FAN - Dermatologia HUEC
Download
Report
Transcript FAN - Dermatologia HUEC
Aline Paula Biazus Somacal
FAN (fator antinuclear) =
AAN (anticorpos antinucleares) =
ANA = anticorpo antinuclear =
PAAC (pesquisa de anticorpos contra antígenos celulares)
O FAN não é um anticorpo antinuclear específico, e sim um teste para
avaliar a presença de um ou mais autoanticorpos. Ou seja: é um teste de
screening para autoanticorpos.
É uma medida da intensidade e qualidade de produção de
autoanticorpos contra os componentes celulares:
Citoplasma
Núcleo
Nucléolo
Aparelho mitótico
Padrão misto (colorações de compartimentos celulares distintos ou
diferentes padrões de imunofluorescência diferentes em um mesmo
compartimento celular)
Soro do paciente
+
secções de tecido(céls Hep-2) +
antiimunoglobulina humana de coelho marcada com
fluoresceína visualização ao microscópio: cor verdemaçã
Substratos:
Fígado de camundongo
Células Hep-2: células de câncer de laringe humana
Hep-2
é melhor e mais usado atualmente:
sensibilidade de quase 100% , identifica anticorpos
anticentrômero,
antiRo-SSA
e
anti-PCNA.
Especificidade em torno de 85% (falsos positivos).
Fígado de camundongo é menos sensível e mais
específico.
Últimos anos teve aumento de sensibilidade e prejuízo
na especificidade.
Síndrome do anticorpo antinúcleo idiopático: altas
taxas de positividade em indivíduos saudáveis.
Exame solicitado com menos critério por grande
variedade de especialistas aumento de resultados
positivos em indivíduos saudáveis ou com expressões
clínicas pouco expressivas.
Pessoas saudáveis ou com doenças não-reumáticas
podem ter teste positivo.
5-10%
da população é portadora de algum
autoanticorpo antinuclear inespecífico em baixos
títulos.
Algumas doenças que podem ter FAN positivo em
baixos títulos geralmente: Doenças hepáticas,
neoplasias, malária, endocardite bacteriana subaguda,
hanseníase, etc.
1. O exame deve ser solicitado apenas quando houver suspeita
convincente de doença autoimune.
2. Título: Pacientes autoimunes tem títulos moderados (1/160 e 1/320) e
elevados ( > 1/640). Enquanto que indivíduos sadios tendem a apresentar
baixos títulos (< 1/80).
3. Padrão de fluorescência: alguns antígenos são específicos para
determinadas doenças autoimunes, enquanto outros ocorrem
indiscriminadamente em indivíduos autoimunes e não autoimunes.
4. Nível de autoimunidade fisiológica flutua na dependência de
sobrecargas, como: infecções, medicamentos(hidralazina, procainamida),
neoplasias, HIV, etc.
5. Autoanticorpos precedem a eclosão clínica de certas doenças em anos.
O paciente poderá vir a desenvolver uma doença autoimune nos próximos
anos. No entanto, alguns pacientes seguem décadas com autoanticorpos
circulantes sem desenvolver qualquer sinal de enfermidade autoimune.
ATENTAR PARA OS PADRÕES NUCLEARES HOMOGÊNEOS E PERIFÉRICOS:
PADRÕES FIDEDIGNOS E DE ALTA SENSIBILIDADE.
1. PADRÃO NUCLEAR HOMOGÊNEO:
Anticorpo anti-DNA nativo (dsDNA): marcador de
LES.
Anticorpo anti-histona: marcador de LES induzido
por drogas, LES idiopático, AR, artrite idiopática
juvenil, síndrome de felty e hepatite autoimune.
Anticorpo anticromatina (DNA/Histona,
nucleossomo): LES.
2. PADRÃO NUCLEAR PERIFÉRICO
-Autoanticorpos dirigidos contra estruturas da
membrana nuclear.
-Anti-DNA nativo se no tecido a cromatina estiver
inativa.
-Padrão antigo.
3. PADRÃO NUCLEAR TIPO MEMBRANA
NUCLEAR:
-Autoanticorpo contra proteínas do envelope nuclear:
-Cirrose biliar primária (anti-gp 210)
-Hepatites autoimunes
-Doenças reumáticas (raramente).
-Indivíduos sem autoimunidade
-Outros anticorpos: anti-p62(nucleoporina), anti-lamin
A, anti-lamin B, anti-lamin C, anti-LBP.
4. PADRÃO NUCLEAR PONTILHADO
GROSSO:
-Anticorpo anti-Sm: marcador para LES.
-Anticorpo anti-RNP: Doença mista do tecido
conjuntivo, LES e esclerose sistêmica.
5. PADRÃO NUCLEAR PONTILHADO
FINO:
-Anticorpo Anti-SS-A/Ro: Síndrome de Sjögren
primária, LES, lúpus neonatal, lúpus cutâneo subagudo,
esclerose sistêmica, polimiosite e cirrose biliar primária.
-Anticorpo Anti-SS-B/La: Síndrome de Sjögren
primária, LES, lúpus neonatal.
6. PADRÃO NUCLEAR PONTILHADO
FINO DENSO:
-Anticorpo antiproteína p75, denominado
LEDGF/p75: correlação clínica não está bem
estabelecida. Há relatos de encontro na literatura em
pacientes com cistite intersticial, dermatite atópica,
psoríase e asma.
-Indivíduos sadios, tireoidite de Hashimoto, etc.
7. PADRÃO NUCLEAR PONTILHADO
PONTOS ISOLADOS:
-Anticorpo anti-p80 coilina: sem associação clínica
definida.
-Anticorpo anti-Sp100 – anti-p95: cirrose biliar
primária.
8. PADRÃO NUCLEAR PONTILHADO
CENTROMÉRICO:
-Anticorpo anticentrômero: esclerose sistêmica forma
CREST, cirrose biliar primária e síndrome de Sjögren.
9. PADRÃO NUCLEAR PONTILHADO
PLEOMÓRFICO:
-Anticorpo contra núcleo de células em proliferação
(Anti-PCNA): LES.
10. PADRÃO NUCLEOLAR HOMOGÊNEO:
-Anticorpo Anti-To/Th: esclerose sistêmica.
-Anticorpo antinucleolina: muito raro. Descrito no
LES, doença enxerto versus hospedeiro e mononucleose
infecciosa.
-Anticorpo anti-B23 (nucleofosmina): esclerose
sistêmica, alguns tipos de câncer, SAF e doença do
enxerto versus hospedeiro.
11. PADRÃO NUCLEOLAR AGLOMERADO:
-Anticorpo antifibrilarina (U3-nRNP): esclerose
sistêmica com hipertensão pulmonar.
12. PADRÃO NUCLEOLAR PONTILHADO:
-Anticorpo anti-NOR 90: esclerose sistêmica.
-Anticorpo anti-RNA polimerase 1: esclerose sistêmica
forma difusa com comprometimento visceral mais
frequente e grave.
-Anticorpo anti-ASE (anti-sense to ERCC-1):
encontrado em associação a anti-NOR 90. LES.
13. PADRÃO CITOPLASMÁTICO FIBRILAR
LINEAR:
-Anticorpo antiactina: hepatite autoimune e cirrose.
-Anticorpo antimiosina: hepatite C, hepatocarcinoma,
miastenia gravis.
14. PADRÃO CITOPLASMÁTICO FIBRILAR
FILAMENTAR:
-Anticorpo antivimentina e antiqueratina: doença
hepática alcoólica, doenças inflamatórias e infeciosas.
15. PADRÃO CITOPLASMÁTICO FIBRILAR
SEGMENTAR:
-Anticorpo antialfa-actinina, antivinculina e
antitropomiosina: miastenia gravis, doença de Crohn e
colite ulcerativa.
16. PADRÃO CITOPLASMÁTICO
PONTILHADO POLAR:
-Anticorpo antigolginas: relatado em ataxia cerebelar
idiopática, degeneração cerebelar paraneoplásica e
infecções pelo EBV e HIV.
17. PADRÃO CITOPLASMÁTICO
PONTILHADO PONTOS ISOLADOS:
-Anticorpo anti-EEA1 e antifosfatidilserina: sem
associações clínicas definidas.
-Anticorpo anti-GWB: síndrome de Sjögren primária.
18. PADRÃO CITOPLASMÁTICO
PONTILHADO FINO DENSO:
-Anticorpo anti-PL7/PL12: raramente na polimiosite.
-Anticorpo antiproteina P-ribossomal: LES.
19. PADRÃO CITOPLASMÁTICO
PONTILHADO FINO:
-Anticorpo anti-histidil t RNA sintetase (Jo1):
polimiosite e raramente dermatopolimiosite.
20. PADRÃO CITOPLASMÁTICO
PONTILHADO RETICULADO:
-Anticorpo antimitocôndria: cirrose biliar primária e
raramente esclerose sistêmica.
21. PADRÃO APARELHO MITÓTICO TIPO
CENTRÍOLO:
-Anticorpo anti-alfa enolase: em altos títulos pode
estar associado a esclerose sistêmica.
22. PADRÃO APARELHO MITÓTICO TIPO
PONTE INTERCELULAR:
-Anticorpo antibeta-tubulina: LES e DMTC.
23. PADRÃO APARELHO MITÓTICO TIPO
FUSO MITÓTICO (NuMa-2):
-Anticorpo anti-HsEg5/NuMa-2: associado a diversas
condições autoimunes, sem especificidade.
24. PADRÃO MISTO DO TIPO NUCLEAR
PONTILHADO FINO COM
FLUORESCÊNCIA DO APARELHO
MITÓTICO:
-Anticorpo anti-NuMa1: Síndrome de Sjögren.
25. PADRÃO MISTO DO TIPO NUCLEAR
PONTILHADO GROSSO E NUCLEOLAR
HOMOGÊNEO:
-Anticorpo anti-KU: superposição de polimiosite com
esclerose sistêmica.
26. PADRÃO MISTO DO TIPO NUCLEAR E
NUCLEOLAR PONTILHADO FINO COM
PLACA METAFÁSICA CORADA:
-Anticorpo anti-DNA topoisomerase I (Scl-70):
esclerose sistêmica forma difusa e mais raramente
CREST.
27. PADRÃO MISTO DO TIPO NUCLEAR
PONTILHADO FINO E NUCLEOLAR
PONTILHADO:
-Anticorpo anti-RNA polimerase I: esclerose sistêmica
-Anticorpo anti-RNA polimerase II: diversas
condições autoimunes.
Esses anticorpos aparecem em associação
28. PADRÃO MISTO DO TIPO
CITOPLASMÁTICO PONTILHADO FINO
DENSO E HOMOGÊNEO E NUCLEOLAR
HOMOGÊNEO:
-Anticorpo anti-rRNP (antiproteína P ribossomal): LES
com psicose lúpica e atividade da doença.
Esses padrões de imunofluorescência podem ser
sugestivos, mas não são suficientes para diagnóstico da
presença do anticorpo. Para se confirmar a presença de
um dado autoanticorpo, são necessários testes mais
específicos.
A vantagem do teste de imunofluorescênia é, portanto,
a de permitir uma triagem!
OBRIGADA!