TECNOLOGIAS DE GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE

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TECNOLOGIAS DE GESTÃO
DO CUIDADO EM SAÚDE
Goiânia julho 2011
Carmen Lavras/PESS/NEPP/UNICAMP
CONSIDERAÇÕES
INICIAIS
Carmen Lavras/PESS/NEPP/UNICAMP
CUIDADO EM SAÚDE
• conjunto de saberes, práticas e/ou
intervenções voltado à promoção,
preservação ou recuperação da saúde dos
indivíduos e da coletividade.
• visa qualificar a vida e/ou proporcionar alivio
de um sofrimento ocasionado por uma
circunstância ou patologia.
• engloba desde iniciativas singulares de autocuidado desenvolvidas pelos próprios
indivíduos, até atividades ofertadas de forma
organizada pelos sistemas de saúde.
• a oferta do cuidado constitui-se em
finalidade última dos sistemas de saúde.
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ALGUNS DIFERENCIAIS ENTRE AS DIMENSÕES
DO “CUIDADO” E DA “CLÍNICA”
Cuidado
• Pressupõe a abordagem
integral do processo
saúde/doença.
• Exige saberes e tecnologias
de vários campos do
conhecimento.
• Pressupõe a participação
integrada de diferentes
profissionais.
• Considera o usuário como
sujeito social e como sujeito
de seu próprio processo
terapêutico.
• Valoriza a participação
social.
Clínica
• Incide predominantemente
sob as fases de prevenção,
cura e reabilitação
• Assenta-se no modelo
biomédico
• Valoriza o conhecimento e a
participação de cada
profissional individualmente,
mesmo que de forma
complementar .
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QUALIFICAÇÃO DO CUIDADO EM
SAÚDE
•
O cuidado ofertado por um sistema de
saúde guarda relação com:
1. A qualidade das práticas profissionais que
aí se desenvolvem
2. Organização interna dos serviços de saúde
3. Organização sistêmica.
Sua qualificação exige mecanismos
adequados de gestão que incidam em cada
uma dessas dimensões
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MANEJO CLÍNICO DE UMA
CONDIÇÃO CRÔNICA
Processo complexo que envolve:
• Práticas de auto cuidado
• Abordagem multiprofissional
• Continuidade assistencial
SISTEMA INTEGRADO
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Mudanças necessárias no SUS
Sistema
fragmentado
Constituídos por unidades funcionais de
atenção a saúde isoladas, que não se
comunicam umas com as outras ou o fazem
de maneira informal.
Sistema integrado
Organizam-se através de um conjunto
coordenado de unidades funcionais de atenção a
saúde
RAS
Utilizam vários mecanismos de integração
assistencial
Normalmente não existe definição quanto a
população que cada unidade deve ser
responsável.
Considera o paciente como protagonista de seu
plano de cuidado
Não são adequados para o acompanhamento
contínuo dos usuários.
Valoriza a participação do paciente, da família, da
comunidade.
Adequados para a oferta de atenção contínua e
integral.
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COMO IMPRIMIR ESSAS
MUDANÇAS?
Estruturando o Sistema em
Redes de Atenção à Saúde
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ESTRUTURAÇÃO DE REDES DE ATENÇÃO À
SAÚDE
Exige intervenções :
•Sistêmicas
•Nas Unidades Funcionais
•Nas práticas profissionais
Nessa perspectiva há necessidade de se
definir um conjunto de tecnologias
direcionadas a qualificação, organização e
integração de estruturas ou processos em
cada um desses âmbitos.
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TECNOLOGIAS DE GESTÃO DO
CUIDADO NAS RAS
Conhecimentos, recursos e instrumentos
necessários a oferta de cuidados em saúde
nas RAS, direcionados a qualificação,
organização e integração de estruturas ou
processos nos âmbitos sistêmico, de
unidades funcionais e das práticas
profissionais.
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ALGUMAS TECNOLOGIAS DE GESTÃO DO CUIDADO NO
SUS QUE FAVORECEM A ESTRUTURAÇÃO DE RAS
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Sistema de transporte sanitário
Sistema de apoio a comunicação e
informação
Sistema de regulação do acesso
Processos de educação permanente
Linhas de Cuidado
Protocolos Clínicos
Protocolos Institucionais
Projeto Terapêutico
Equipe de Referência
Apoio matricial
Supervisão formativa
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LINHA DE CUIDADO
Linhas de Cuidado
• Conjunto de saberes, tecnologias e recursos necessários ao
enfrentamento de determinado risco, agravo ou condições
específicas do ciclo de vida, a serem ofertados de forma
articulada por um dado sistema de saúde, com base em
diretrizes clínicas.
• Deve abranger a definição de ações, procedimentos, itinerários
diagnósticos e terapêuticos, parâmetros de atenção e recursos
necessários a sua estruturação.
• Incorpora informações relativas à todas as ações necessárias
para que a atenção a saúde se efetive: ações de promoção,
prevenção, cura e reabilitação; ações de apoio diagnostico e
terapêutico; e, ações relacionadas ao apoio logístico.
• A implementação de Linhas de Cuidado em determinado
sistema deve ter como base a relevância epidemiológica de
riscos e agravos e a prioridade de atenção definida por
políticas setoriais.
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Premissas básicas
• Identificação da unidade básica como o
elemento estrutural do sistema
• Estratificação de risco
• Equipes multiprofissionais com atuação
interdisciplinar
• Responsabilização final da unidade básica em
relação ao usuário e à gestão do Projeto
Terapêutico
• Garantia de referência-contra referência
qualificada entre os diferentes setores
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Construção da Linha de Cuidado
Questões básicas que devem ser respondidas
pela LC:
• QUAL O EVENTO
vida
Agravo/risco/condição de
• PARA QUEM
Público alvo
• O QUE
Ações e atividades
• COMO
Recursos
• ONDE
Ponto de atenção/apoio
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Construção de LC
• Elaboração/ adoção de diretrizes clínicas que
considerem a atualidade do conhecimento científico e
tecnológico na oferta do cuidado a portadores de riscos
e/ou agravos
• Definição do agravo ou da condição clínica a ser descrita
• Definição do público alvo
• Descrição do fluxo ideal do paciente no sistema
• Descrição das ações e atividades de promoção,
prevenção, cura e reabilitação a serem desenvolvidas
nas unidades nos diferentes níveis de atenção
• Descrição dos recursos envolvidos
• Descrição das tecnologias de gestão do cuidado a serem
utilizadas
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Exemplo de Planilha Síntese
Recursos necessários
Públic Açõe Atividad
o alvo s
es
Profission Infra
Insumos
ais
Estrutur farmacêuti
a
cos
Equipamentos
Atenção básica....
Atenção ambulatorial e hospitalar de média complexidade....
Atenção ambulatorial e hospitalar de alta complexidade....
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Instrumentos
de
Apoio
gerenciamento
diagnósti do cuidado
co
Estruturação de LC em sistemas
fragmentados
• Constitui-se em grande desafio
• Pode se constituir em estratégia para a organização da própria
RAS na medida em que expõe as fragilidades do sistema e
passa a exigir a qualificação de pontos de atenção e de apoio
diagnóstico e, a organização de sistemas de apoio que servirão
a toda a rede.
• Quando se concretiza de forma isolada, propicia a organização
de uma rede temática.
• Deve ser vista como um processo de médio e longo prazo na
medida em que envolve mudanças estruturais no sistema e
mudança de comportamento e de atitudes de seus
profissionais.
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Estratégias de implantação das LC
• Devem respeitar as singularidades de cada sistema
e considerar iniciativas tanto de caráter sistêmico
como de processos assistências e de auto cuidado.
• Devem favorecer a percepção por parte de gestores
e profissionais envolvidos quanto a complexidade
desse processo e propiciar a efetiva participação de
todos na reorganização de suas práticas
profissionais.
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