Inércia de uma massa
• Raio de giração, k :
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I k 2m
k
I
m
Órgãos de Máquinas I
MOMENTO DE INÉRCIA DE UMA MASSA
• Momento de inércia relativamente ao eixo coordenado y é:
Iy
r
2
dm
z
2
x 2 dm
• Similarmente, para o momento da inércia relativamente aos
eixos x e z:
Ix
Iz
y
2
x
2
y2
• Em unidades SI:
I r 2dm [kg m2 ]
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dm
z 2 dm
Órgãos de Máquinas I
TEOREMA DOS EIXOS PARALELOS
• Para eixos rectangulares com origem em O e eixos centroidais
paralelos,
Ix
2
2
2
2
y z dm y y z z dm
2
2
2
y z dm 2 y ydm 2 z z dm y
I y I y mz 2 x 2
I z I z mx 2 y 2
I x I x m y 2 z 2
• Generalizando para um eixo qualquer AA ':
I I md 2
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z2
dm
Órgãos de Máquinas I
MOMENTOS DE INÉRCIA DE PLACAS FINAS
• Para uma placa fina com espessura uniforme t e material homogéneo
de densidade ρ, o momento de inércia da sua massa relativamente ao
eixo AA ' da placa é:
I AA r 2 dm t r 2 dA
t I AA, area
• Similarmente, para o eixo perpendicular BB ' da placa:
I BB t I BB,area
• Para o eixo CC’ perpendicular à placa:
I CC t J C ,area t I AA,area I BB,area
I AA I BB
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Órgãos de Máquinas I
MOMENTOS DE INÉRCIA DE MASSA PARA PLACAS FINAS
• Para eixos centroidais principais em uma placa
rectangular:
I AA t I AA, area t
1
12
I BB t I BB, area t
1
12
a3b
ab3
I CC I AA, mass I BB, mass
1
12
1
12
1
12
ma2
mb2
m a 2 b2
• Para os eixos centroidais em uma placa circular:
I AA I BB t I AA, area t
I CC I AA I BB 12 mr 2
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1
4
r 4 14 mr 2
Órgãos de Máquinas I
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Órgãos de Máquinas I
Momentos de inércia de massa para formas geométricas comuns
Barra esbelta
Placa rectangular fina
Disco delgado
Cilindro circular
Prisma rectangular
Cone circular
Esfera
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Órgãos de Máquinas I
CENTRO DE GRAVIDADE PARA SÓLIDOS HOMOGÉNEOS
xG
(mi .xi )
i
yG
mi
i
(mi . yi )
i
mi
i
zG
(mi .zi )
i
mi
i
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Órgãos de Máquinas I
EQUAÇÕES DO MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO RECTILÍNEA
Na translação rectilínea, todas as partículas de um corpo se movem ao longo de trajectórias
rectilíneas paralelas.
d
F3
m aG
A
F4
M2
A
M1
G
Fg
F1
G
F2
Ponto de referência G
Ponto de referência A
Fx
m (a G ) x
Fx
m (a G ) x
Fy
m (a G ) y
Fy
m (a G ) y
MG
0
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MA
(M d ) A
m(aG ) d
Órgãos de Máquinas I
EQUAÇÕES DO MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO CURVILÍNEA
Na translação curvilínea, todas as partículas de um corpo se movem ao longo de trajectórias
tˆ
curvas.
tˆ
F3
F4
M1
B
M2
F2
G
Fg
(maG )t
h
(maG ) n
G
B
nˆ
nˆ
e
F1
Ponto de referência G
Ponto de referência B
Fn
m (a G ) n
Fn
m (a G ) n
Ft
m (a G )t
Ft
m (a G )t
MG
0
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MB
(M D ) B
e [m (a G )t ] h [m (a G ) n ]
Órgãos de Máquinas I
MOVIMENTO ROTAÇÃO EM TORNO DE UM EIXO FIXO
F3
F3
F2
M2
F4
G
M1
Fg
O
rG
F1
F2
M2
(aG ) t
F4
w
G
M1
( aG ) n
O
FO
Ponto de referência G
Fn m (aG )n m w2 rG
Ft
m (aG )t m rG
M G IG α
F1
Ponto de referência O
Fn
m (aG )n m w2 rG
Ft
m (aG )t m rG
MO
( M d )O I O α
Teorema dos eixos paralelos: I O I G mrG2
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Órgãos de Máquinas I
EXEMPLO DE MOVIMENTO DE ROTAÇÃO EM TORNO DE UM EIXO FIXO
F
m (a G ) t
G
M
Fg
ox o
m (a G ) n
IG
G
O
oy
Ponto de referência G
Fn
m (aG )n m w2 rG
Ft
m (aG )t m rG
MG
A manivela da bomba de petróleo sofre uma
rotação em relação a um eixo fixo causada pelo
momento motriz M do motor.
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IG α
Ponto de referência O
Fn
m (aG )n m w2 rG
Ft
m (aG )t m rG
M
O
( M d ) O I O α
Teorema dos eixos paralelos: I O I G md 2
Órgãos de Máquinas I
EQUAÇÕES DE MOVIMENTO: PLANO GERAL
F3
F4
M2
F2
M1
G
F3
y
w
x
Fg
Ponto de referência G
Fx m (aG )x
M
m (aG )y
G
IG α
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F2
m(aG ) y
G
IG
F1
Fy
F4
maG
m(aG ) x
F1
O
Ponto de referência O
Fx
m (aG )x
Fy
m (aG )y
M
o
(M d ) o
Órgãos de Máquinas I
EXEMPLO DE APLICAÇÃO DE TRANSLAÇÃO CURVILÍNEA
A placa fina de 8 kg de é mantida em equilíbrio estático através das barras de ligação AE, DF
e o fio BH como mostra a figura. Desprezando a massa das barras de ligação, determine
imediatamente após cortar o fio BH:
(a) aceleração da placa;
(b) a força em cada uma das barras de ligação.
Exemplo de aplicação
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Órgãos de Máquinas I
SOLUÇÃO
Depois do fio cortado, todas as partículas da placa se movem ao longo de trajectórias
circulares paralelas de raio 150 mm. A placa encontra-se em translação curvilínea.
Ft
(Ft )d
Ft
mat
2
mg cos 30 mat at 8.66 m/s
MG
(M G ) d
MG
0
0.25 * FAE sen 30º 0.1 * FAE cos 30º 0.25 * FDF sen 30º
0.1 * FDF cos 30º 0 FDF 0.1815FAE
Fn
(Fn ) d
Fn
0
FAE FDF 80 sin 30 0 FAE 0.1815 FAE 80 sin 30 0
FAE 47.9 N
FAE 47.9 N T
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FDF 8.70 N C
a 8.66 m/s2
Órgãos de Máquinas I
Exercício de Aplicação
O mecanismo mostrado na figura é um modelo idealizado do eixo de manivela de um motor a
combustão. Sabendo-se que LAB = 150 mm, LBC = 750 mm e que no instante mostrado = 60° a
barra AB possui uma velocidade angular wAB = 500 rpm no sentido anti-horário e as massas da
barra BC e do pistão são respectivamente iguais a: mBC = 10 kg, e mP = 15 kg, determine:
a) a velocidade angular da barra BC;
b) a velocidade do pistão C;
c) as acelerações do sistema;
d) as forças actuantes nas conexões B e C;
e) as tensões actuantes nos pinos (dP =10 mm) das articulações B e C.
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Órgãos de Máquinas I
Dinâmica plana de um corpo rígido: Trabalho e Energia (cinética)
OBJECTIVOS:
Desenvolver e aplicar na resolução de problemas de dinâmica plana do corpo rígido:
Formulações matemáticas relacionadas com as diferentes formas de
manifestação da energia e do trabalho.
Aplicar na resolução de problemas de dinâmica de máquinas o princípio do trabalho e
energia.
Aplicar o principio da conservação da energia na solução de problemas de dinâmica plana
de corpos rígidos.
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Órgãos de Máquinas I
Energia cinética: movimento plano geral
A energia cinética de um corpo rígido é constituída por energia cinética de
translação (referida á velocidade do seu cento de massa) e de rotação
(determinada a partir do conhecimento do momento de inércia do corpo em
relação ao seu centro de massa) …
EC
1
1
m vG2 I G w 2
2
2
w
Os diagramas cinemáticos das velocidades podem ser úteis na determinação
das variáveis vG e w ou para estabelecer relações entre estas duas variáveis.
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Órgãos de Máquinas I
Energia cinética: movimentos de translação e de rotação (eixo fixo)
Translação: Sempre que um corpo rígido de massa m está sujeito a um movimento de
translação rectilínea ou curvilínea, a energia cinética de rotação é nula pois w = 0:
EC
1
1
2
2
m vG2 m vGx
vGy
2
2
vG v
G
Rotação em torno de um eixo fixo: Quando um corpo rígido roda em torno de um eixo fixo,
o corpo apresenta energia cinética de translação (em G) e de rotação.
vG
EC
pois
1
IO w 2
2
I O I G m rG2
G
EC
1
1
m vG2 I G w 2
2
2
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rG
Órgãos de Máquinas I
Energia cinética: movimento de rotação em relação a um eixo móvel
Ec dEc
vP vO w r
m
1
vP vP dm
2m
1
vO vO 2vO w r w r w r dm
2m
1
1
mvO2 vO w rOG m I Ow 2
2
2
1
1
mvO2 m xOG vOy yOG vOx w I Ow 2
2
2
Logo
Ec
1 2 1
mvO I Ow 2
2
2
(!)
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P
y
vO
r
x
Órgãos de Máquinas I
Trabalho de uma força
Introdução
Os métodos do trabalho e da energia são utilizados para analisar o movimento plano de
corpos rígidos.
O princípio do trabalho e da energia é utilizado na solução de problemas de movimento
plano de corpos rígidos que envolvam forças, deslocamentos e velocidades.
Pontos de análise do trabalho de uma força:
- O diagrama de corpo livre deve considerar todas as forças e momentos que
realizam trabalho ao longo da trajectória do corpo rígido.
- Uma força realiza trabalho quando se move segundo a sua linha de acção.
- Graficamente o trabalho é igual à área sob a curva Força - Deslocamento.
- O sinal positivo para o trabalho de uma força é definido pelos sentidos dos
vectores força/momento e deslocamento.
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Órgãos de Máquinas I
Forças que actuam em corpos rígidos sem realizar trabalho
Forças aplicadas a pontos fixos ou perpendiculares à direcção do deslocamento:
- Reacções em pinos de dimensões desprezáveis, em relação aos quais o corpo se move.
- Reacção normal quando actua sobre um corpo que se move sobre uma superfície fixa.
- Força gravítica quando o seu centro de gravidade se move num plano horizontal.
- Força de resistência ao rolamento de um corpo roliço quando rola sem deslizar sobre
uma superfície rugosa (isto porque a força actua em um ponto do corpo com
velocidade nula (C.I)).
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Órgãos de Máquinas I
Simpificações:
Seja Fi uma qualquer força relevante p/a o funcionamento do sistema e aGi a
aceleração do centro de massa do componente i
mi aGi
aGi
Fi
g 10 m/s2
análise estática
o peso do componente é irrelevante
Os esforços de atrito em articulações são usualmente desprezados (quando se
trata da determinação de reacções e esforços internos)
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Órgãos de Máquinas I
Trabalho realizado por diferentes forças
Trabalho realizado
Força variável
Formulação Matemática
WF Ft ds
Observações
(F)t representa
tangencial de F.
a
componente
s
Força constante
Força gravítica
Força exercida por uma mola
Binário de momento variável
Binário de momento constante
WFC FC t s
(FC)t representa a componente
tangencial da força (segundo a
direcção do movimento).
WFg Fg h
O sinal para W é definido pelos
sentidos dos vectores força e
deslocamento.
Wk (
1
1
k d 22 k d12 )
2
2
WM
2
M d
1
WM M
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d1: deformação inicial da mola
d2: deformação final da mola
Órgãos de Máquinas I
Princípio do trabalho e energia
O princípio do trabalho e energia pode ser aplicado na solução de problemas que envolvam
mecanismos constituídos por diversos elementos (corpos rígidos). O principio, deve ser
aplicado a cada um dos elementos isoladamente.
Quando vários corpos são interligados por pinos, conectados por cabos indeformáveis ou
interligados entre si sem a utilização de elementos flexíveis o principio do trabalho e energia
pode ser aplicado a todo o sistema de corpos interligados.
EC 1 W12 EC 2
Esta equação estabelece que a variação da energia cinética do corpo (de translação e de
rotação), entre os instantes inicial e final, é igual ao trabalho realizado por todas as forças e
momentos externos que nele actuam.
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Órgãos de Máquinas I
Potência
A potência mecânica (P) de uma máquina quantifica a sua capacidade de trabalho
por unidade de tempo.
Assim, se uma máquina é capaz de aplicar a um corpo rígido:
• uma força Ft sobre um ponto com velocidade v,
P
dW Ft ds
Ft v
dt
dt
[w]
• um momento M à velocidade angular w,
P
dW
M d
Mw [w]
dt
dt
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7000N.m @ 2700rpm
Órgãos de Máquinas I
Conceito de potência
SD80MAC (USA, 1994)
potência disponível p/a tracção
Para realizar o mesmo trabalho
sobre o comboio, a locomotiva mais
recente precisará de mais tempo do
que o que a outra máquina porque é
menos potente.
Mas…
PRR S1 (USA, 1938)
Alfred Bruce, The Steam Locomotive in America [p.386], Bonanza Books, New York 1952.
Diesel-Electric Locomotive SD80MAC with Three-Phase Drive, Siemens Technical Information, Transportation Systems Group, Siemens AG
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Órgãos de Máquinas I
Exemplo de aplicação
Estime a) o declive que o camião pode vencer
à velocidade constante de 60km/h, na última
relação de transmissão, e b) o seu consumo,
em patamar, para uma velocidade de 80 km/h.
i) w=1400 rpm v=85 km/h
m
v2
ii) FR
[kN]
14 2460
FR = resistência ao movimento do conjunto (expressão empírica):
[v]=[km/h]; [m]=[ton]
iii) O consumo específico do motor é de 190 g/kwh.
iv) A eficiência da transmissão é de ~88%.
TM - Transporte Mundial, Motorpress-Ibérica, nº 45, [p.39], 07/1999.
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Potência e Binário do motor
Órgãos de Máquinas I
Caso de estudo: Rolamento de um corpo rígido
Um corpo roliço (com uma forma qualquer) rola sem deslizar sobre uma superfície horizontal,
acabando por imobilizar-se ao fim de algum tempo. A força responsável pela desaceleração do
corpo é naturalmente a força de atrito de rolamento Fa.
No entanto, de acordo com o princípio do trabalho e energia, já enunciado,
EC 1 W12 EC 2
como justifica a imobilização do corpo se nenhuma das forças representadas realiza trabalho
nesse período (note que Fa actua no C.I.R. e que o peso e a normal são perpendiculares a v)?
mg
v = wR
Procure a resposta, estudando o mecanismo
de rolamento de um corpo rígido…
Fa
N
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Órgãos de Máquinas I
O método dos trabalhos virtuais baseia-se no princípio da conservação da energia.
Permite conhecer as condições de equilíbrio de um sistema mecânico sem que seja
necessário estudar cada corpo do sistema.
O trabalho de uma força (F) correspondente um deslocamento infinitesimal (dr), ou
deslocamento virtual, é definido como a quantidade
dW F dr Ft ds
e designa-se de trabalho virtual. Analogamente, para o movimento de rotação, tem-se
dW M d
Assim, para um sistema articulado de corpos rígidos, sendo desprezável o atrito, pelo
princípio do trabalho e energia tem-se que
dW dEc
dW dEc
dt
dt
ou
M w F v m a v I
i
i
t i i
i
Gt i Gi
Gi
iwi
Forças (tangenciais) e momentos exteriores aplicados ao corpo i
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Órgãos de Máquinas I
Exemplo de aplicação
Um compressor volumétrico usa o mecanismo biela - manivela representado para accionamento do
pistão D (com diâmetro nominal DP e massa mP). Determine para uma velocidade angular de
1500rpm (constante e com sentido anti-horário), e para o ângulo = 45º, o momento aplicado ao
braço AB da cambota. Considere ainda: aP 877 m/s2 vP 6.55 m/s wBD 28.2 rad/s BD 4289 rad/s2
p = 2,5 bar
Dados:
DP = 70mm
R = 50mm
L = 200mm
mP = 500g (incluindo a massa da cavilha D)
mB = 800g
L
Nota: Despreze o atrito e os pesos próprios
do pistão e da biela.
R
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Órgãos de Máquinas I
Momentos de inércia de massa para formas geométricas comuns
Barra esbelta
Placa rectangular fina
Disco delgado
Cilindro circular
Prisma rectangular
Cone circular
Esfera
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Órgãos de Máquinas I
DINÂMICA PLANA DE UM CORPO RÍGIDO:TRABALHO E ENERGIA
OBJECTIVOS:
Desenvolver e aplicar na resolução de problemas de dinâmica plana do corpo
rígido:
Formulações matemáticas relacionadas com as diferentes formas de
manifestação da energia e do trabalho.
Aplicar na resolução de problemas de dinâmica de máquinas o princípio do
trabalho e energia.
Aplicar o principio da conservação da energia na solução de problemas de dinâmica
plana de corpos rígidos.
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Órgãos de Máquinas I
ENERGIA CINÉTICA
INTRODUÇÃO
A energia cinética está relacionada com o movimento dos corpos.
A energia cinética de um corpo rígido é constituída por duas partes: energia cinética de
translação (referida á velocidade do seu cento de massa) e de rotação (determinada a partir do
conhecimento do momento de inércia do corpo em relação ao seu centro de massa)
A energia cinética de um corpo rígido é constituída por duas partes: energia cinética de
translação (referida á velocidade do seu cento de massa) e de rotação (determinada a partir do
conhecimento do momento de inércia do corpo em relação ao seu centro de massa)
Os diagramas cinemáticos das velocidades podem ser úteis na determinação das variáveis
vG e w ou para estabelecer entre estas duas variáveis.
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Órgãos de Máquinas I
ENERGIA CINÉTICA
TRANSLAÇÃO: sempre que um corpo rígido de massa m está sujeito a um movimento de
translação rectilínea ou curvilínea, a energia cinética de rotação é nula pois w = 0:
EC
1
m vG2
2
vG v
G
ROTAÇÃO EM TORNO DE UM EIXO FIXO: quando um corpo rígido roda em torno de
um eixo fixo, o corpo apresenta energia cinética de translação e rotação.
vG
EC
1
1
m vG2 I G w2
2
2
G
EC
1
I O w2
2
IO IG m d 2
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rG
Órgãos de Máquinas I
ENERGIA CINÉTICA
MOVIMENTO PLANO GERAL: quando um corpo rígido está sujeito a um movimento plano
geral, encontra-se animado de uma velocidade angular w e o seu centro de massa tem uma
velocidade angular vG. Assim, o corpo possui energia cinética de translação e energia
cinética de rotação em torno do seu centro de massa.
EC
1
1
m vG2 I G w2
2
2
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w
Órgãos de Máquinas I
TRABALHO DE UMA FORÇA
INTRODUÇÃO
Os métodos do trabalho e da energia são utilizados para analisar o movimento plano de
corpos rígidos.
O princípio do trabalho e da energia é utilizado na solução de problemas de movimento plano
de corpos rígidos que envolvam forças, deslocamentos e velocidades.
Pontos de análise do trabalho de uma força:
- O diagrama de corpo livre deve considerar todas as forças e momentos que
realizam trabalho ao longo da trajectória do corpo rígido.
- Uma força realiza trabalho quando se move na sua direcção.
- Graficamente, o trabalho é igual à área sob a curva Força - Deslocamento.
- O sinal positivo para o trabalho de uma força é definido pelos sentidos dos
vectores força/momento e deslocamento.
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Órgãos de Máquinas I
Forças que actuam nos corpos rígidos e não realizam trabalho
Forças aplicadas a pontos fixos:
- Reacções em pinos de apoio em relação aos quais o corpo se move.
Forças que actuam numa direcção perpendicular ao seu deslocamento:
- Reacção normal quando actua sobre um corpo que se move sobre uma superfície fixa.
- Força gravítica quando o seu centro de gravidade se move num plano horizontal.
- Força de resistência ao rolamento de um corpo roliço quando rola sem deslizar sobre
uma superfície rugosa. Isto ocorre, porque durante qualquer intervalo de tem a força
actua em um ponto do corpo com velocidade nula (C.I). Isto é, o ponto de contacto
não é deslocado na direcção da força durante esse instante.
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Órgãos de Máquinas I
Tabela resumo da formulação matemática do trabalho realizado por diferentes forças
Trabalho realizado
Força variável
Força constante
Formulação Matemática
WF s F cos ds
, representa o ângulo entre a
extremidade do vector força e e o
deslocamento diferencial
WFC FC cos S
FC COS , representa o módulo da
componente da força na direcção da
força.
Força gravítica
WFg Fg ∆h
Força de uma mola
1
1
Ws ( k s22 k s12 )
2
2
Binário de momento variável
Binário de momento constante
Observações
WM
2
M d
1
WM M ( 2 1 )
DEMGi - Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial
O sinal para W é definido pelos
sentidos dos vectores força e
deslocamento.
O sinal para W é definido pelos
sentidos dos vectores força e
deslocamento.
Órgãos de Máquinas I
PRINCÍPIO DO TRABALHO E ENERGIA
O princípio do trabalho e energia pode ser aplicado na solução de problemas que envolvam
mecanismos constituídos por diversos elementos (corpos rígidos). O principio, deve ser
aplicado a cada um dos elementos isoladamente.
Quando vários corpos são interligados por pinos , conectados por cabos indeformáveis ou
interligados entre si sem a utilização de elementos flexíveis o principio do trabalho e energia
pode ser aplicado a todo o sistema de corpos interligados.
EC 1 W12 EC 2
Esta equação estabelece que a energia cinética de translação e rotação inicial do corpo,
somada ao trabalho realizado por todas as forças e momentos externos que actuam no corpo
quando ele se move da sua posição inicial até à sua posição final, é igual à energia cinética de
translação e rotação final do corpo.
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Órgãos de Máquinas I
CONSERVAÇÃO DA ENERGIA
Quando sobre um sistema actuam apenas forças conservativas o princípio do trabalho e
energia pode ser substituído na resolução de problemas pelo teorema da conservação da
energia.
Energia potencial gravitacional
EPg m g yG
A convenção de sinais utilizada para a energia potencial gravitacional é a mesma que a
apresentada para o trabalho realizado pela força gravítica.
Energia potencial elástica
EPe
1 2
ks
2
A energia potencial elástica é considerada positiva quando os vectores força elástica e
deslocamento têm o mesmo sentido. É negativa quando os sentidos dos vectores referidos é
oposto.
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Órgãos de Máquinas I
ENERGIA MECÂNICA
(1) Em EC EP com:
EC ECT EC R
EP EPg EP e
CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA
(2) EC1 EP1 WFnão cons . EC2 EP2
O termo da equação 2, WF não cons. representa o trabalho realizado pelas forças não
conservativas como a força de atrito. Se este termo for nulo então a equação 2, vem:
EC1 EP1 EC2 EP2 Em1 Em2
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Teorema da conservação da energia mecânica
Órgãos de Máquinas I
POTÊNCIA
Potência: é o trabalho realizado num determinado intervalo de tempo
• Para um corpo rígido sujeito a uma força F e se move com velocidade v:
P
dW
F ds
F v [w]
dt
dt
• Para um corpo rígido submetido a um binário de momento M e se move
com velocidade angular w:
P
dW
M d
Mw [w]
dt
dt
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