TEORIA DOS CICLOS ECONÔMICOS

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TEORIA DOS CICLOS ECONÔMICOS
Prof. Giácomo Balbinotto Neto
Notas de Aula
Questões?
- Por que o produto flutua?
- A teoria dos ciclos econômicos está
preocupada com o fato de porque as economias
não crescem de modo suave, mas sim
apresentam flutuações recorrentes.
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Fatos Estilizados sobre os Ciclos Econômicos
[Burda & Wyplosz (2005, cap. 14)]
Fato #1 – nas economias avançadas, o
crescimento real do PIB flutua de um modo
recorrente e irregular, com uma extensão
média do ciclo de 5 a 8 anos.
Fato #2 – medida com relação ao PIB e relativo
ao processo de crescimeto, a amplitude das
flutuações do ciclo econômico é pequena.
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Fatos Estilizados sobre os Ciclos Econômicos
[Burda & Wyplosz (2005, cap. 14)]
Fato #3 – os componentes dos gastos privados são próciclicos, enquanto que o gasto médio do governo é
aciclico.
Fato # 4 – algumas variáveis sistematicamente se
antecipam as flutuações econômicas durante o ciclo
econômico (estoques, utilização da capacidade
instalada, preços das ações; e saldos monetários
reais), enquanro que outras reagem de modo defasado
(inflação, desemprego). Por fim, outras coincidem com
o ciclo (taxa de juros).
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Fatos Estilizados sobre os Ciclos Econômicos
[Burda & Wyplosz (2005, cap. 14)]
Fato # 5 – O investimento, especialmente o
investimento em estoques – é mais volátil e o consumo
menos volátil do que o PIB.
As exportações e importações são altamewnte
variáveis, enquanto que as compras do governo são
relativamente acíclicas.
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Desemprego durante a Grande
Depressão de 1929 [EUA]
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As flutuações econômicas
e os ciclos econômicos
A produção agregada flutua de modo marcante nas
economias capitalistas. Elas possuem uma forte
tendência [de crescimento econômico], mas longe de ser
um crescimento suave, ele flutua em torno desta
tendência com significativa amplitude.
Tais flutuações são chamadas de ciclos econômicos.
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As Fases de um
Ciclo Econômico
Schumpeter (1939) definiu quatro fases para um
ciclo econômico:
(i) boom;
(ii) recessão;
(iii) depressão;
(iv) recuperação.
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9
Ciclo Econômico
.
O produto corrente flutua
em torno de sua tendência
de crescimento de longo prazp
Produto
corrente
Tendência
do produto
0
tempo
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As Fases de um Ciclo Econômico
Iniciando de uma média, um boom é um
aumento que dura até o pico; uma recessão é
uma queda do pico até a média; uma
depressão é uma queda do produto da média
até o vale; uma recuperação é um aumento do
produto até a média.
.
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Classificação dos Ciclos Econômicos:
Duração
a) curto prazo: 3 – 4 anos [40 meses] –
Ciclos de Kitchin – estão associados com os movimentos
nos estoques, empréstimos bancários e preços no
atacado.
-evidências para os EUA. "Cycles and Trends in
Economic Factors", 1923, REStat.
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Classificação dos Ciclos Econômicos:
Duração
b) ciclos de Juglar: 7 – 10 anos
- duração entre os vales de 7 a 10 anos; envolvem
flutuações nos gastos de investimento, PIB, inflação,
desemprego e desemprego.
- era um padrão associado ao RU no século XIX;
- evidências para o Reino Unido;
Clèment Juglar, 1819-1905
http://cepa.newschool.edu/het/profiles/juglar.htm
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Classificação dos Ciclos Econômicos:
Duração
c) Ciclos de Kuznets: 15-20 anos
- é conhecido também como ciclo de construção e
transporte
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Classificação dos Ciclos Econômicos:
Duração
d) ciclos de Kondratiev – duração de 50 anos
- relacionados a mudanças tecnológicas;
- a duração e o tempo de maturação dos equipamentos
de capital é que explicariam a duração dos ciclos
econômicos.
- os investimentos vêem em ondas;
- Kondratiev (1922) buscou computar os ciclos de longo
prazo, destacando suas características cíclicas.
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Os Ciclos de Kondratiev
[Kuznets (1940)]
(1) A Revolução Industrial (1787-1842) constitui-se
na mais famosa onda de Kondratiev : o boom iniciou por
volta de 1787 e tournou-se uma depressão no inicio das
Guerras napoleônicas em 1801 e, em 1814 aprofundouse numa depressão que durou até 1827, quando inicia
uma recuperação que dura até 1842.
Esta onda de Kondratiev baseou-se nas indústrias
têxteis, ferro e das máquinas a vapor.
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Os Ciclos de Kondratiev
[Kuznets (1940)]
(2) The Bourgeois Kondratiev (1843-1897): após 1843,
o boom reemergiu e uma nova onde de Kondratiev
iniciou.
Ela foi resultado dos investimentos em ferrovias no
Norte da Europa e Estados Unidos e foi acompanhada
pela expansão das indústrias siderúrgicas e carvão.
O boom acabou em torno de 1857 quando se inicia uma
recessão. A recessão torna-se uma depressão em 1870,
a qual dura até 1885. A recuperação inicia depois de
1885 e dura até 1897.
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Os Ciclos de Kondratiev
[Kuznets (1940)]
(3) The Neo-Mercantilist Kondratiev (1898-1950?): O
boom inicia por volta de 1898 com a expansão do uso
da energia elétrica e da indústria automobilística e duraria
até 1911. A recessão que se segue torna-se uma
depressão em torno de 1925 que iria durar até
aproximadamentente 1935.
A recuperação incia-se após 1935 e dura até 1950.
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Os Ciclos de Kondratiev
[Kuznets (1940)]
(4) The Fourth Kondratiev (1950?- 2010?). Há muito debate
sobre a datação da quarta onde de Kondratiev – em grande parte
devido as confusões geradas pelas baixa flutuações nos níveis de
preços e pelas políticas keynesianas de demanda agregada. Assim
sendo este debate está ainda para ser resolvido. Talvez as datas
mais aceitáveis seja que o boom tenha iniciado em torno de 1950 e
tenha durado até 1974, onde se inicia uma recessão. Quando (e se)
esta recessão se transforma em depressão é por volta de 1981.
Contudo, há um certo consenso de que a recuperação inicia-se por
volta de 1992 e é projetada que dure até um próximo boom que se
iniciará em torno de 2010 (?).
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Ondas Longas para a Economia Americana
[http://www.davidmcminn.com/pages/bcnum56.htm]
K Wave
Trough
Peak
Plateau Ends
Trough
Duration
I
1788
1814
1819*
1843
55 years
II
1943
1864*
1873*
1896
53 years
III
1896
1920*
1929*
1940(a)*
53 years
IV
1940(a)*
1974(b)??
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Ciclo de Kondratiev idealizado
[http://www.davidmcminn.com/pages/bcnum56.htm]
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Os ciclos de Kondratieff wave (1), Juglar (2) e Kitchin (3)
combinados para dar um ciclo econômicos completo de
aproxumadamente 56 anos.
Fonte: SCHUMPETER (p 434, Chart 1 1939).
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Teorias Pré-Keynesianas
do Ciclo Econômico: Teorias Monetárias
[http://cepa.newschool.edu/het/essays/cycle/moneycycle.htm]
Teorias Monetárias do Ciclo Econômico: relacionavam a
explicação das flutuações do nível de produto as
flutuações da taxa de juros, que geravam flutuações no
nível de crédito da economia e consequentemente,
flutuações no nível de investimento e renda.
Autores:
R. G . Hawtrey
Frederick von Hayek
Knut Wicksell
Dennis Robertson
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Teorias Pré-Keynesianas
do Ciclo Econômico: Teorias Monetárias
R.G. Hawtrey
R.G. Hawtrey (1913, 1926, 1928, 1933, 1937) foi um dos principais
expoentes da teoria monetária dos ciclos econômicos.
Em sua teoria, ele assume que os atacadistas e intermediários que
buscam crédito bancário são altamente sensívis a taxas de juros.
Qualquer injeção monetária de dinheiro que reduza a taxa de juros
induz estes intermediários para aumentar seus estoque. Eles fazem
isto tomando empréstimos aos bancos e aumentam a produção
exigida pelas empresas.
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Teorias Pré-Keynesianas
do Ciclo Econômico: Teorias Monetárias
R.G. Hawtrey
Contudo, dado que o aumento produção leva tempo, a oferta de
moeda da economia é momentaneamente muito grande para a
determinada quantia de renda (pense na TQM como a teoria
monetária relevante no período).
Esta" margem não consumida" conduz a uma demanda mais alta
por bens por parte dos consumidores. Mas aquela demanda extra
reduz os estoque dos intermediários. Percebendo os estoque
estão em queda, eles fazem novos pedidos as fábricas que são,
novamente, induzidas a aumentar produção e a demandar mais
empréstimos para atender a demanda adicional.
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Teorias Pré-Keynesianas
do Ciclo Econômico: Teorias Monetárias
R.G. Hawtrey
Os momentos decisivos da teoria monetária do ciclo econômico de
Hawtrey surgem quando produção (e assim renda) finalmente
capturas para cima com as ofertas de moeda mais altas.
Eles se por-se em dia, Hawtrey nos fala, porque bancos começarão a
fechar crédito quando eles verem o ser de reservas deles/delas muito
longe esticado. Então nós pulamos para dentro da caída: quando
bancos deixarem de emprestar a intermediários, estes reduzirão as
demandas deles/delas em empresas. Produção reduzirá a velocidade
e assim vai rendas - mas com um atraso novamente. O outono em
oferta de moeda vem primeiro e assim os consumidores têm excesso
de demanda agora para dinheiro e abaixarão a demanda deles/delas
assim para bens. Isso conduz para inventariar construa e uma
demanda adicional por intermediários que produção reduz mais
adiante. O downturn continua até que os bancos são corados uma
vez mais com dinheiro e precisam emprestar fora.
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Teorias Pré-Keynesianas
do Ciclo Econômico: Teorias Monetárias
Friedrich von Hayek
A teoria de F.A.Hayek dos ciclos econômicos têm origem
numa expansão de crédito, devido a acumulação de
fundos de emprestáveis que reduz a taxa natural" de
“juros abaixo de uma taxa natural de juros”.
Cosequentemente, temos uma expansào do
investimento que leva a um aumento da renda.
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Teorias Pré-Keynesianas
do Ciclo Econômico: Teorias Monetárias
Friedrich von Hayek
Os pontos principais para notar sobre a teoria de Hayek são estes:
(I) se não houvesse algum sistema bancário que concedesse crédito,
não haveria nenhum ciclo porque tudo teria que estar em equilíbrio. É
a provisão de crédito através dos bancos, que fornece crédito a uma
taxa de juros abaixo da taxa real juros que é o elemento
desequilibrante que estimula a demanda por bens de capital e
consumo. Durante a expansão há um" alongamento do período de
produção", isto é, uma elevação em produção de bens de capital
relativo a bem de consumo, mas em ambos os setores registra-se
uma produção crescente.
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Teorias Pré-Keynesianas
do Ciclo Econômico
(ii) Teorias não monetárias: explicavam a existência do
ciclo econômico como uma decorrência do
desajustamento entre o estoque de capital e o volume
de demanda de consumo.
Autores:
Arthur Spientoff
Hobson (subconsumo)
Gustav Cassel
Mikhail I. Tugan-Baranovsky (1894) - superinvestimento
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Arthur Spiethoff, 1873-1957
http://cepa.newschool.edu/het/profiles/spiethoff.htm
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Teorias Pré-keynesianas
do Ciclo Econômico
Teorias do Lado da Oferta – explica o
ciclo econômicos devido as variações de
custo e da margem de lucro das
empresas.
Wesley Clair Mitchell, 1874-1948
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Clima e Ciclos Econômicos
William Stanley Jevons, 1835-1882.
Henry Ludwell Moore, 1869-1958.
Johan Henryk Åkerman, 1896-1982
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Clima e Ciclos Econômicos
Alguns autores destacaram os efeitos do clima, tendo em
vista que este fenômenos natural afeta as colheitas
agricolas e o humor das pessoas e criariam ciclos. Como
estes fenômenos naturais tiveram uma natureza cíclica, tão
então nós vemos um ciclo econômico correspondente.
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Clima e Ciclos Econômicos
William Stanley Jevons (1866, 1875, 1884) identificou
um ciclo econômico relativo a manchas solares bastante literalmente.
Henry L. Moore baseou uma teoria dos ciclos
econômicos no tempo (1914) e outra na posição do
planeta Vênus (1923).
Johan Åkerman (1928, 1932) teve um mais engenhoso
conectando ciclos econômicos mais longos aos efeitos
ampliados de uma séries de ciclos sazonais pequenos.
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Teoria Keynesiana do Ciclo Econômico
O modelo multiplicador-acelerador de
Samuelson (1939)
http://cepa.newschool.edu/het/profiles/samuelson.htm
http://cepa.newschool.edu/het/essays/multacc/samacc.htm
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Teorias Pós Keynesianas
do Ciclo Econômico
M. Kalecki (1935)
N. Kaldor (1940)
R. Goodwin (1948)
Arrow-Domar (1948, 1949)
J. Hicks (1949)
A. Smithies (1957)
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Michal Kalecki, 1899-1970
(1935, 1937, 1939, 1943, 1954).
http://cepa.newschool.edu/het/essays/multacc/kalecyc.htm
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Goodwin's Non-Linear Accelerator
http://cepa.newschool.edu/het/essays/multacc/goodw1.htm
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Metzler Inventory Cycles
http://cepa.newschool.edu/het/essays/multacc/metzinv.htm
Lloyd A. Metzler, 1913-1980
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Metzler Inventory Cycles
Mltzner (1941) empregou um modelo do tipo
multiplicador-acelerador para criar o seu modelo
baseado no "ciclo de estoques.
A idéia essencial de Metzler era que os
produtores desejam manter um nível de estoque
como alguma proporção de vendas esperadas mas,
confiando em atrasos entre produção e vendas. Isto
gera ciclos econômicos.
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Bibliografia
Burns, Arthur F., and Wesley C. Mitchell. Measuring Business Cycles.
1946.
Friedman, Milton, and Anna J. Schwartz. "Money and Business
Cycles." Review of Economics and Statistics 45 (February 1963): 3264.
Gordon, Robert J., ed. The American Business Cycle: Continuity and
Change. 1986.
Romer, Christina D. "Is the Stabilization of the Postwar Economy a
Figment of the Data?" American Economic Review 76 (June 1986):
314-34.
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Sites Recomendados
http://cepa.newschool.edu/het/essays/multacc/hicksacc.htm
http://www.nber.org/cycles.html
http://www.nber.org/papers/w11422
http://cepa.newschool.edu/het/profiles/schump.htm
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